quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Polícia Militar Ambiental apreende 100 redes de pesca


Por Diário do Sul

Entre a noite de terça-feira e a madrugada de ontem, 100 redes de pesca de camarão, 25 baterias e dez quilos de camarão foram apreendidos pela Polícia Militar Ambiental. A operação de fiscalização ocorreu nas lagoas da região. Conforme o órgão, o defeso do camarão termina hoje e, com isso, a pesca é proibida e ilegal até a data. Desde o dia 15 de julho, quando começou o resguardo do animal, 400 redes foram apreendidas.

A operação foi coordenada pela 3º Companhia da Polícia Militar Ambiental de Laguna, com 16 policiais que também integram outras guarnições do Estado.

Mesmo com a abertura do período de pesca do camarão, a Polícia Militar Ambiental vai continuar fiscalizando o uso dos equipamentos proibidos e também o cumprimento das regras de pesca estabelecidas pela PMA e pelo Ibama.

“Cada pescador tem o direito de usar as redes do tipo aviãozinho em três pontos. Eles recebem todos os anos placas para sinalizar esses pontos. Nós estaremos distribuindo novas placas de identificação e fiscalizando ao longo do período de pesca”, explica o tenente Fernando Magoga Conde.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Quem são os 18 homens que querem legislar sobre o corpo das mulheres

Reprodução/Facebook do Pastor Takayama

Por João Filho no the intercept Brasil

EM UMA MANOBRA pouco republicana e nada cristã, a bancada da bíblia incluiu uma mudança constitucional em uma PEC que pretendia apenas ampliar a licença-maternidade para mães de bebês prematuros. A alteração, feita por uma comissão especial da Câmara, torna ilegal qualquer tipo de aborto, inclusive em casos de estupro e anencefalia do feto. A aprovação da malandragem foi feita durante um rápido intervalo em que a sessão do plenário foi derrubada por falta de quórum e sem a presença da oposição.

Em 2012, o STF permitiu o aborto em caso de anencefalia. O Código Penal de 1940, implementado há quase 80 anos, permite o aborto em casos de estupro. Mas nada disso importa para a bancada da bíblia, que segue em sua missão divina de reverter esses avanços civilizatórios.

Sem nenhum respeito pela laicidade do Estado, um grupo de homens medievais impôs suas crenças goela abaixo de todas as mulheres brasileiras. Por 18 votos masculinos contra 1 feminino — o de Erika Kokay (PT-DF) — a comissão aprovou a barbaridade aos gritos de “Vida sim, aborto não!”.  Só ficou faltando empunharem tochas para completar o cenário.

A decisão da comissão ainda passará pelo crivo do plenário da Câmara, onde dificilmente será aprovada, mas mostra do que as forças reacionárias são capazes.

Mas quem são os 18 deputados que querem legislar sobres os corpos das mulheres com base nas sua convicções religiosas? Tracei um breve perfil desses homens de Deus:

Evandro Gussi (PV-SP):  Advogado, empresário e professor de instituto ligado à Renovação Carismática Católica, este católico carismático foi quem presidiu a comissão que tornou ilegal o aborto em qualquer circunstância. Ele venceu a eleição em 2014 com ajuda decisiva da TV Canção Nova, onde aparecia com frequência. Aborto sempre foi o tema principal da sua campanha e depois na sua atuação como  parlamentar. Apesar da religião ter papel fundamental na sua vida, Gussi jura de pés juntos que sua posição favorável à criminalização é puramente racional: “Eu tenho a minha religião, mas em toda a minha argumentação eu não recorro a nenhum argumento religioso para ser contrário ao aborto, meus argumentos são totalmente racionais, a partir de um raciocínio filosófico e que a Constituição garante que eu posso tê-lo”

Mauro Pereira (PMDB-RS): Conhecido em Caxias do Sul por aparecer ao lado de políticos importantes nas fotos dos jornais e TV, o papagaio de pirata é também autor das seguintes frases: “Michel Temer é trabalhador e honesto”, “Quem votar contra (arquivamento de denúncia contra Temer) detesta o Brasil”. Foi um fiel escudeiro de Cunha até o dia da votação da sua cassação, quando decidiu abandonar o companheiro ferido na estrada.

Givaldo Carimbão (PHS-AL): Coordenador da Frente Parlamentar Católica da Câmara, o católico fervoroso Givaldo se mostrou um dos mais indignados com a mostra Queermuseu. Em audiência pública na Câmara, o valoroso cristão disse para o ministro da Cultura que “queria pegar a mãe e a filha do ministro e colocar de perna aberta como nas fotos”. Quanto respeito pelas mulheres, não?

