quinta-feira, 27 de setembro de 2018

STF mantém cancelamento de 125 mil títulos de eleitores catarinenses


Por Agência Brasil via DC

Por 7 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, dia 26, rejeitar pedido de liminar feito pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) para evitar o cancelamento dos títulos de eleitores que não realizaram o cadastramento por biometria nas localidades que foram escolhidas pela Justiça Eleitoral.

De acordo com a Justiça Eleitoral, cerca de 3,3 milhões de eleitores não vão votar nas eleições de outubro porque não compareceram aos cartórios eleitorais nos municípios em que houve o recadastramento para identificação biométrica e devido a outras restrições.  Em Santa Catarina, foram 125.185 títulos cancelados entre 2016 e 2018.

Na ação, o PSB alegou que são inconstitucionais as resoluções do TSE que disciplinaram o cancelamento do título como penalidade ao eleitor que não realizou o cadastro biométrico obrigatório dentro do prazo, porque resultaram no indevido cerceamento do direito de votar.

O PT e o PCdoB também participaram do processo. Segundo as legendas, o maior número de eleitores que não poderão votar está na Região Nordeste. Para os partidos, a maioria dos títulos cancelados é de cidadãos humildes que não tiveram acesso à informação para cumprir a formalidade.

A data limite para cadastramento e atualização da situação foi 9 de maio. De acordo com o TSE, 60.173 catarinenses acertaram a situação eleitoral para este pleito.

Eleitores em 2018

No Brasil: 
147.302.354
Total de eleitores no Brasil em 2018
3.368.447
Eleitores com título cancelado no Brasil em 2018

Em Santa Catarina: 
5.070.212 
Total de eleitores em SC - em 295 municípios
125.585
Eleitores com título cancelado em SC - em em 43 municípios

Registros cancelados antes das Eleições 2018, 2016 e 2014:


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Ziraldo sofre AVC e está internado em estado grave no Rio

Criador do Menino Maluquinho está internado em CTI no Pró-Cardíaco 
(Foto Fernando Frazão/Agência Brasi)

Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

O cartunista e escritor Ziraldo, 85 anos, sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico nesta quarta-feira (26) e está internado em estado grave no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, zona sul do Rio. O hospital informou, em nota, que o cartunista e escritor Ziraldo Alves Pinto deu entrada na instituição no início da tarde com quadro de acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. O paciente encontra-se internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade e seu estado de saúde é grave.

Carreira

Ziraldo é cartunista, desenhista, jornalista, cronista, chargista, pintor e dramaturgo brasileiro. Ele é o criador do personagem de quadrinhos infantil Menino Maluquinho. Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, que fez muito sucesso com suas entrevistas e humor crítico durante o regime militar.

O cartunista nasceu em Caratinga, Minas Gerais, no dia 24 de outubro de 1932. Seu nome vem da combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha e o de seu pai Geraldo. Desde criança já mostrava seu talento para o desenho. Com seis anos, teve um desenho seu publicado no jornal Folha de Minas.

Ziraldo estudou no Grupo Escolar Princesa Isabel. Em 1949 foi com a avó para o Rio de Janeiro, onde estudou por dois anos no Mabe (Moderna Associação de Ensino). Em 1950, retornou para Caratinga e concluiu o científico no Colégio Nossa Senhora das Graças.

Jornal El País publica trecho da Embaixada do Brasil na Noruega que compromete Bolsonaro


Trecho do telegrama da Embaixada do Brasil na Noruega que informa que a ex-mulher de Bolsonaro relatou ter sido ameaçada de morte por volta de 2009:  Rubens Valente


Leia matéria completa no conceituado Jornal El País: 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

SEGUNDO ITAMARATY, EX-MULHER AFIRMOU TER SOFRIDO AMEAÇA DE MORTE DE BOLSONARO


Com informações da Folha de S. Paulo

Ex-mulher afirmou ter sofrido ameaça de Bolsonaro

A ex-mulher do candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, denunciou ao Itamaraty, em 2011, que recebeu ameaça de morte do ex-deputado federal – motivo que a levou a deixar o país. Como prova, consta um telegrama reservado arquivado no órgão, consultado pelo jornal Folha de S. Paulo – que divulgou a notícia na tarde desta terça-feira, 25.

Na época, o casal travava uma disputa judicial sobre a guarda do filho do casal, então com 12 anos. O documento diz: A senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos [em 2009] ‘por ter sido ameaçada de morte’ pelo pai do menor [Bolsonaro]. Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país [Noruega]”.

Ana Cristina disse ainda, em um trecho registrado no telegrama, que foi procurada pelo vice-consulado do Brasil na Noruega, onde viajara na ocasião –  e que o oficial “estava agindo em nome do deputado federal Jair Bolsonaro”.
Atualmente Ana Cristina, ex-servidora da Câmara Municipal de Resende (RJ), usa o sobrenome “Bolsonaro”  e também está na disputa eleitoral como candidata a deputada federal pelo Podemos.

Em entrevista à Folha, o diplomata, professor do Instituto de Ciência Política da UnB (Universidade de Brasília), disse se recordar do conteúdo do documento. Contou que, em julho de 2011, foi acionado por escrito pelo Itamaraty, em Brasília, e também procurado por Bolsonaro, com quem conversou por telefone. Segundo Cardim, Bolsonaro estava contrariado com o fato de sua ex-mulher ter viajado, sem a sua autorização, com o filho para a Noruega.

Ex-servidora da Câmara Municipal de Resende (RJ), Ana Cristina usa o sobrenome “Bolsonaro” e é candidata a deputada federal pelo Podemos. Confira a matéria completa no site da Folha.

