sábado, 21 de setembro de 2019

ORGASMO EM DOIS MINUTOS: OS BRINQUEDOS SEXUAIS FEMININOS TEM UM NOVO REI

O nome pode causar desconfiança, mas as mulheres que experimentam perdem o medo rapidinho; saiba como funciona o sugador de clitóris

Por Silvia C. Carpallo no El País

O mais provável é que os que viram a série Sex In The City não se esqueçam do capítulo em que Charlotte fica obcecada com o brinquedo sexual da moda dos anos noventa: o vibrador em formato de coelhinho. A novidade do aparelho era não ser somente introduzido na vagina como qualquer dildo, ele também possuía um apêndice, em forma de orelhas de coelho, criado para estimular o clitóris. Foi uma grande revolução à época e agora já possui um substituto.

O brinquedo sexual que agita as reuniões de mulheres duas décadas depois é o sugador de clitóris. Entre os dois há duas grandes diferenças. A primeira, que agora um objeto desse tipo não ficou famoso em uma série de televisão, e sim nas redes sociais. A segunda é que hoje as mulheres têm mais consciência da importância do clitóris no prazer feminino. E, justamente, é essa a parte da anatomia feminina protagonista do novo brinquedo, que não foi feito para a penetração. Serve somente à estimulação externa, e isso basta.

“Os sugadores de clitóris estão significando uma revolução sexual para muitas mulheres, pois podem ser tremendamente eficazes em dar prazer. Está cada vez mais estendida a ideia de que o clitóris é uma forma fantástica para sentir prazer, sem a necessidade de utilizar a penetração”, diz a sexóloga Ana Lombardía.

“Em terapia, as psicólogas recomendam o aparelho em alguns casos, já que podem ser uma ferramenta fabulosa para que uma mulher se conheça, descubra as diferentes formas de sentir prazer das quais é capaz e até mesmo, em alguns casos, obter seu primeiro orgasmo”, acrescenta a especialista. Mas como funciona exatamente um sugador de clitóris?

Como funciona a 'sucção'?

A primeira coisa que deve ser esclarecida é o que é exatamente um sugador de clitóris. O divulgador sexual e especialista em brinquedos eróticos nas lojas Amantis, Óscar Ferrani diz que “são brinquedos eróticos para manejar com as mãos e que, através de uma suave boquilha ergonômica, permitem sugar e acariciar a cabeça visível do clitóris”. O nome do inanimado companheiro sexual pode causar desconfiança. Lombardía tranquiliza: “Ele é chamado de sugador porque o clitóris é ligeiramente introduzido em uma abertura do brinquedo, ainda que a estimulação não seja por sucção propriamente dita. Não oferece uma vibração como a dos brinquedos habituais, e sim uma pequena batida”.

O brinquedo já é comercializado por diferentes marcas e surgiram modelos que oferecem diferentes tipos de estimulação. Ferrani diferencia entre os sugadores e os que passaram a ser chamados de “sônicos”. “Os sugadores funcionam através de um miniaspirador ajustável em ritmos e intensidades, estirando e acariciando em uma massagem única”, por outro lado, “os ‘sônicos’ fazem oscilar uma pequena lingueta suspensa no interior da boquilha massageadora, que gera ondas ultrassônicas capazes de fazer ‘vibrar’ o clitóris muito mais além de sua cabeça visível”. Dessa forma, se exteriormente parecem semelhantes, as sensações que provocam podem ser diferentes.

Mais facilidade para chegar ao orgasmo e ao orgasmo múltiplo

A psicóloga especialista em saúde feminina Laura Moreno explica em duas palavras por que esse brinquedo sexual se diferencia dos demais: rapidez e facilidade. “Acho que são as duas características que melhor definem esse produto e por isso tantas mulheres se encorajaram a testá-lo”. A ideia é que, por não precisar introduzir nada, não é necessária tenta preparação prévia, e que, por ser uma estimulação tão direta, o orgasmo chega mais rápido, podendo até repetir e chegar ao orgasmo múltiplo. Tudo isso, de acordo com a especialista, ajuda a sair do modelo de sexualidade coitocentrista. “É fundamental que as mulheres entendam que a penetração não é a única fonte de prazer e façam com que os homens também entendam”.