Alan Rick (DEM-AC): Jornalista, apresentador de TV e pastor evangélico, o acreano foi eleito pelo PRB, partido da Igreja Universal, antes de mudar para o DEM. Usou verba parlamentar para contratar empresa para monitorar seus críticos nas redes sociais.

Evandro Gussi, João Campos e Jorge Tadeu Mudalen conversam durante comissão especial da Câmara Luis Macedo/Câmara dos Deputados


Marcos Soares (DEM-RJ): Filho do pastor Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como Missionário R. R. Soares, o deputado tem uma atuação tímida, quase nula na Câmara. Mas em 2015, Marcos Soares apresentou um projeto de lei que pretendia transformar as autorizações para as TVs por assinatura, transmitidas em canais UHFs, em canais abertos de televisão. Se o projeto tivesse sido aprovado, o seu papi passaria a ter sua própria TV aberta para divulgar sua religião.

Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP): É frequentador da Igreja Internacional da Graça de Deus e amigo do seu proprietário, o pastor RR Soares. Segundo levantamento feito pela Folha, o deputado apareceu em primeiríssimo lugar como o que mais viajou pelo mundo com tudo pago (passagem aérea, hospedagem, alimentação e transporte local) pela Câmara. De 2010 a 2016, Mudalen fez 28 viagens e visitou países das Américas, Europa e Ásia.

Leonardo Quintão (PMDB-MG): Filho do pastor evangélico, fazendeiro e prefeito de Ipatinga, Sebastião Quintão, Leonardo cumpre seu terceiro mandato consecutivo. É representante das mineradoras e teve 42% da sua última campanha financiada por empresas ligadas à mineração. Seu irmão é empresário da área de mineração e foi um dos doadores da campanha. Aliado forte de Eduardo Cunha, Quintão foi um dos seus principais defensores no Conselho de Ética que cassou seu mandato. Foi também o deputado mineiro que mais recebeu recursos via emendas parlamentares nos meses que antecederam a votação da primeira denúncia contra Temer na Câmara. Conhecido por suas posições moralistas e conservadoras, Quintão tentou em 2015 beneficiar um shopping com um empréstimo milionário do BNDES de forma sorrateira. De 2010 a 2015, o patrimônio do nobre deputado cresceu apenas 584%.

Pastor Eurico (PHS-PE): O pastor da Assembleia de Deus é um entusiasta do período de chumbo e chegou a afirmar que “o governo militar foi solução para o Brasil”
Joaquim Passarinho (PSD-PA):  Católico, o sobrinho de Jarbas Passarinho é conhecido no estado do Pará como Quinzinho. Foi autor da inacreditável lei que tornou obrigatório o fornecimento de fio dental por bares e restaurantes do estado.

Gilberto Nascimento (PSC-SP): Advogado e ex-delegado de polícia ligado à Assembleia de Deus. Em seu primeiro mandato como deputado federal em 2003, foi denunciado por participar do Escândalo dos Sanguessugas e acabou sendo indiciado pela Polícia Federal em 2007 por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ): Além de ser apadrinhado por Silas Malafaia, dono da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Sóstenes é pastor da mesma igreja. Em 2015, numa audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o nobre pastor sugeriu a criação de uma “bolsa ex-gay” para homossexuais que se convertessem à heterossexualidade.

Antônio Jácome (PODE-RN): Ah, esse aqui é um caso muito interessante. Ex-pastor da Assembleia de Deus, Jácome virou manchete em todos os jornais do Rio Grande do Norte em 2011. É que ele foi alvo de uma investigação da cúpula da Igreja e foi condenado por unanimidade pelas acusações de adultério e por ter incitado um…aborto. Segundo o jornal potiguar “O Mossoroense”, o parlamentar enviou carta admitindo os pecados, mas de nada adiantou. Jácome perdeu o título de pastor e ficou proibido de subir ao púlpito das igrejas da Assembleia de Deus. Ele não pode mais pregar na igreja, mas continua pregando normalmente na Câmara.

João Campos (PRB-GO): É pastor auxiliar da Igreja Assembléia de Deus de Vila Nova, Goiás. Em 2011, quando era do PSDB, foi o autor do hediondo projeto conhecido como “Cura Gay”. Foi também autor da PEC99/2011, que dá às igrejas o poder de questionar leis junto ao STF. Passou a ser investigado pelo Ministério Público após ser acusado por uma ex-funcionária de ficar com parte do salário dela entre 2004 e 2008.