Do Catraca Livre

5 minutos do pensamento de Jair Bolsonaro (você aguenta?)

vídeo 5 minutos jair bolsonaro
Vídeo com apenas 5 minutos de duração revela o pensamento do candidato Jair Bolsonaro (PSL) sobre temas variados. Imagens repercutiram e deixaram internautas estarrecidos

Um vídeo com apenas 5 minutos de duração revela o pensamento do candidato Jair Bolsonaro (PSL) sobre temas variados.

Questionado a respeito dos altos salários dos políticos no Brasil, Bolsonaro se irrita e dispara:

“O que é que um deputado federal tem? 33 mil de salário por mês, ok? 90 mil para contratar funcionários. 40 mil para passagem aérea, transporte, gasolina, almoço. Se é muito, não sei. Eu uso quase tudo. Pra mim é o suficiente e não abro mão do que estou recebendo!”


“Se eu abrir mão disso, vou ter que pagar telefone do meu bolso? Correspondência do meu bolso? Aí não dá!”, conclui Bolsonaro.

No vídeo, Bolsonaro diz também que seu sangue é superior ao de um homossexual. As imagens mostram ainda as opiniões do candidato sobre pobres, mulheres, negros e torturadores.

São 5 minutos. Assista:


Fonte: Pragmatismo politico

#ELENÃO: MULHERES ORGANIZAM MANIFESTAÇÃO CONTRA BOLSONARO EM TUBARÃO


Segundo pesquisa Ibope publicada esta semana, 50% do público feminino não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL. Entre os homens, a rejeição chega a 33%

Por Notisul

O movimento de mulheres contra o candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro do Partido Social Liberal (PSL), que ganhou as redes sociais após a criação de um grupo no Facebook que conta com mais de 2 milhões de integrantes, sairá às ruas no Brasil e em algumas cidades pelo mundo (Lisboa, Porto e Coimbra, em Portugal; Berlin, na Alemanha; Lyon, na França; Galway, na Irlanda;  Barcelona  na Espanha; Sidney e Gold Coast na Austrália; Londres  na Inglaterra e Haia na Holanda, entre outras) no próximo sábado,  para manifestar o seu repúdio ao candidato à Presidência pelo PSL.

Em Tubarão, o ato também ocorrerá no próximo sábado (29), a partir das 15h, na Praça Willy Zumblick. Embora “Mulheres Unidas Contra Quem Não Nos representa - Tubarão-SC”  é o principal mote, este evento é apoiado por pessoas de todos os gêneros, com milhares de homens, que também confirmaram presença ou mesmo apoiam o protesto. “Esperamos a reunião de boa parte da comunidade tubaronense. Temos a adesão neste movimento de grupos LGBT, do movimento negro e de muitos homens. O ato será pacífico”, conta a empreendedora e uma das organizadoras do movimento, Tatiana Matias.

Há algumas semanas, diversas reações nas redes sociais desencadearam o movimento  hashtag  #elenao. De acordo com Tatiana, o desacolhimento da maioria das pessoas do público feminino ocorre por causa de declarações e atos vistos como polêmicos de Bolsonaro,  entre eles de usar uma palavra de baixo calão contra uma deputada e posteriormente, dizer que ela “não merecia ser estuprada”; além de ter destratado uma jornalista que o entrevistava e por fim, ressaltar que os homens ‘fraquejaram’ ao ter filhas, e não ver problema na diferença salarial entre homens e mulheres. “Este candidato representa o atraso no país. Ele se mostra contra tudo aquilo que lutamos. Não podemos compactuar com declarações machistas, racistas, misóginas e com o preconceito num todo”, pontua.

Tatiana destaca , que a cada dois segundos, uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil, conforme dados do Relógios da Violência do Instituto Maria da Penha. “Não se pode admitir que, sob a fala da liberdade de expressão, qualquer candidato ou partido político, ofenda as mulheres, reforçando a cultura machista e misógina que, infelizmente, ainda insiste em matar muitas de nós todos os dias”, resume.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Marta é eleita a melhor jogadora de futebol do mundo pela sexta vez

Marta ganha o prêmio de melhor jogadora - John Sibley/Reuters/Direitos reservados

Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

A brasileira Marta foi eleita a melhor jogadora de futebol do mundo pela sexta vez. O prêmio foi entregue hoje (24) na cerimônia The Best, promovida pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). A atacante já havia sido premiada com a mesma honraria em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Com isso, passou a deter, isoladamente, o maior número de títulos de melhor atleta de futebol do mundo, entre homens e mulheres. Ela passou Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, ambos com cinco troféus.

Na votação deste ano, Marta superou a norueguesa Ada Hegerberg e a alemã Dzenifer Marosán. Marta foi ao palco emocionada para receber o prêmio. “É um momento fantástico. E as pessoas falam para mim: você já esteve nessa posição tantas vezes e todas as vezes você se emociona. Realmente. Eu faço isso porque isso representa muito para mim. É um momento mágico. Obrigada”.

Marta agradeceu às companheiras do Orlando Pride (EUA), clube que defende desde o ano passado, e da seleção brasileira. Agradeceu também a Deus e a todos que a escolheram como a melhor do esporte entre as mulheres. Marta tem 32 anos e é o principal nome da seleção brasileira desde 2003, quando conquistou a medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, além da Copa América.

TSE divulga arrecadação dos candidatos à Presidência da República



Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil (Foto Paraíba Notícia)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou hoje (15) nova parcial da prestação de contas dos candidatos à Presidência da República.

Entre os candidatos, o com maior arrecadação, até o momento, foi Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano levantou R$ 46,4 milhões. Do montante, R$ 46,26 milhões (97,8%) foram oriundos do Fundo Eleitoral. O financiamento coletivo do candidato representou 0,08% das verbas arrecadadas.

A segunda maior arrecadação foi a do candidato Henrique Meirelles (MDB), que declarou R$ 45 milhões em receitas até o momento. Todo o recurso veio de fontes próprias, ou seja, do próprio candidato.

