MILÍCIAS DIGITAIS INCLUEM LIVES DE BOLSONARO, DIZ PF
Por Canal Meio
As milícias digitais que agem contra as instituições
democráticas usaram a estrutura do
chamado “gabinete do ódio” e incluem as lives semanais do próprio presidente
Jair Bolsonaro (PL). A informação consta de um relatório, ainda não conclusivo,
enviado pela Polícia Federal ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre Moraes. Gabinete do ódio é o apelido de um grupo de assessores e
pessoas ligadas ao presidente voltado para a difusão na internet de notícias
falsas e difamação de adversários. Segundo o relatório, assinado pela delegada
Denisse Ribeiro, os investigados “se uniram de forma estruturalmente ordenada”
para obter vantagens financeiras e políticas. O documento cita como exemplo da
campanha ordenada de desinformação a live em que Bolsonaro
atacou sem
provas o sistema de urnas eletrônicas e a ampla divulgação de
tratamentos sem eficácia contra a covid-19 e de informações falsas contra as
vacinas. (UOL)
Aliás... A
postura do presidente em relação às vacinas o desgastou perante
a opinião pública, admite o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da
campanha do pai à reeleição. Mas o Zero Um tem um discurso pronto. “Bolsonaro
garantiu a vacina para todo o Brasil. Quem quis tomar a vacina teve acesso a
ela. Ele é a favor da liberdade de a pessoa escolher o que quer fazer”,
argumenta. O senador também atacou as pesquisas que mostram o ex-presidente
Lula (PT) liderando a corrida eleitoral e desqualificou o ex-ministro Sérgio
Moro (Podemos), chamado de traidor. (Globo)
Enquanto isso... Jair
Bolsonaro apresentou ontem em sua live semanal uma “prova” de
que as pesquisas eleitorais são falsas: a comparação de
audiência entre sua transmissão e a live de aniversário do PT.
Como seu público online foi maior, as pesquisas, que seguem metodologias
científicas, “não batem com a realidade”. (UOL)
Guilherme Amado: “O
ex-presidente Lula assegurou a
um grande empresário do agronegócio que Geraldo Alckmin irá se filiar ao PSD
para disputar a eleição como o seu vice.” (Metrópoles)
Enquanto isso... O
presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira quer que a distribuição de
cargos no comando de uma federação com PT, PV e PCdoB leve em conta o número de
prefeitos e vereadores, onde sua legenda leva vantagem, em vez somente da
bancada federal. Com mais deputados, os petistas não aceitam, enquanto os
partidos menores, que têm poucos prefeitos, temem ficar de fora da cúpula da
federação. (Folha)
A migração do
ex-ministro Sérgio Moro do Podemos para o União Brasil foi descartada,
segundo fontes ligadas ao pré-candidato. Mesmo uma coligação entre os dois
partidos parece cada dia mais difícil, devido a questões regionais. Em vários
estados, líderes locais da nova legenda são aliados de adversários de Moro,
como o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT). Além disso,
alguns dos prováveis candidatos do União Brasil foram investigados pela Lava-Jato
e repelem uma aliança com o antigo algoz. (UOL)
O STF formou maioria
em julgamentos que beneficiaram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e
os senadores do MDB Renan Calheiros (AM) e Jáder Barbalho (PA). Os dois casos
são relatados pelo ministro Edson Fachin. No primeiro, ele rejeitou uma
denúncia de corrupção passiva contra Lira no âmbito da Lava-Jato. Ele é acusado
de receber propina de R$ 1,5 milhão da construtora Queiroz Galvão. No
segundo, arquivou um
inquérito contra Renan e Jáder, por um suposto esquema de propinas na
construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Fachin afirmou que a PGR não
conseguiu provar o pagamento a Lira nem ligar os senadores às propinas, e foi
acompanhado por Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias
Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Os julgamentos no plenário virtual terminam
hoje. (CNN Brasil)
Dois pesos, duas
medidas. Bolsonaristas como o secretário de Cultura, Mário Frias, e os
deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) saíram em
defesa do ex-BBB e comentarista Adrilles Jorge, demitido da
Jovem Pan após fazer ao vivo um gesto semelhante a uma saudação nazista. Ao
mesmo tempo, o Zero Três anunciou uma
ação no Conselho de Ética da Câmara contra o colega Kim Kataguiri
(DEM-SP), que, no podcast Flow, classificou como “um erro” a
Alemanha ter criminalizado o nazismo após a Segunda Guerra. O motivo para as
posturas conflitantes? Uma pista: Kataguiri, líder do MBL, rompeu com o governo
Bolsonaro e faz campanha para Sérgio Moro (Podemos). (Estadão)
Enquanto isso... O
Tribunal de Justiça do Rio deu 48 horas para que Flow tire
do ar e de suas redes sociais os comentários do apresentador Bruno
Aiub, o Monark, em que ele defende a criação de
um Partido Nazista no Brasil. A ação foi movida pela Federação Israelita do
Estado do Rio de Janeiro (Fierj). Kataguiri criticou a Alemanha no mesmo
episódio do podcast, e Adrilles fez o gesto polêmico ao defender acaloradamente
Monark, afastado do Flow após reação de patrocinadores. (UOL)
Meio em
vídeo. Partido Nazista pode nos Estados Unidos, mas não
pode na Alemanha? Por que Partido Nazista não pode, mas Partido Comunista pode?
Como é que a gente decide se uma ideia é perigosa demais para circular? A
semana ficou carregada com essas perguntas pairando no ar. E elas têm
respostas. Confira no Ponto
de Partida. (YouTube)
O Departamento de
Estado dos EUA orientou os cidadãos americanos a deixarem a
Ucrânia, diante do risco de conflito com a Rússia. Segundo o presidente Joe
Biden, “as coisas podem enlouquecer rapidamente”. (g1)