Jefferson Campos (PSD-SP): É pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular. Quando vereador em Sorocaba, tentou emplacar uma lei que incluía o Criacionismo no currículo da rede municipal da cidade. O valoroso cristão teve seu nome presente em diversos casos de corrupção. No Escândalo dos Sanguessugas em 2006, foi acusado por corrupção passiva, associação para o crime e fraude em licitações. Ele teria recebido R$ 15 mil de propina para direcionar verbas de emendas parlamentares para compra de ambulâncias acima do preço, além de um ônibus para a campanha de um cunhado candidato a vereador. Foi absolvido pelo STF por falta de provas. Mas Deus tinha planos maiores na vida deste homem. Em 2007, ele conseguiu ser denunciado duas vezes: a primeira pelo MPF de São Paulo por improbidade administrativa, a segunda pelo MPF do Mato Grosso por formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude em licitações.

Diego Garcia (PHS-PR):  Considerado o principal líder da bancada da bíblia, o paranaense é ligado à Renovação Carismática Católica. Diego também foi relator do projeto de lei que cria o Estatuto da Família e deu o parecer no qual define a família como a união entre homem e mulher. O mesmo moralismo que apresenta como parlamentar parece não se repetir em sua vida privada. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por corrupção ativa sob acusação de subornar uma agente do Detran. Essa criaturinha de Deus foi flagrada em escutas telefônicas comprando a CNH. O caso prescreveu em 2015. Em 2016, este católico carismático teve a ousadia de enviar um projeto de lei à Câmara para tornar a cidade de Curitiba a Capital Nacional Anticorrupção, uma singela homenagem à Operação Lava Jato.

Flavinho (PSB-SP): Missionário na comunidade católica Canção Nova por 27 anos, Flavinho é um antissocialista do partido socialista. Se posicionou contra a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara e afirmouque “as mulheres não querem empoderamento. Querem ser amadas, querem ser cuidadas”

Eros Biondini (PROS-MG): Integrante da Renovação Carismática Católica e fundador da Missão Mundo Novo, o deputado mineiro é o idealizador do “Cristo é o Show”, maior evento musical católico do país, além de ter sido apresentador do programa “Mais Brasil” da TV Canção Nova. Tem vários discos de músicas religiosas lançados. Este homem de Deus  esteve na mira da PGR por apresentar notas frias para justificar gastos públicosquando estava na Assembleia Legislativa de Minas. Logo após ser denunciado, virou secretário de Esportes do governo Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Paulo Freire (PR-SP): É pastor  da Assembleia de Deus. Seu pai e seus irmãos também são pastores. Foi acusado pelo Ministério Público de integrar a Máfia do Asfalto.


Como se vê, a moral e os bons costumes dos patrulheiros do corpo alheio não resistem a uma googlada.

E se, os catadores usassem bikes de carga ou invés de cavalos?

Catadores são empreendedores e precisam de apoio para melhor seu negócio

Esses profissionais conhecidos como catadores de materiais recicláveis são empreendedores que com seu trabalho prestam serviço essencial, criam trabalho e renda, mas são pouco reconhecidos pelos gestores municipais e população que não compreendem a relevância dessa atividade econômica.

Esses profissionais conhecidos como catadores de materiais recicláveis são empreendedores que com seu trabalho prestam serviço essencial, criam trabalho e renda, mas são pouco reconhecidos pelos gestores municipais e população que não compreendem a relevância dessa atividade econômica.
Um bom administrador municipal estimula o empreendedorismo dos catadores, ajudando o aumento produtividade e renda dessa atividade.

Foi o que aconteceu em Alagoas,
Veja matéria abaixo:

Catadores ganham bikes de cargas para evitar crueldade com cavalos

Por Vicente Carvalho no Bem Mais Mulher

E se, os catadores usassem bikes de carga ou invés de cavalos?

As bikes começaram a surgir como ideia pois muitas pessoas indagaram o fato de como esses trabalhadores conseguiriam continuar seus trabalhos de recolhimento de reciclados na rua sem os cavalos.
Pois o Governo de Alagoas teve uma ideia para resolver essa questão: catadores de entulho receberam 30 bicicletas de carga que ajudarão no trabalho diário por toda a capital, elas são chamadas de Ciclolix.

A ação faz parte do Projeto Relix, que incentiva a conscientização a respeito da correta destinação do lixo e a reciclagem. O evento realizado na orla da Pajuçara contou também com exposição fotográfica e uma peça de teatro.

As bikes de carga também trazem dignidade para os catadores.