A terceira maior declaração foi a do PT, cuja candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva foi substituída por Fernando Haddad. Foram movimentados R$ 20,6 milhões em receitas. A quase totalidade, R$ 20 milhões (97,1%), veio do Fundo Eleitoral. Por meio de financiamento coletivo foram arrecadados R$ 598 mil.

Ciro Gomes (PDT) vem na quarta posição, com R$ 16,1 milhões recebidos, todo do Fundo Eleitoral.

Marina Silva arrecadou R$ 7,2 milhões. Da soma de verbas, R$ 6,1 milhões vieram de doações do Fundo Eleitoral; R$ 260 mil foram de financiamento coletivo e o restante de 21 doadores.

Álvaro Dias (Podemos) declarou ter recebido R$ 5,2 milhões. Deste total, R$ 3,2 milhões (62,5%) foram oriundos do Fundo Eleitoral e 37,9% de doações diversas. A iniciativa de financiamento coletivo do candidato representou apenas 0,63% do total.

Guilherme Boulos (PSOL) recebeu até agora R$ 5,99 milhões, sendo R$ 5,97 milhões provenientes do Fundo Eleitoral. O restante foi arrecadado por meio de financiamento coletivo.

João Amoêdo (Novo) recebeu até o momento R$ 2,4 milhões, recursos oriundos de filiados e apoiadores.

José Maria EymaePSDC) levantou R$ 849 mil do Fundo Eleitoral.

Jair Bolsonaro (PSL) arrecadou R$ 688,7 mil. Desse total, quase a metade foi proveniente do Fundo Eleitoral (R$ 334,75 mil). Outra parcela de R$ 332,8 mil foi obtida por meio de financiamento coletivo.

Vera Lúcia (PSTU) declarou receitas no valor de R$ 401 mil, praticamente toda oriunda do Fundo Eleitoral. A candidatura levantou apenas R$ 1,8 mil por meio de financiamento coletivo. João Goulart Filho (PPL) levantou R$ 231,8 mil, sendo R$ 230 mil do Fundo Eleitoral e o restante R$ 1,8 mil de financiamento coletivo.

As informações podem ser obtidas por meio do sistema do Tribunal “Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais”.

O episódio “A Revoada dos Galinhas Verdes”


Por José Álvaro Cardoso* - No Desacato

Um dos elementos importantes na complexa conjuntura atual é o desconhecimento generalizado de história, típico da maioria de nós brasileiros. Um desconhecimento, entenda-se bem, que decorre em boa parte, de uma estratégia das classes dominantes para manter seu controle sobre os trabalhadores. A ignorância da história, por parte da maioria, facilita muito a dominação e manipulação política. A direita utiliza o desconhecimento histórico para disseminar mentiras e teses completamente absurdas. Por exemplo, tem surgido um debate nas redes sociais se o nazismo seria uma ideologia de esquerda ou de direita. Um dos argumentos para os que defendem que o nazismo é de esquerda, é que o partido de Hitler chamava-se Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. A palavra “Socialista” no nome do partido, para alguns, seria a comprovação de que o partido seria socialista. Parece brincadeira, mas num contexto de amplo domínio da ignorância, muita gente acredita nessas coisas.

Por isso vale conhecer um pouco A “Batalha da Praça da Sé”, ou a “A Revoada dos Galinhas Verdes”, um dos desses momentos extremamente importantes, para a luta dos trabalhadores brasileiros. E que é olimpicamente ignorado pela maioria dos brasileiros. A dita batalha aconteceu no dia 7 de outubro de 1934. Os integralistas, que eram seguidores do fascismo italiano e do nazismo, convocaram uma manifestação com o objetivo de demonstração de forças para a Praça da Sé, no centro de São Paulo. Para a manifestação vieram integralistas também do Rio de Janeiro, e se calcula que os fascistas tenham reunido cerca de 8 mil pessoas no evento. Os registros mencionam que havia no dia, mais de 400 homens da organização fortemente armados no local combinado.

A partir de certa altura, os membros da organização começaram a marchar e entoar seus hinos fascistas, tentando impressionar e intimidar. No entanto, alguns gritos de “fora galinhas verdes” mostravam que nem todo mundo estava disposto a assistir pacificamente as manifestações nazifascistas. Setores da esquerda brasileira (Frente Única Antifascista, Partido Comunista Brasileiro) haviam se organizado para enfrentar e acabar com manifestação integralista na base da força. O entrevero começou com alguns pequenos enfrentamentos. Mas o número de militantes de ambos os lados, num ambiente de grande polarização política no qual o país, e o mundo viviam, indicava um enfrentamento de significativa monta.

A temperatura ia aumentando quando, de uma hora para outra, se ouviu uma rajada de metralhadora que atingiu Mario Pedrosa, jornalista e importante dirigente político. Mario foi retirado da linha de fogo por Fúlvio Abramo, outro jornalista e militante de grande destaque. Na confusão, é atingido mortalmente o jovem comunista Décio de Oliveira, enquanto fazia um discurso. A partir deste momento, inúmeros grupos de militantes de esquerda, que estavam espalhados na área entram na luta contra os integralistas. O embate foi duro, com o uso de armas de fogo dos dois lados. Segundo os dados, morreram no confronto, além de Décio de Oliveira, pelo menos seis guardas civis. Ante a determinação e a coragem dos trabalhadores, os integralistas fugiram que nem galinhas em revoada, daí o nome jocoso da batalha, “A Revoada dos Galinhas Verdes”.

