quinta-feira, 13 de setembro de 2018

JABUTI EM TERRAS DE “EMBETUBA”

Em tempo: “Embetuba” - nome indígena de Imbituba que significa região com imensa quantidade de imbé, uma espécie de cipó escuro-roxo, muito resistente. (Foto Ascom PMI)

Gabinete do Deputado Estadual Fernando Vampiro do MDB de SC emprega cunhada do Prefeito de Imbituba Rosenvaldo da Silva (PT)  no cargo em comissão com vencimentos de R$2.063,63 (bruto), conforme portal da transparência da ALESC. (Veja espelho abaixo)

Portal da Transparência AESC
No caso em questão não se discute a competência da funcionária para exercer o cargo, mas o fato de ver o prefeito eleito prometendo ética, probidade, inclusive usando como slogan de campanha - “Candidato Mãos Limpas” e surpreendentemente, segundo um morador do bairro Guaiuba ”sem um pingo de constrangimento negocia com candidato à reeleição de outro partido que em contrapartida emprega a cunhada em seu gabinete”.

O Jabuti não é ilegal, mas imoral em um país onde a população vem condenando negociatas políticas que tem levado enorme prejuízo as cidades.

Portanto ficam as perguntas:

 - O custo político da possível negociação é o apoio do Prefeito Rosenvaldo da Silva (PT) a reeleição do deputado Vampiro (MDB)?

 - Como ficam os correligionários do prefeito que batalham pelos seus candidatos dentro do PT?

 - Será que o prefeito e seu staff na prefeitura não tem desconfiômetro? Não percebem o que está acontecendo a sua volta?

Se depender da população o “Jabuti” merece é umcipó roxo” no lombo.



quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Ciro é o mais capaz de impedir a vitória de um projeto neofascista

Ciro pode barrar a vitória de um projeto de neofascista encarnado por Bolsonaro e o General Morão

Por R. Sieja no Jornal A Pátria

Ciro vai pro segundo turno com mais chance de vitória (que o PT). Tá bem mais à esquerda que o Haddad, que é o mais fraco mesmo contando os votos que Lula "transferiu".


Mas militante do PT, que antes falava em barrar a direita, continua apostando numa opção eleitoralmente fraca e mais afável à classe dominante por motivo ideológico.

Aprenderam a engolir tudo que a cúpula do partido decide. Depois reclamam de "divisão".

A defesa de Haddad por parte da militância fanática é focada em sentimentalismo, boataria (principalmente contra o Ciro) e saudosismo. Não apresenta nada novo. Na verdade, sinaliza mais uma sequência de conchavos e "governabilidade" (como o último mandato da Dilma).

O que importa é que a escolha pra esse ano é muito clara, e isso não é uma opinião minha, por ser baseada na realidade concreta, dados e informação.

Meu candidato "ideologicamente" seria o Boulos (apesar de estar do PSOL), como o de muitos amigos meus também seria, mas agora não é hora de egocentrismo ideológico e sim de estratégia fria: tentar eleger um candidato capaz de impedir a candidatura de um projeto de neofascista.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

'Qualquer ataque em mim não pega, eu tenho Teflon', diz Ciro

 Candidato do PDT à Presidência reconheceu que ataques vêm junto ao crescimento dele na pesquisa, mas minimizou o poder de fogo dos concorrentes (foto: Leo Canabarro/Divulgacao)

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, reconheceu nesta terça-feira, 11, que, à medida que cresce nas pesquisas eleitorais, deve ser alvo de ataques das campanhas, mas minimizou o poder de fogo dos concorrentes. "Qualquer ataque em mim não pega, eu tenho Teflon. Eu sou ficha limpa", afirmou.

Ciro também se comprometeu em gerar empregos com investimentos em saneamento. "Este setor é intensivo de mão de obra. E a gente tem de gerar empregos antes de desratizar o Palácio do Planalto", comentou.

O tom informal, aliás, permeou toda a fala do pedetista durante agenda pública em Taboão da Serra, cidade da Região Metropolitana de São Paulo.

Quase na hora de ir embora, em meio a selfies com apoiadores com "santinhos" de deputados, Ciro questionou o militante de um dos candidato. "Cadê o número dele? Só tiro foto se for com o 12", brincou, em referência ao número eleitoral do PDT. O panfleto em questão era do ex-prefeito de Guarulhos Sebastião Almeida (PDT).

