sábado, 27 de janeiro de 2018

Só pegam no tranco

Vacinação contra a febre Amarela na Policlínica Central, das 7h às 15h. Após este horário (até às 19h), somente se for uma vacinação em grupo.

Depois de críticas pela omissão, finalmente a Prefeitura Municipal de Imbituba, através da Secretaria de Saúde, timidamente divulgou, ontem (26), que está aplicando a dose única da vacina contra a febre Amarela na Policlínica Central, das 7h às 15h. Após este horário (até às 19h), somente se for uma vacinação em grupo, uma vez que cada frasco da vacina contém 5 doses e após aberto, a validade das doses tem duração de apenas 6 horas.

A gerente de imunização da Secretaria da Saúde, Joana Dias Melo disse que desde 2017 a secretaria de saúde vem fazendo vacinações e cita números incríveis: 900 imunizações e somente nos primeiros dias de janeiro foram aplicadas 320 doses.

Mas estranhamente, até ontem, não encontramos em lugar algum, orientações da secretaria da saúde e muito menos calendário de vacinação da febre amarela no município.

A Secretaria foi omissa já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o Estado de São Paulo área de risco para a febre amarela. Cabe lembrar que Imbituba desenvolve com o maior e mais poderoso estado da federação vigorosa relação comercial via Porto, portanto a secretaria da saúde deveria ter mais cuidado.

Vacinação contra a febre Amarela

Na Policlínica Central, das 7h às 15h. Após este horário (até às 19h), somente se for uma vacinação em grupo.

Imbituba não repôs vagas de emprego perdidos em 2016


O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2017 mostra pequena melhoria do mercado de trabalho formal brasileiro. Em nossa região, o resultado acompanha o perfil Nacional.

Imbituba 2016 foi de um saldo negativo de -146 empregos formais para 59 admissões em 2017, significando que a cidade ainda tem um déficit de 83 vagas de empregos.  Os números representam a diferença entre contratações e demissões de profissionais com carteira assinada.

Fica a torcida para que o ano de 2018 Imbituba supere o atraso.

Com um saldo de 29.441 vagas, Santa Catarina foi o Estado que mais gerou emprego no país em 2017. Os dados do Caged confirmam o bom desempenho catarinense ao longo do ano passado.

 Veja dados oficiais do CAGED – Comparativo 2016 / 2017

 2016
1) Admissões
4.455
9,84
45.258
0,51
865.817
0,03
14.172.042
2) Desligamentos
4.597
10,02
45.896
0,51
898.823
0,03
15.543.405
Nº Emp. Formais - 1º Jan/2017
8.908
8,97
99.282
0,46
1.948.353
0,02
38.320.321
Total de Estabelecimentos
2.421
9,96
24.312
0,56
431.143
0,03
8.182.382
Variação Absoluta
-142

-638

-33.006

-1.371.363

2017
1) Admissões
4.835
10,12
47.774
0,53
906.001
0,03
14.084.869
2) Desligamentos
4.776
10,29
46.422
0,54
879.221
0,03
14.208.298
Nº Emp. Formais - 1º Jan/2017
8.908
8,97
99.282
0,46
1.948.353
0,02
38.320.321
Total de Estabelecimentos
2.421
9,96
24.312
0,56
431.143
0,03
8.182.382
Variação Absoluta
59

1.352

26.780

-123.429



sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

PDV e a falácia do governo petista de Imbituba

O discurso do Prefeito Rosenvaldo Junior (PT) de que o PDV desonera a folha de pagamento e traz economia é uma falácia que reproduz a política do Estado Mínimo que nem de longe é petista.

“A Prefeitura Municipal de Imbituba implantou em 2017, através de um projeto de Lei, aprovado pelo Legislativo, o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) com o objetivo de reduzir em até 12% o quadro de servidores que trabalham na administração pública do município”. “O PDV foi criado especialmente para os servidores aposentados que continuavam trabalhando na Prefeitura”.
Com o prazo de adesão finalizado em dezembro do ano passado, ao todo, 83 funcionários públicos aderiram ao PDV.