Conta-se que apavorados, os integralistas, na fuga, iam tirando e jogando fora, de qualquer jeito, as camisas verdes, para não serem identificados pelos antifascistas. Segundo relato de gente que acompanhou o acontecimento, ao final do dia, tinham várias camisas verde espalhadas pela Praça da Sé. Não há um número preciso de quantos integralistas foram mortos ou feridos. Mas, segundo os historiadores, a Ação Integralista Brasileira (AIB), que havia sido fundada em 7 de outubro de 1932, pouco depois do conflito entre as tropas de Vargas e os paulistas, não conseguiu mais se erguer depois da “Revoada”. O humorista Barão de Itararé, diante do acontecido, ironizou: “Um integralista não corre, voa”. O episódio foi muito importante para enfraquecer o movimento integralista e, após a decretação do Estado Novo por Getúlio Vargas, a ABI foi fechada.

A experiência histórica internacional mostra que os movimentos fascistas, que costumam atacar pessoas mais frágeis que discordam de suas ideias ou são identificados como “inimigos” (pobres, negros, homossexuais), devem ser enfrentados com determinação, organização e coragem. Não adianta apelos morais para quem está dominado pelo fanatismo. É bobagem imaginar que a extrema direita será detida com apelos morais, chamados à razão ou com iniciativas legais. Como são, no início, em geral uma minoria pequena, costumam ser muito barulhentos e agressivos. Se não houver reação à altura, vão tomando conta. Os difíceis dias atuais são a comprovação desse fato.

Tudo indica que a extrema direita não irá ganhar as eleições porque, dentre outras razões, o seu candidato foi promovido a “espantalho” do processo e deverá chegar bastante desidratado no 2º turno (evidentemente esta é uma tendência. O cenário nebuloso dificulta qualquer análise mais categórica). Mas passada as eleições, a tendência é a extrema direita continuar aumentando sua agressividade, com a intenção de desencorajar e reprimir a organização dos trabalhadores contra a destruição de direitos e entrega das riquezas do país ao estrangeiro. Especialmente considerando o elevado risco de golpe militar no Brasil. Que a história nos ajude a definir estratégias eficientes.

*José Álvaro Cardoso é economista e supervisor técnico do DIEESE em Santa Catarina.

domingo, 23 de setembro de 2018

Brasileiras sentem mais prazer se masturbando do que com sexo


Tatyane Mendes – Portal Metrópoles

Uma pesquisa lançada na última semana pelo site Prazerela revelou que apenas 17% das mulheres brasileiras conseguem gozar durante a penetração. A grande fonte de prazer, segundo 60% das entrevistadas, está na estimulação externa do genital, ou seja, na masturbação.
Os dados mostram ainda que 74% das mulheres disseram ter orgasmos sempre que se masturbam, enquanto apenas 36% têm orgasmos frequentes nas relações sexuais. Além disso, quando se masturbam, 70% das mulheres gostam de tocar diretamente no clitóris, sendo que 67% usam apenas as mãos e 21% se estimulam com algum vibrador.

Quando perguntadas sobre a forma que elas têm mais prazer, 27% apontaram ser quando o parceiro faz sexo oral; 22% quando são tocadas o clitóris; e 19% quando se masturbam sozinhas. Participaram da pesquisa 1.370 mulheres. O perfil predominante foi de mulheres heterossexuais, monogâmicas, entre 21 e 40 anos, solteiras, com predominância da região Sul e Sudeste.
As principais dúvidas e dificuldades em relação à intimidade sexual, de acordo com as entrevistadas, é que elas ainda se sentem pressionadas a chegar ao orgasmo durante a penetração. “Esse é um dado social que reforça a nossa cultura falocêntrica. Por outro lado, vai contra a anatomia feminina: o orgasmo pela penetração vaginal é raro pois se trata de uma região pouco inervada”, explica Mariana Stock, idealizadora da pesquisa.

“Numa concepção social de que sexo é igual à penetração, a libido da mulher é diretamente afetada uma vez que a grande maioria delas não sente prazer ao serem penetradas. Por isso, pesquisas comparam a satisfação sexual entre mulheres heterossexuais e mulheres bissexuais e homossexuais deixam claro que mulheres que se relacionam com mulheres estão muito mais satisfeitas. Mas, isso não é para assustar os homens. Pelo contrário, está na hora deles perceberem que têm um corpo inteiro para transar e tirar um pouco o foco da penetração”, finaliza Mariana.

A educadora sexual Karol Rabelo aponta que a palavra masturbação ainda causa muito bloqueio nas mulheres. “Não só por questões religiosas, mas por impedimento ao se tocar. É uma prática que as ajudam a entender as reações do corpo e orientar o/a parceiro/a a como estimulá-la melhor, mas poucas mulheres tem essa liberdade com o próprio corpo, até pela forma como foram criadas”, explica.

Apesar dessas dificuldades, Karol afirma que se masturbar é muito importante para o autoconhecimento e para entender o processo pelo qual o corpo passa. “Nosso organismo oscila muito, ainda mais por questões hormonais, então nossa sensibilidade está sempre diferente. Os estímulos parecem diversos em determinados momentos do mês e da vida”, argumenta.

Ela ainda revela que existem exercícios que servem tanto para quebrar o entrave quanto para mulheres que já tem a liberdade de se tocar, mas mesmo assim querem compreender melhor. Uma prática simples é, durante o banho, se ensaboar com sabonete líquido e deslizar a mão facilmente pelo corpo. “Parece simples, mas isso ajuda a entender as reações do corpo e tira aquela ideia de ser algo sexual, porque a masturbação às vezes causa repulsa e isso vai ajudar a quebrar a barreira aos poucos”, ensina.
Karol também recomenda tirar um tempo para se conhecer melhor, mesmo que sejam só dez minutos. Colocar uma música relaxante, fechar os olhos, estar num local confortável e usar vibradores podem ajudar a estimular o corpo.
A educadora sexual ainda acrescenta que é essencial conhecer um pouco da anatomia do corpo, para saber como excitá-lo. “A grande maioria não sabe sobre o próprio clítoris, acha que é só o botãozinho bem acima extremamente sensível, mas o clítoris fica em toda parte frontal da vulva”.

