Vamos a uma pequena
comparação sobre as diferenças de estilo de países civilizados e países
primários, no tratamento dos escândalos de suas empresas estratégicas.
Por Luis Nassif
Vamos a uma pequena comparação sobre as diferenças de
estilo de países civilizados e países primários, no tratamento dos escândalos
de suas empresas estratégicas.
Por longo tempo, a Airbus usou intermediários em suas
vendas internacionais. Foi condenada a uma multa de 3,6 bilhões de euros por
reguladores do Reino Unido, França e EUA.
O regulador britânico negociou um acordo com a Airbus.
Nesse acordo, as empresas podem evitar denúncias criminais se admitirem as
irregularidades, revisarem os seus negócios e pagarem a multa. Nos mesmos
moldes do acordo do Departamento de Justiça americano com a Petrobras.
Para chegar ao acordo, a empresa mudou o seu quadro de
executivos, substituindo por uma equipe nova. Revisou sua política de
compliance e reduziu o número de intermediários na venda de aviões.
Esses mesmos procedimentos foram adotados por outras
empresas denunciadas por corrupção no Reino Unido, como o Standard Bank,
Sarclad, Rolls-Royce, Tesco, Serco e Güralp Systems.
Qual
a diferença do Brasil?
Em nenhum caso, procuradores britânicos e franceses,
para promoção pessoal, saíram pelo mundo alardeando que seus países eram os
mais corruptos do planeta. Nem se valeram dos escândalos para jogadas
políticas. Nem induziram ao desmonte das suas empresas, porque sabem eles que
uma de suas missões é a defesa do interesse nacional.