“Essa bicicleta é muito maravilhosa. Sou catadora há 3 anos e ela vai ajudar bastante no trabalho, vai agilizar. Aí, além de catar os entulhos, aproveito para malhar as pernas pedalando”, brincou Maria Goreti da Silva Batista, em entrevista ao G1.
“Elas [as catadoras] ficam emocionadas, agradecem pelo que fizemos por elas. Isso me deixa feliz, mas triste também, pois estamos muito atrasados com relação à sustentabilidade. Há muita coisa que ainda podemos e devemos fazer para cuidar de nosso planeta”, afirma Lina, idealizadora do projeto.

O projeto Relix é patrocinado pelo Sesi Alagoas, com apoio institucional da Secretaria de Estado Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Alagoas.

Ciclolix

Em cada escola e indústria por onde passar, o Relix também vai expor a Ciclolix, a bicicleta coletora, com resíduo reciclado limpo, que levará o espectador a conhecer, refletir e criar uma nova e adequada consciência sobre a lei do Aterro Sanitário, sobre a importância dos catadores de lixo, sobre a reciclagem, sobre a logística reversa e, sobretudo, a urgente necessidade de redução do lixo gerado por cada indivíduo.

Cada instituição envolvida vai firmar um acordo de colaboração com a cooperativa de catadores mais próxima geograficamente para que o lixo tenha destinação adequada.

MPT-SC recomenda a sindicatos não reduzir direitos em negociações

O portal da Justiça e do Direito em Santa Catarina.

A Procuradora Luisa Carvalho Rodrigues, do Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC), expedirá nesta terça-feira uma Recomendação aos sindicatos profissionais dos municípios de Joaçaba e Herval D’Oeste para que evitem negociação de cláusulas menos benéficas aos empregados em função das novas regras estabelecidas pela Reforma Trabalhista, que entrou em vigor no sábado, dia 11. De acordo com a assessoria do MPT-SC, o documento será entregue aos representantes de cada entidade na sede da OAB da cidade de Joaçaba.

“A finalidade da Recomendação é garantir efetivo respeito às regras constitucionais e convencionais que regulamentam as condições de trabalho, concretizando a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho, estabelecidos no art. 1º, incisos III e IV da Constituição da República de 1988”, divulgou o MPT-SC em nota à imprensa.

“Em conformidade com o art. 7º, caput, da Constituição, as convenções e acordos coletivos do trabalho a serem pactuados pelas entidades sindicais têm função eminentemente protetora para melhorar a condição social dos trabalhadores. Assim, a Recomendação não pretende orientar pela não observância da Lei nº 13.467 (Reforma Trabalhista), mas sim que haja a interpretação sistemática da nova legislação, que deve guardar consonância com as normas constitucionais e convencionais. Dessa forma, o MPT recomendará aos sindicatos que evitem negociações coletivas prevejam cláusulas precarizantes e prejudiciais aos empregados, a fim de resguardar o patamar mínimo civilizatório”, prossegue o comunicado.

A Recomendação destacada que a prevalência do negociado sobre o legislado já vigorava no Brasil, porém com a ressalva de que as normas coletivas poderiam se sobrepor às leis desde que fossem em benefício dos trabalhadores. Portanto, a partir de agora, é necessária cautela ao aplicar e interpretar a nova lei, em especial no que diz respeito à saúde e segurança do trabalhador. Um exemplo disso é a possibilidade, de acordo com a Lei nº 13.467, de que as convenções e os acordos coletivos de trabalho definam o grau de insalubridade do ambiente de trabalho em patamar inferior ao previsto nas Normas Regulamentadoras, o que viola o direito ao meio ambiente de trabalho seguro e saudável.

Outro exemplo, segundo o MPT, é que nova lei possibilita a redução do intervalo destinado ao repouso e à alimentação no curso da jornada de trabalho (intrajornada) de uma hora para 30 minutos, sem qualquer exigência ou contrapartida para tanto, nem mesmo a necessidade de existir um refeitório.

“Dado que o ordenamento brasileiro já prevê, incontroversamente, a prevalência do negociado sobre a lei sempre que a negociação significar a criação de novo benefício ou a ampliação de benefício já previsto em lei, conclui-se que o único propósito da Lei nº 13.467/2017 é permitir a exclusão de direitos trabalhistas pela via negocial. De fato, há de se concluir que a exclusiva razão de ser da proposta é garantir que se possa reduzir direitos dos trabalhadores através de acordos e convenções.”, ressaltou o MPT em Nota Técnica divulgada em janeiro deste ano, antes da aprovação das mudanças.