Seis dicas para dar um boost na masturbação

1) Massageie o ponto externo do clítoris, que vai ser o estopim para a excitação. Vale alternar os sentidos para cima e para baixo, em círculos e com maior intensidade;
2) Continue a massagem seguindo para a parte inicial da entrada do canal vaginal;
3) Introduza o dedo no canal vaginal e massageie a região;
4) Com os dedos dentro da vagina, faça um gancho. Facilita encontrar o ponto G, que é a região mais esponjosa;
5) Faça um movimento de vai e vem com os dedos, na velocidade que for confortável, percebendo as reações do corpo;
6) Use óleos vibratórios para aumentar a excitação. Já excitada é mais fácil para a mulher se estimular.

Coluna Pouca Vergonha – Portal Metrópoles

Conheça os programas de governo dos candidatos a presidente


Por Gilberto Costa e Luiza Damé - Repórteres da Agência Brasil

Agência Brasil apresenta a seguir uma parte dos programas de governo de todos os candidatos à Presidência da República que pediram registro na Justiça Eleitoral. As informações foram colhidas diretamente no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram destacadas as propostas para emprego e crescimento econômico, saúde, educação, mobilidade urbana e transporte e segurança pública - pontos de preocupação cotidiana dos brasileiros.
Emprego/Crescimento econômico

Alvaro Dias (Pode)
Promete criar 10 milhões de empregos em quatro anos e incrementar a renda nacional em 5% ao ano entre 2019 e 2022. Para isso, haverá aumento dos investimentos em 2022 para 22% do PIB e simplificação do contrato de trabalho. Os recursos para os investimentos virão da redução dos níveis de corrupção e desperdícios no governo e do controle das despesas de custeio.


Cabo Daciolo (Patri)
Aumentar o investimento em infraestrutura, o que vai gerar emprego e renda, a partir do surgimento de novos empreendimentos, acentuando o potencial econômico do país.


Ciro Gomes (PDT)
Defende reformas tributária, fiscal, previdenciária, orçamentária e da gestão pública, além da redução dos juros, taxa de câmbio competitiva e controle da inflação. Antes das medidas estruturais, deve adotar programa emergencial para geração de emprego, nas áreas de saneamento e construção civil, bem como a implantação de projetos de capacitação nos bolsões de desemprego das grandes cidades, como o auxílio do Sistema S e das instituições federais de ensino. Prevê ainda a revisão das leis trabalhistas para adequar ao mercado de trabalho, alavancar o empreendedorismo, incentivar empresas e trabalhadores a firmar contratos de trabalho longos, estimular aumento na produtividade e diminuir a insegurança jurídica.

Geraldo Alckmin (PSDB)
Propõe fim do déficit público em dois anos, privatização de empresas estatais, criação de um sistema único de aposentadoria e a substituição de cinco impostos e contribuições pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Para a retomada do crescimento econômico, sugere políticas de desenvolvimento regional para o Norte e o Nordeste, desenvolvimento ambientalmente sustentável e pesquisa para aumento da produtividade. O plano do candidato prevê a abertura da economia e fazer com que o comércio exterior represente 50% do PIB. Propõe transformar o Brasil em o país mais atrativo para empreendimentos na América Latina e priorizar investimentos em infraestrutura, com a iniciativa privada.

Guilherme Boulos (PSOL)
Propõe “a revogação completa” da reforma trabalhista; a implementação de políticas para melhoria de renda e de recuperação do salário mínimo, “visando aproximar o seu valor do mínimo necessário calculado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos”. De acordo com o departamento, em junho de 2018, o valor necessário deveria ser de R$ 3.804.

Henrique Meirelles (MDB)
Propõe que o país cresça 4% ao ano, associado à geração de empregos com inserção de jovens no mercado de trabalho e promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres.Uma das principais promessas é fazer a reforma tributária, sem elevar a carga de impostos, simplificando o recolhimento de tributos e reduzindo a guerra fiscal entre estados. Para promover crescimento, o candidato diz que é necessária reforma da Previdência Social para combater distorções e privilégios.

Jair Bolsonaro (PSL)
Promete criar uma nova carteira de trabalho (verde e amarela), “voluntária”, para novos trabalhadores. A proposta é que o jovem, prestes a entrar no mercado de trabalho, possa escolher “entre um vínculo empregatício baseado na carteira tradicional (azul) - mantendo o ordenamento jurídico atual –,ou uma carteira de trabalho (...) onde o contrato individual prevalece sobre a CLT”. Na proposta, é destacado crescimento econômico baseado no equilíbrio fiscal, diminuição de custos da administração pública e estabilidade regulatória para atrair investimentos e gerar empregos.
>>Veja o programa completo do candidato

João Amoêdo (Novo)
Simplificar e reduzir os impostos e a burocracia para dinamizar a economia, facilitar o empreendedorismo e gerar empregos.

João Goulart Filho (PPL)
Criar 20 milhões de empregos em quatro anos, a partir do incremento do investimento público, que puxará o investimento privado, para dobrar a taxa anual – hoje em torno de 16% do PIB.

José Maria Eymael (DC)
Política econômica será baseada no desenvolvimento e geração de empregos, com incentivo a abertura de postos de trabalho por meio da construção civil, turismo, empreendedorismo e instalação de polos de desenvolvimento junto com os estados.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Defende revisão de medidas atualmente em vigor, como o teto dos gastos públicos, a reforma trabalhista, a política de privatização e do pré-sal. Propõe ainda um programa emergencial para superação da crise e geração de emprego e renda. Entre as medidas emergenciais estão a redução de juros e a expansão do crédito para as famílias e o fortalecimento dos programas de transferência de renda, além da retomada das obras paralisadas. Estão previstas, por exemplo, a elaboração de um novo estatuto do trabalho, a manutenção da política de valorização do salário mínimo e a redução da jornada de trabalho. Outra proposta é câmbio competitivo e menos volátil, controle da inflação, juros baixos e ampliação do crédito, a partir da reformulação do sistema bancário e financeiro.
Marina Silva (Rede)
Afirma que a criação de empregos será o foco das políticas econômica e social. Propõe revisar as prioridades de intervenção do Estado, privilegiando as atividades que geram mais empregos, além da redução dos custos de contratação do trabalho formal e orientação dos programas sociais para a inserção produtiva.