Para entender a importância da estimulação direta do clitóris, Moreno diz que, “fisiológica e socialmente”, o clitóris foi um órgão que passou desapercebido, mas é importante que se saiba que é o único órgão de nosso corpo dedicado a dar prazer”. O clitóris tem mais de 8.000 terminações nervosas, o que explica sua extrema sensibilidade, e os sugadores só estimulam a parte externa, a glande, que é a parte visível e que mede aproximadamente dois centímetros, ainda que seu tamanho cresça quando excitado e tem ereções. Os sugadores de tipo sônico, entretanto, podem estimular sua parte interna, que não é pequena: “Um clitóris costuma medir 10 centímetros de comprimento e seis de largura”, diz a psicóloga.

O Instagram foi à loucura, mas eles não são infalíveis

Ainda que a chave de seu sucesso pareça ser a capacidade de chegar ao orgasmo mais rapidamente, e até repetir a estimulação e chegar ao orgasmo múltiplo, o sugador de clitóris não teria vivido tamanha revolução sem a ajuda das redes sociais. Essas plataformas ajudaram muitas mulheres a fazer as perguntas que não se atrevem a fazer nas lojas. “Recebemos muitas perguntas sobre a estimulação produzida pelo sugador: antes de testá-lo costuma existir uma ideia muito distorcida do conceito sucção (não tem nada a ver com um aspirador, como diz Moderna de Pueblo em sua publicação no Instagram). Outras mulheres perguntam se é normal ter mais de um orgasmo em cada sessão, se é muito barulhento e sobre como integrá-lo no âmbito do casal”, dizem os responsáveis pela loja erótica Platanomelón, que contribuíram à divulgação do brinquedo.

De acordo com seus dados, por volta de 83% das pessoas que o utilizaram chegaram ao orgasmo em menos de 2 minutos. Mas não se deve esquecer que as sensações que para uma mulher podem ser agradáveis, talvez sejam muito incômodas para outra. Lombardía frisa que, para não se ter uma decepção na primeira tentativa com esse novo amante tecnológico, é importante levar em consideração que não são milagrosos e que precisamos reajustar as expectativas no momento de utilizá-los. “Podem dar muito prazer, mas em muitos casos costuma ser necessário que por trás exista determinado estado emocional e psicológico que nos permita aproveitá-los”: nem todo mundo é capaz de desconectar e se deixar levar pelo prazer em dois minutos, por mais intensa que seja a sensação do brinquedo em questão. Mas tentá-lo é o destino dos tempos.

VAJA JATO: A CENA DEPRIMENTE DO PEDIDO DE PROPINA

Pedro França/Agência Senado

Os relatos da OAS que implicam Aloysio começam em 2005, logo após Serra ser empossado prefeito de São Paulo.

Léo Pinheiro diz ter se reunido com Serra e Aloysio para discutir as obras que a empresa havia iniciado na gestão Marta Suplicy (na época do PT e que depois migrou para o MDB, do qual saiu em 2018), como a construção da ponte estaiada e o túnel da Radial Leste.

Após a decisão de continuar a obra, conta o empresário, Aloysio o chamou em uma sala reservada para conversarem na varanda.

“[Na ocasião] solicitou-me uma adequação do programa da obra para que as alças da ponte estaiada e do túnel da Radial Leste fossem inauguradas quando José Serra renunciaria à prefeitura. Solicitou-me ainda o pagamento de vantagens indevidas no valor de 5%”, afirmou.

De FSP


Continue lendo no Eduardo Guimarães.

ALOYSIO QUE DERRUBOU DILMA, ERA O CORRUPTO QUE COORDENAVA PROPINAS DO PSDB

"Reportagem do The Intercept Brasil em parceria com a Folha de São Paulo deste sábado (21) aponta que ex-senador, que teve papel decisivo no golpe de 2016 ao pedir ajuda dos EUA para derrubar Dilma, aparece como coordenador de propina do PSDB em delação da OAS para a Lava Jato em papel central de esquema"

 Beba na Fonte> Por REDAÇÃO URBS MAGNA via Folha de São Paulo

Ao negociar acordo de delação com a Lava Jato, a cúpula da empreiteira OAS descreveu o ex-senador e ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira em papel central na coordenação de pagamentos de propinas para campanhas do PSDB, entre elas a do senador José Serra à Presidência da República, em 2010.

Aloysio é citado em quatro capítulos como solicitante de repasses em troca de liberação de dinheiro de obras da prefeitura paulistana e do Governo de São Paulo para a empreiteira.

Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, menciona Aloysio sempre como a pessoa que solicita propina, seja para ele ou para Serra, nas campanhas de 2006 e 2010. Em 2006, Serra venceu a disputa ao Governo de São Paulo. Em 2010, disputou e perdeu a Presidência, e Aloysio se elegeu ao Senado.