“Logo, para o MPT, a Reforma Trabalhista contém diversos dispositivos que contrariam a Constituição Federal e que são incompatíveis com as Convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Desta forma, a expedição de recomendação aos sindicatos de categorias profissionais poderá prevenir irregularidades, até porque a inobservância da Recomendação pode ensejar a adoção de medidas judiciais para garantir o seu cumprimento”, informa a assessoria do MPT-SC.

Relação de entidades que receberão a Recomendação amanhã:
– Sindicato dos Empregados no Comércio de Joaçaba;
– Sindicato dos trabalhadores rurais de Joaçaba e Luzerna;
– Sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras Rurais de Herval D’Oeste;
-Sindicato dos trabalhadores nas indústrias da Construção e Mobiliário de Joaçaba;
– Sindicato dos trabalhadores do Serviço Público Municipal de Joaçaba;
– Sindicato dos Trabalhadores na Industria Metalúrgica mecânica e material elétrico de Joaçaba;
– Sindicato dos Empregados em estabelecimentos bancários de Joaçaba e região;
– Sindicato dos Trabalhadores em Vigilância, asseio e conservação de Joaçaba;
– Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Joaçaba;
– Sindicato dos Trabalhadores nas indústrias de Energia Elétrica de Lages e Joaçaba;
– Sindicato dos trabalhadores em Educação–SINTE Joaçaba;
– Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de carnes e derivados e indústria da Alimentação e afins de Joaçaba;
– Sindicato dos trabalhadores no serviço público do município de Herval d’Oeste;
– SINVET – Sindicato dos médicos Veterinários;
– Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de Transportes Rodoviários e de cargas de Joaçaba.

As informações são da Assessoria de Comunicação do MPT-SC

O modelo consumista da sociedade ocidental e o manifesto dos 15 mil


por Carlos Coimbra no GGN

Nesta minha primeira e honrosa participação no GGN, que tem por finalidade discutir nuances do triângulo (não tão amoroso) de ciência, política e cultura, levantarei a lebre, repetitiva mas necessária, do debate científico mundial sobre mudanças climáticas e sobre a degradação ambiental.

Vamos às ocorrências.
Na última segunda feira, 13 de novembro, um manifesto científico foi publicado pela assombrosa cifra de 15 mil biólogos, físicos, astrônomos, químicos, climatologistas e outros cientistas ligados ao meio ambiente de mais de 184 países.
Manifestos são concretamente ações políticas, declarações públicas de princípios e intenções, instrumentos claros da denúncia pública.
A ação é uma extensão e atualização (mais dramática) de um texto assinado em 1992, no Rio de Janeiro (na Eco-92) por 1.700 cientistas. O líder da ação é o físico, ganhador do prêmio Nobel, Henry Kendall.
No caso do manifesto em questão, o seu foco recai na crise atual relacionada ao modelo ocidental de consumo e em suas consequências ambientais. O título do manifesto: “Os ecossistemas e sua subsequente capacidade de sustentar o tecido da vida”.
Uma das principais recomendações dos autores do apelo se refere à redução do consumo material pela sociedade como um todo. O manifesto descreve que a forma como o modelo ocidental de consumo se alastrou no mundo a partir dos anos 1950 é mais grave do que o próprio crescimento demográfico da humanidade.
O inusitado é que desde o início de 2017 a comunidade científica está atônita: os Estados Unidos, principal motor mundial da degradação do meio ambiente, mormente em relação à questão climática, estão dominados por uma administração completamente climatocética. Basta ver as primeiras ações de Donald Trump em relação às políticas ambientais. O mega-empresário-presidente retirou os EUA dos principais acordos climáticos assinados até o ano passado. Nesse sentido, apenas dois países no mundo não têm assinatura protocolada no Acordo de Paris: EUA e Síria.
Já a China, ao contrário dos EUA, se engajou de corpo e alma, pelo menos até o momento, em um sólido programa de desenvolvimento de energias renováveis. A motivação para isso vem não só da questão climática, mas também porque a população chinesa convive diariamente com a agressiva poluição provinda da queima maciça de combustíveis fósseis proporcionada pelo rápido desenvolvimento industrial daquele país. Atualmente, como resultado dessas políticas de energia limpa, China desde 2014 é liderança global na produção de energia solar e eólica.
Voltando ao manifesto dos 15 mil, ele pode ser resumido de forma prática a partir de seus oito objetivos principais:
·         Estabelecer reservas naturais protegidas e interligadas para conservar habitats naturais;
·         Conter as ações de conversão de florestas, pradarias, serrados e espaços selvagens em superfícies agrícolas ou em áreas urbanas;
·         Reflorestar o quanto possível regiões devastadas com espécies nativas para o restabelecimento dos processos ecológicos;
·         Reduzir o desperdício de alimentos por meio da educação e melhorias em infraestrutura;
·         Promover uma reorientação do regime alimentar na direção de dietas ricas em vegetais;
·         Retirar investimentos dos setores altamente poluentes e estufas como o caso das energias fósseis;
·         Lutar contra a perda da fauna, a caça predatória e o tráfico de espécies protegidas;
·         Redução da taxa de crescimento por meio de ações mais efetivas de educação sexual.
Por fim, não menos importante, a provável semente para o manifesto acima descrito é o estudo encomendado pelo famoso Clube de Roma em 1972. A encomenda foi feita ao Massachussets Institute of Technology (MIT) e o estudo foi liderado pelo cientista social Dennis Meadows. O produto desse estudo é o famoso texto The Limits to Growth, um relatório sobre as consequências ambientais do contínuo crescimento econômico nos moldes dos anos 1960 e 1970The Limits to Growth foi provavelmente o primeiro documento científico a alertar sobre a natureza insustentável do modelo de crescimento ocidental. Após as fortes críticas tecidas pelas diversas escolas de economistas da época, o documento foi rotulado como material irrelevante e relegado ao esquecimento.

