sábado, 21 de julho de 2018

Estatuto da Criança e do Adolescente é referência mundial mas precisa ser posto em prática

Estatuto da Criança e do Adolescente é considerado modelo de lei para a garantia de direitos na infância e juventude mundialmente / Marcelo Casall/Agência Brasil

Por Lu Sudré - Brasil de Fato | São Paulo (SP) no GGN

Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Infância e Juventude do Condepe-SP, comenta os 28 anos do Estatuto.

Considerado modelo de lei para a garantia de direitos na infância e juventude, o Estatuto da Criança e do Adolescente, mais conhecido como ECA, completa 28 anos neste mês de julho. Responsável por assegurar juridicamente a proteção integral das crianças e adolescentes brasileiras, o Estatuto promoveu avanços fundamentais na defesa dos direitos humanos para as pessoas até 18 anos incompletos, mas, ainda há muito o que melhorar.   

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Funai divulga vídeo de indígena que é último sobrevivente de sua tribo

ÍNDIO QUE VIVE NO TERRITÓRIO TANARU (FOTO: DIVULGAÇÃO/FUNAI)

Por Revista Galileu

Durante 22 anos, pesquisadores da Fundação Nacional do Índio (Funai) acompanharam os passos de um homem à distância: para não interferirem em suas particularidades sociais e culturais, os funcionários não trocaram uma palavra sequer com aquele que seria apelidado como o "índio do buraco".

Sua história é um retrato da violência histórica contra os indígenas: ao chegarem no estado de Rondônia na década de 1980, fazendeiros e seus capangas atacavam e assassinavam as populações que viviam na região e ainda se mantinham isoladas. Após um ataque contra sua tribo em 1995, o homem ficou só. Durante mais de duas décadas, percorreu as florestas e se tornou o último remanescente do povo Tanaru.

A impactante história foi divulgada pela Funai, que publicou um vídeo gravado à distância exibindo o homem em meio à floresta. Durante as décadas de isolamento, os funcionários da fundação mantiveram-se alertas para preservar o que restou da terra indígena Tanaru e impedir que o "índio do buraco" sofresse qualquer tipo de assédio de curiosos ou fosse ameaçado por interessados em explorar as terras. Delimitada em 2015, a área indígena Tanaru possui 8 mil hectares.

CASA CONSTRUÍDA PELO INDÍGENA (FOTO: DIVULGAÇÃO/FUNAI)

Após o primeiro registro do homem, em 1996, a Funai tentou manter contato, mas constatou que ele não estava interessado. Para auxilia-lo, os funcionários deixaram algumas ferramentas e sementes próximas aos locais onde ele passa, além de registrar alguns de seus hábitos à distância. Considerado um dos homens "mais solitários do mundo", ele vive da caça e da agricultura, cuidando do cultivo de alimentos como milho, banana, mamao e batata.

No vídeo divulgado pela Funai, é possível observar o indígena abrindo o caminho da mata com uma machadinha de metal. Ele veste adereços de palha e está parcialmente nu:

Vivendo isolado há mais de duas décadas, ele mora em uma terra indígena em Rondônia e é considerado "o homem mais solitário do mundo"

Durante o trabalho de acompanhamento, a Funai realizou 57 ações de monitoramento da terra indígena Tanaru. Foram encontradas 48 moradias (que seriam construídas pelo homem ou por membros de sua tribo quando eles estavam vivos). Quando realizavam os registros, por vezes encontravam ocasionalmente com o homem, respeitando à devida distância.

INTERIOR DE UMA DAS MORADIAS (FOTO: DIVULGAÇÃO/FUNAI)

Altair Algayer, que é coordenador da Funai e trabalhou no projeto de preservação do território, destaca a resiliência do indígena. "Esse homem, que a gente desconhece, mesmo perdendo tudo, como o seu povo e uma série de práticas culturais, provou que, mesmo assim, sozinho no meio do mato, é possível sobreviver e resistir a se aliar com a sociedade majoritária. Eu acredito que ele esteja muito melhor do que se, lá atrás, tivesse feito contato", afirmou em comunicado.

domingo, 15 de julho de 2018

Bolsonaro ajuda livrar Temer, Bolsonaro é Temer e Temer é Bolsonaro!

Bolsonaro votou a favor de projetos de Temer que cortam direitos, salários, saúde e educação

Engana-me que eu gosto: Essa é a frase adequada para aqueles que afirmam que Bolsonaro é contra o sistema estabelecido, que transita na oposição a Temer e que é algo novo. Na prática o que se vê é o pré-candidato Fascista Jair Bolsonaro votando a favor de projetos de Temer que tiram direitos, salários, cortam orçamento da saúde e educação, mostrando que o discurso de Bolsonaro é diferente de sua prática.

Se não vejamos:

1- Bolsonaro votou a favor da PEC 55
A PEC 55 – conhecida como #PECdoFimdoMundo – foi aprovada no ano passado. Essa emenda na constituição prevê o congelamento de investimentos do governo em saúde, educação, moradia, entre outras por 20 anos. Jair e Eduardo Bolsonaro chegaram a se manifestar contra a Lei mas no dia da votação mudaram de ideia e votaram a favor do governo , o que revoltou seus seguidores.

A própria ONU lançou parecer contra a PEC 55, dizendo que ela irá esmagar os mais pobres e irá acabar com a saúde, educação e seguridade social no Brasil.

2- Bolsonaro votou a favor da Reforma Trabalhista
O voto de Bolsonaro e família a favor da Reforma trabalhista pode ser conferido aqui no G1.

A Reforma Trabalhista prevê entre outras medidas o aumento da jornada de trabalho de 44h para 48h semanais, o aumento do trabalho temporário de 90 para 120 dias, e a prevalência do negociado sobre o legislado. Isso significa que a CLT (legislado) não vale mais. O que vale é o que for negociado entre patrão e sindicato. É evidente para qualquer trabalhador que o trabalho que já tava difícil vai ficar ainda pior.

Além de outras perdas de direitos, retira a obrigatoriedade na prática do 13º salário, além da Organização dos Estados Americanos aceitar denúncia contra a reforma trabalhista por seus direitos que serão perdidos Leia aqui

3- Bolsonaro e a terceirização
O projeto de lei (PL 4302/98) aprovado permite a terceirização até da atividade-fim de uma empresa. Ou seja, uma escola poderá terceirizar não apenas o serviço de limpeza, mas até contratação de seus professores, por exemplo. Os operários e principalmente as operárias terceirizadas sabem como é terrível ser terceirizado: salários menores, piores condições de trabalho, menos direitos e benefícios, muitas vezes sem sindicato e um longo etc. Os terceirizados são trabalhadores precarizados, tratados como de 2ª divisão.

Apesar disso Jair Bolsonaro se absteve da votação. Abstenção é não votar a favor nem contra. Por que Jair Bolsonaro ficou em cima do muro numa lei que prejudica tanto o povo trabalhador? Acho que ele não quer perder a popularidade com a maioria dos trabalhadores que apoiam ele e nem com os empresários que financiam suas campanhas. Seu filho Eduardo Bolsonaro não hesitou: votou a favor da Lei.


E para finalizar Bolsonaro defendendo no Congresso Nacional o torturador condenado, coronel Brilhante Ustra, se despiu mostrando sua face fascista para toda a sociedade. Caí na cilada quem quer!

Com informações: Falando a Verdade