sábado, 17 de dezembro de 2016

O tesouro do navio espanhol que afundou no Farol de Santa Marta


Por Valmir Guedes em seu Blog

Reza a lenda que um navio espanhol teria naufragado nos costões do Farol do Cabo de Santa Marta (ainda sem o farol), no ano de 1737.
Os marujos sobreviventes, antes de prosseguirem viagem a pé até a Vila de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), teriam enterrado em algum local daquela região lagunense, quem sabe numa caverna, o baú cheio de riquezas que traziam a bordo. Barras de ouro, prata e dobrões, frutos das pilhagens nas colônias do Oceano Pacífico, como o Peru, Bolívia e Chile, com destino a Europa.

No meio do caminho foram trucidados pelos índios na região de Paulo Lopes e levaram para a eternidade o mapa do local exato onde foi enterrado o tesouro. Lenda? Verdade? É o que veremos a seguir:

A região do Cabo de Santa Marta é repleta de histórias, lendas, mitos e mistérios.

O local é também conhecido pelos inúmeros naufrágios acontecidos ao longo dos séculos.

Mesmo antes da construção e inauguração do Farol de Santa Marta, em 11 de junho de 1891, a região já acumulava vasto repertório.
Já nos primeiros cem anos após a descoberta do Brasil, foram vários os expedicionários que passaram por Santa Catarina, sendo a região os últimos portos para abastecimento dos navegantes europeus em direção ao Estreio de Magalhães e ao Rio da Prata.

Por exemplo, foram doze as expedições espanholas, de 1516 a 1599 que aportaram em nosso litoral. Entre elas a primeira de Juan Diaz Solis (1516), Dom Rodrigo de Acuña (1526) Sebastião Caboto (1526), Alonso Cabrera (1538) e Álvar Nuñes Cabeza de Vaca (1541).

Sobre piratas e corsários

Quantos aos piratas, os mais famoso da história foram Sir Francis Drake, Henry Morgan, Martin Tromp e James Lancaster. Este último, inclusive, esteve no Brasil, em 1595.

No litoral catarinense aqui passou em fins do ano de 1582, o famoso corsário inglês Edward Fenton, aliás, companheiro do também lendário Francis Drake. Atuava sob proteção da rainha da Inglaterra. Fenton, por exemplo, havia saqueado a costa do Peru, com seus dois galeões Leicester e Edward, com mais de 500 homens a bordo.

Fundeado na Enseada de Garopaba, então conhecida com porto Don Rodrigo, batizou-o de Bay of Good Comfort (Porto do Bom Conforto).

Outros piratas que atacaram o litoral brasileiro foram Thomas Cavendish (1591), e os franceses Jean-François Du Clerc (1710) e René Duguay-Trouin (1711).

Alguns historiadores fazem distinção entre corsários e piratas. Os primeiros contavam com uma carta de corso, isto é, com autorização do rei ou rainha para saquear os navios e colônias de reinos inimigos. Já a denominação mais comum, a de pirata, seria pura e simplesmente para os ladrões do mar, que viviam às margens das leis, promovendo saques às cargas de qualquer embarcação.

Nau espanhola trazia o tesouro

Desenho de uma nau espanhola de 200 ton construída entre 1536 e 1540

O lagunense Saul Ulysséa autor dos livros “Laguna de 1880” e “Coisas Velhas”, entre outros, num escrito intitulado “Naufrágios” e publicado no jornal O Albor, de 26 de julho de 1947, nos conta sobre a lenda do tesouro do navio afundado no Cabo de Santa Marta.
Diz Ulysséa:

“(...) O segundo naufrágio de que há notícias, ocorreu ao sul do Cabo de Santa Marta, de uma nau espanhola denominada “Santa Marta”, em 1737.
Há afirmativa que aquele Cabo tomou a denominação de Santa Marta, em consequência deste naufrágio.
Afirmam historiadores que o naufrágio deu, em consequência de uma sublevação (motim) a bordo, o que faz crer que a nau foi propositalmente encalhada na praia.
Para a Vila da Laguna vieram duzentos náufragos que foram socorridos pelo fidalgo João de Távora, residente aqui.
Este antigo naufrágio originou uma lenda que passou através dos séculos.
Diz a lenda: Uma nau espanhola denominada “Santa Marta”, navegava do Pacífico para a Espanha, conduzindo barras de ouro e de prata, além de outros valores, das colônias espanholas do Pacífico, ali naufragando. Foram salvos os valores e não podendo a tripulação conduzi-los, resolveram enterrá-los no morro próximo que tomou em consequência desse naufrágio a denominação de Santa Marta.
Nessa data remota, segundo a lenda, não havia população no litoral, senão em Desterro, para onde seguiram em busca de auxílio.
De volta trazendo cargueiros, foram massacrados pelos indígenas, no lugar denominado Paulo Lopes, não sobrevivendo quem soubesse o lugar onde fora enterrado o tesouro.
Aí a lenda não explica como se pode saber do massacre, a menos que do Desterro tivesse seguido com a tripulação, um ou mais homens que escapasse.
Baseados nessa lenda, já tem sido procurado o tesouro”.
Evidentemente que a história, oral, atravessou gerações e foi modificada aqui e ali. O próprio nome do navio dos piratas, “Santa Marta” e que teria batizado o Cabo, não parece corresponder à verdade.
Segundo o historiador Lucas Boiteux, o Cabo de Santa Marta ganhou este nome em 1502, quando o comandante André Gonçalves teria chegado à região em 23 de fevereiro daquele ano, dia em que se festeja Santa Marta, segundo o calendário romano.

