terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Feliz Natal! Solidariedade, equilíbrio, família, festa, reconhecimento, sabedoria, união e luz

Hino da Solidariedade
Olhando por aí
Dá uma dor aqui
Às vezes dá vontade de não ver
Às vezes dá vontade de chorar
Às vezes dá vontade de esquecer
Mas quando essa vontade
Se encontrar
Transforme essa vontade em fazer
Nesse segundo em algum lugar do mundo
Alguém tá precisando de você
Faça a sua parte
E dê a melhor parte de você
Não é com mão no bolso
é com a mão na massa
Que dá para ajudar a revolver
Faça um pouquinho
Você não está sozinho
Faça porque há muito pra fazer
Faça a sua parte

Wagner Tiso, com letra da poetisa
e atriz carioca Elisa Lucinda
E dê a melhor parte de você

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

“Esse modelo econômico excludente não é a proposta que Jesus deixou”, afirma padre

"O cristianismo que gera desigualdade, pobreza, miséria e desemprego não é o cristianismo autêntico", diz Fabio dos Santos, coordenador para a Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter Religioso e da Comissão de Justiça e Paz da Igreja Católica.

Por Fátima Pereira e Vanessa Gonzaga - Brasil de Fato

Para falar sobre a importância da data e o legado de Jesus Cristo, o Brasil de Fato Pernambuco conversou com o padre Fábio dos Santos, coordenador para a Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter Religioso e da Comissão de Justiça e Paz da Igreja Católica.

A simbologia do Natal, a trajetória de Jesus e o projeto de vida contido na Bíblia foram temas da conversa.

Confira os melhores momentos:

Brasil de Fato: O que o Natal representa?

Fábio dos Santos: Para os cristãos, é o mistério de um Deus que se fez humano – e que se fez humano na periferia do mundo, na Palestina. Deus podia se fazer homem lá no centro, no império, poderia ter nascido na nobreza. Mas ele nos dá um recado quando encarna, porque vai ser filho de um operário, de um carpinteiro, e quando cresce ele se torna um também.

É esse mistério afetuoso, amoroso e solidário de um Deus que se torna companheiro, se torna um de nós. Ele nos traz uma proposta da encarnação que se completa no mistério da morte e da ressurreição, na Páscoa. O Natal e a Páscoa se encontram, de alguma forma.

Quem era esse Jesus que vivia no meio do povo?

Não dá para separar, do ponto de vista do crente, o Jesus histórico do Jesus Cristo da fé, como as outras expressões religiosas no mundo. O tempo todo, esse Jesus histórico é o Cristo da fé, que morre e ressuscita para que nós, como filhos de Deus, nos tornemos irmãos e irmãs, homens e mulheres novos, construtores de novas estruturas na sociedade, na política, na economia, na cultura, na questão ambiental.

Essa dimensão da fé é muito importante, inclusive na perspectiva do Cristo libertador, que nos traz essa visão da libertação dos povos, da justiça social. Para usar um termo mais atual, o Papa Francisco fala de "ecologia integral", onde tudo está interligado.

Jesus não passou a vida na sacristia. Estava lá construindo e mostrando a construção de um mundo mais justo e mais fraterno. E essa proposta de Jesus, quando levada a sério, só pode transformar o mundo para melhor.

Esse modelo econômico excludente que está aí não é a proposta que Jesus deixou.

Como você acha que viveria Jesus na sociedade de hoje, orientada pelo consumo e pela exploração?

Nos evangelhos, a gente encontra que Jesus comia e bebia com os pecadores, e escandalizava por causa disso, mas ele também comia e bebia com os fariseus. Eu acho importante afirmar isso, porque é tempo de conviver com a diversidade, com a pluralidade. Essa proposta de Jesus que sabia dialogar com todos é para nós um pista e, no período do Natal, isso ganha uma força, pelo simbólico: é um convite a fraternidade.

Se antes a palavra justiça parecia muito subversiva, por incrível que pareça, amar me parece ser revolucionário.

De que forma é possível aplicar os ensinamentos de Cristo no cotidiano?