“Segundo explica o prefeito Rosenvaldo Júnior, o resultado da iniciativa da atual Administração já apresenta os primeiros resultados: a partir deste mês de janeiro, a folha de pagamento do município terá uma redução de R$ 126 mil o que anualmente significa desonerar os cofres públicos em R$ 1.512.000,00”.

Na contra mão

O discurso do Prefeito Rosenvaldo Junior (PT) de que o PDV desonera a folha de pagamento e traz economia é uma falácia que reproduz a política do Estado Mínimo que nem de longe é petista.
Se você tira pessoas com capacidade e experiência sem ter formado quadros de substituição, você vai fazer com que o serviço público renda menos. É como fazer uma espiral negativa, em vez de jogar a roda administrativa pra frente, está jogando pra baixo.

O rumo certo do município para melhorar as contas deveria apontar no sentido contrário.

O que se deveria fazer é uma política de desenvolvimento sustentável: contratar mais pessoas capacitadas e não fazer da prefeitura um cabide de emprego, investir mais recursos públicos em aquisições de equipamentos para melhorar a vida das pessoas e aumentar o investimento público para aquecer mais a economia da cidade.

O déficit nas contas da prefeitura de Imbituba não poderia ser atribuído ao servidor público, ou, ao serviço público. O servidor não é o responsável pela crise. Não é ele quem está fazendo as contas ficarem negativas, e sim a baixa atividade econômica, a falta de investimento em obras na comunidade, os cabides de emprego e o desperdício. O baixo desempenho econômico e administrativo é que gera a crise. 

A instituição do PDV pelo governo do PT em Imbituba estaria  fundada numa inversão de prioridades e afinada com interesses políticos.
É o discurso dos que querem o Estado mínimo para a população, mas querem Estado máximo para si próprio. “Reduzir gastos com o serviço público e com demandas sociais é economiza recursos públicos para quem está na base da pirâmide ao mesmo tempo em que irriga os andares de cima”.

Essa política vinda de um governo do PT soa estranho.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O uso indiscriminado de diárias e passagens na Câmara de Vereadores de Imbituba

Vereador Cláudio Raio X Presidente da Câmara de Vereadores de Imbituba confunde 'funda com bunda'

O uso indiscriminado de diárias e passagens na Câmara de  Vereadores de Imbituba é uma preocupação que remonta  2015.

Em 2015, a Câmara de Vereadores de Imbituba aprovou projeto de Lei substitutivo (PLs) reduzindo o valor das diárias pagas aos servidores públicos, incluindo os vereadores, fruto de denúncias do uso indevido e valores excessivos em diárias, que chegaram a R$ R$112 mil reais.

Para se ter um ideia, o portal da transparência à época demonstrou o uso abusivo do instituto das diárias, só o Presidente da casa em seis meses gastou R$ 7 mil reais, portanto ficou insustentável continuar a gastança.

O vereador Andersom Teixeira (PSD) percebendo o momento político apresentou projeto disciplinando “a farra das diárias” que foi ponto de partida para discussão e aprovação por unanimidade do projeto de Lei substitutivo reduzindo o valor das diárias pagas aos servidores públicos.

O projeto foi enviado para sanção do Prefeito à época, Jaison Cardoso (PSDB).
A nova Lei disciplina e fixa novas diretrizes para participação de vereadores e servidores em cursos, congressos, seminários, conferências, eventos similares e define que não serão devidas diárias para deslocamentos a Garopaba, Imaruí, Paulo Lopes e Laguna.Estimou-se que o PLS reduziria em 50% o uso das diárias.

De fato reduziu consideravelmente, o ano de 2016 os gastos ficaram em torno de R$32.199,25 reais, muito diferentes dos R$112 mil gastos em 2015.

Mas a alegria durou pouco.

Em 2017, na gestão do Presidente Renato Ladiada (PSD) e do Vice Presidente Cláudio Raio X (PMDB) as diárias voltaram a ter um aumento de mais de 50% e passagens 100%.