Vera Lúcia (PSTU)
Defende a redução da jornada sem redução dos salários, a extensão por dois anos do seguro-desemprego e adoção “de um plano de obras públicas sob o controle dos trabalhadores que gere empregos”. A dívida pública deve deixar de ser paga para garantir mais recursos para a promoção de emprego e investimentos sociais.

>> Veja o programa completo da candidata

Saúde

Alvaro Dias (Pode)
Propõe investir em pronto atendimento: fila zero nas emergências e adoção de prontuário eletrônico. Isenção de impostos para os medicamentos genéricos até 2022.

Cabo Daciolo (Patri)
Defende adotar ações para prevenção às enfermidades com o objetivo de reduzir a pressão sobre os prontos-socorros e hospitais do SUS. Padronizar as práticas de gestão administrativa da saúde pública federal, estadual e municipal a fim de melhorar as condições de trabalho, a remuneração dos profissionais da saúde e oferecer um atendimento de alta qualidade aos cidadãos.

Ciro Gomes (PDT)
Propõe a adoção do Registro Eletrônico de Saúde, que manterá o histórico do paciente e facilitará o atendimento em todas as esferas do SUS; a criação de central de regulação para a alocação de leitos e procedimentos, a partir da definição de protocolos de prioridade no atendimento, considerando as diversas especialidades médicas; a redução da fila para realização de exames e procedimentos especializados através da compra de procedimentos junto ao setor privado; a ampliação da oferta de atendimento à urgência e emergência, reforçada por meio da constituição de consórcios em mesorregiões e da implementação de regiões de saúde; e a correção dos valores da tabela de procedimentos.

Geraldo Alckmin (PSDB)
Promete ampliar o Programa Saúde da Família, incorporando novas especialidades e dar prioridade à primeira infância com “a integração de programas sociais, de saúde e educação, do período pré-natal até os seis anos de idade”. Para gestão da saúde, propõe a implantação de um cadastro único de todos os usuários do SUS e a criação de um prontuário eletrônico com o histórico médico de cada paciente.

Guilherme Boulos (PSOL)
Aumentar o financiamento federal de 1,7% para 3% do PIB, regulamentar o mercado da saúde explorado pela iniciativa privada, expandir e fortalecer a rede pública na atenção primária, secundária e terciária e na provisão de medicamentos. Defende o funcionamento de conselhos de saúde na definição de políticas do setor e a adoção de programas de saúde para ações afirmativas.

Henrique Meirelles (MDB)
Defende aumentar os investimentos em promoção da saúde e qualidade de vida, ampliação dos serviços de atenção e do Programa Saúde da Família e a retomada dos mutirões de saúde.

Jair Bolsonaro (PSL)
Defende a saúde preventiva e propõe a adoção de um prontuário eletrônico nacional interligado, alimentado e acessível nos postos de atendimento de saúde. Já os médicos estarão registrados em “credenciamento universal” para compartilhar “esforços da área pública com o setor privado”. A promessa é que todos os médicos poderão atender qualquer plano de saúde.

João Amoêdo (Novo)
Colocar o Brasil entre os países mais saudáveis da América Latina, com elevada longevidade e baixa mortalidade infantil. A meta é a longo prazo reduzir a mortalidade infantil para menos de 10 óbitos por mil nascidos vivos e aumentar para mais de 80 anos a expectativa de vida do brasileiro. Para isso, propõe o aprimoramento do acesso e da gestão da saúde pública, a expansão dos programas de prevenção, como clínicas de família, a ampliação das parcerias público-privadas e com o terceiro setor para a gestão dos hospitais.

João Goulart Filho (PPL)
Reformar o SUS e resolver o problema do financiamento, com a revogação do teto dos gastos públicos e suspensão da incidência da DRU sobre o orçamento da Seguridade Social. Aumentar o orçamento da saúde para 15% da receita corrente bruta da União, duplicando os recursos destinados ao setor.

José Maria Eymael (DC)
Aplicação efetiva do Sistema Único de Saúde Pública e adoção de programa de saúde inteligente com foco na prevenção.

 
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Dar continuidade à implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, defende o aumento imediato e progressivo do financiamento da saúde, a valorização dos trabalhadores, o investimento no complexo econômico-industrial da saúde e a articulação entre municípios, Estados e União.

Marina Silva (Rede)
Propõe revisão do atual modelo de gestão do SUS, adotando uma gestão integrada, participativa e nacional do sistema. O país será dividido em 400 regiões de saúde, a gestão do SUS será compartilhada entre a União, os estados e os municípios e envolverá as entidades filantrópicas e serviços privados. Representantes eleitos pela população dos municípios da região terão mandatos para participar da gestão.

 
Vera Lúcia (PSTU)
Aumentar os investimentos na saúde pública e a estatização de hospitais privados.
 
Educação

Alvaro Dias (Pode)
A proposta é incluir até 2022 todos os alunos no ensino integral e capacitar professores. Ofertar creches e criar 500 centros de educação para o trabalho.

Cabo Daciolo (Patri)
Investimento de 10% do PIB em educação para aumentar o repasse de recursos aos estados e municípios e garantir a melhoria da estrutura da educação básica. No ensino superior, valorização das atuais universidades federais, ampliação dos campi e criação de universidades.