Aliás, no mapa-múndi, mais conhecido como Planisfério de Cantino, elaborado por um cartógrafo em 1502 e adquirido pelo italiano Alberto Cantino, o Cabo de Santa Marta teria sido assinalado com este nome no mapa. O documento encontra-se na Biblioteca Estense, na cidade de Modena, na Itália.

Dizer também que "não havia população no litoral, se não em Desterro", é também meio que forçar a barra. Afinal Laguna já havia sido fundada por Domingos de Brito Peixoto e logo seria transformada em Vila.

Há testemunhos afirmando que ao longo dos tempos, muita gente já foi vista na região do Cabo de Santa Marta procurando o tesouro enterrado pelos espanhóis, inclusive utilizando-se de medições e aparelhos detectores de metais. Ao que se sabe até hoje o local e o baú contendo as barras de ouro e prata não foram encontrados.

A lenda e o mistério do tesouro do Farol de Santa Marta continuam, despertando curiosidades e sonhos, atravessando séculos e gerações.

Senador Lindbergh Farias tem direitos políticos suspensos por quatro anos


Do Debate Progressista

A justiça Fluminense suspendeu, por quatro anos, os direitos políticos do senador Luiz Lindbergh Farias Filho. A decisão é da juíza Nathalia Calil Miguel Magluta, titular da 5ª Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada Fluminense.

Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do RJ por ter permitido o uso promocional de sua imagem, em dezembro de 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando era prefeito de Nova Iguaçu e se candidatava à reeleição.

Em nota, o senador informou que irá recorrer da sentença. Segundo o texto, “a matéria já foi julgada em 2011, pelo STF, que decidiu pelo seu arquivamento, com 10 votos a favor, por entender não haver indícios” para o processo.

Na época em que era prefeito, de acordo com o TJ, Lindbergh distribuiu caixas de leite e cadernetas de controle de distribuição com o logotipo criado para o seu governo impresso no material. Na sentença, a juíza também condenou o ex-prefeito ao pagamento de multa no valor de R$ 480 mil.

“O réu usou seu cargo e o poder a ele inerente para beneficiar-se em sua campanha à reeleição. O réu causou dano ao gastar verba pública na criação do símbolo, sua inserção em campanhas e sua propagação, associada a seu nome, em situações em que não era necessário. Faltou à conduta do réu impessoalidade, economicidade e moralidade. Posto isso, condeno o réu Luiz Lindbergh Farias Filho à suspensão dos direitos políticos por 4 (quatro) anos e ao pagamento de multa civil no valor de R$ 480 mil reais”, ressaltou a magistrada na sentença.

A denúncia é do Ministério Público, que moveu ação civil de improbidade administrativa. Nas alegações, o MP defendeu que, além do uso do logotipo estilizado e das cores da Prefeitura nas caixas de leite, a promoção pessoal ficou ainda mais evidente nas cadernetas sociais que foram distribuídas para cerca de seis mil famílias, para o controle do recebimento periódico do leite, nas quais constava expressamente o nome do prefeito.


Leia mais no G1

Controle de peso corporal com redução calórica? Uga, uga! Tô fora!, por Janduí Tupinambá


Controle de peso corporal com redução calórica? Uga, uga! Tô fora!

por Janduí Tupinambán, no GGN

Se nossa receita mensal cai, gastamos menos. Assim funciona a lógica de nossa economia doméstica. A mesma coisa para nosso corpo.

Se consumíamos 2500 calorias/dia e passamos a consumir 2000 calorias/dia, nos adaptamos para queimar 2000 e não 2500 calorias.

A redução calórica para os obesos é, na verdade, irrelevante a longo prazo. O foco não pode ser nas calorias que entram e sim, nas calorias que saem. Se você conseguir manter as calorias que saem em um nível alto, então você tem uma chance de perder peso. O Princípio da Redução Calórica (abreviação americana CRaP – Calories Reduction as Primary) não irá absolutamente te ajudar a perder peso. Este método na literatura possui uma taxa de 99% de falha.

Existe um deprimente reality show nos EUA, The Biggest Loser, em que os participantes obesos são, além de humilhados, submetidos a restrição calórica e malham que nem uns malucos. Uma pesquisa acompanhou 14 participantes deste programa idiota e constataram: 13 deles voltaram aos seus pesos “normais” de antes do início do show.

