segunda-feira, 8 de março de 2021

Vacina passa em teste de fábrica e Fiocruz anuncia início de produção em larga escala


 POR MÔNICA BERGAMO -  Folha São Paulo

A vacina de Oxford/AstraZeneca passou nos testes de estabilidade e consistência e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve anunciar nesta segunda (8) o início de sua produção em larga escala. Com isso, devem ser entregues 3,8 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde até o fim de março a previsão inicial era de 15 milhões, mas um problema no equipamento que lacra os frascos diminuiu inicialmente o volume.

Pelo novo calendário, um total de 30 milhões de doses deve ser disponibilizado até abril, e 100 milhões de doses até meados do ano.

Elas serão usadas no PNI (Programa Nacional de Imunização), coordenado pelo governo federal. A expectativa em torno dos testes era enorme: qualquer falha poderia retardar ainda mais a produção num momento em que uma segunda onda de Covid-19, mais agressiva do que a primeira, ameaça os sistemas de saúde de todos os estados do Brasil.

A vacina é uma esperança de que isso possa em algum momento ser freado. Os chamados testes de consistência precisam verificar, por exemplo, se nenhum frasco sai da máquina contaminado, se o equipamento está colocando em cada um deles o volume correto do imunizante, e se o ambiente em que são fabricados está na temperatura, umidade e até pressão corretos. Para isso, três produções seguidas, e independentes, têm que ser finalizadas.

Se algo dá errado em uma delas, tudo tem que recomeçar do zero. "Vários parâmetros têm que ser minuciosamente observados. Mas deu tudo certo", diz Marco Krieger, vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz. "Normalmente é necessário perder mesmo muito tempo com tudo isso. É uma guerra. Mas que foi finalizada", segue ele. A única coisa que falta agora é o teste da estufa: uma amostra das vacinas está sendo mantida a 37º para saber se são estéreis, ou seja, se não crescem nelas microorganismos que possa gerar contaminação. "Ele já está sendo finalizado e tudo até agora caminha bem", diz Krieger. 

O primeiro lote de um milhão, justamente o que passou nos testes principais, já pode, portanto, ser comercializado. E a fábrica deve entregar no total os 3,8 milhões de doses até o fim de março. Pelo calendário inicial, a Fiocruz deveria disponibilizar, neste mês uma quantidade até maior, de 15 milhões de doses, ao PNI. Mas um problema detectado na máquina que lacra os frascos de vacina atrasou toda a produção. O equipamento já foi consertado e, com os testes de estabilidade do produto aprovados, pode ser iniciada a fabricação em larga escala.

 "Os gargalos estão sendo superados. E poderemos começar a entregar vacinas em um fluxo contínuo a partir do fim do mês", diz Krieger. Nesta segunda (8), o governador Wellington Dias, do Piauí, que preside o consórcio de governos do Nordeste, e o ministro Eduardo Pazuello, da Saúde, devem visitar o laboratório de BioManguinhos, onde as vacinas estão sendo produzidas.

Foto> Poder 360

País precisa ‘alinhar estratégias’ de combate o vírus, diz Eduardo Leite

Chefes de 23 estados -- somente quatro estados ainda não aderiram: Rondônia, Roraima, Acre e Tocantins -- vão divulgar carta nesta segunda


Por https://veja.abril.com.br/blog/radar/pais-precisa-alinhar-estrategias-de-combate-o-virus-diz-eduardo-leite/

Governador do Rio Grande do Sul, um dos estados mais castigados pelo agravamento da pandemia, Eduardo Leite diz ao Radar que o movimento dos governadores, que já reúne 23 chefes de estados, tem a missão de unir esforços para encontrar estratégias de atuação conjuntas para conter o avanço do coronavírus.

“Considero importante que possamos alinhar estratégias tendo em vista o estágio atual do contágio em boa parte das unidades da federação”, diz Leite.

Surgem no país os “despachantes de armas”


 No Rio, tem gente trabalhando como... despachante de armas de fogo

Por Ancelmo Gois - O Globo

No governo Bolsonaro cresce a indústria da morte e não só por causa da pandemia. Veja esta foto. Na esquina da Barata Ribeiro com Xavier da Silveira, em Copacabana, onde era em salão de beleza, agora é um escritório de despachante de armas. No janelão de vidro anuncia: despachante de armas. Fazem tido o serviço, assessoria na compra, registros, porte de arma etc. Reflexo da política do governo federal, digamos, cada pessoa, uma arma. É triste .


8 de março

Por Miguel Paiva (Cartunista, ilustrador, diretor de arte, roteirista e criador da Radical Chic e Gatão de Meia Idade)