Além do próprio Almeida, estavam presentes no ato em Taboão da Serra os candidatos do PDT ao Senado, Antônio Neto, ao governo paulista, Marcelo Cândido, e a vice-governadora, Gleides Sodré, cuja base política é na cidade.

Acompanhavam ainda os ex-prefeitos de Osasco Jorge Lapas e de Taboão da Serra Evilásio Cavalcante. Com um assessor desse, houve outro momento inusitado. "Olha, até o Henrique Meirelles está na minha campanha", brincou Ciro com o senhor, que é careca assim como o candidato do MDB ao Planalto.

Estratégia

A agenda em Taboão da Serra marcou mais uma etapa da estratégia de Ciro Gomes na corrida ao Planalto. Como o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) adiantou, o pedetista tem intensificado a campanha na Região Metropolitana de São Paulo, de olho no eleitor que tradicionalmente votava do PT, mas que se desencantou com o partido nos últimos anos.

Na segunda, o candidato fez ato em Mauá. Ele também já participou de comícios em Guarulhos e Osasco.

'Crush'

Na coletiva com jornalistas, Ciro mostrou bom humor quando questionado sobre o fato de ser chamado de "crush" por eleitores, em referência à gíria da internet que designa pessoa sobre a qual se tem atração. "Eu sou casado", brincou, aos risos. "A Giselle (Bezerra, companheira dele) gosta muito. Ela se garante."

Com Informações do Correio Brasiliense

Carta ao Povo Brasileiro, por Luiz Inácio Lula da Silva


Curitiba, 11 de setembro de 2018

Meus amigos e minhas amigas,

Vocês já devem saber que os tribunais proibiram minha candidatura a presidente da República. Na verdade, proibiram o povo brasileiro de votar livremente para mudar a triste realidade do país.

Nunca aceitei a injustiça nem vou aceitar. Há mais de 40 anos ando junto com o povo, defendendo a igualdade e a transformação do Brasil num país melhor e mais justo. E foi andando pelo nosso país que vi de perto o sofrimento queimando na alma e a esperança brilhando de novo nos olhos da nossa gente. Vi a indignação com as coisas muito erradas que estão acontecendo e a vontade de melhorar de vida outra vez.

Foi para corrigir tantos erros e renovar a esperança no futuro que decidi ser candidato a presidente. E apesar das mentiras e da perseguição, o povo nos abraçou nas ruas e nos levou à liderança disparada em todas as pesquisas.

Há mais de cinco meses estou preso injustamente. Não cometi nenhum crime e fui condenado pela imprensa muito antes de ser julgado. Continuo desafiando os procuradores da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o TRF-4 a apresentarem uma única prova contra mim, pois não se pode condenar ninguém por crimes que não praticou, por dinheiro que não desviou, por atos indeterminados.

Minha condenação é uma farsa judicial, uma vingança política, sempre usando medidas de exceção contra mim. Eles não querem prender e interditar apenas o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Querem prender e interditar o projeto de Brasil que a maioria aprovou em quatro eleições consecutivas, e que só foi interrompido por um golpe contra uma presidenta legitimamente eleita, que não cometeu crime de responsabilidade, jogando o país no caos.

Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar. Perdi minha companheira Marisa, amargurada com tudo o que aconteceu a nossa família, mas não desisti, até em homenagem a sua memória. Enfrentei as acusações com base na lei e no direito. Denunciei as mentiras e os abusos de autoridade em todos os tribunais, inclusive no Comitê de Direitos Humanos da ONU, que reconheceu meu direito de ser candidato.

A comunidade jurídica, dentro e fora do país, indignou-se com as aberrações cometidas por Sergio Moro e pelo Tribunal de Porto Alegre. Lideranças de todo o mundo denunciaram o atentado à democracia em que meu processo se transformou. A imprensa internacional mostrou ao mundo o que a Globo tentou esconder.

E mesmo assim os tribunais brasileiros me negaram o direito que é garantido pela Constituição a qualquer cidadão, desde que não se chame Luiz Inácio Lula da Silva. Negaram a decisão da ONU, desrespeitando o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos que o Brasil assinou soberanamente.