2016 - R$32.199,25 (Diárias)
        - ZERO            (Passagens)

2017 - R$72.979,74 (Diárias)
        - R$4.000,00   (Passagens)

O Blog Sarrafo Atômico denunciou em várias oportunidades o aumento abusivo, mas foi uma voz isolada.

Na Câmara de Vereadores de Imbituba o silencio foi sepulcral. Até o Observatório Social da cidade entidade criado para fiscalizar as contas públicas se omitiram praticamente todo o ano de 2017.

Quando se tornou insustentável compactuar com os abusos se manifestaram em nota pública e depois entraram na justiça contra a Câmara de Vereadores, mas isso já no apagar das luzes de 2017.

Hoje, para surpresa leio matéria no Jornal Notisul com o título:

Observatório Social de Imbituba questiona gastos da Câmara de Vereadores de Imbituba.

Digo surpreso, porque o Observatório ficou quase todo o ano de 2017 quieto e a Câmara gastando sem freios e agora posam na mídia, mas pensando bem, melhor. Reavaliar atuação pífia já é alguma coisa.

A matéria do Notisul que reproduzirei logo a seguir traz um dado novo, a declaração do atual Presidente da Câmara de Vereadores de Imbituba, Cláudio Raio X (PMDB).

O Presidente Cláudio tentando colocar panos quentes na gastança com diárias e passagens em 2017 no qual era vice-presidente da Casa, portanto também responsável, veio com a máxima de que os gastos têm a ver com emendas parlamentares dadas por deputados Federais aos municípios. 

Ora! Quem vem à caça de votos nos municípios e usam para isso emendas parlamentares são os deputados Federais. O Vereador Cláudio confunde funda com bunda.

A Câmara de Vereadores de Imbituba deve ser transparente, prestar contas dos gastos estranhos com diárias e passagens em 2017 e do ano que se inicia.

Estamos de olho!

Veja na integra matéria do Jornal Notisul:

Observatório Social questiona gastos da Câmara de Vereadores de Imbituba

Os gastos legislativos da Câmara de Vereadores de Imbituba em 2017 estão sendo questionados pelo Observatório Social de Imbituba (Osimb). Um ofício foi enviado à Casa, assinado pelo presidente do Conselho de Administração do Osimb, Ronaldo Medeiros Ferreira, fazendo um comparativo entre os gastos que o Poder Legislativo imbitubense teve em relação a algumas cidades do Estado.

Com gastos superiores a R$ 76 mil, segundo o ofício da Osimb, o Poder Legislativo da cidade de Imbituba foi um dos que mais gastou em Santa Catarina. O ofício da Osimb destaca que a Câmara de Vereadores de Imbituba gastou, com diárias e passagens, mais do que as cidades de Itajaí, Lages, Florianópolis e Criciúma juntas.

Somente a título de realização de cursos, simpósios e seminários, foram gastos mais de R$ 60 mil pelo Poder Legislativo imbitubense, valor maior que os gastos totais de outras casas legislativas do Estado, segundo diz o ofício do Osimb.

O Observatório Social também salientou que se não forem observados os princípios de legalidade, moralidade, economia de recursos e eficiência, o fato pode “ensejar uma penalização por improbidade administrativa do gestor responsável”. Também exigiu como medida preventiva “uma criteriosa avaliação da autorização deste tipo de gestão de gastos”.

Segundo o presidente da Câmara de Vereadores de Imbituba, Luiz Cláudio Carvalho de Souza, o Cláudio do raio-X, mais do que o gasto com diárias, é preciso destacar o que os vereadores trouxeram para o município em emendas parlamentares. “Foram gastos R$ 60 mil em diárias, mas foi trazido mais de R$ 5 milhões em emendas. Então, não foram gastos em vão. Foram em benefício de Imbituba”, avalia.