O empreiteiro da OAS saiu da cadeia na última terça-feira (17), após ter seu acordo de colaboração homologado no Supremo Tribunal Federal. Ele estava preso em regime fechado desde 2016.

Entre as obras ligadas ao PSDB de São Paulo que o empresário cita como alvo de suposto desvio estão a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, o túnel da Radial Leste, a rodovia Carvalho Pinto e a linha 4-amarela do Metrô. 

A delação aponta que parte do dinheiro era entregue em espécie a indicados pelo ex-senador, que chefiou pastas das gestões Serra tanto na prefeitura (Secretaria de Governo) quanto na administração estadual (Casa Civil).

O ex-senador e ex-ministro Aloysio Nunes (PSDB) – Danilo Verpa – 19.fev.19/Folhapress

Os relatos da OAS que implicam Aloysio começam em 2005, logo após Serra ser empossado prefeito de São Paulo. 


Léo Pinheiro diz ter se reunido com Serra e Aloysio para discutir as obras que a empresa havia iniciado na gestão Marta Suplicy (na época do PT e que depois migrou para o MDB, do qual saiu em 2018), como a construção da ponte estaiada e o túnel da Radial Leste.

Após a decisão de continuar a obra, conta o empresário, Aloysio o chamou em uma sala reservada para conversarem na varanda. 

“[Na ocasião] solicitou-me uma adequação do programa da obra para que as alças da ponte estaiada e do túnel da Radial Leste fossem inauguradas quando José Serra renunciaria à prefeitura. Solicitou-me ainda o pagamento de vantagens indevidas no valor de 5%”, afirmou.

Ele diz que, em 2006, quando Serra deixou a prefeitura e o vice Gilberto Kassab (hoje PSD) assumiu, representantes da OAS foram procurados pelo novo prefeito para informar que seriam mantidos os compromissos de vantagens indevidas acertados por Aloysio —que continuou na Secretaria Municipal de Governo.

Ao longo da gestão Kassab, disse o empresário, houve pagamentos de propina combinados com a OAS nas obras da avenida Jornalista Roberto Marinho e em contratos da Secretaria Municipal da Habitação.

Uma proposta de delação com depoimentos de Léo Pinheiro foi compartilhada por procuradores da Lava Jato no aplicativo Telegram e está no material que foi enviado por fonte anônima para o The Intercept Brasil. Os arquivos foram analisados pela Folha e pelo site.

A proposta de Léo Pinheiro enviada pelos procuradores é de junho de 2017, mas a Folha apurou que os relatos continuam na versão final, homologada agora pelo ministro Edson Fachin (STF).

Em um trecho desses relatos, Léo Pinheiro diz que, em 2007, já na gestão Serra no Governo de São Paulo, Aloysio se reuniu com representantes de cinco grandes empreiteiras na casa de um suspeito de operar para o PSDB e solicitou propina de R$ 5 milhões. 

Em troca, as empresas esperavam a liberação de R$ 180 milhões relativos à construção da linha 4-amarela do Metrô. O episódio já foi relatado pela Folha. Nele, Léo Pinheiro diz que autorizou o pagamento da parte da OAS, R$ 1 milhão, em espécie, para o então deputado Rodrigo Garcia (DEM), hoje vice de João Doria (PSDB) no governo.

As outras duas menções a Aloysio são a respeito das eleições de 2010, quando Serra concorreu ao Planalto e ele, ao Senado por São Paulo. Ambas fazem referência às obras da rodovia Carvalho Pinto.

O empresário afirma que, em reunião com Aloysio e Márcio Fortes (então presidente da estatal Emplasa), o futuro senador solicitou 10% em troca de créditos pendentes da empreiteira na Carvalho Pinto.

“Aloysio ainda deixou claro, durante a reunião, que para que houvesse recebimento dos créditos pendentes seria necessária uma audiência com o governador José Serra para informar que a OAS iria dar continuidade às obras da linha 4 do Metrô”, diz Léo Pinheiro no documento.

“Essa foi a ‘senha’ que combinei com Aloysio Nunes para que o governador Serra tivesse ciência do ajuste”, afirma.

Depois da reunião, diz ele, foi celebrado um acordo judicial com a Dersa (estatal rodoviária) para o pagamento pendente, no valor de R$ 54 milhões. 

Ele diz que, então, fez uma doação oficial à campanha de Serra no valor de R$ 2,8 milhões e que outros R$ 2,5 milhões foram pagos em espécie a três emissários do governador: a Fortes, a Sérgio Freitas, tesoureiro da campanha, e a Luis Sobral, que trabalhava para o partido.