Um estudo com 14 pessoas é pouco, concordo. Então vamos a uma pesquisa da Human’s Healty Iniciative – um programa nascido em 1991 patrocinado pela agência governamental do governo dos EUA – National Institutes of Health – preocupados com a saúde da mulher de meia idade.

Neste estudo 50.000 mulheres foram submetidas a uma redução calórica de 350 calorias. A expectativa era uma perda de 13.6kg/ano. Depois de 7 anos a perda foi de 13.6 * 7 = 95kg? Não. Foi de apenas 110 gramas. Isto mesmo, gramas. Pausa pra chorar, coitadinhas.

Uma pesquisa ainda em 1950 já tinha demonstrado que a redução calórica leva o metabolismo basal a despencar (energia basal: aquela que gastamos somente para estar vivos).

Nesta pesquisa o cientista Ancel Keys (1904 – 2004) submeteu indivíduos a uma dieta de 1500 calorias / dia e os forçaram a caminhar 20 milhas por semana bem ao estilo The Biggest Loser. Interessante como os americanos adoram esta palavra Loser.

Mas, enfim, o que aconteceu com o metabolismo basal dessas pobres criaturas? Eles comeram por volta de 30% a menos e o metabolismo basal caiu aproximadamente 30%. Uma conta simples e darwiniana: o corpo percebeu que o mar não estava pra peixe e economizou energia. Os indivíduos sentiram frio, cansaço e fome. É o que em nutricionismo se chama “modo fome” ligado.  Com este modo ligado, os hormônios da fome ficam enfurecidos e o pouquinho a mais que se como é o suficiente para ganhar o pouquinho de peso que foi perdido à custa de muito sofrimento. E o pior: o “modo fome” ligado além de levar à uma queda acentuada do metabolismo basal, preserva esta queda por até 5 anos seguidos mesmo após o abandono da restrição calórica!

O leitor mais astuto concluirá: ora, então, a restrição calórica não se sustenta e a médio prazo ela contribui para ganho de peso! É isso?

Sim, é isso!

Sendo assim, não podemos culpar estas vítimas de dietas com restrições calóricas. Elas não são culpadas de nada. Não é falta de força de vontade. A verdade é que a regra “Coma menos e mova-se mais” estabelecida pelas dietas convencionais repressoras é garantia de fracasso. A regra está equivocada.  Comer de 3 em 3 horas? Pior ainda!

Sendo assim, vamos começar a mudar nossos conceitos. Aprendemos até aqui que:

1.      Cortar calorias coloca nosso corpo no modo fome. E isso é uma péssima notícia.

2.      A chave para perder peso a médio e longo prazo é manter nosso metabolismo basal não diminuindo nossa saída de calorias.

O que devemos fazer para não entrarmos no modo fome e desregular para baixo nosso metabolismo basal? É a própria fome ou jejum prolongado. Temos que deixar nosso corpo sentir fome.

Calma. Vamos tentar entender o que está acontecendo quando ficamos em jejum:

a)      Algumas mudanças hormonais acontecem as quais não existem quando estamos em restrição calórica.

b)      O corpo percebe que você está sem comida.

c)      Aí, começa a aparecer os hormônios do crescimento.

d)      Noradrenalina começa a surgir e a insulina cai. São os chamados hormônios “contra regulatórios” que naturalmente entram em ação quando estamos em jejum.

e)      Os hormônios do crescimento mantêm a massa magra e não deixa o metabolismo basal cair.

Em 4 dias de jejum, por exemplo, o metabolismo basal não cai pelo contrário, aumenta em 12%.

Vamos tratar a questão por um lado evolutivo. Imagine que você é um homem da caverna vivendo “tranquilamente” há 1 milhão de anos atrás no Norte do planeta. É inverno e Papai Noel ainda nem existia! Lá se vão 4 dias sem comer. Bem, dois dias atrás você comeu uma pelota de neve com vezes de um mamífero qualquer (arghhh!). Neste cenário, se seu corpo entrasse no modo fome a coisa complicaria: letargia, cansaço, frio e sem energia para procurar comida. Os dias passariam e os sintomas do modo fome só aumentariam seu tormento. Beleza. Se assim fosse todos os problemas atuais da humanidade estariam resolvidos: você morreria e a espécie humana seria apenas mais uma que não teria dado certo neste planeta.

Mas não é isto que aconteceu. Pelo contrário. Nossos genes são bem mais espertos, já diriam Darwin e Richard Dawkins. Seu corpo abre o generoso estoque de energia armazenada. Você passa a utilizar as suas gorduras. Você está com fome. Muita fome. Sua fome mantém seu metabolismo basal nas alturas e assim, você tem energia suficiente para ir atrás de comida de verdade e ainda dar umas porradas no cara da caverna ao lado que está sempre de olho nas suas fêmeas. É isso aí! Chega de cocô de alce congelado! Vamos à caça!