Além disso, o vereador, que está em sua terceira gestão, destaca que o valor das diárias de Imbituba é um dos menores do Estado. “Quando fui presidente da Câmara em 2015, diminuí em 50% o valor das diárias, que até hoje não aumentou e está em R$ 122”, pontua. “Tudo isso é preciso ser levado em conta”, conclui.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Prefeitura de Imbituba recebe em definitivo o Troféu Cloaca Verão 2017/2018

Depois do sexto Relatório de Balneabilidade emitido pela FATMA, a Prefeitura de Imbituba recebe em definitivo o troféu  Cloaca Verão 2017/2018 , dado a quem presta serviços ambientais irrelevantes.

O sexto relatório de balneabilidade da temporada de verão foi emitido pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) nesta sexta-feira, 19. De acordo com o documento, dos 215 pontos monitorados, 106, que correspondem a 49,3%, estão próprios para banho. As coletas foram feitas entre 15 e 19 deste mês. O relatório completo está no www.fatma.sc.gov.br ou no aplicativo Praias SC, disponível para Android.

Em Imbituba  mesmo depois do sexto Relatório de Balneabilidade emitido pela FATMA continuam em condições impróprias para banho parte da Praia do Porto (Próximo Molhe Central) e Lagoa da Ibiraquera (Próximo à boca da Barra).
 Condição de balneabilidade na PRAIA DO PORTO 

LOCAL
CONDIÇÃO
Esquerda do molhe central
IMPRÓPRIA


Data da coleta: 17/01/2018


A inércia do setor de meio ambiente e fiscalização do município incomoda quem depositou confiança no Governo Rosenvaldo Junior (PT/PMDB) e suas promessas de fazer uma nova Imbituba.

Como a pesquisa da balneabilidade é feita

Para dizer se um ponto é próprio ou impróprio para banho, a Fatma analisa a presença da bactéria Escherichia Coli, presente em fezes de animais e humanos. São necessárias cinco coletas consecutivas para se obter o resultado. “Começamos a colher as amostras para o início da temporada em 6 de novembro. Quando, em 80% das análises, a quantidade da bactéria é inferior a 800 por 100 mililitros, o ponto é considerado próprio”, Silva. Além da estrutura da fundação, outros dois laboratórios parceiros contribuem para as análises.

Pontos impróprios em SC

Os pontos analisados são nos municípios Araranguá, Bal. Arroio do Silva, Bal. Gaivota, Bal. Camboriú, Bal. Piçarras, Bal. Rincão, Barra Velha, Biguaçú, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Gov. Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Porto Belo e São José.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Inscrições para o Sisu começam nesta terça-feira (23)

Ao todo, serão 239.601 vagas oferecidas em 130 instituições de todo o país. Prazo para inscrições terminam na sexta (26). Foto EBC

As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam nesta terça-feira (23/1) e vão até a próxima sexta-feira (26) no site do Ministério da Educação (MEC). Ao todo, serão 239.601 vagas oferecidas em 130 instituições, entre universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais.

Podem se inscrever estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, que obtiveram nota na redação diferente de zero e que não sejam treineiros (participantes menores de 18 anos no primeiro dia de realização da prova). É necessário informar o número de inscrição do Enem 2017 e a senha mais atual cadastrada no site.

O Sisu foi desenvolvido pelo ministério para selecionar candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a nota do Enem como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita com base na nota obtida pelo candidato. No site do MEC, é possível consultar as vagas disponíveis, pesquisando as instituições e os seus respectivos cursos participantes.

Confira abaixo o cronograma completo do Sisu:

23/1 a 26/1: período de inscrições (as notas de corte serão divulgada nos dias 24, 25 e 26)

29/1: resultado da chamada regular
29/1 a 7/2: prazo para participar da lista de espera
30/1 a 7/2: matrícula da chamada regular
9/2: convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições a partir desta data.

Fonte: Portal Metrópoles

Saúde recomenda vacina contra febre amarela em novos municípios de SC, entre eles Imbituba e Laguna

O que explica a Secretaria de Saúde de Imbituba não apresentar calendário de vacinação da febre amarela?


Devido a grande procura da população pela vacina da febre amarela no estado, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica - DIVE de Santa Catarina definiu algumas regras para a vacinação nos municípios.