Por ação, omissão e protelação, o Judiciário brasileiro privou o país de um processo eleitoral com a presença de todas as forças políticas. Cassaram o direito do povo de votar livremente. Agora querem me proibir de falar ao povo e até de aparecer na televisão. Me censuram, como na época da ditadura.

Talvez nada disso tivesse acontecido se eu não liderasse todas as pesquisas de intenção de votos. Talvez eu não estivesse preso se aceitasse abrir mão da minha candidatura. Mas eu jamais trocaria a minha dignidade pela minha liberdade, pelo compromisso que tenho com o povo brasileiro.

Fui incluído artificialmente na Lei da Ficha Limpa para ser arbitrariamente arrancado da disputa eleitoral, mas não deixarei que façam disto pretexto para aprisionar o futuro do Brasil.

É diante dessas circunstâncias que tenho de tomar uma decisão, no prazo que foi imposto de forma arbitrária. Estou indicando ao PT e à Coligação “O Povo Feliz de Novo” a substituição da minha candidatura pela do companheiro Fernando Haddad, que até este momento desempenhou com extrema lealdade a posição de candidato a vice-presidente.

Fernando Haddad, ministro da Educação em meu governo, foi responsável por uma das mais importantes transformações em nosso país. Juntos, abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, negros, indígenas, filhos de trabalhadores que nunca tiveram antes esta oportunidade. Juntos criamos o Prouni, o novo Fies, as cotas, o Fundeb, o Enem, o Plano Nacional de Educação, o Pronatec e fizemos quatro vezes mais escolas técnicas do que fizeram antes em cem anos. Criamos o futuro.

Haddad é o coordenador do nosso Plano de Governo para tirar o país da crise, recebendo contribuições de milhares de pessoas e discutindo cada ponto comigo. Ele será meu representante nessa batalha para retomarmos o rumo do desenvolvimento e da justiça social.

Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad.

Ao lado dele, como candidata a vice-presidente, teremos a companheira Manuela D’Ávila, confirmando nossa aliança histórica com o PCdoB, e que também conta com outras forças, como o PROS, setores do PSB, lideranças de outros partidos e, principalmente, com os movimentos sociais, trabalhadores da cidade e do campo, expoentes das forças democráticas e populares.

A nossa lealdade, minha, do Haddad e da Manuela, é com o povo em primeiro lugar. É com os sonhos de quem quer viver outra vez num país em que todos tenham comida na mesa, em que haja emprego, salário digno e proteção da lei para quem trabalha; em que as crianças tenham escola e os jovens tenham futuro; em que as famílias possam comprar o carro, a casa e continuar sonhando e realizando cada vez mais. Um país em que todos tenham oportunidades e ninguém tenha privilégios.

Eu sei que um dia a verdadeira Justiça será feita e será reconhecida minha inocência. E nesse dia eu estarei junto com o Haddad para fazer o governo do povo e da esperança. Nós todos estaremos lá, juntos, para fazer o Brasil feliz de novo.

Quero agradecer a solidariedade dos que me enviam mensagens e cartas, fazem orações e atos públicos pela minha liberdade, que protestam no mundo inteiro contra a perseguição e pela democracia, e especialmente aos que me acompanham diariamente na vigília em frente ao lugar onde estou.

Um homem pode ser injustamente preso, mas as suas ideias, não. Nenhum opressor pode ser maior que o povo. Por isso, nossas ideias vão chegar a todo mundo pela voz do povo, mais alta e mais forte que as mentiras da Globo.

Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República. E peço que votem nos nossos candidatos a governador, deputado e senador para construirmos um país mais democrático, com soberania, sem a privatização das empresas públicas, com mais justiça social, mais educação, cultura, ciência e tecnologia, com mais segurança, moradia e saúde, com mais emprego, salario digno e reforma agrária.

Nós já somos milhões de Lulas e, de hoje em diante, Fernando Haddad será Lula para milhões de brasileiros.

Até breve, meus amigos e minhas amigas. Até a vitória!

Um abraço do companheiro de sempre,

Luiz Inácio Lula da Silva

No ggn

segunda-feira, 10 de setembro de 2018