E enquanto você estiver com fome o modo fome não é ligado até que suas reservas cheguem em perigosos 4% - o que é muito raro (prova disto são seus bilhões de descendentes que você deixou por aqui). E melhor ainda: você não usa sua própria proteína como fonte de energia. Seria o mesmo que usar partes de um motor de um carro como combustível. Já imaginou ficar sem gasolina na estrada e jogar a embreagem do carro no tangue de combustível para acabar de chegar? A evolução não é idiota como este idiota motorista.

Nosso corpo segue sempre o caminho mais fácil. Gorduras possuem mais energia e são mais fáceis de serem quebradas do que as proteínas. Isto é: gastamos menos energia para obter energia da gordura do que gastamos para obter da proteína. Com a fome, enzimas que facilitam o acesso às células adiposas são liberadas e assim, você vai à caça e não morre de fome no inverno – nem perde suas namoradas para o vizinho!

Recapitulando, ficamos assim:

1.      Cortar calorias vai te colocar no modo fome.  Seu metabolismo basal vai cair. Se ferrou. Vai sair menos calorias e você não vai perder peso.

2.      A chave para perder peso a longo prazo é manter o metabolismo basal que significa: manter as calorias de saída no alto.

3.      “Comer menos e se movimentar mais” já se mostrou falho. Cuidado: esta regra furada é a preferida da maioria dos médicos e nutricionistas. Corra desta turma!

4.      A fome ou o jejum não o coloca no modo fome, pelo contrário. Dispara os hormônios do crescimento que ajudam você a queimar gorduras.

Significa que o processo de perda de peso sempre implica em sofrimento onde somos torturados com restrição calórica ou temos que passar fome? Que merda!

Calma. Não é bem assim. Podemos emagrecer comendo com prazer até se fartar. Como eu que perdi 12 quilos em 4 meses brincando de comer.

Quer saber como?

Ah! Ia me esquecendo: o cara da foto é parente meu. E seu também!

Abraços a todos!

Este post foi inspirado e baseado no artigo de Jason Fung:


https://www.dietdoctor.com/biggest-loser-fail-ketogenic-weight-loss-study-success

Porque Temer não irá ao Capão Redondo, por Sérgio Saraiva


A pesquisa IBOPE mostra que o governo Temer é uma unanimidade, consegue ser reprovado por todos os estratos sociais deste país. Mas chama a atenção a rejeição entre os jovens da periferia de capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes.

Por Sergio Saraiva no GGN

O coxinha, o perifa e o governo Temer

Para analisar a pesquisa IBOPE de dezembro de 2016 em relação ao governo Temer, criei dois estratos sociais: o coxinha e o perifa.

O coxinha mora no sul e sudeste, tem curso superior, mais de 35 anos e ganha mais de 5 salários mínimos.

O perifa, por óbvio, mora na periferia, tem até o curso médio, menos de 35 anos e ganha até 2 salários mínimos.

O coxinha e o governo Temer

O coxinha está decepcionado com Temer. Mais de 70% dos coxinhas consideram o governo Temer igual ou pior que o governo Dilma.
Imagino a cabeça do coxinha. Bateu panela, vestiu camisa amarela e foi para a rua. Vibrou com a queda de Dilma e esperava acordar em Miami – que acredita ser o primeiro mundo – no dia seguinte ao impeachment.

O coxinha não se importa com a PEC 55 – tem convênio médico pago pela empresa e sempre bancou a educação dos filhos em escola privada. Mas, agora, perdeu o emprego e não sabe se irá se aposentar.

Próximo de 45% dos coxinhas consideram Temer como ruim e péssimo e somente 13% como bom e ótimo. Cerca de 70% dos coxinhas não aprovam e nem confiam em Temer.


O perifa e o governo Temer

O perifa vingou-se do PT nas eleições de 2016, mais uma vez votou no aventureiro que se apresentou como “o novo”. Mas não se engana com Temer.

Cerca de 80% dos perifas consideram o governo Temer igual ou pior que o governo Dilma.

E em uma inusitada concordância com os coxinhas, algo próximo de 47% dos perifas consideram o governo Temer como ruim e péssimo e 13% o consideram ótimo e bom. E, igualmente aos coxinhas, algo próximo de 70% não aprovam e nem confiam em Temer.


Poderia se bem pior. O governo Temer é ainda desconhecido por mais de 10% dos mais velhos, dos menos escolarizados e dos moradores das pequenas cidades. Essa foi a proporção dos que não souberam ou não responderam à pesquisa
Porque Temer não visita o Capão Redondo

Agora, nada se compara à rejeição que Temer recebe dos jovens das periferias das capitais e das cidades maiores, com mais de 100 mil habitantes. É nesse segmento que se encontram aqueles que consideram o governo Temer ruim ou péssimo em porcentagens maiores que 50%. Nas periferias, chega a mais de 60%. Mais de 70% da periferia não aprovam e 80% não confiam em Temer.