Ciro Gomes (PDT)
Aumentar o investimento para universalizar o acesso de estudantes de 4 a 17 anos, eliminar o analfabetismo escolar, melhorar a qualidade do ensino, elevar a média de anos de estudo da população, garantir a permanência e a conclusão na idade adequada, reduzir a evasão, adotar uma base nacional comum curricular, aprimorar a formação e seleção de professores, ampliar a rede de ensino básico e de escolas para alfabetização de jovens e adultos.

Geraldo Alckmin (PSDB)
Promete fazer uma “revolução na educação básica” e para isso pretende tornar a carreira de professor prestigiada e atrativa para os jovens. O candidato anuncia que investirá na educação básica para que o país alcance 50 pontos em 8 anos no exame internacional Pisa.

Guilherme Boulos (PSOL)
No primeiro ano de governo, será encaminhada a regulamentação do regime de colaboração entre os entes federados, tendo por base a garantia do direito à educação, o combate às desigualdades e as metas do Plano Nacional de Educação. Implementação do Sistema Nacional de Educação e do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi). As verbas públicas serão destinadas exclusivamente para escolas públicas.

 
Henrique Meirelles (MDB)
Sugere a criação do Pró-Criança, “oferecendo, nos moldes do Prouni, a todas as famílias atendidas pelo Bolsa Família o direito de optar por colocar seus filhos em creches particulares”.

Jair Bolsonaro (PSL)
O programa critica a “doutrinação” ideológica do ensino e propõe mudanças na base curricular nacional. A avaliação é que o país investe mais recursos na educação superior e menos na educação básica, e que é necessário “inverter a pirâmide” e rever o estímulo ao estudo.

João Amoêdo (Novo)
Oferecer ensino básico de qualidade, elevando o Brasil em 50 posições no ranking da avaliação internacional Pisa e universalizando o acesso das crianças às creches. A ideia é priorizar a educação básica na alocação de recursos federais, expandir o acesso ao ensino infantil e creches, melhorar a gestão das escolas, criar o programa de bolsas em escolas particulares para alunos do ensino público e aproximar o ensino profissionalizante das demandas do mercado de trabalho.

João Goulart Filho (PPL)
Fazer uma reforma educacional, destinando 10% do PIB para o ensino, aumentando a oferta de universidades públicas. No ensino básico, aumentar o piso salarial dos professores, ampliar em 50% a oferta de ensino integral e aumentar o total de creches.

José Maria Eymael (DC)
Garantir o acesso dos estudantes a equipamentos de informática, internet e banda larga, promover o ensino integral, ampliar oferta de cursos técnicos e profissionalizantes e aumentar o número de vagas nos cursos superiores nas universidades federais.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Pretende ampliar a oferta de vagas nas creches e no ensino fundamental de forma a garantir 100% das crianças e adolescentes nas salas de aula, bem como adotar uma política nacional de valorização e qualificação dos professores.

 
Marina Silva (Rede)
A prioridade é a primeira infância (0 a 6 anos). O compromisso é ampliar a oferta de creches para crianças de 0 a 3 anos dos atuais 30% para 50% em todo o país e a universalização da educação infantil, na faixa etária de 4 a 5 anos, em cumprimento às metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Para isso, a União vai atuar em parceria com os estados e municípios.

 
Vera Lúcia (PSTU)
Defende a estatização de escolas e universidades privadas e investimentos maciços no setor. É contra o projeto Escola sem Partido e “defendemos uma educação que ensine o respeito e a diversidade”.

 
Mobilidade urbana e transporte
 
Alvaro Dias (Pode)
Setores como transporte e logística, saneamento básico, energia elétrica, telecomunicações, mobilidade e descarte de resíduos sólidos terão destaque no investimento em infraestrutura, que atualmente corresponde a 12% do PIB. O investimento projetado até 2022 é de R$ 1,2 trilhão. Redução no custo do transporte de cargas e passageiros em 50% até 2022.

Cabo Daciolo (Patri)
Pavimentar 100% das rodovias federais e incentivar a pavimentação das estradas estaduais e municipais. Implantar novas ferrovias no país, chegando a 150 mil quilômetros de vias férreas e ampliar os trechos navegáveis nas hidrovias.

Ciro Gomes (PDT)
Implantar um pacote de investimentos focados na mobilidade urbana, rodovias, transporte de cargas e passageiros por ferrovias, aeroportos e portos.

Geraldo Alckmin (PSDB)
O documento Diretrizes Gerais, disponível no site do TSE, não descreve propostas para mobilidade urbana e transporte.

Guilherme Boulos (PSOL)
Defende política tarifária que permita o estabelecimento de teto nacional de preços que permita o acesso da população à cidade com garantia de recursos para investimento na infraestrutura de sistemas de transporte coletivo urbano de alta capacidade nas maiores cidades.

Henrique Meirelles (MDB)
As questões são tratadas como ações de integração e estão elencadas em conjunto com investimentos em logística e infraestrutura e que visem a melhoria da qualidade de vida e “um grande retorno social”. A proposta prevê que para se modernizar a infraestrutura do país será preciso investir 4,15% do PIB ao ano, por aproximadamente 20 anos.

Jair Bolsonaro (PSL)
A proposta centra na logística de transporte para escoamento da produção (agricultura, petróleo e gás).

João Amoêdo (Novo)
Estimular parcerias, concessões e privatizações para melhorar a infraestrutura – portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, dutovias, hidrovias, infovias e mobilidade.

João Goulart Filho (PPL)
Fortalecer a transição para combustíveis menos poluentes e estimular políticas de transporte coletivo. No transporte geral, ampliar os investimentos nas ferrovias e hidrovias e na integração entre os vários modais. Para isso, será recriada a Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA). Além disso, pavimentar e recuperar as estradas federais, bem como reduzir o preço dos pedágios.