Segundo José Ricardo Breghirolli, ex-funcionário da OAS que afirma ter feito entregas a Sobral, os valores eram levados em envelopes pardos no comitê de campanha, no centro de São Paulo, em blocos de R$ 5.000 com até R$ 50 mil por envelope. As notas iam dentro de uma pasta de notebook. Esse relato também foi homologado pelo Supremo.

Após a entrega, disse Breghirolli, jornais amassados eram colocados dentro da pasta para que ela voltasse com o mesmo volume que entrou no prédio. Para a campanha de Aloysio ao Senado, Léo Pinheiro disse ter dado R$ 1 milhão em espécie, em cinco parcelas de R$ 200 mil.

Nos últimos anos, Aloysio se tornou ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer (MDB) e, neste ano, virou presidente da Investe SP, agência de estímulo a investimentos no estado, do governo João Doria.

No entanto afastou-se em fevereiro, após virar alvo de uma fase da Operação Lava Jato que prendeu o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, apontado como operador de propina de tucanos.
OUTRO LADO
O ex-senador Aloysio Nunes negou à Folha ter cometido crimes e disse que pediu doações oficiais para a OAS em várias campanhas, que eram legais à época, “sem jamais exigir qualquer tipo de contrapartida”. 

“Tudo o mais só posso atribuir à pressão psicológica exercida pelos procuradores para obter delações mentirosas de alguém há tanto tempo encarcerado”, disse, em nota, Aloysio.

O ex-prefeito Gilberto Kassab disse que nunca teve relação próxima com Léo Pinheiro e que jamais fez reunião com a finalidade de manter pagamentos ilegais.

Kassab afirmou ainda confiar no Judiciário e que está absolutamente tranquilo diante da lisura e correção com que atuou em cargos públicos.
“Divulgar especulações feitas no tortuoso processo de investigação destrói reputações e acaba por enfraquecer o modelo da delação premiada, ao colocar em dúvida as informações apresentadas”, disse.

Márcio Fortes afirmou que nunca esteve na presença de Léo Pinheiro, “muito menos em qualquer reunião com o Aloysio”. “Não sei quem é [Léo Pinheiro], se eu o visse na rua não saberia quem era. Isso tudo [o que ele relatou] é um mundo inexistente.”

Luis Sobral disse, em nota, que não conhece nem participou das supostas reuniões apontadas pelos delatores. “Nunca sugeri, orientei, nem me reuni com ninguém para receber valores em espécie de nenhuma natureza. Não conheço pessoalmente os citados, inclusive”, afirmou.

Ele disse que exerceu um cargo técnico de contabilidade das contas da campanha e que, segundo ele, tudo foi devidamente registrado na Justiça Eleitoral.

“Repudio essa tática sórdida pela qual um criminoso confesso usa o nome de uma pessoa inocente —que foi contratado oficialmente pela campanha e exerceu uma função pública— com o objetivo de dar veracidade ao seu depoimento e obter benefícios judiciais”, acrescentou.

Procurado, o senador José Serra não se manifestou sobre as declarações de Léo Pinheiro. A reportagem não conseguiu localizar Sérgio Freitas.

A defesa de Léo Pinheiro não se manifestou.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

IMBITUBA – MILIONÁRIO GABINETE DO PREFEITO ROSENVALDO JUNIOR

Mês de setembro chegou ao cumulo de empenhar mais de R$1 milhão e 500 mil de reais para um gabinete com mais ou menos 10 pessoas.

De maio a setembro de 2019, o Prefeito Rosenvaldo Junior (PT) aumentou gradativamente os gastos milionários empenhados no gabinete dele. 

Esperávamos que sua gestão e de Zaga fizesse a diferença nas vidas das pessoas como prometeram, mas até os gastos de gabinete se assemelham a gestão anterior, conforme pode comprovar o portal da transparência da prefeitura de Imbituba. 

Enquanto isso falta até medicamentos básicos nas unidades de saúde, atendimento deficiente nos órgão municipais, também segue o caos com a buraqueira pelas ruas da cidade e o galopante desemprego entristece as famílias fazendo com que nossa juventude procure seu sustento em outras cidades.

Até quando?

Veja o quadro:

Despesas Maio de 2019:
Orçado        2.072.200,00  milhões  
Empenhado   952.959,16  mil

Despesas junho de 2019
Orçado         2.072.200,00 milhões
Empenhado 1.066.973,51 milhões   

Despesas julho de 2019
Orçado         2.072.200,00 milhões
Empenhado 1.355.053,25 milhões

Despesas agosto de 2019
Orçado         2.072.200,00 milhões
Empenhado 1.557.468,18 milhões

Despesas setembro de 2019
Orçado         2.072.200,00 milhões
Empenhado 1.562.558,83 milhões

Alemanha promove transição ambiciosa para a economia verde

Governo finaliza plano que movimentará ao menos 40 bilhões de euros e é a grande aposta da coalizão no poder para atender ao anseio dos alemães. Crise climática é tida como a maior preocupação nacional.  Foto: chanceler Angela Merkel nesta quinta-feira. FABRIZIO BENSCH (REUTERS).