Última turbina de UHE Jirau entra em operação

Com suas 50 turbinas funcionando, a Hidrelétrica se consolida como a 3ª maior do país

A Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau sincronizou na manhã desta segunda-feira, 14 de novembro, a sua última turbina – Unidade Geradora 48. Este marco traduz o comprometimento da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da UHE Jirau, no cumprimento do contrato de concessão firmado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Operando com suas 50 turbinas, a Usina passa a gerar 3.750 MW, potencial energético suficiente para levar energia a mais de quarenta milhões de pessoas, o que representa 3,7% de toda a energia hidrelétrica gerada no Brasil, consolidando-se como a 3ª maior do país.

De acordo com Victor Paranhos, Diretor-Presidente da ESBR, esta conquista reflete os valores da Empresa e o investimento em mão-de-obra qualificada para que todos os desafios fossem superados “Estamos honrados em entregar a Usina Hidrelétrica Jirau com seu processo de motorização concluído no prazo estabelecido. Trabalhamos com austeridade, ética e valorização da capacidade técnica para fazer de Jirau um empreendimento sustentável, que representa desenvolvimento para o Brasil e melhoria na qualidade de vida para milhares de pessoas”, destacou.

A ESBR obteve a outorga do uso de bem público para implantação da UHE Jirau em maio de 2008 por meio de leilão promovido pelo Governo Federal, integra o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, Porto Velho (RO), e gera energia desde setembro de 2013 para abastecer todo o país pelo Sistema Interligado Nacional e Rondônia pelo Sistema Acre-Rondônia.  

As turbinas da UHE Jirau, do tipo bulbo, são as mais potentes do mundo e foram desenvolvidas para operar a fio d’agua, com baixas quedas e consequentemente com baixo impacto ambiental, aproveitando todo o potencial do Rio Madeira. Além disso, desenvolve 34 programas socioambientais e seus princípios estão pautados em sustentabilidade, relacionamento transparente com as comunidades e cuidado com o meio ambiente.

Autor: Usina Hidrelétrica Jirau
Fonte: O Nortão

Com altura de prédio de 6 andares, maior onda da história é registrada no Atlântico

A altura da onda foi calculada a partir de registros de uma boia do Escritório de Meteorologia do Reino Unido na costa das Ilhas Hébridas Exteriores

Da BBC

A onda mais alta da história foi registrada por uma boia no Atlântico Norte.

Com 19 metros de altura, ela surgiu entre a Islândia e o Reino Unido, na costa das Ilhas Hébridas Exteriores, também conhecidas como Ilhas Ocidentais, situadas no noroeste da Escócia.

O fenômeno se formou depois da chegada de uma forte frente fria, com ventos de mais de 80 quilômetros por hora, no dia 4 de fevereiro de 2013. É, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), um novo recorde para uma onda oceânica.

Um comitê de especialistas da OMM - que é um organismo das Nações Unidas - ratificou esse novo recorde somente agora.

A marca anterior era de uma onda de 18,275 metros de altura registrada em dezembro de 2007, também no Atlântico Norte.

"É a primeira vez que se mede uma onda de 19 metros. Trata-se de um recorde notável", disse o subsecretário-geral da OMM, Zhang Wenjian.

Não seria, porém, a maior onda do mundo. Em 2002, um navio avistou uma onda de 29 metros no mesmo oceano. Mas não houve medições ratificadas pela organização.

A altura de uma onda é medida da sua crista até a base da que a sucede.
As boias do UK Met Office complementam as medições feitas no Atlântico Norte por navios e satélites

Sistema de boias

A boia que fez o registro é parte da rede de Estações Meteorológicas Marinhas Automáticas, do UK Met Office - o Escritório de Meteorologia do Reino Unido.

Chamada de K5, essa boia fica na costa das Hébridas Exteriores. Esse tipo de equipamento complementa as medições feitas por navios e satélites que monitoram as previsões meteorológicas em alto-mar.

As ondas gigantes frequentemente ocorrem no Atlântico Norte, cujas águas se estendem da costa do Canadá ao sul da Islândia e ao oeste do Reino Unido.

De acordo com a OMM, no inverno a circulação dos ventos e os sistemas de baixa pressão atmosférica causam tempestades ou ciclones extratropicais.

O fenômeno contribui para o equilíbrio térmico das regiões equatoriais e das regiões polares.

Um Projeto de Unidade Nacional deve superar divisões ideológicas


Por José Carlos de Assis

Não gosto da expressão “coxinha”. Aliás, nunca entendi direito o que significa. Se é uma metáfora mais ou menos literal da anatomia humana, coxinha evoca algo bastante interessante, ou seja, as coxas bem torneadas e expostas de uma jovem mulher. É um mistério porque, na política brasileira recente, passou a significar pessoas, sobretudo jovens, que estavam a favor do impeachment de Dilma. E ficar a favor do impeachment de Dilma assumiu uma conotação pejorativa, curiosamente sem muita relação com a política.