A vacina da febre amarela passou a fazer parte do calendário vacinal para crianças aos nove meses de idade, nascidas a partir do ano de 2017, em todo estado de Santa Catarina e para pessoas com idade entre 9 meses a 59 anos que irão viajar para áreas com recomendação de vacinação. A imunização não faz parte do calendário nacional do Sistema Único de Saúde para toda a população, somente em alguns estados considerados Áreas com Recomendação da Vacina.

As pessoas que irão se deslocar para áreas com recomendação da vacinação contra a febre amarela, devem receber a dose com no mínimo dez dias de antecedência.

Em Imbituba cidade portuária onde centenas de  containers e caminhões passam  diariamente pela cidade vindos de áreas de risco, como o estado de São Paulo, a prevenção é precária.

Basta consultar o canal saúde e o site oficial da prefeitura e inexplicavelmente não encontramos orientações e muito menos calendário de vacinações.

O que explica um município comandado por um médico e a secretaria de saúde por uma enfermeira ter tanto desleixo para com a saúde pública?

Na cidade os problemas se avolumam e a inercia é regra.
  
Em Laguna a partir desta semana as vacinas serão centralizadas em duas unidades de saúde, no Mar Grosso e na Central (Carioca). Além disso, deverão ser previamente agendadas para não haver desperdício das vacinas, pois cada frasco possui cinco doses e após reconstituição do frasco elas tem validade de apenas seis horas.

Locais e Horários de Atendimento:

1 - Unidade Sanitária Central Ivania Fretta Moreira (Posto da Carioca): 8h às 14h

2 - Unidade Básica de Saúde Mar Grosso: 08h às 11hs.

População-Alvo:

1 - Viajantes para áreas com recomendação para vacinação, de nove meses a 59 anos de idade. As áreas com recomendação da vacina pode ser acessada através do link http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/listavacinacaofa.pdf

2 – Crianças entre 09 meses a 10 meses e 29 dias passam a ter direito de receber a vacina, independentemente de irem ou não viajar para áreas com recomendação da vacina.

Surto de Febre Amarela:

O Brasil enfrentou em 2016/2017 um grande surto de febre amarela, envolvendo principalmente os estados da região Sudeste, com destaque para Minas Gerais e Espírito Santo. Embora o número de casos humanos de febre amarela confirmados seja maior que o observado em surtos anteriores, ressalta-se que todos esses casos são de residentes em zonas rurais ou que tiveram contato com áreas silvestres por motivos de trabalho ou de lazer.

O que é Febre Amarela?

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.


Fontes: Prefeitura de Laguna, Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Disputa eleitoral de 2018: guerra aberta nas comunicações

Disputa por tempo de propaganda gratuita é um fator que define a busca por coligações | Foto: Reprodução

Por Lalo Leal 
Da RBA no Sul 21

Entramos em um novo ano eleitoral com mais dúvidas do que certezas. Há quem duvide até da possibilidade de termos eleições presidenciais em 2018. E não é para menos. Volta-se a falar em parlamentarismo, rejeitado duas vezes pelo voto popular em nossa história, mas que ressurge como um fantasma capaz de impedir o livre exercício presidencial, no temor de que este venha a ser conduzido por ideias e ações desenvolvimentistas e populares.

Outra alternativa, ainda que não impeça a eleição, é torná-la não representativa da vontade dos eleitores. Isso decorreria do impedimento, via judiciário, da candidatura Lula, líder consolidado em todas as pesquisas de intenção de voto.
Apesar dessas incertezas, os partidos já viraram o ano articulando estratégias eleitorais. Entre elas está a formação de coligações não só capazes de aumentar na prática o tamanho dos apoios recebidos pelos partidos, mas também, e com grande interesse, de ampliar o tempo de determinado candidato nos programas eleitorais obrigatórios no rádio e na televisão.

Apesar do crescimento e da influência cada vez maior da internet, o rádio e principalmente a TV ainda têm um peso quase decisivo nas eleições brasileiras. Exemplo recente é a vitória de João Doria no primeiro turno para a prefeitura de São Paulo, um produto midiático cuidadosamente embalado para atender os anseios dos eleitores, incentivados pela própria mídia, de alguém refratário à política tradicional e com perfil de gestor empresarial.