Por Ana Carbajosa Vicente – El País

Angela Merkel joga seu legado como chanceler do clima nesta semana. O Governo alemão apresenta nesta sexta-feira um ambicioso e multimilionário pacote de medidas ambientais, com o qual Berlim pretende assinalar um marco global na luta contra a crise ambiental. Trata-se, além disso, de que a Alemanha, país que como poucos levantou a bandeira do ambientalismo e da luta multilateral contra a mudança climática, mude o rumo e possa cumprir os compromissos internacionais de redução dos gases de efeito estufa. Transporte, agricultura e habitação são apenas alguns dos setores que serão afetados na primeira economia europeia por uma série de medidas que deverão somar ao menos 40 bilhões de euros, segundo vários meios de comunicação.

Esta é provavelmente a grande iniciativa política da atual legislatura, a última da chanceler Merkel. Os planos de refundar a Europa e o resto dos desafios globais são pouco menos do que letra morta, em uma Alemanha à beira da recessão e da falta de tração política. Isso, da porta para fora. Em casa, a grande coalizão que os conservadores do bloco de Merkel (CDU/CSU) compartilham com os socialdemocratas (SPD) balança e ameaça se romper, devido em parte à profunda crise pela qual o parceiro minoritário está passando. Além disso, no final do ano, os parceiros da grande coalizão devem fazer um balanço e decidir se vale a pena continuar juntos. Portanto, esse pacote climático é decisivo. “Hoje é o dia do ano para a política alemã”, diz a edição digital da Der Spiegel desta quinta-feira. “A coalizão luta esta semana não apenas pelo clima, mas principalmente por sua própria sobrevivência”, acrescenta a publicação.

O documento, que começou a ser negociado nesta quinta-feira até o último minuto, e se estendeu até esta sexta é vital para um Governo que precisa demonstrar que funciona e que é capaz de produzir resultados tangíveis em um país em que a crise climática se tornou a primeira preocupação dos cidadãos, segundo as pesquisas. Nasce em boa parte como resposta à vertiginosa ascensão do Partido Verde alemão e coincidindo com a megamobilização ecologista que deve levar centenas de milhares de pessoas às ruas nesta sexta-feira em todo o país, com atos em centenas de países. E também acontece três dias antes da realização da cúpula do clima pelas Nações Unidas, em Nova York, onde, se o pacote for finalmente aprovado, Merkel poderia voltar a exercer uma liderança ambientalista, depois de ter feito a lição de casa, ou ao menos lançado as bases para fazê-la.

A verdade é que, por enquanto, a aura ambientalista daquela que foi batizada de “chanceler do clima” empalidece. Merkel decretou o fechamento das centrais nucleares, lançou uma mastodôntica transição de energia e enfrentou o negacionismo climático de Donald Trump. Mas a verdade é que a chanceler não esteve à altura de sua reputação e de suas palavras. Se Berlim não fizer nada para reverter a situação atual, a Alemanha, o sexto país do mundo que mais lança CO2 na atmosfera, reconhece que não cumprirá seus objetivos de reduzir 40% de seus gases de efeito estufa até 2020 em relação com os níveis de 1990 e que está a caminho de descumprir seu compromisso europeu de reduzir 55% até 2030.

Para evitar o descumprimento e ao mesmo tempo dar um impulso à indústria alemã, lançam agora essa grande iniciativa que faz parte do contrato que os partidos assinaram para forjar a coalizão de Governo e que são, há meses, objeto de intenso debate no seio do chamado Gabinete do clima. Dele participam os ministros com responsabilidades em setores-chave para a luta contra a mudança climática. A preocupação dos partidos é conseguir que as novas políticas não prejudiquem a indústria e que tampouco penalizem desproporcionalmente a classe trabalhadora.

Merkel disse há alguns dias que “proteger o clima é um desafio para a humanidade”, enquanto o vice-chanceler, o socialdemocrata Olaf Scholz, disse que trabalham em “um pacote climático muito ambicioso”. Conservadores (CDU) e socialdemocratas (SPD) compartilham o objetivo, mas diferem em como alcançá-lo.