Talvez os grandes estudos e pesquisas realizados por cientistas de todo mundo em várias áreas acabaram por ressuscitar o tema que está muito longe de ser uma teoria da conspiração, como quer a administração Trump. Os milhares de artigos de climatologistas, físicos, químicos, filósofos, biólogos, economistas, cientistas sociais, podem ser obtidos em várias bases de conhecimento científico, como o NASA/ADS (arquivo de dados da NASA com Harvard), arxiv.org (Cornell), IPCC (ONU) e tantos outros.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Assessor do vice prefeito de Imbituba nas eleições de 2016 detona a cúpula do PMDB catarinense

 “AVISO: Podem todos sair de casa tranquilos, a cúpula do PMDB no estado já foi embora”. Paulo Barcelos

Postagem no facebook do Jornalista Paulo Barcelos, “assessor” do vice - Prefeito de Imbituba Luiz Gonzaga Carvalho, o Zaga da Inkor (PMDB) na campanha eleitoral de 2016 causa reboliço na cúpula Pemedebista de Imbituba e do Estado.

Barcelos, natural do estado vizinho de Rio grande do Sul, alerta a população, “AVISO: Podem todos sair de casa tranquilos, a cúpula do PMDB no estado já foi embora”, referindo-se a passagem por Imbituba do Vice – Governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB), do candidato do PMDB ao governo Mauro Mariani Deputados Federais:  Edinho Bez, Ronaldo Benedett, Deputado Estadual Manoel Mota, o Presidente municipal do PMDB Osny Souza e outras lideranças.

A declaração do Jornalista e funcionário da Prefeitura petista foi rapidamente rebatida pela ex senadora Selma Westphal:
"Perdeu uma grande oportunidade de ser no mínimo educado".

Mas Paulo Barcelos não se intimidou e continuou com a metralhadora giratória: "perdi foi um monte de direitos, roubados pelo usurpador Temer e apoiado por essa galera".

A situação causada por Barcelo é uma amostra da briga interna no Governo Rosenvaldo Junior entre PT e PMDB e se conhecemos a ex senadora Selma as coisa não ficarão por aí.

O Jornalista Paulo Barcelos é conhecido também por ser parte importante do processo em que o MPF pede a cassação da chapa Rosenvaldo e Zaga na eleição de 2016.

Conheça o parecer do MPF

Procurador Eleitoral (MPF) Marcelo da Mota admite Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) para apurar uso indevido dos meios de comunicação social entrelaçado com abuso de poder econômico DA CHAPA Rodenvalso Juniro (PT) e Zaga da Inkopr (PMDB).

Segundo o Procurador houve exposição excessiva na mídia dos candidatos Rosenvaldo Junior e Zaga da Inkor em detrimento dos demais e o emprego desproporcional de recursos patrimoniais (públicos ou privados), ambos de forma a comprometer a legitimidade do pleito e a paridade de armas entre postulantes a cargo eletivo.

Para o Procurador os depoimentos e as provas colhidas demonstraram “uso indevido o fato de jornal impresso (Tribuna Imbitubense)  divulgar, de forma maciça (em quantitativo que alcança quase 20% do eleitorado) e mediante edições veiculadas faltando menos de um mês para o pleito, publicidade amplamente benéfica” a candidatura de Rosenvaldo Junior e Zaga e “desfavorável a seus adversários”.