É bom saber o que está em jogo. A propaganda eleitoral começa no dia 31 de agosto e vai até 4 de outubro, três dias antes do primeiro turno. São dois tipos de propaganda: dois blocos com duração de 12min30s exibidos à tarde (das 13h às 13h12m30s) e à noite (das 20h30 às 20h42m30s), nas terças, quintas e sábados, e as inserções – peças de propaganda do tipo “comerciais” de TV – de 30 segundos ou um minuto de duração, veiculadas entre os programas das emissoras das 5h às 24h, num total de 14 minutos diários.
A luta por esse espaço é feroz. O tempo de cada partido ou coligação de partidos no rádio e na TV é determinado pelo tamanho de cada um deles. Dai a formação de conglomerados partidários muitas vezes não muito homogêneos do ponto de vista programático.

Segundo análises realizadas ao final do ano passado, divulgadas pela Folha de S.Paulo, o PMDB e seus aliados do chamado “centrão” teriam 39% do total de tempo de propaganda no rádio e na TV, quase 5 minutos em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos. Em seguida, mas com bem menos tempo, viria o PT com 13% (1min35s), o PSDB com 10% (1min18s) e o PDT com 4% (33s), isso se não conseguirem fazer coligação com algum outro partido.

Claro que existem outros fatores a interferir nas decisões de voto, como por exemplo os debates televisados entre os candidatos. Mas eles também reverberam no horário eleitoral obrigatório. A gafe de um candidato ou uma proposta considerada impopular são exploradas ao máximo pelos adversários em seus programas levando, muitas vezes, à reorientação do voto do eleitor.
E há ainda a internet, com suas redes sociais, sendo usadas cada vez mais profissionalmente nas disputas eleitorais. No caso brasileiro ela ainda não se equipara à TV como força de persuasão mas, dentro dos seus limites, tem mostrado influência. Basta lembrar o candidato derrotado em 2010 para a presidência da República, José Serra, chamando de “blogueiros sujos” os responsáveis por blogs e sites que veiculavam notícias que não o agradavam durante a campanha eleitoral.

De lá para cá multiplicaram-se as empresas prestadoras de serviços aos partidos e candidatos para manter e alimentar as redes sociais. Aí não há o limite legal de tempo como ocorre com o rádio e a TV, além de permitir o surgimento dos “perfis falsos” atuando a favor ou contra determinados candidatos.

Segundo reportagem da BBC Brasil, uma dessas agências contratou cerca de 40 pessoas para fazer a manutenção dos perfis falsos. O objetivo é manipular a opinião pública, o que vem sendo feito desde 2012, mas que ganhou dimensão maior a partir da eleição de 2014.

A estratégia é simples. Criam-se personagens na internet com uma série de características que os tornam aparentemente reais. Surgem figuras com rosto e uma história pessoal: de onde é, se é casado, se tem filhos e quais são seus gostos, hobbies e profissão. Dessa forma, se manifestam sobre assuntos variados, muitos deles domésticos e triviais, entremeando-os com opiniões políticas e eleitorais, geralmente apoiando um ou outro candidato.
Um tipo de atuação comum, segundo a reportagem, era deixar comentários em sites de notícias e votar em enquetes como as regularmente lançadas pelo site do Senado. “Às vezes, dez pessoas ficavam votando em determinada opção durante oito horas por dia”, diz um dos entrevistados pela BBC Brasil que atuou numa dessas assessorias de comunicação.

Cabe ressaltar que a criação de perfis falsos é crime de falsa identidade. A reforma eleitoral proibiu “a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral” por meio de “cadastro de usuário de aplicação de internet com a intenção de falsear a identidade”. Vamos torcer para que a lei seja realmente aplicada em 2018. Os perfis falsos, se prosperarem, contribuirão ainda mais para distorcer a necessária liberdade de escolha do eleitor.