Colocar um preço nas emissões de CO2 nos setores do transporte e da construção e estabelecer um mecanismo de comércio das emissões é uma das principais medidas e também um ponto de desacordo entre os membros do Governo. O partido Socialdemocrata prefere estabelecer uma taxa para o dióxido de carbono, à qual os conservadores se opuseram: a CDU escolhe colocar preço e comercializar as emissões poluentes.

Encarecer os voos domésticos e baratear as passagens de trem e de transporte público em geral é uma das medidas que devem estar no pacote. Os políticos alemães também estão considerando aumentar os pedágios para os carros mais poluentes, incentivar os elétricos, proibir a calefação a diesel a partir de 2030 e a adaptação da agricultura a práticas de baixas emissões são algumas das medidas colocadas na mesa de negociações.

Apesar de sua envergadura, os planos não impressionaram as organizações ecologistas. Tobias Austrup, especialista em energia do Greenpeace na Alemanha, acredita que o pacote “só tem pontos fracos. O Governo quer conseguir muito apenas com subvenções e não com medidas vinculantes. Esses planos atingirão apenas metade das reduções comprometidas até 2030”, diz o especialista por telefone. Acelerar a eliminação do carvão —2030 em vez do 2038 previsto—, que dentro de seis anos todos os carros à venda sejam elétricos ou uma profunda revisão da política agrícola que passe pela redução da produção de carne são as prioridades do Greenpeace.

Benefícios colaterais

Além de atingir os objetivos ambientais, a ideia é que o pacote alemão produza benefícios colaterais, como a modernização das infraestruturas e do tecido industrial, além de proporcionar investimentos públicos em uma economia que precisa de incentivo e está à beira da recessão. Na segunda-feira, Scholz alertou que Berlim tem recursos suficientes para financiar o pacote climático sem romper o sacrossanto equilíbrio orçamentário. A resistência alemã ao endividamento, apesar da forte pressão externa para aplicar estímulos, ficou mais uma vez em evidência, principalmente quando se trata de uma questão, a ambiental, que conta com o apoio importantíssimo da população. Mas o temor é que, ao mesmo tempo as restrições ambientais imponham custos à indústria em um momento delicado para a economia. A principal preocupação do SPD é que a proteção ambiental não acabe penalizando os que têm menos.

“Por um lado, queremos que as medidas de proteção climática sejam efetivas para cumprir nossos compromissos, [...] mas, por outro, queremos ser economicamente sensatos e que as medidas sejam socialmente aceitáveis, para que todo mundo possa pagar pela proteção ambiental”, explicou Merkel.

Mas, para além das evidências científicas e dos possíveis efeitos econômicos, a verdade é que o pacote é resultado da pressão política e cidadã, que empurra os partidos do Executivo alemão. Em primeiro lugar, os Verdes. A formação ecologista experimenta uma ascensão contínua há meses, que a colocou em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, muito à frente dos socialdemocratas e não muito longe do bloco conservador de Merkel. À contenda partidária se acrescenta a efervescência ecologista de uma cidadania para a qual o meio ambiente se tornou uma de suas principais preocupações e que nesta sexta-feira deve sair em massa às ruas para apoiar uma convocação do Fridays for Future, o movimento estudantil iniciado por Greta Thunberg.


Veja também: Estudantes lideram protesto global contra a mudança climática às vésperas da cúpula da ONU


MOVIDO A PARANOIA

Documentos e áudios inéditos mostram plano de Bolsonaro para povoar Amazônia contra chineses, ONGs e Igreja Católica. Paranoia com invasões, indígenas, quilombolas e ambientalistas alimenta proposta para ocupar uma das partes mais preservadas da Amazônia no Pará. Na foto, o desmatamento na terra indígena Menkragnoti, em Altamira, em agosto passado. Foto: João Laet/AFP/Getty Images.

Por Tatiana Dias – The Intercepty Brasil

O governo de Jair Bolsonaro está discutindo, desde fevereiro, o maior plano de ocupação e desenvolvimento da Amazônia desde a ditadura militar. Gestado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, com coordenação de um coronel reformado, o projeto Barão de Rio Branco retoma o antigo sonho militar de povoar a Amazônia, com o pretexto de desenvolver a região e proteger a fronteira norte do país.

Documentos inéditos obtidos pelo Intercept detalham o plano, que prevê o incentivo a grandes empreendimentos que atraiam população não indígena de outras partes do país para se estabelecer na Amazônia e aumentar a participação da região norte no Produto Interno Bruto do país. A revelação surge no momento em que o governo está envolvido numa crise diplomática e política por conta do aumento do desmatamento no Brasil. Bolsonaro se comprometeu a proteger a floresta em pronunciamento em cadeia nacional de televisão, mas o projeto mostra que a prioridade é outra: explorar as riquezas, fazer grandes obras e atrair novos habitantes para a Amazônia.