Marcelo da Mota demonstrou que o Jornal Tribuna Imbitubense editada pelo jornalista Paulo Barcelos usou técnicas elementares de jornalismo por meio de:

a) contraste adjetivado entre atos de governo, elogioso ao extremo aos candidatos Rosenvaldo Junior e Zaga e negativo aos demais,imputando-lhes sempre a pecha de administradores relapsos;

Segundo o promotor ha "abuso de poder também presente, já que o proprietário do jornal Tribuna Imbitubense foi nomeado posteriormente para exercício de cargo de primeiro escalão da Prefeitura de Imbituba “e, ademais, usou-se espaço publicitário dos jornais - recurso estimável em dinheiro - para fins eleitorais”.

 Diante do exposto o Procurador Marcelo da Mota  dá provimento do apelo para que sejam cassados os diplomas do Prefeito Rosenvaldo Junior e do vice Zaga da Inkor.

Veja na íntegra decisão do Procurador eleitoral


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Quem tem medo de vagina?

A vulva clara e rosada, sem pêlos, com pequenos lábios, além de remeter à infantilização e ter um caráter racista, é imposta como um padrão estético

“Porque estamos escondendo essa parte do corpo? Qual é o medo em falar sobre ela?”, questiona a psicóloga Letícia Bahia

Por Caroline Oliveira - Carta Capital

Buceta, pombinha, pepeca, xoxota, as partes, Países Baixos, periquita, xana, perseguida, vulva. Independente do apelido usado, falar e retratar a vulva é um tabu.

Ela se desloca sem parada final entre as conotações sexuais e os estereótipos da depilação e pele clara, reforçados pela indústria de filmes pornográficos. Ela faz parte de mais da metade da população brasileira e está nas mesas de cirurgia para procedimentos cirúrgicos como a ninfoplastia.

No entanto, as bonecas vendidas são desprovidas de vulva. Uma boneca comercializada sem um braço ou uma perna é uma boneca que representa mulheres com alguma deficiência física. Mas bonecas sem vagina não são deficientes, é o padrão.

Pouquíssimas são as mulheres que sozinhas se aventuram na masturbação e descortinam seus prazeres sexuais. Também são recentes os poucos estudos sobre a genitália feminina. Uma campanha recente de conscientização de câncer genital, da The Eve Appeal, mostrou que, de mil mulheres entre 26 e 35 anos, metade não soube localizar a vagina - a parte interna da vulva, o canal vaginal.  

No século XVIII, estava difundida a ideia, pelo médico Galeno de Pérgamo, que a vagina era um pênis invertido. Somente em 2009, um estudo publicado pelo The Journal of Sexual Medicine, mostrou que o clitóris é equivalente ao pênis, mas com 4 mil terminações nervosas a mais.

Letícia Bahia, psicóloga e diretora institucional da Revista AzMina, explica que a vagina ainda é pensada como um complemento ao pênis. Nesse sentido, “existem pouquíssimos estudos sobre a relação entre duas vulvas, por exemplo, uma relação afetiva sexual que acontece entre duas mulheres, como se dá a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Isso porque é a partir do pênis que se pensa a sexualidade”.

“Porque estamos escondendo essa parte do corpo? Qual é o medo em falar sobre vagina?”, questiona Bahia.

Procedimentos cirúrgicos
Segundo Halana Faria, ginecologista do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, existe uma demanda relacionada à imagem de uma vulva

Segundo Halana Faria, ginecologista do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, existe uma demanda relacionada à imagem de uma vulva
Apesar de não se falar abertamente sobre a vagina, os estereótipos que a cercam estão espalhados, por exemplo, nos filmes da indústria pornográfica, que movimenta anualmente mais de R$ 100 bilhões, segundo a organização Treasures.

A vulva clara e rosada, sem pêlos, com pequenos lábios, além de remeter à infantilização e ter um caráter racista, é imposta como um padrão estético.
Em 2016, o Brasil liderou o ranking mundial de procedimentos estéticos no corpo, segundo a International Society of Aesthetic Plastic Surgery (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética). No total, foram mais de 500 mil cirurgias, cerca de 16% dos procedimentos do mundo todo. Em segundo lugar está os Estados Unidos e em terceiro, o México.

Um dos benefícios colocados como procedente da ninfoplastia ou labioplastia, a redução de pele dos lábios vaginais, é devolver à mulher sua sexualidade.
Porém, Bahia explica que a sexualidade não é algo que se possa devolver tanto à mulher quanto ao homem, pois é intrínseco ao indivíduo.