Uma das prioridades que temos hoje no Brasil é juntar as pessoas honestas e de boa vontade num grande projeto de regeneração nacional, expulsando do templo do Planalto os vendilhões que nele se assentaram. Tenho certeza de que, curadas as feridas do embate do impeachment, milhares, na verdade milhões de coxinhas tem o mesmo objetivo. É possível que tenham errado na questão do impeachment, mas não sem razão. O tema estava dominado pela mídia canalha e dificultava um julgamento criterioso, sobretudo por jovens.

E não me venham dizer, inclusive meus camaradas de esquerda, que não foram enganados, também eles, pela manipulação midiática. Nos dois governos do PT fui, junto com o senador Requião e poucos outros, um crítico implacável da política econômica, embora ressalvando a política social. O problema é que, salvo circunstâncias episódicas como um surto de importação de commodities pela China, nenhuma política social se sustenta por muito tempo sem a âncora de uma política econômica progressista.

Temos sido tratados como escravos da banca durante todos os governos, desde a ditadura. Nos governos do PT não foi diferente. E não foi por isso que Dilma sofreu o impeachment. Foi por um motivo torpe, um crime de responsabilidade inventado por seus detratores, a maioria corrupta na relação com o poder, o que ela rejeitava. O povo, e nele os coxinhas, não podiam escapar da manipulação de uma mídia uníssona que decidiu colocar Dilma para fora na esperança de aumentar o controle da banca sobre a presidência.

Não superaremos a profunda crise em que nos encontramos sem algum grau de unidade nacional. O primeiro passo é uma aproximação da esquerda com os chamados coxinhas, expressando ambos uma completa e cabal rejeição da corrupção, e uma rejeição não menos decidida do domínio quase absoluto que a mídia controlada pela banca tenta estabelecer sobre todos nós. A busca de um projeto nacional passa necessariamente pela unidade nacional de propósitos, não necessariamente pela unidade de ideologias.


O fato é que, na diversidade do mundo, cada um tem sua visão própria. A unidade deve ser estabelecida, sim, mas quanto ao objeto. Nesse campo, não há diferença entre esquerda e o que chamam de coxinha, desde que essa expressão não esconda uma visão egoísta e discriminatória da política. Se esquerda for a busca da justiça social, sou esquerdista. Se coxinha for ser contra a corrupção, pedindo uma administração pública honesta e competente, incluo-me com muito grado entre os coxinhas. Precisamos de todos para derrubar pacificamente o regime corrupto que está aí, totalmente a serviço da banca.

Fonte: Tribuna da Imprensa Sindical

Morreu de pleonasmo...


por Neno Moura*

(Para Paulo Leminski)

Um amigo meu era por demais superlativo
Superdotado, sabia de tudo
Soprava respostas de questões gramaticais
A pessoas sem conteúdo
Contudo, não cabia em si de tanto estudo
Ficava mudo diante da beleza de uma sentença
Pedia atenção na mesa do bar e dava discurso
Subia no banco e destilava oratória às ninfetas
Qual paraninfo em formatura de turma de Letras
De tanto sublinhar frases em livros ficou maluco
Teve que ir fazer análise sintática
Desenvolveu uma doença reincidente no pâncreas
Ou no sistema linfático
Um bicho geográfico grifou todo o seu corpo
E ficou de cama sofrendo espasmos
Morreu de pleonasmo

*Neno Moura é esse guri bonito e alegre da foto acima. Músico festejado no meio, agora também brinca com as letras. Cronista de alto calibre.


Do CangaBlog

Lava Jato: PF pega assessor do governador Colombo

Assessor do governador Colombo é o pivô do inquérito

Em março de 2016 o Jornalista Sérgio Rubim escreveu em seu blog (CangaBlog) o artigo - “Lava Jato: PF pega assessor do governador Colombo”. A matéria, que transcreveremos abaixo, deixa claro o porquê do recente pedido da Procuradoria Geral da República para investigar o Governador de Santa Catarina Raimundo Colombo.

Hoje, click RBS estampa que o Pivô do inquérito sobre Raimundo Colombo é ex-advogado do PSD que ganha R$ 10 mil na Casa Civil de nome André Agostini Moreno. Sim! Ele mesmo que CANGA BLOG se refere no artigo.

Como bem disse Sergio Rubin “Vai ser um estrago”.

Leia matéria completa:


Lava Jato: PF pega assessor do governador Colombo

Por Sérgio Rubin, no CangaBlog


Não foi só o ex-presidente Lula que se apavorou com a deflagração da Operação Xepa - a 26º da Lava Jato - desencadeada hoje cedo pela Polícia Federal.
  Em Santa Catarina o susto também foi grande. Mais precisamente no Centro Administrativo, no gabinete do governador Raimundo Colombo.
  Lula, casualmente, estava hospedado no hotel invadido pela PF, em Brasília, mas não era o foco da operação policial. Dizem que "saiu com o rabo que era um pincel".

