sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Eduardo Bolsonaro confirma novo partido

O deputado Eduardo Bolsonaro durante entrevista para a rádio Som Maior. Presente no estúdio o Deputado Jessé Lopes arrematou – “se ele (governador) tentar ir para o novo partido, nós não vamos deixar, ele não é bolsonarista”

Por Adelor Lessa – Portal 4oito

O deputado Eduardo Bolsonaro acaba de informar, durante entrevista para a rádio Som Maior, que o presidente Jair Bolsonaro deve criar novo partido até o fim do ano.

A vice-governadora, Daniela Reinehr, que também estava na Som Maior, garantiu que vai seguir o presidente no novo partido – “Sem nenhuma dúvida”, afirmou. Na sequência, ela se dirigiu ao deputado Eduardo – “conte comigo, eu sou indemissível”,

Eduardo Bolsonaro deixou claro o afastamento com o governador Carlos Moises e que não conta com ele na migração para o novo partido.

O deputado Daniel Freitas, presente no estúdio, anunciou que vai seguir Bolsonaro e que o distanciamento de Moises do presidente também leva ao seu distanciameto do governador.

O deputado Jessé Lopes arrematou – “se ele (governador) tentar ir para o novo partido, nós não vamos deixar, ele não é bolsonarista”.

Beba na Fonte>https://www.4oito.com.br/blog/adelor-lessa/post/eduardo-bolsonaro-confirma-novo-partido-4925


‘Tentaram matar uma ideia e uma ideia não se mata’, diz Lula ao deixar prisão em Curitiba

Veja: Alvará de soltura do Ex – Presidente Lula. 
Esta liberdade é eventual e provisória, a infraestrutura de perseguição política-midiática-judicial não terminou. A suspeição de Moro deve ser julgada e o aparato fraudulento da Lava-Jato tem que ser desmontado. 

Texto Sul21

O ex-presidente Lula deixou, por volta das 17h45 desta sexta-feira (8), a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Aos gritos de “Lula livre” dos apoiadores que se aglomeraram nos arredores do local, Lula foi recebido logo em seguida pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e pela namorada, Rosangela da Silva, desfraldando uma bandeira com os dizeres: “Lula é inocente”.

Ele então se direcionou à Vigília Lula Livre, que acompanhou o encarceramento do ex-presidente desde 7 de abril de 2019, onde foi recebido por militantes e correligionários do PT. A previsão era que ele não fosse falar ao público nesta sexta, mas ele iniciou um discurso logo em seguida.

Emocionado, Lula iniciou sua fala agradecendo aos membros da vigília. “Eu imaginei que quando eu saísse, eu ia poder encontrar cada companheiro da vigília e dar um grande abraço e um grande beijo porque vocês não sabem o significado e a importância de vocês na minha vida”, disse.

O ex-presidente também agradeceu ao seu time de advogados, aos colegas de partido e apresentou parte de sua equipe e da sua família, incluindo a namorada. “Eu quero apresentar a minha futura companheira, Rosângela Silva. Vocês sabem que eu consegui a proeza de, preso, arrumar uma namorada, de estar apaixonado e ela ainda aceitar casar comigo”. Depois do pedido dos apoiadores, beijou Rosangela.

Em uma fala de cerca de 15 minutos, Lula disse que sai da prisão “fortalecido” e com vontade de lutar para “melhorar a vida do povo brasileiro, que está uma desgraça”. Ele também criticou o que chamou de “lado podre” da Polícia Federal, do Ministério Público e do poder judiciário. “Quero lutar pra provar que se existe uma quadrilha e um bando de mafioso neste pais é essa maracutaia que eles fizeram, junto com a Globo, é essa imagem de que o PT tinha que ser investigado e o Lula era criminoso”, disse. “Eles não prenderam um homem, eles tentaram matar uma ideia e uma ideia não se mata, não desaparece”, complementou.

Ao final, ele voltou a agradecer aos apoiadores e disse que deseja percorrer o país para conversar com a população. Amanhã ele seguirá para São Bernardo do Campo (SP), onde será realizado um ato político no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.                    

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Terminou? Ainda não. O embate agora é o da suspeição de Moro

...a prisão de acusado ou de condenados sem trânsito em julgado de sentenças só pode ocorrer se houver razões para prisões cautelares por perigo à sociedade ou obstrução da Justiça. A questão, agora, é de como isso repercutirá nos tribunais inferiores.

Por Fernando Brito - Tijolaço

O voto confuso e cheio de estatísticas de Dias Toffoli, muito preocupado em mostrar que não era a prisão em segunda instância a causa da “impunidade” no sistema judicial – que teve, entretanto, o mérito de mostrar que impunidade é a que acontece na base do Judiciário – acabou por afirmar a questão essencial: a prisão de acusado ou de condenados sem trânsito em julgado de sentenças só pode ocorrer se houver razões para prisões cautelares por perigo à sociedade ou obstrução da Justiça.

A questão, agora, é de como isso repercutirá nos tribunais inferiores.

Os Tribunais Regionais Federais e os Tribunais de Justiça estaduais comunicarão aos juízos de piso a improcedência de suas ordens de prisão? Seria, aliás, a providência obrigatória do Ministério Público, salvo nos casos em que requeressem prisão preventiva?

“A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”, Art. 5º, inciso 65 da Constituição Brasileira.

É possível que isso aconteça.

Ou será que vai se deixar às defesas o papel de pedir que se cumpra a decisão do Supremo Tribunal Federal.

Tóffoli abriu um espaço perigosíssimo ao dizer que o Congresso pode mudar o artigo 283 do Código Penal, cuja constitucionalidade está sendo decretada hoje.

O de uma maioria lavajatista, sem maioria constitucional decretar, que se pode decretar prisão sem culpa reconhecida, embora diga o texto constitucional que ninguém será considerado culpado sem trânsito em julgado.

Lula está virtualmente livre. Mas não o pedirá, creio eu, porque quer que se lhe reconheça a a injustiça da prisão.

Seu desejo, mais que deixar a cela de Curitiba, é que se reconheça que foi condenado por um juiz injusto.

Prisão em 2ª instância é rejeitada no Supremo Tribunal Federal

O caso impacta presos da Operação Lava Jato, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.(Ministro Dias Toffoli -  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil).

Por Jornal GGN

Com margem apertada, STF muda entendimento confirmando que prisão após segunda instância fere direito constituição de presunção de inocência até o trânsito em julgado

Beba na Fonte>Blog do Nassif

A mentira como instrumento de poder

Opinião | "Nada mais confortável do que ler apenas o que queremos acreditar. E políticos descobriram que podem sequestrar essa massa a seu favor e operar em um terreno fértil". (Manifestante faz foto durante ato no Rio de Janeiro em apoio ao então candidato Jair Bolsonaro, em outubro de 2018) - TÂNIA RÊGO (AGÊNCIA BRASIL)

Por *Jamil Chade – El País

Primeira Guerra Mundial mudou a história da civilização. A partir daquele momento, atrocidades ganhariam uma nova dimensão, e o que a Europa viveu entre 1914 e 1918 abalaria os pilares da sociedade.
Ao fim do conflito, um esforço internacional se concretizou na criação de uma estrutura que tentaria impedir que aquela tragédia voltasse a ocorrer. O projeto ganhou sede em Genebra, recursos e milhares de horas de reuniões. Mas a Liga das Nações fracassaria alguns anos depois.
Um outro fenômeno ainda mais revelador, porém, foi notado nos anos que se seguiram ao fim do conflito. Cientistas de diversas áreas, profundamente machucados pela perda de alguns ou de todos os seus filhos nas trincheiras, passaram a recorrer a médiuns para que pudessem entrar em contato com os mortos.

Desesperados, sem razão para viver ou acreditar, muitas daquelas mentes optaram por colocar a ciência de lado e simplesmente acreditar que poderiam falar com seus filhos.

A história comovente é contada por Jay Winter, em seu livro Sites of Memory, Sites of Mourning. Feridos em suas almas, alguns deles deixaram suas convicções científicas na busca incerta por uma solução para sua dor.

Tal história pode ajudar a decifrar o motivo pelo qual, em plena era da internet, da ciência, do conhecimento e do acesso à informação, uma parcela da sociedade escolhe em acreditar numa promessa não comprovada, numa esperança, numa ilusão.

Diante de um mundo repleto de incertezas e do questionamento constante da suposta normalidade, não é de se estranhar que aqueles desconfortáveis com o aparente mal-estar saiam em busca de promessas, certezas e de garantias, ainda que fabricadas e mentirosas. E nada mais confortável do que ler apenas o que queremos acreditar. Sem contraditório, sem desconstrução.

Minada profundamente em seu orgulho, com um exército de desempregados, corrupção, 60 mil assassinatos e descobrindo que não existe um atalho para o desenvolvimento, uma parte da sociedade brasileira optou por apenas consumir o que possa confirmar as teses sobre as quais está construída. Infelizmente, muitas delas são racistas e autoritárias.

E um grupo no poder descobriu rapidamente que, com atalhos intelectuais, poderia sequestrar essa massa a seu favor e operar em um terreno fértil.

A desinformação não é uma novidade de nossa era. Governos mantiveram por décadas operações de enormes proporções para censurar e manipular a opinião pública. Desta vez, seus artífices possuíam um enorme arsenal tecnológico, com um poder inimaginável há apenas poucos anos.

Assim, nesse contexto, prosperaram pseudonotícias como a do "Kit Gay", a ameaça comunista iminente, a tese de que os termômetros estão nos locais errados, o poder ilimitado do Foro de São Paulo, o questionamento do formato do planeta e mesmo ideias conspiratórias de um astrólogo de rede social. A última dessas peças de desinformação foi transmita em rede nacional e dentro do próprio parlamento quando um blogueiro citou um suposto esquema de troca de armas nucleares entre Brasil e Cuba.

Sobre a enxurrada de elementos tóxicos, acompanham discursos de líderes charlatões especializados na venda de ilusões. Contam meias-verdades, apresentam falsas soluções simplistas e deixam uma brecha de silêncio suficiente para que aquelas populações preencham os vazios com seus preconceitos, temores e angústias.

Com um exército de contas falsas em redes sociais e uma milícia real pelo mundo digital, a receita está pronta para transformar aquela versão dos fatos na verdade chancelada para a manipulação.

Uma vez mais, nada de novo. Basta ver as estratégias adotadas pela Stasi ou da KGB para fazer implodir grupos de resistência com base na mentira, na divulgação de falsos informes e na destruição de reputações.

No século 21, essas informações fabricadas de forma deliberada vieram seguidas por um ataque diário contra os meios de comunicação, numa estratégia orquestrada de deslegitimar qualquer questionamento.

Constrói-se a legitimidade de canais paralelos da realidade, enquanto pilares da democracia são abalados numa estratégia por parte de um grupo que sabia que encontraria terreno fértil.

A mentira, portanto, passa a ser um instrumento de poder. E não é por acaso que, a cada quatro dias, o presidente Jair Bolsonaro dá uma declaração falsa ou imprecisa, segundo um levantamento do jornal Folha de S.Paulo. Não são deslizes. É um método.

Ela serve a várias funções: desviar a atenção das massas e da imprensa para evitar temas estruturais, recriar o passado para justificar decisões futuras ou simplesmente confundir atores que não ousariam cruzar essa linha.

luta contra a desinformação certamente passa por uma questão de tecnologia e de Justiça. Mas o uso deliberado da angústia de uma população e o grau de aceitação de tais “notícias” devem servir de alerta para que se compreenda a dimensão dos problemas que se enfrenta.

Não bastará fechar um site e punir um difusor de desinformação se temos, ao mesmo tempo, um dos filhos do presidente, Carlos, confortavelmente publicando uma foto armado: de uma pistola e de um computador.

O antídoto terá de passar por uma sólida reação das instituições, por respostas sociais, pelo diálogo, pela aceitação das regras do jogo democrático e por um modelo que mostre que um caminho sustentável exige um longo trabalho. Também passa por uma educação que ensine a pensar, criticar e desconstruir. Não apenas a ser "útil" para o mercado de trabalho.

Uma verdadeira insurreição das mentes numa sociedade dividida e fragilizada não será construída da noite para o dia. No fundo, terá de ser permanente. Enfrentar a realidade da manipulação exigirá lidar com a dor, aceitar o contraditório, questionar as autoridades e construir uma sociedade em que líderes defendam os direitos de todos. Inclusive de seus adversários.

Desmontar o atual Zeitgeist será um missão tão penosa quanto necessária. Mas a busca não poderá ser por um novo partido no poder ou pela troca – uma vez mais – de ideologia. Mas uma busca pela civilização.

O debate sobre desinformação, portanto, não é sobre tecnologia. É sobre sociedade e democracia. E vai exigir muito mais que um debate na Câmara dos Deputados, regado a meias-verdades e muitas mentiras.

*Jamil Chade é correspondente na Europa desde 2000, mestre em relações internacionais pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra e autor do romance O Caminho de Abraão (Planeta) e outros cinco livros.




Augusto Nunes, um covarde sem caráter

Executivo e um dos herdeiros do grupo Estado mostra, em texto, quem é Augusto Nunes, que agrediu Glenn Greenwald, e como foi sua passagem por este veículo de comunicação (Augusto Nunes - Foto: Divulgação/TV Record).

Por Ruy Mesquita Filho - Revista Forum

Um dos herdeiros do grupo Estado de comunicação, Ruy Mesquita Filho, já havia alertado sobre a personalidade do jornalista Augusto Nunes, que foi protagonista de um ato de covardia nesta quinta-feira (7). Durante participação no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, Nunes se desentendeu com Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil, e o agrediu com socos em pleno estúdio.

Mesquita relembrou a passagem de Nunes pelo grupo Estado. No texto, ele não usa meias palavras para dizer que o jornalista “não tem caráter, é amoral, manipulador de notícias”.

Veja abaixo o texto de Ruy Mesquita Filho, sobre quem é Augusto Nunes:

“Augusto Nunes não tem caráter, é amoral, manipulador de notícias e nisso eu provo confrontando o noticiário do Jornal da Tarde e do Estado durante a campanha presidencial e Collor. Ele tentou de todas as formas contratar uma equipa paralela em Brasília para fugir do controle da Agência Estado e com isso fazer todo tipo de maracutaia. Não conseguiu. Falava para todo mundo que iria suceder o Julio Neto no comando do jornal e pôr para fora os filhos do Ruy Mesquita. Não conseguiu. Fez o possível e o impossível para nos intrigar, sua especialidade. Não conseguiu. Nunca pôs a mão na massa. Não gosta de trabalhar. Só de aparecer. Mais: disse a ele numa reunião com meus primos e meus irmãos, além do Elói Gertel e do Sandro Vaia, que o problema dele não era o que estávamos discutindo naquela hora, mas sim que ele é um desprovido completo de uma coisa que qualquer homem sério tem: caráter. Esse foi o fim do Augusto aqui no Estado”.








quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Taxa de Preservação Ambiental (TPAS) é um “negócio da china” em SC

A constituição estadual proíbe este tipo de pedágio em área urbana que fere o direito de ir e vir das pessoas.

 Em maio de 2017 o Prefeito Rosenvaldo da Silva (PT) criou por decreto comissão para organizar a temporada de Verão de 2017/2018, formado por 14 membros.

A Comissão presidida por ex - secretario de Turismo, Dorlin Nunes Junior e coordenada pelo Secretariado do Meio Ambiente,  Paulo Márcio de Souza tinha inicialmente como metas, a criação de estudos para viabilizar aplicação da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) de todos os veículos que entrassem na localidade da Praia do Rosa / Ibiraquera funcionando como uma espécie de laboratório para no futuro próximo ser aplicada em outras praias da cidade. A temporada de verão 2017/2018 aconteceu, mas por pressão popular a implantação da Taxa Ambiental ficou congelada.

O Pedágio Ambiental voltou a ser discutido pela Prefeitura de Imbituba e Garopaba no verão 2018/2019. Em Imbituba não evoluiu, já em Garopaba foi realizado um estudo apresentado em junho deste ano, com a participação de representantes de entidades como CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), Comtur (Conselho Municipal de Turismo), ACIG (Associação Comercial e Industrial de Garopaba) e Condema (Conselho de defesa do Meio Ambiente). A prefeitura disse à época que o estudo seria apresentado para a comunidade em uma audiência pública, mas sem uma data definida.

Chegamos próximo ao verão 2019/2020 e a polêmica está novamente instalada e agora veio da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC).

Criticas contundentes são desferidas pelo presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc, deputado Ivan Naatz (PV) a cobrança das TPAs – Taxas de Preservação Ambiental: ...“é o melhor negócio do mundo; são franquias meramente arrecadatórias”, que recomeça em Bombinhas a partir do dia 15 de novembro e estréia no mesmo dia em Governador Celso Ramos.

Segundo o Deputado, o preço total a ser pago a empresa Insight Engenharia e Consultoria Ltda que venceu a licitação para cobrar a TPA em Governador Celso Ramos será da ordem de R$ 8 milhões e 934 mil, independente do volume de arrecadação, pelo período de 1º de novembro deste ano até abril do ano que vem.

Ele alerta que “a prática arrecadatória” pode se espalhar pelo estado já que mais municípios continuam estudando a possibilidade de implantar suas TPAs, caso de São Francisco do Sul, Itapoá, Laguna, Garopaba...


Bolsonaro dá 1 declaração falsa ou imprecisa a cada 4 dias; veja o Bolsonômetro

De início, foram checadas 86 declarações de Bolsonaro, feitas em postagens em redes sociais, transmissões ao vivo, entrevistas e discursos desde 1º de janeiro, quando tomou posse.

O presidente Jair Bolsonaro dá ao menos 1 declaração falsa ou imprecisa a cada 4 dias. É o que aponta o Bolsonômetro, ferramenta que reúne afirmações do presidente checadas e contextualizadas pela Folha, lançada nesta quarta-feira (6). Ferramenta reúne afirmações do presidente checadas e contextualizadas pela Folha desde o início do mandato.

De início, foram checadas 86 declarações de Bolsonaro, feitas em postagens em redes sociais, transmissões ao vivo, entrevistas e discursos desde 1º de janeiro, quando tomou posse.

Beba na Fonte> Folha de S.Paulo

A Constituinte envenenada de Guedes e Bolsonaro

É essa linha que baliza o arrocho no funcionalismo, a virtual extinção do SUS, a precarização laboral, o fim dos reajustes do salário mínimo, a quase extinção do investimento público e a dominância do financismo. 
O país está se tornando um barril de pólvora social. Estamos na fase de resistência. É preciso ajustar as táticas de luta à nova realidade.

Por Gilberto Maringoni - GGN

O que Bolsonaro e Guedes levaram ao Congresso é uma nova Constituinte. Sem mais nem menos. As novas PECs alteram radicalmente o funcionamento do Estado e suas relações com a sociedade.

A tática é ousada. No terreno da política e da disputa de hegemonia, colocaram a mídia de joelhos, impuseram uma pauta diversionista – AI-5, casa 58, fake news etc. – e contaram com um movimento social golpeado desde 2015 por uma recessão planejada que abriu caminho para o desmonte do movimento sindical.

Há muitos bodes na sala. É pouco provável que a extinção de municípios prospere. O centro está na proposta de mudança no artigo 6º. da Carta:
“Parágrafo único. Será observado, na promoção dos direitos sociais, o direito ao equilíbrio fiscal intergeracional.”

Ou seja, constitucionaliza-se o ajuste fiscal.
É essa linha que baliza o arrocho no funcionalismo, a virtual extinção do SUS, a precarização laboral, o fim dos reajustes do salário mínimo, a quase extinção do investimento público e a dominância do financismo.

Vale comparar a ousadia extremista de Bolsonaro e Guedes em onze meses de gestão com a passividade bovina de 13 anos de administração que evitou realizar mudanças estruturais no país. A vida melhorou muito entre 2003-16. Mas isso se deu em espaços consentidos, que não tocaram interesses dos bancos, da imprensa, dos donos da terra e do dinheiro.

Pagamos caro pelo cavalo-de-pau na política econômica sem combinação prévia com o eleitorado. Pagamos pelo legado de 12 milhões de desempregados e por uma depressão que acarretou a queda de 8% do PIB.

Não há prostração possível. O país está se tornando um barril de pólvora social. Estamos na fase de resistência. É preciso ajustar as táticas de luta à nova realidade. A esquerda precisa estar sintonizada às dores e carências da população e se colocar diante dos problemas reais do emprego, do salário, da fome, da saúde etc.

É urgente traduzir o estupro constitucional em cinco pontos claros, sintéticos e compreensíveis.

Será duro. Mas nunca ninguém se colocou do lado canhoto da sociedade esperando sombra e água fresca.

(De uma conversa com Artur Araújo)

terça-feira, 5 de novembro de 2019

O que andam conversando entre quatro paredes os generais do Bolsonaro?

 A foto é dos primeiros meses do governo Bolsonaro, o que ela fala? Foto: EBC

Por Wagner Campos – História Mal Contadas

Um olhar atento às fotos e vídeos publicados por sites, jornais impressos e emissoras de TV com as entrevistas dadas em janeiro e fevereiro por Jair Bolsonaro (PSL-RJ) revela, na maioria das vezes, a presença, ao lado do presidente da República, de um dos generais que fazem parte do primeiro ou do segundo escalão do governo. Hoje, quando estão presentes, se posicionam afastados do presidente. Aprendi a prestar atenção no posicionamento dos generais ao redor do seu chefe nas fotos e vídeos durante uma longa entrevista que fiz, em 2010, no Rio de Janeiro, com o general Newton Cruz, na época com 76 anos. Nunca escrevi essa história até porque a minha conversa com o general era outra. Fui entrevistá-lo para o livro Os Infiltrados: Eles eram os Olhos e os Ouvidos da Ditadura, que publiquei em parceria com os repórteres Carlos Etchichury, Humberto Trezzi e Nilson Mariano.

A conversa sobre a foto aconteceu durante o almoço, uma comida espartana acompanhada de um refrigerante de litro. Eu prestei muita atenção às palavras do general, estava diante de um arquivo vivo de um período complicado da história do Brasil. Newton Cruz participou do golpe militar de 1964. E estava presente em 1968, quando a linha dura do Exército deu um golpe dentro do golpe e fez nascer o AI-5. De 64 até o final da década de 70, ele ocupou postos-chave no governo, entre eles o de chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) – há matéria disponível na internet. Lembrei-me da história contada pelo general quando o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) falou sobre a possibilidade de reeditar o AI-5 caso aconteçam aqui as mesmas manifestações populares que estão sacudindo o Chile. Por ser filho do presidente Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, as palavras do deputado tiveram um enorme eco – há um vasto material na internet.

A conversa do deputado sobre o AI-5 lembrou-me da história do posicionamento dos generais ao redor do seu chefe contada por Newton Cruz. Por quê? Os generais da reserva e da ativa que ocupam postos de primeiro e segundo escalão e outros 120 militares que fazem parte do governo dão uma sustentação política não oficial a Bolsonaro. No imaginário popular eles representam o apoio das Forças Armadas ao governo. Nos últimos três meses, dá para contar nos dedos de uma mão as vezes que eles fizeram comentários públicos sobre as polêmicas causadas pelas falas presidenciais. No começo do governo o general Augusto Heleno Pereira, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), se apresentava a traduzir para os jornalistas as posições manifestadas de maneira intempestiva por Bolsonaro. Chamou-me a atenção a expressão de surpresa no rosto do general Heleno durante uma entrevista em que o presidente defendeu a exploração mineral das reservas indígenas. Tem o dedo dos militares o fato de as reservas estarem em cima de grandes jazidas minerais. O vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, tem evitado comentar as polêmicas causadas pelo presidente. 

O ódio do Bolsonaro ao bom jornalismo, que em sua opinião só divulga fake news, dificulta o trabalho do repórter em fazer fontes entre os militares que estão ao seu redor. Durante o governo militar (1964 a 1985) a imprensa era tratada como inimiga e sofria uma dura censura. Mesmo assim, os generais que pensavam o regime tinham os seus “bruxos” na redações – repórteres que faziam acordos de só publicar as conversas depois da morte da fonte. Entre os generais, todos já falecidos: Golbery do Couto e Silva, criador do SNI e pensador da doutrina de segurança nacional, Danilo Venturini, estrategista da questão fundiária brasileira, Ernesto Geisel, presidente do Brasil de 1974 a 1979, e João Figueiredo, o último presidente do regime militar, entre 1979 e 1985. Uma leitura nas dezenas de livros publicados sobre o golpe militar se encontra a versão desses personagens sobre acontecimentos que marcaram o período, tipo o contragolpe de 1968.

Os generais de Bolsonaro estão contando a versão deles dos acontecimentos envolvendo o governo federal? Pouco ou nada sabemos sobre o pensamento deles, por exemplo, a respeito do alinhamento do Brasil com os interesses econômicos e políticos do Estados Unidos, um assunto sempre polêmico dentro das Forças Armadas. Outro assunto: o Brasil sempre teve uma política de “boa vizinhança” com os países da América do Sul. O que eles pensam sobre os desaforos que o presidente disse ao seu colega eleito na Argentina, Alberto Fernández? Também há um assunto para se tratar ao redor de uma xícara de café com um dos generais do Bolsonaro: a defesa que o deputado Eduardo fez do AI-5 é coisa da cabeça dele ou está sendo o “boneco falante” de algum ventríloquo? Há também a necessidade de sabermos que os generais já tiveram acesso aos relatórios sobre as milícias cariocas feitos pelos serviços de inteligência das Forças Armadas durante as ocupações das favelas no Rio de Janeiro. A lista de assunto é enorme. Uma coisa é certa. Os militares ao redor do presidente não são coadjuvantes da história. Eles são personagens centrais. Eles sabem disso. Nós temos que explicar isso aos nossos leitores.

Pacote Guedes contém proposta escandalosamente inconstitucional


Por Reinaldo Azevedo

Leia o que informa o Estadão. Comento mais tarde. O ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipou que a proposta de reforma administrativa vai impedir que servidores públicos com militância partidária ganhem estabilidade no emprego. “(Se) Tem filiação partidária não é servidor, é militante. Pode ser militante, mas não pode ter estabilidade”, disse o ministro em […]

Beba na Fonte>  Reinaldo Azevedo

Como convencer militares sobre a privatização da Eletrobras


Por  Luis Nassif

Na última sexta-feira, dia 01 de novembro, Dia de Todos os Santos, o Ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, decidiu prestar contas aos seus pares: palestrou no Clube Naval do Rio de Janeiro para presidentes de Clubes Militares das Três Forças e defender a privatização da Eletrobrás. Estavam presentes antigos comandantes da Marinha, […]

Beba na Fonte> Blog do Nassif

Bozo Boy: Paulo Guedes e seu pacote neoliberal que quer transformar o Brasil no Chile

Paulo Guedes. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Por Leandro Fortes

Ouvi, pelo rádio, parte do discurso de apresentação do ministro Paulo Guedes, da Economia, do pacote de medidas neoliberais com as quais ele pretende transformar o Brasil no Chile. Essa utopia liberal que existia antes de os chilenos descobrirem, recentemente, que foram enganados pelos “Chicago boys”, a gangue de economistas ultra liberais que montou um modelo privatista sobre o cemitério da ditadura assassina do general Augusto Pinochet – com a ajuda do próprio.

Paulo Guedes disse, em fevereiro, que o Chile era uma Suíça. Um paraíso de acordos bilaterais, Banco Central independente, câmbio flexível, reforma trabalhista e Previdência privada que serviria de norte para as reformas que ele, ministro de um sub-Pinochet, iria implementar no Brasil.

Oito meses depois dessa declaração, o Chile explodiu. Em um país onde até a água foi privatizada e o índice de suicídios entre idosos virou um recorde mundial, a...


Guedes quer extinguir cidades por economia

Segundo o documento elaborado pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, o município com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da receita total será incorporado pelo vizinho.

Por RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Entre as propostas do governo federal para desafogar as contas públicas, está a diminuição do número de municípios brasileiros. Esse é um dos pontos apresentados pela PEC do Pacto Federativo, enviada ao Congresso nesta terça-feira (05/11/2019).

Segundo o documento elaborado pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, o município com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da receita total será incorporado pelo vizinho.
O governo argumenta que “unidos gastamos menos e melhor”. No entendimento de Guedes, “menos é mais”. A medida prevê uma nova restrição na criação de municípios.

Atualmente, o Brasil tem 5.570 municípios. O Ministério da Economia não apresentou uma estimativa de quantas cidades podem “deixar de existir”.
A rotina das cidades pode ainda ser afetada por outras mudanças previstas no pacote apresentado nesta terça-feira. Entre elas está o estado de emergência fiscal, trazido na PEC Emergencial.

Se aprovada pelo Parlamento, municípios terão...

Beba na Fonte> Eduardo Guimarães.


Qual a diferença entre Facebook e FACEBOOK – e por que a empresa usará as 2 marcas

Os aplicativos Instagram e WhatsApp estão entre os serviços que usarão a nova marca. Mas a rede social que leva o nome da empresa manterá sua conhecida marca azul.

O Facebook anunciou uma nova marca para seus produtos, em uma tentativa de distinguir a empresa de seu principal serviço de mídia social, outros serviços e aplicativos, como Instagram e WhatsApp, usarão a nova marca.

Beba da Fonte> BBC Brasil

Delegacia Virtual começa a receber denúncias de maus-tratos contra animais

Ação foi iniciada na segunda-feira e irá facilitar o atendimento pela internet

Por 4oito

A Delegacia Virtual da Polícia Civil de Santa Catarina passou a oferecer nesta segunda-feira, 4, a possibilidade do registro online de Boletins de Ocorrências (BOs) sobre maus tratos contra animais. O link está disponível no site da Polícia Civil, ou aqui.

“O link já está disponível em acesso pela internet e a partir de agora todo cidadão que residir no Estado de Santa Catarina poderá fazer o registro de maus tratos contra animais de forma virtual. Para tanto, deve acessar a página da Polícia Civil”, afirma o diretor de Inteligência, delegado Alfeu Orben. “Todos os BOs eletrônicos são enviados para a delegacia da área de fato”, completa o diretor.

O registro destina-se a fatos descritos como maus-tratos contra animais e denúncias da prática de ato de abuso, maus-tratos, abandono, ferimentos propositais ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.

A iniciativa atende à lei estadual 17.404/2017, que prevê a criação de seção no portal da Delegacia Eletrônica da Polícia Civil para atendimento de ocorrências envolvendo animais, e saiu agora por meio de ação conjunta da Polícia Civil com o CIASC (Centro de Informática e Automação do Estado de SC).

“Agradecemos o empenho dos servidores do CIASC pelo desenvolvimento da ferramenta e a todos que participaram desta importante conquista para o cidadão”, comenta o diretor.

A disponibilização desta tipificação na Delegacia de Polícia Virtual de Proteção Animal de Santa Catarina não desobriga o atendimento e o registre presencial, quando o interessado comparecer pessoalmente a uma Delegacia de Polícia.


Veja também>://sarafoatomico.blogspot.com/2019/11/dossie-violencia-contra-as-mulheres.html



Dossiê Violência contra as Mulheres.

Direitos 04Direitos 01Direitos 03
É necessário que as mulheres tenham noção de seus direitos.

Este é um dossiê digital feito para contribuir com a divulgação de informações e o debate sobre a violência contra as mulheres. Para isso, conta com um banco de fontes de especialistas e também com um banco de pesquisas que reúne dados e estudos atuais sobre a violência de gênero no Brasil. O dossiê também dispõe de uma seção de conteúdos especiais, que compilam informações, dados e análises.

Violência doméstica

Lei Maria da Penha estabelece que toda mulher tem direito à proteção social e do Estado inclusive contra atos de violência sofridos no ambiente privado ou intrafamiliar (veja mais na seção sobre Violência Doméstica e Familiar).
Nos casos de violência doméstica (física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual) a mulher tem direito a:
– acolhida e escuta qualificada de todos os profissionais da rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, sem pré-julgamentos, respeitando seu tempo de decisão sobre os próximos passos a seguir e sem culpabilização;
– medidas protetivas de urgência que podem consistir na proibição de aproximação do agressor;
– acesso prioritário a programas sociais, habitacionais e de emprego e renda;
– manutenção do vínculo profissional por até seis meses de afastamento do trabalho;
– escolta policial para retirar bens da residência, se necessário;
– atendimento de saúde e psicossocial especializado e continuado, se necessário;
– registro do boletim de ocorrência;
– registro detalhado do relato que fizer em qualquer órgão público (inclusive para evitar a revitimização com a necessidade de contar a história repetidas vezes);
– notificação formal da violência sofrida ao Ministério da Saúde, para fins de produção de dados estatísticos e políticas públicas;
– atendimento judiciário na região de seu domicílio ou residência, no lugar onde ocorreu a agressão (se este for diferente) ou no domicílio do agressor;
– assistência judiciária da Defensoria Pública, independentemente de seu nível de renda;
– acesso a casa abrigo e outros serviços de acolhimento especializado (DEAM, Defensoria Pública, centros de referência etc.);
– informações sobre direitos e todos os serviços disponíveis

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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Moisés se posiciona sobre declaração de Eduardo Bolsonaro em relação ao AI-5

Governador Carlos Moisés da Silva (Foto: Guilherme Hahn / BD)~
Governador Carlos Moisés da Silva (Foto: Guilherme Hahn / BD)

Por Ânderson Silva - nsctotal

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, se posicionou nesta sexta-feira em seu perfil no Twitter sobre a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a volta do AI-5. A afirmação do filho da presidente da República, Jair Bolsonaro, causou repercussão nacional, com posicionamento de chefes dos poderes.

Em sua postagem, Moisés escreveu: "O Brasil vive uma democracia consolidada, o que garante aos cidadãos clareza sobre deveres e segurança sobre direitos. A manutenção da democracia, com o fortalecimento e aperfeiçoamento das instituições, são fundamentais para que sigamos o rumo do desenvolvimento social e econômico".

Tweet Carlos Moisés

Eduardo Bolsonaro estará em Criciúma na próxima semana, onde fará uma palestra no teatro Elias Angeloni. O evento será na próxima sexta-feira, 8 de novembro.

Bebianno diz à PF que Bolsonaro chancelou repasses a Bivar para entrar no PSL

O ex-ministro Gustavo Bebianno afirmou que o então presidenciável Jair Bolsonaro chancelou em 2018 um acordo para repassar cerca de R$ 2,7 milhões para o diretório do partido em Pernambuco. Bebianno afirmou que houve um acordo político entre Bolsonaro e o atual presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), para que o então pré-candidato ingressasse no PSL Foto: Sérgio Lima/ Poder360)

Por PODER360

O ex-ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) disse em depoimento à Polícia Federal que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) chancelou 1 acordo para repassar 30% do fundo eleitoral do PSL (cerca de R$ 2,7 milhões) para o diretório do partido em Pernambuco.