Fosfateira de Anitápolis: TRF4 mantém extinção do processo


As entidades públicas poderão recorrer da decisão em um prazo de 30 dias.

Por Notisul

Em maio passado, gestores de diversas cidades da Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel), a ONG Montanha Viva, Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e Ibama apresentaram embargos contra a instalação da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), em Anitápolis. A preocupação com a acomodação da empresa que pretende extrair fosfato em Santa Catarina é discutida por muitos pesquisadores e ambientalistas. Caso seja instalada, ela servirá para a extração da matéria-prima e transformá-la em fertilizante, será necessário desmatar na Mata Atlântica uma grande quantidade de hectares. Além disso, ainda existem estudos que apontam que a saúde da população e a agricultura podem ser prejudicadas com esta atividade.

Nesta semana, ao julgar os embargos o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) tomou uma decisão em favor da Vale e manteve a extinção da ação civil pública  movida pena Ong Montanha Viva desde 2009. Com isso, a empresa poderá dar início ao novo processo de licenciamento e pleitear  explorar mais de 300 hectares de Mata Atlântica. Ela planeja erguer na cidade uma mineradora de fosfato e também  uma fábrica de ácido sulfúrico.

Com a decisão, abre-se um prazo de mais 30 dias para que os entes públicos possam recorrer do que foi decidido pelo TRF4. No entanto, a expectativa é que os representantes possam apresentarem as suas defesas com mais celeridade não deixando para o último dia do prazo.

A IFC pleiteia a exploração de uma mina de fosfato, durante 33 anos, em uma área de 360 hectares em meio a um bioma da Mata Atlântica, às margens do Rio dos Pinheiros, em Anitápolis. O manancial é parte da bacia hidrográfica do Rio Braço do Norte e, consequentemente, impacta sobre a bacia hidrográfica do Rio Tubarão e do complexo lagunar.

O processo de implantação da IFC foi efetivado em 2005, conforme o projeto de 2,5 mil páginas, da área total do empreendimento, apenas 15% seria explorado.  Além do grande impacto ambiental, gerado pela mineração, outra preocupação da região é quanto às barragens. A estrutura formada por paredões de 56 metros de altura e 300 metros de base ocuparão u grupo ma área de 64 hectares. O receio é que haja concentração de resíduos tóxicos e o envio de materiais aos rios da região.

Conforme apontados nos estudos ambientais a Vale tem o intuito de construir duas barragens acima do rio Pinheiros. Cada uma terá 85 metros de altura, para conter rejeitos do ácido. Segundo o advogado da ONG Montanha Viva, Eduardo Bastos, contrário a instalação da mineradora, a reserva de fosfato de Anitápolis desperta interesse de empresas desde 1976, porém, para que a exploração ocorra, será necessária a construção de uma barragem no Rio Pinheiros, gerando uma série de consequências, entre elas supressão de 1000 hectares de mata, o risco permanente de rompimento de uma barragem, além de comprometer os 21 municípios da bacia hidrográfica de Tubarão.


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

“Estaremos melhores se reduzirmos o consumo de calorias a 60%”

Ana María Corvo, codirectora do Instituto Einstein para a Investigação do Envelhecimento de Nova York. KIKE PARA

Por Daniel Mediavilla no El País

Diz Ana María Cuervo (Barcelona, 1966) que a comida não é uma de suas grandes paixões, mas que tampouco faz as dietas de restrição calórica seguidas por alguns de seus colegas de laboratório. Há oitenta anos, os experimentos com animais mostram que comer menos prolonga a vida e o tempo que se vive com saúde, mas estudos que demonstrem esse vínculo em humanos são complicados. 

A codiretora do Instituto Einstein para a Pesquisa do Envelhecimento, de Nova York, conta que recentemente descobriu que em seu laboratório vários colegas começaram a praticar o jejum intermitente, “que consiste em concentrar a mesma quantidade de calorias em menos refeições”. “Isso fez sentido, porque em nosso trabalho no laboratório vemos que a autofagia [um sistema de reciclagem em que as células comem a si mesmas], necessária para a limpeza celular, se ativa quando não se come durante um tempo”, explica.