   Já em Florianópolis, o foco era o advogado André Agostini Moreno, personagem próximo, e bem próximo, do governador Raimundo Colombo. Agostini foi conduzido coercitivamente até a sede da PF, em Florianópolis, para tirar algumas dúvidas dos investigadores.

   Não sabia
   O governo catarinense foi rápido no gatilho e, em nota, confirmou que André Moreno ocupa cargo comissionado no governo, como consultor, mas que desconhece qualquer relação sua com a empreiteira Odebrecht.

   Mula
   As desconfianças da polícia é de que André Agostini seria uma espécie de "mula" - intermediário - de dinheiro de propina entre a Odebrecht e "alguém" do governo, que ainda está sendo investigado.

   Situação tensa
   A situação periclitante de André Agostini, acaba respingando no governador Raimundo Colombo pela proximidade. Por quê? O advogado André Agostini tem relação estreita com o governador de longa data.
   Trabalhou na Prefeitura de Lages quando o atual governador era prefeito da cidade.  
   Hoje, André é "consultor" do governo, chefe de Gabinete do Deinfra, já foi advogado de Raimundo Colombo naquele imbróglio do terreno alagado da nova penitenciária (Rodobens) na Palhoça além de participar da direção do comitê financeiro de Colombo, nas duas campanhas de governador.

   Curiosidade
   A curiosidade dos policiais federais é para quem foi o dinheiro que a Odebrecht distribuiu em Santa Catarina, cujo receptor para posterior distribuição foi o advogado André Agostini Moreno. André não é acusado de prática delituosa, mas simplesmente de ser o intermediário entre o dinheiro da Odecrecht e o destinatário final.

   UM MILHÃO
   Conforme a PF, André Agostini recebeu R$ 1 milhão em espécie no dia 23 de outubro de 2014 (ano da eleição estadual).
   O dinheiro possivelmente serviu para pagar gastos eleitorais, coisa bastante comum nestas épocas. Quando saiu a bufunfa, haviam se passado apenas duas semanas da eleição para governador, deputado estadual, federal e senador da república.
   A curiosidade agora não é da PF, mas de nós leitores e eleitores: Será que André Agostini entregou os nomes dos destinatários da grana da Odebrecht?

   Vai ser um estrago!

Moradores do Loteamento Juliana, no bairro Mato Alto em Laguna protestam contra ordem de despejo

Foto: Elvis Palma/Divulgação/Notisul
Ordem de despejo obriga famílias da comunidade do Jardim Juliana a deixarem as suas casas que, segundo a justiça, foram construídas em um terreno da Codisc


Do Jornal Notisul

Manifestantes protestam durante diplomação

Cerca de 40 moradores do Loteamento Juliana, no bairro Mato Alto, em Laguna, que fica às margens da rodovia de Acesso à cidade, protestaram nesta sexta-feira em frente ao Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos, durante a diplomação de vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos em outubro. O motivo da manifestação foi a ordem de despejo que dezenas de famílias daquela comunidade receberam na última quarta-feira.

O ato iniciou às 16 horas e o lugar escolhido foi para ‘chamar a atenção’ dos novos representantes dos poderes executivo e legislativo, uma vez, que no local ocorria à diplomação dos eleitos do último dia 2 de outubro. “Na próxima segunda-feira, alguns manifestantes tentarão conversar com o prefeito eleito, Mauro Candemil.

Precisamos da colaboração dele. Todos os moradores daquele bairro adquiriram os terrenos de forma legal e não há motivos para serem despejados”, lamenta a operadora de caixa Jéssica Gonçalves.

Conforme a moradora, a ordem de despejo foi efetuada porque, segundo representantes da prefeitura, as terras foram invadidas pelos moradores. A área, de 20 hectares, pertence à Companhia de Desenvolvimento Industrial de Santa Catarina (Codisc).


Após o protesto, o grupo retornou ao bairro e lá realizaram uma passeata entre as 18 às 20 horas. Com cartazes, o grupo se manifestou contra a ação.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Pacote de Temer para gerar emprego reduz multa para empresa demitir

Foto Beto Barata/PR

Afogado em citações de delatores na Operação Lava Jato, o governo de Michel Temer (PMDB) tenta desviar a atenção anunciando um “pacote de medidas”, nesta quinta-feira (15), com a promessa de aquecer a economia e gerar emprego. No entanto, a proposta chamada de “microeconômica” facilita a demissão de trabalhadores e busca garantir o pagamento dos bancos.

Por Dayane Santos

Entre as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles, estão a redução de 10% da multa paga pela empresa na demissão sem justa causa, o que reduz um recurso importante para o trabalhador na hora em que ele mais precisa. A proposta é reduzir um ponto percentual ao ano até eliminar a multa em 10 anos.

