LIRA MANOBRA PARA MANTER CONTROLE SOBRE VERBAS
· Nem mesmo o placar de 8
a 2 no Supremo Tribunal Federal (STF) faz com que o Congresso desista
de continuar usando o orçamento
secreto e de manter em sigilo os beneficiários dos gastos já feitos.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), articula um projeto que
trata exclusivamente de mais transparência de agora em diante e, na prática,
mantém nas mãos do governo, de Lira e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), o controle sobre a liberação de verbas, escolhendo que deputados são
beneficiados com a execução de emendas em detrimento de outros. Esse foi um dos
pontos criticados pela ministra Rosa Weber na liminar que suspendeu a execução
do orçamento secreto. O decreto poria em prática a tese defendida pelos
ministros do STF Gilmar Mendes e Nunes Marques, os únicos que votaram contra a
proibição do orçamento secreto. (Folha)
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O Supremo, por
sua vez, espera os próximos movimentos do Legislativo para julgar
o mérito da ação contra o orçamento secreto. Os ministros querem se
livrar desse abacaxi político e esperam medidas que deem de fato transparência
ao empenho de verbas para liberar a execução das emendas. (Globo)
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Aliás... Falando
em emendas, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, pediu exoneração (temporária)
ontem para voltar ao Congresso, onde é deputado licenciado pelo DEM gaúcho.
Onyx, que vai tentar se reeleger ano que vem, quer cuidar de perto de suas
próprias emendas ao Orçamento. (Metrópoles)
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Em cada dez
servidores da União, seis já testemunharam atos
antiéticos ou corrupção explícita no ambiente de trabalho, segundo pesquisa
encomendada pelo Banco Mundial. Com garantia de anonimato, foram ouvidos 22.130
servidores, entre abril e maio deste ano, com apoio da Controladoria-Geral da
União e do Ministério da Economia. O desvio mais comum é o uso do cargo para
ajudar amigos e familiares. Metade dos ouvidos disse não ter segurança para
denunciar as irregularidades. Somente 33 comunicaram os malfeitos; deles, 41%
disseram que as denúncias não deram em nada, e 27,4% afirmaram terem sofrido
retaliação. (Metrópoles)
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Com ares de
convenção partidária, a filiação do ex-ministro Sérgio Moro ao Podemos na
quarta-feira teve um detalhe que chamou a atenção: a presença de antigos
aliados do presidente Jair Bolsonaro, adversário de Moro nas eleições
do ano que vem. Pelo menos dois outros ex-ministros foram prestigiar o antigo
colega, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que comandou a Secretaria de
Governo, e Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde. Mandetta,
aliás, é filiado ao DEM, futuro União Brasil, e visto também como
potencial candidato ao Planalto. Pelo menos quatro deputados federais eleitos
na onda bolsonarista em 2018 também compareceram. (Estadão)
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Bolsonaro procurou
ontem não dar sinais de ter sentido a potencial entrada do próprio ex-ministro
da campanha. Pelo contrário. Conversando com apoiadores, o presidente ironizou o
discurso de Moro, dizendo que o antigo juiz da Lava-Jato “não aprendeu nada” no
período em que ocupou o Ministério da Justiça, sem dar mais detalhes. (CNN
Brasil)
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Meio em vídeo. O
Moro que se lançou pré-candidato é outro, tomou um banho de marketing
profissional. Já entrou mudando a estrutura da campanha e a corrida eleitoral.
A notícia é ruim para dois candidatos — o próprio Bolsonaro, e também para Ciro
Gomes. Agora: é bom para o Brasil? Confira no Ponto
de Partida. (YouTube)
O STF começa a
julgar hoje uma ação movida pelo procurador-geral da República para impedir que
as Defensorias Públicas requisitem documentos como certidões e perícias a
autoridades. Aras alega que o mesmo direito não é garantido aos advogados
comuns. Já os críticos da ação dizem que ela amarra a atuação das defensorias,
única forma de acesso dos mais pobres à Justiça. (Estadão)
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Para ler com calma. Com
pesquisas indicando uma alta rejeição a seu governo e a perspectiva de uma
derrota nas urnas, Bolsonaro trabalha para deslegitimar as eleições
Brasileiras. E para isso conta
com apoio dentro dos Estados Unidos. Não do governo Biden, claro, mas
de antigos assessores do ex-presidente Donald Trump, ainda muito influente na
política americana. (New York Times)
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O Partido Novo anunciou
ontem que suspendeu temporariamente
a filiação das vereadoras paulistanas Cris Monteiro, de 60 anos, e Janaína
Lima, de 37, que trocaram
sopapos no banheiro da Câmara municipal. Monteiro acusa Lima de tentar
estrangulá-la, e esta responde dizendo ter agido em legítima defesa. A duas,
que registraram diferentes boletins de ocorrência, começaram a se estranhar
ainda no Plenário por conta do tempo de fala ao microfone durante a votação da
reforma da previdência do município e, já no banheiro, partiram das vias de
fato para a lesão corporal. A Procuradoria da Câmara também está investigando o
caso. (g1)
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Frederik Willem
de Klerk tinha 53 anos quando, em 1989, assumiu a presidência da África do Sul.
Era um típico integrante do Partido Nacional, que controlava o país desde 1948
e impusera um dos mais brutais regimes de segregação racial do mundo, o
Apartheid. Mas ele sabia que o sistema não era sustentável, atraindo condenação
internacional, sanções econômicas e cada vez maior oposição interna. Coube a de
Klerk desmontar o Apartheid, tornar legais partidos negros como o Congresso
Nacional Africano, libertar os presos políticos e, em 1994, entregar a
presidência ao mais famoso deles, Nelson Mandela. Laureado junto a Mandela com
o Nobel da Paz em 1993, de Klerk morreu
ontem, aos 85 anos, vítima de um câncer. (g1)