 
José Maria Eymael (DC)
O documento Diretrizes Gerais de Governo para Construir um Novo e Melhor Brasil, disponível no site do TSE, não descreve propostas ou metas para as áreas de transporte e mobilidade urbana.

 
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Instituir o Marco Regulatório de Desenvolvimento Urbano, tendo por base uma nova política urbana, que prevê a articulação entre as políticas de planejamento territorial, saneamento, regulação fundiária, habitação e mobilidade urbana, bem como uma sintonia com as agendas ambientais, de combate à violência e às desigualdades racial e de gênero.

Marina Silva (Rede)
Propõe a adoção de políticas de mobilidade urbana que estimulem modais com baixa emissão de poluentes, geração de energia limpa, renovável e distribuída, com eficiência energética, substituição de veículos movidos a combustíveis fósseis pelos elétricos e movidos a biocombustíveis e valorização de áreas verdes.

 
Vera Lúcia (PSTU) 
O documento “16 pontos de um programa socialista para o Brasil contra a crise Capitalista”, disponível no site do TSE, não descreve propostas ou metas para as áreas de transporte e mobilidade urbana.
 
Segurança pública

Alvaro Dias (Pode)
Propõe reduzir em 60% o total de homicídios e assaltos, para preservar cerca de 36 mil vidas por ano. Aumento do investimento em inteligência, informação e integração policial.

Cabo Daciolo (Patri)
Ampliar o investimento na prevenção dos crimes, reestruturar o sistema penitenciário, combater o tráfico de drogas e armas no país, com foco nas áreas de fronteira e melhorar as condições de trabalho dos policiais e dos militares.

Ciro Gomes (PDT)
Investir na investigação e prevenção de homicídios e outros crimes violentos, no enfrentamento às organizações criminosas, no controle do tráfico de armas, no policiamento nas fronteiras, na repressão à lavagem de dinheiro e aos crimes contra a administração pública. Implementar a Política Nacional de Segurança Pública e o Sistema Único de Segurança Pública, criar a polícia de fronteiras e institucionalizar e reforçar a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Geraldo Alckmin (PSDB)
Propõe “a prevenção primária e secundária” ao crime nas áreas mais violentas do país”. Defende atenção especial à proteção dos jovens e o estabelecimento de pacto nacional para a redução de violência contra idosos, mulheres e LGBTI. A proposta estabelece como meta reduzir a taxa de homicídios para, “pelo menos, 20/100 mil habitantes”. Defende o combate ao crime organizado e o tráfico de armas e drogas com a integração da inteligência de todas as polícias; a criação da Guarda Nacional como polícia militar federal, e a revisão da Lei de Execução Penal para tornar mais difícil a progressão de penas.

Guilherme Boulos (PSOL)
Defende a desmilitarização das polícias, a implementação da Agenda Nacional pelo Desencarceramento, além do controle das armas e campanhas de desarmamento. A proposta é “afastar a política de drogas do direito penal e aproximá-lo da garantia do direito à saúde, permitindo o uso medicinal de certas drogas, mas considerando também o direito individual ao uso”.

Henrique Meirelles (MDB)
Propõe aumentar o policiamento ostensivo, investir em investigação policial, agilizar o trâmite judicial, além de “reformar o sistema penitenciário nacional, com a construção de novas penitenciárias, que consigam separar os chefes de quadrilhas dos detentos de menor periculosidade”.

Jair Bolsonaro (PSL)
Promete reduzir a maioridade penal para 16 anos e “reformular o Estatuto do Desarmamento para garantir direito cidadão à legítima defesa”.

João Amoêdo (Novo)
Reduzir a taxa de homicídios do Brasil para menos de dez por grupo de 100 mil habitantes ao ano. Integração entre as polícias e os governos municipais, estaduais e federal, da valorização do policial, da prevenção e do combate à lavagem de dinheiro, da reforma da Lei Penal com redução da progressão e revisão dos indultos e saídas temporárias, da prisão de condenados em segunda instância e da construção, manutenção e gestão de presídios em parceria com o setor privado.

João Goulart Filho (PPL)
Mudar a gestão da política de segurança pública, a partir da integração das forças policiais e da valorização dos integrantes das polícias, do desenvolvimento de ações integradas de enfrentamento à violência e da criação dos conselhos comunitários de Segurança. Combater as facções criminosas que controlam os presídios, usando o trabalho de inteligência e os sistemas eletrônicos de segurança, e estimular a ressocialização dos presos.

José Maria Eymael (DC)
Incentivo à integração de todas as forças de segurança, inclusive com a participação das forças armadas na proteção das fronteiras contra o tráfico de drogas e de armas. Reformulação do sistema penitenciário com intuito de ressocializar os presos.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Adotar um Plano Nacional de Redução de Homicídios para diminuir as mortes violentas no país, a partir de políticas intersetoriais que garantam qualidade aos serviços públicos nos territórios vulneráveis e promovam atenção à situação de crianças, jovens, negros, mulheres e população LGBTI+. Aumentar o esclarecimento da autoria dos casos de homicídios e latrocínios e aprimorar a política de controle de armas e munições, reforçando seu rastreamento, nos termos do Estatuto do Desarmamento. Retirar armas ilegais de circulação e represar o tráfico nacional e internacional, bem como atualizar a política de drogas.

Marina Silva (Rede)
Defende a implementação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), com foco na gestão para resultados. Para isso, será elaborado, em parceria com estados e municípios, um Plano Nacional de Segurança, com a contribuição de especialistas de organizações da sociedade civil e das universidades, prevendo metas e indicadores de avaliação.

Vera Lúcia (PSTU)
Defende a descriminalização das drogas e aponta que “o controle da produção e distribuição deve estar nas mãos do Estado, e o vício e a dependência devem ser tratados como casos de saúde pública”. Critica leis antiterrorismo e antidrogas e a intervenção federal no Rio de Janeiro.