Outra medida é um suposto aumento de 50% dos lucros do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para os trabalhadores. Atualmente, a remuneração paga é de 3% mais TR (taxa referencial) ao ano. O rendimento terá um acréscimo próximo à poupança, hoje em cerca de 5% mais TR ao ano.

Mas a medida retira recursos de um fundo usado para investimentos em habitação, saneamento básico e infraestrutura. E o governo já afirmou que pretende liberar o uso do FGTS para que o pagamento de dívidas, ou seja, para pagar bancos.

Mas enquanto garante que o trabalhador endividado pague aos bancos, o governo propõe a regularização fiscal de empresas transformando as dívidas tributárias e previdenciárias com o governo em créditos tributários. Isso mesmo: dívida em crédito. A medida vale para obrigações não pagas até novembro de 2016. Empresas que tiveram prejuízo fiscal podem usar os créditos desses prejuízos para compensar dívidas fiscais. O prazo de pagamento será alongado para até 96 parcelas.

A proposta já é uma prática adotada pelo governo federal desde 2000, por meio do Refis (Programa de Recuperação Fiscal).

“A regularização tributária das empresas é o que o governo tem feito desde todo sempre, das mais diversas formas, mas é sempre privilegiando a sonegação e a fraude. Os consumidores pagam pelos impostos e as empresas não depositam esses impostos nos cofres públicos e se apropriam disso”, afirma assessor da Câmara dos Deputados, especialista em orçamentos e políticas públicas, Flávio Tonelli Vaz.

E completa: “É uma postura leniente. Só quem paga imposto em dia neste país é o trabalhador, que tem descontado no seu holerite o imposto de renda e paga o imposto sobre o consumo”.

CTB rechaça

“Temer ataca mais uma vez a classe trabalhadora. Se não bastasse as reformas trabalhista e da previdência e a PEC 55, agora ela também vão acabar com a multa de 10% do FGTS”, afirmou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), Adílson Araújo.

“Eles optam por uma medida que só fará sorrir o setor empresarial. Tudo leva a crer que não será com iniciativas como essa que o país encontrará seu horizonte de retomada. Até porque a agenda de Temer oferta ao povo brasileiro profundo retrocesso, já que ela é célere à pressão do mercado e perversa para quem mais precisa”, completou o sindicalista.

Temer também quer dar descontos maiores para pagamento em dinheiro, em detrimento do cartão e cheque. Associada a essa medida, para antecipar capital de giro aos comerciantes, o prazo para as bandeiras de cartão de crédito repassarem os valores pagos será reduzido dos atuais 30 dias para cerca de 2 dias. Com isso, o governo espera que o custo do crédito rotativo ao consumidor seja reduzido.

Para entidades ligadas ao direito do consumidor, esse é uma expectativa que não se concretiza, pois não há nenhuma obrigatoriedade dos bancos em reduzir, muito pelo contrário, querem sempre aumentar a margem de lucro em detrimento do consumidor.

O consumidor será incluído automaticamente no chamado Cadastro Positivo. Mas enquanto o lojista vai economizar ao ser dispensado de fazer a análise de crédito do cliente, o pagamento da anuidade do cartão vai continuar a gerar custos para o consumidor.

Economistas afirmam que tal medida não vai reduzir os juros do cartão como pretende o governo, pois a taxa básica de juros, a Selic, está caindo e o juro do cartão continua aumentando.

“O efeito é pífio. É mais um esforço de relações públicas do que qualquer outra coisa. Não é isso que vai fazer a diferença”, declarou o economista e ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartzman, em entrevista ao G1.

Flávio Tomelli lembra que, desde 1994, durante o governo FHC, a justificativa para privatizar os bancos era atrair o capital estrangeiro para diminuir os juros de consumo. “Ninguém nunca viu um centavo de redução. O mesmo acontece quando o governo fala em redução do combustível, mas na bomba aumenta. São promessas que nunca saem do papel”, ressalta.

Pacote de maldades: PEC e Previdência

Enquanto o governo diz ceder de um lado, ele tira de outro. O suposto pacote de bondades é acompanhado de uma série de outras medidas que tiram direitos e garantias dos trabalhadores, como a PEC 55, que congela os investimentos públicos por 20 anos, e a reforma da Previdência, em que o trabalhador vai pagar mais tempo e demorar ainda mais para se aposentar.

Para o economista Roberto Piscitelli, professor do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB), o programa de regularização tributária das empresas anunciado no pacote é “discriminatório” porque o governo facilita a quitação de débitos tributários enquanto pede sacrifícios ao trabalhador, como a reforma da Previdência.

“Está se sacrificando tanto o trabalhador e você dá um alívio para as empresas pagarem suas dívidas tributárias”, frisou.
Flávio Tomelli também concorda. “O governo faz um discurso dizendo que não vai resolver nada aumentando impostos, mas o que significa contribuir mais e ganhar menos da Previdência, não é aumento de imposto? Imposto não é somente a empresa quem paga. A contribuição previdenciária é um imposto”, explica.

Fonte Portal Vermelho