Você vai encontrar em todas as religiões o amor, justiça, bondade, paz, solidariedade, luta. A Igreja Católica tem uma doutrina social há praticamente 100 anos com essa visão mais elaborada. Isso sem falar do compromisso que a igreja tem com essa dimensão humana, social, ecológica.

Na América Latina, nós tivemos a Teologia da Libertação, as Comunidades Eclesiais de Base, a Pastoral da Juventude Rural e tantas outras iniciativas da igreja que estão comprometidas com essa missão evangélica da opção pelos pobres.

Mesmo não fazendo parte da política ou tomando partido de quem o fizesse, você acha que Jesus Cristo pode ser considerado uma figura política?

Em termos partidários, não. Jesus não é uma ideologia. Para quem crê nele, ele é Deus que se fez homem, que criou uma nova história na humanidade e, evidentemente, uma postura de diálogo e ecumenismo com as expressões de fé.

O cristianismo que gera desigualdade, pobreza, miséria e desemprego não é o cristianismo autêntico. O cristianismo autêntico é político, não partidário e ideológico: ele promove um mundo melhor. A justiça social é um compromisso de todos e é um direito constitucional.

Jesus era conhecido por andar com os marginalizados daquela época. Quem são e onde estão os marginalizados hoje?

Os marginalizados continuam sendo os pobres e, à medida que fomos nos tornando comunidade, vemos que os marginalizados também são aqueles que sofrem por sua orientação sexual, sua religião. O cristianismo tem essa sacada, que é o mandamento novo do amor. E como eu trabalho isso o tempo todo na comissão, eu sinto sobre esse tema – não é só porque leio e estudo isso.

Como Jesus fez com os marginais do seu tempo um gesto de acolhida e inclusão, ele também nos traria essa mensagem hoje.

domingo, 22 de dezembro de 2019

Defensoria Pública lança Manual de Direitos do Cidadão na Abordagem Policial

De acordo com o manual, todo cidadão possui o direito de saber o motivo e o nome do policial ou guarda que está realizando a abordagem. ( Veja o manual na íntegra)

Por revista forum

A Defensoria Pública do Estado do Pará lançou, nesta quinta-feira (5), o Manual de Direitos do Cidadão na Abordagem Policial. A ideia partiu de uma demanda exposta por movimentos sociais, em decorrência de algumas abordagens policiais que possivelmente violaram os direitos humanos.

Como foi solicitado pelas lideranças, o manual é acessível e possui uma linguagem simples. Sendo produzido em formato de cartilha, para que todos os cidadãos possam entender os seus direitos diante de tal situação.

De acordo com o manual, todo cidadão possui o direito de saber o motivo e o nome do policial ou guarda que está realizando a abordagem (Art. 5º, LXIV, CF). Policiais militares e guardas municipais devem carregar o seu nome gravado de forma visível em suas fardas.

Já para policiais civis e federais não há essa obrigação, portanto, a identificação deve ser feita por parte do próprio policial, através da carteira funcional.

O manual diz ainda que, se houver falha ou dificuldade na identificação do policial, é para o cidadão tentar identificar, se possível, a placa ou o prefixo da viatura e grave as características do policial (altura, cor dos olhos, cabelo, tatuagens, sinais, etc.), bem como os detalhes do uniforme (cores, acessórios e símbolos, principalmente nas mangas e nos ombros).

Veja o manual aqui: Panfleto Abordagem FINAL_13 (1)

Temporada de verão começa neste domingo no Hemisfério Sul

Nesta estação, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país

Por Kamilla Cerbino - Agência Brasil

O verão no Hemisfério Sul começou oficialmente neste domingo (22), à 1h19 (horário de Brasília) e vai até 20 de março de 2020. A estação mais quente do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é marcada pela elevação de temperatura em todo o país, devido à posição da Terra em relação ao Sol, tornando os dias mais longos que as noites

O verão se caracteriza também pelas mudanças rápidas nas condições de tempo, com chuvas fortes, queda de granizo, ventos com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

Em 2020, o verão não terá a influência dos fenômenos El Niño (aquecimento das águas do Oceano Pacífico) e La Niña (fenômeno caracterizado esfriamento das águas do Pacífico). Segundo o Inmet, os principais centros internacionais de meteorologia indicam probabilidade elevada de neutralidade e se mantenha ao longo de toda a estão.