Beba na Fonte> 

Moro sofre nova derrota e figura do “juiz de garantias” é incluída em pacote anticrime

Ex-juiz Sérgio Moro e procurador que coordena Lava Jato, Deltan Dallagnol atuavam juntos, mostram mensagens reveladas pelo The Intercept Brasil. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Por Lilian Milena no GGN

Ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, é contra projeto de lei que evita a parcialidade na produção da prova penal e que avançou na comissão especial que analisa pacote anticrime na Câmara...

Beba na Fonte> Blog do Nassif

Exclusivo: as empresas que servem de ‘“barriga de aluguel” dos agrotóxicos



No intrincado caminho para se aprovar um novo produto agrotóxico no Brasil, uma prática crescente vem chamando a atenção de quem estuda o setor. Perante a lei, ela é chamada de transferência de titularidade mas, na prática, funciona como uma manobra para guardar lugar na fila de obtenção da licença. Uma manobra que pode colocar em risco a segurança de todo o processo pelo qual um pesticida passa até sua aplicação nas lavouras.

Funciona assim: em vez de as próprias companhias obterem as licenças para seus produtos e colocá-los no mercado, muitas vezes, quem cuida desse processo é uma empresa especializada em um serviço conhecido como “barriga de aluguel”. Elas dão entrada no pedido, aguardam o tempo necessário e, depois, “geram” registros para futuramente repassá-los para outras companhias, seja por compra, venda ou transferência.

Um levantamento inédito feito pela Agência Pública e a Repórter Brasil mostrou que apenas nos últimos 20 meses, 326 registros de comercialização de agrotóxicos mudaram de dono no país.

Beba na Fonte> Agência Pública

Haddad defende união da esquerda apenas no 2º turno de 2022

Foto nexojornal

Por Kennedy Alencar

Ex-ministro da Educação e candidato presidencial do PT derrotado na eleição de 2018, Fernando Haddad disse que a esquerda só deverá estar unida no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. “A pergunta que tem de ser feita não é se vai ter uma candidatura única. É se nós vamos estar juntos no segundo turno”, afirmou, em entrevista ontem ao “Jornal da CBN – 2ª Edição”.

Segundo o petista, a “eleição em dois turnos permite variabilidade muito grande de composições”. “O que nós temos de garantir é a unidade no segundo turno. Não podemos correr, de novo, o risco de tanto retrocesso.” Segundo Haddad, o governo Bolsonaro ameaça a democracia por ser autoritário.
Haddad evitou rebater críticas duras feitas ao PT por Ciro Gomes (PDT), também candidato derrotado em 2018 ao Palácio do Planalto. “Se a gente começar a se ofender, nós não vamos longe. Nós estamos com um desafio enorme pela...

Beba na Fonter> Blog do Kennedy

A falsidade de Temer no Roda Viva e a nova fake news contra Ciro Gomes


Por Miguel do Rosario

Em entrevista ao Roda Viva, que tive a pachorra de assistir inteira, com muita calma, para entender o contexto, o ex-presidente Michel Temer usou a palavra golpe várias vezes.

Em todas as vezes, porém, o fez com sutil ironia, como a zombar da versão da esquerda (e não apenas da esquerda, mas sobretudo dela) de que houve um golpe.

Intrigado, o jornalista Ricardo Noblat (minuto 48:52) faz uma pergunta direta:

“O senhor se referiu a essa questão como golpe, golpe, golpe. O senhor acha que houve um golpe?”

Michel Temer responde sucinta e peremptoriamente: apenas se a Constituição for golpista.

Beba na Fonte> O Cafezinho

Zaga chama de “politicalha oportunista” convite do Governador Moisés para Adriana da Lumma assumir o PSL de Imbituba

"Em geral, aquele que, partido em dois, sobrevive com duas caras, ou ganha fama com ela, mostra apenas uma de suas faces, aquela que lhe rende mais". M.T

Recentemente o vice-prefeito Luis Gonzaga Carvalho (MDB), o Zaga, foi ator de uma ação política revanchista inusitada:  

Assumiu como prefeito interino por 5 dias, demitiu três (3) ‘chegados’ do titular Rosenvaldo Junior (PT) e de quebra liberou o alvará da Lumma construções que estava engavetada pelo governo Rosenvaldo por suspeita de irregularidades.

A face oportunista de Zaga mirava o apoio da Construtora Lumma para seu projeto político em 2020, mas ao tomar conhecimento que o Governador Moisés desembarcou na cidade e convidou Adriana, proprietária da Lumma para assumir o PSL e ser candidata à prefeita, passou a atacar o projeto político do Governador para Imbituba.

Aproveitando que Moises passou por cima do PSL local, não teve dúvidas e atacou com esse post em sua rede social: