sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Dossiê faz raio-x do "Future-se" e mostra por que universidades rejeitaram o projeto

Ministro Abraham Weintraub durante apresentação do projeto "Future-se" em julho deste ano / (Foto: Divulgação/MEC). Documento produzido por grupo de pesquisa da UFBA analisa implicações de projeto de Bolsonaro para universidade pública.

Por Lu Sudré - Brasil de Fato

Com mais de 500 páginas, um dossiê produzido pelo Grupo de pesquisa Trabalho, Precarização e Resistências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) apresenta um diagnóstico minucioso do projeto “Future-se”, apresentado por Abraham Weintraub, ministro da Educação, como solução para o financiamento do ensino superior brasileiro...


Projeto de desenvolvimento da Administração Rosenvaldo/Zaga se mostra desastroso para Imbituba

No acumulado de Jan/Out de 2019 foram fechados na cidade 4.184 postos de trabalho com carteira assinada e criadas 4.185 significando que o plano de desenvolvimento econômico da administração Rosenvaldo/Zaga criou somente um (1) emprego.

Santa Catarina fechou outubro com um saldo positivo de 11.579 novos postos formais de trabalho, melhor resultado para o mês desde 2013. O dado é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira, 21, pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Com isso, o estado passa ter um total de 85.018 empregos criados com carteira assinada em 2019.

Na contramão do Estado, Imbituba criou somente quatro (4) vagas de emprego. o setor vilão no mês de outubro foi o Comércio com perca de -28 postos de trabalho.

Dado oficial por Setor da Economia - out/2019

Extração mineral +1
Indústria transformação +13
Construção Civil +2
Comércio -28
Serviços +2
Administração pública +12
Agricultura e pesca +2
Total +4

No acumulado de Jan/Out foram fechados na cidade 4.184 postos de trabalho com carteira assinada e criadas 4.185 significando que o plano de desenvolvimento econômico da administração Rosenvaldo/Zaga criou somente um (1) emprego.

Um atraso para a cidade.

Partido da Família, da Bala e da Bíblia ameaça democracia

38, o famoso número do trabuco, é simbólico do calibre do retrocesso em curso no Brasil e da ameaça real à nossa democracia. 
Imprensa vai continuar a se omitir diante de nova sigla de Bolsonaro?

Por Kennedy Alencar

Será que agora dá para a imprensa deixar de passar pano, parar de chamar absurdos de polêmicas e enxergar que o Aliança para o Brasil é um partido com ideário fascista, projeto nacionalista autoritário e pretensão de manipular os piores sentimentos morais e religiosos do povo brasileiro?

38, o famoso número do trabuco, é simbólico do calibre do retrocesso em curso no Brasil e da ameaça real à nossa democracia. Até o símbolo da legenda foi feito com cápsulas de bala. Com vocação cesarista, é um partido familiar que reúne o pior do conservadorismo dito cristão no país. É extrema-direita na veia, com toda a sua intolerância às diferenças e a pregação desabrida do ódio no debate público.

Em nome de uma suposta agenda liberal para lá de tosca, que estimula o empobrecimento do país, a precarização do trabalho e ignora as necessidades sociais, setores da sociedade civil vão tolerar...

Beba na Fonte>Blog do Kennedy

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Não tem algo de estranho?

Como uma empresa quer construir quase 400 apartamentos de alto padrão avaliados em media R$ 400.000,00 cada ou seja R$ 160.000.000,00 (CENTO E SESSENTA MILHOES DE REAIS) com um capital social de 5 mil reais???

Três cabeças apostam numa aventura que pode varrer o futuro sustentável de Imbituba

A oficialização da pré - candidatura de Adriana da Lumma a prefeita, confirma que ‘politica é um território traiçoeiro’, como dizia Maquiavel.

Essa articulação que alça Adriana candidata tem como base um largo lastro financeiro e seria alinhavada por uma série de compromissos políticos sob a chancela de ex – bolsonaristas: Governador Moises, o pres. do porto, Coronel Ziegler e o PSL de Bivar.

Essas três cabeças tentam criar uma liderança fora do espectro político com discurso de nova politica, moralista a semelhança da vitória eleitoral de Moises, no rastro bolsonarista, mas que de novo nada tem.

Por sua vez a pré - candidata do PSL, empresária Adriana David Miranda Maria é sócia proprietária da Lumma Construções Ltda, que tem um capital social de 5 mil reais e pretende construir em Imbituba quase 400 apartamentos de alto Padrão avaliados em media R$ 400.000,00 cada ou seja R$ 16O.000.000,00 (CENTO E SESSENTA MILHÕES DE REAIS).

Não tem algo de estranho?

Repito: Como uma empresa quer construir quase 400 apartamentos de alto padrão avaliados em media R$ 400.000,00 cada ou seja R$ 16O.000.000,00 (CENTO E SESSENTA MILHOES DE REAIS) com um capital social de 5 mil reais???

Que tipo de prefeitura litorânea concede alvará a esse tipo de empreendimento que desordena o plano diretor?

Quando se pergunta: Onde vai MERDA?

Despistam com Fora Cattalini!!!!

Essa postura política administrativa da prefeitura de Imbituba pode ser a 4º cabeça dessa aventura que se inicia.


terça-feira, 19 de novembro de 2019

Resistência negra brasileira, o 20/11: Dia Nacional da “Consciência Negra”

É preciso lembrar de Zumbi dos Palmares e também da importância das lutas das mulheres no espaço palmarino. Reportada à Dandara dos Palmares. / Reprodução

É preciso lembrar de Zumbi dos Palmares e também da importância das lutas das mulheres no espaço palmarino.

Danilo Santos da Silva* no Brasil de Fato 

“[…] Levante, resista: lute pelos seus direitos!

  [..] Levante, resista: não desista da luta! 

  […]” (Bob Marley, 1973).


Estamos no mês de novembro, ocasião na qual os temas relacionados à população negra ganham mais repercussão, sobretudo, no Brasil. Embora esse texto tenha sido produzido no referido período, não tem a pretensão de expor uma perspectiva eventual, mas apresentar uma reflexão sobre a “consciência negra” como fruto da memória coletiva de luta da população negra na sociedade brasileira.

Ter como parâmetro esse horizonte, nos ajuda a pensar o 20 de novembro e nos aproxima da ideia de memória coletiva de resistência da população negra, a partir da experiência dos quilombos que se espalharam por todo território brasileiro e tem como maior exemplo o Quilombo dos Palmares (c. 1605-1695), representando, quase cem anos de resistência contra o sistema de colonização escravista europeu.

Com base nessa experiência, no ano de 1971, no Rio Grande do Sul, o Grupo Palmares, utilizou a data da morte de Zumbi dos Palmares, 20 de novembro de 1695, como marco simbólico da luta coletiva da população negra no Brasil. Sete anos mais tarde, com a criação do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, aconteceu o processo de nacionalização da data, como Dia da Consciência Negra: “[…] eu quero ver quando Zumbi chegar, o que vai acontecer. Zumbi é senhor das guerras, é senhor das demandas. Quando Zumbi chega, é Zumbi quem manda […]” (Jorge Ben Jor, 1974).

Embora o dia 20 de novembro esteja relacionado com a morte de Zumbi dos Palmares, não podemos esquecer que o propósito do dia da “Consciência Negra”, deve ser compreendido no plano da luta coletiva da população negra no passado e no presente. Isso significa dizer, que ao mesmo tempo que precisamos lembrar da memória de Zumbi dos Palmares, também, é fundamental, registrar a importância das lutas das mulheres no espaço palmarino, que cada vez mais passam a ser referência de luta nos dias atuais: “Brasil, o teu nome é Dandara […] não veio do céu e nem das mãos de Isabel, a liberdade é um dragão no mar de Aracati […]” (Enredo da Mangueira, 2019 – “História pra ninar gente grande”).

No enredo, Dandara é apresentada para questionar o pressuposto da liberdade concedida pela Princesa Isabel, no dia 13 de maio de 1888, mostrando ainda uma  resistência negra ancestral. Além disso, se reconhece a participação feminina negra na formação da sociedade brasileira. Dentro da mesma perspectiva, o poeta Silveira faz duras críticas a produção da história: “[…] Senhor historiador oficial, deixe o sobrado, a casa-grande, recue na linha do tempo, mergulhe no espaço geográfico, […] meta-se no bucho do Palmar, […]. Veja num lado história, noutra escória. Depois comece a contar […]” (SILVEIRA, 1987).

Nesse sentido, a institucionalização do dia da consciência negra foi uma vitória importante, representou o reconhecimento do direito à memória e história da população negra, com a promulgação, em 2003, da Lei nº 10.639 (Educação das Relações Étnico-raciais, História da África e Cultura Afro-brasileira), inserindo no calendário escolar o 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”. Se no passado a população negra teve que recorrer a essa memória coletiva para substanciar as reivindicações dos seus/nossos direitos, atualmente (2019), tem se utilizado para manutenção (e ampliação) dos direitos sociais conquistados nas últimas décadas.

Em uma conjuntura que a questão econômica e política – capitalismo neoliberal e governo de extrema-direita – são supervalorizadas e sobrepõem as questões sociais e para justificar as reformas neoliberais, que atingirão diretamente a população negra, empurrando-a cada vez mais para uma situação de precariedade, aumento de  exclusão e vulnerabilidade social, pois há cresce a informalidade do trabalho, o subemprego e desemprego, tornando quase impossível que a maioria da população tenha o direito a uma aposentadoria na velhice. Ao mesmo tempo, um governo de tendências neofascistas, que deliberadamente ataca o direito à memória da população negra, os programas de ações afirmativas e os direitos quilombolas, entre outros.

Esse contexto atual, apresenta novos desafios para os movimentos socioculturais negros, mais do que nunca, a memória coletiva de resistência se apresenta como instrumento importante para a auto-organização política da população negra. É preciso, “por menos que conte a história […]. Se Palmares não vive mais, faremos Palmares de novo […]” (LIMEIRA, 2011/2012).

 Fazer Palmares de novo, tem a ver em dar continuidade a luta do passado, como foi as lutas contra a escravidão e pela dignidade humana e , mais recentemente, no século XX, buscamos a cidadania republicana e no tempo presente, persistimos em  defesa de uma plena cidadania, em torno da manutenção dos direitos quilombolas, das ações afirmativas, da luta antirracista e de políticas de Estado para população negra e povos excluídos historicamente, como os povos originários/indígenas, entre outros.

Então no próximo dia 20 de novembro, dia da “Consciência Negra”, é momento de comemorar, mas, acima de tudo, denunciar a configuração do racismo estrutural e institucional na sociedade brasileira. É momento, como diria o cantor Mano Brown, de fazer com que “a fúria negra ressuscite outra vez […]” (Racionais MC's, 1997).

Que essa “fúria” negra continue sendo fonte para memória coletiva das próximas gerações, ou seja, que Dandara, Aqualtune, Acotirene, Zumbi e outros símbolos da resistência negra possam continuar inspirando a constituição de um país multicultural e plurirracial, que não só respeite, como também, valorize as diferenças como ponto para desenvolvimento da sociedade brasileira.
*Pesquisador colaborador do NEABI-CCHLA/UFPB; Ativista do Movimento Negro e Assessor de Projetos do Fundo Brasil de Direitos Humanos 

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

CCJ aprova inclusão de Nise da Silveira no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Nise da Silveira, Médica alagoana foi pioneira na humanização do tratamento psiquiátrico / Centro Cultural da Saúde/Ministério da Saúde.

Por Brasil de Fato

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira (18), o Projeto de Lei 9262/17, da deputada Jandira Feghali (PcdoB-RJ) que inclui o nome de Nise Magalhães da Silveira no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta segue para o Senado, a não ser que haja recurso para análise do Plenário.

Uma das primeiras mulheres formadas em medicina no país, Nise revolucionou o tratamento mental por meio da arte. Ela era contrária às terapias agressivas comuns em sua época, como o eletrochoque, e se tornou um importante símbolo do movimento antimanicomial.

Conhecida pelo pioneirismo na psiquiatria humanizada, em 1956, a médica fundou a Casa das Palmeiras. Dos esforços dela e de seus pacientes foi criado também o Museu do Inconsciente, aberto até hoje no Rio de Janeiro junto ao Instituto Municipal Nise da Silveira, atual nome do Centro Psiquiátrico de Engenho de Dentro, onde a médica construiu seu projeto.


Edição: Julia Chequer

Como o Flamengo se tornou instrumento da extrema direita

Witzel com Rodolfo Landim (à esq.), Bolsonaro e Rodrigo Amorim (à dir.): clube se aproxima de políticos ultraconservadores

BREILLER PIRES – EL PAÍS

Afagados por dirigentes, Bolsonaro, Witzel e correligionários surfam na euforia em torno da boa fase do clube mais popular do país. Diretoria se diz apolítica, mas negou homenagem a vítima da ditadura...


Nova lei de SC prevê multa de R$ 500 para quem fizer trote para serviços de emergência

Medida vale para ligações para Samu, PM, Bombeiros, delegacias e Defesa Civil sobre fatos inexistentes. Empresas de telefonia precisam informar nome e endereço de quem fez o telefonema.

Por Wagner Urbano - notiserrasc

Uma nova lei catarinense prevê multa de R$ 500 para quem fizer trote para serviços de emergência no estado. A norma, de número 17.787/2019, refere-se a ligações para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), Corpo de Bombeiros, delegacias e Defesa Civil sobre fatos inexistentes.

A lei foi sancionada na sexta-feira (1º). As operadoras de telefonia vão precisar informar o nome e endereço de quem fez o trote para que possa ser enviada a notificação.

Multa

Primeiramente, a pessoa receberá uma advertência. Caso faça outro trote, receberá a multa de R$ 500. Esse valor será dobrado a cada reincidência e será reajustado anualmente de acordo com o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M/FGV), conforme descrito na lei.

Para que as notificações cheguem aos infratores, o órgão que recebeu o trote deve encaminhar o número da pessoa que ligou para a empresa de telefonia. Caso a chamada tenha sido feita por um telefone público, ela será anotada em separado para posterior investigação para identificar o infrator.

O dinheiro arrecadado com as multas será usado em fundos de reequipamento da Polícia Militar, Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros Militar, da Defesa Civil e do Samu.

A lei também revogou outra norma, de número 14.953, de 2009, que tratava do mesmo assunto, mas previa penas mais brandas.

Trotes

O número de trotes vem diminuindo no estado, segundo números dos bombeiros e do Samu. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina informou que 4,18% das ligações entre janeiro e outubro deste ano foram trotes. Houve uma redução em relação a 2018, quando foram aproximadamente 6,95% no mesmo período.

Confira abaixo os números mais precisos:

  • 2019 (janeiro a outubro): 20.381 trotes e 487.827 chamadas recebidas (4,18%)

  • 2018 (janeiro a outubro): 35.258 trotes e 507.296 chamadas recebidas (6,95%)

  • 2018 (janeiro a dezembro): 44.061 trotes e 690.965 chamadas recebidas (6,37%)