“A sexualidade é a dimensão humana sobre a função reprodutiva.Tudo o que se sobrepõe de cultura acima dela é a sexualidade”, afirma. E contínua, “não é algo que se pode devolver ou retirar de alguém. A pergunta é como cada um vive a sexualidade e como podemos buscar maneiras de viver as sexualidades de uma forma mais saudável”.

A questão que Bahia traz é a necessidade de procurar entender o porquê de tantas mulheres brasileiras procurarem procedimentos cirúrgicos para modificar suas vulvas. “E aí estamos falando novamente da necessidade de conversar sobre tudo isso”, conclui.

O tabu da vagina não é um atributo de um gênero específico. “O tabu é nosso”, diz Bahia. Diferentes são os efeitos para cada um. No entanto, na ponta desse sistema, está o homem que questiona do tamanho da vulva da esposa.
“Acho um equívoco a gente transformar isso num questão de homens que não conseguem lidar com a questão da vagina. Isso é nosso, de todos nós. Todos nós estamos produzindo, lidando com isso”.

Quando a ninfoplastia é necessária?
Segundo Halana Faria, ginecologista do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, existe uma demanda relacionada à imagem de uma vulva. “As mulheres muitas vezes não têm a percepção sobre a diversidade possível de forma e tamanho das vulvas. Então, mesmo sem problemas relacionados a lábios mais volumosos, começa a se questionar  sobre a ‘normalidade da sua vulva’.
Faria, no entanto, lembra que a reconstrução genital nos casos de transgenitalização pode ser um caminho para as mulheres trans construírem sua identidade de gênero. Nesse sentido, “é preciso entender a diferença entre a medicalização excessiva do corpo das mulheres cis e o acesso a construção de um corpo possível às mulheres trans”.

Ainda assim, a psicóloga Letícia Bahia afirma que a sexualidade e as modificações genitais estão no campo da dimensão afetiva, o que torna complicado colocar esse aspecto somente sob a responsabilidade de “alguém que, em termos acadêmicos, não tem preparo para trabalhar nessa esfera”.
“Um cirurgião plástico tem treinamento para resolver um problema estético, mas não para resolver uma questão de cunho afetivo, que é uma questão de autoestima”, conclui Bahia.

Grafeno: promessa de revolução tecnológica

Uma das aplicações previstas do grafeno é em celulares, podendo torná-los flexíveis e mais leves. Foto: Canaltech

No GGN - do Clube de Engenharia


Duzentas vezes mais resistentes que o aço, fino, transparente, flexível, impermeável e barato. Melhor condutor de eletricidade, tem aplicações possíveis nos mais diferentes setores da economia, da indústria automotiva à biomedicina. Esse é o grafeno, um composto derivado do grafite que tem sido apontado por pesquisadores como uma das principais promessas de revolução tecnológica no futuro próximo.

Apesar de estudado desde 1947, o material só ganhou relevância em 2004, quando cientistas russos comprovaram seu potencial como transistor, alternativa ao silício usado em semicondutores de equipamentos eletrônicos. Konstantin Novoselov e Andre Geim continuaram trabalhando no grafeno e comprovaram que sua propriedade como condutor se mantinha mesmo quando trabalhado para ser muito fino, da espessura de um átomo. Pela descoberta os dois receberam o Prêmio Nobel de Física em 2010 e, de lá para cá, as pesquisas no mundo inteiro só aumentaram.

Brasil em destaque
O Brasil é o país com a maior reserva natural de grafite do planeta. Com os investimentos necessários em pesquisa e indústria, é capaz, portanto, de liderar esse processo de grandes inovações. Está no Brasil o primeiro laboratório de pesquisa na América Latina dedicado inteiramente ao material. Trata-se do MackGraphe, o Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Inaugurado em 2016, o laboratório foi construído em parceria envolvendo a universidade, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com investimento de 100 milhões de dólares, dedica-se a pesquisar aplicações para o grafeno, além de desenvolver formas de fábrica-lo em escala industrial. A equipe do laboratório é formada por engenheiros, físicos e químicos.

Até agora, sabe-se que o grafeno pode ter utilidade no setor automotivo, aeroespacial, biomédico, eletrônico e de telecomunicações. Sua aplicação mais comentada é na indústria de dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Isso porque, no futuro, esses equipamentos poderão ser completamente flexíveis, da espessura de uma folha de papel e contar com baterias muito mais duráveis. A Internet também promete ser beneficiada: pesquisadores das universidades britânicas de Bath e Exeter conseguiram aumentar em 100 vezes a velocidade de transmissão de dados usando interruptores ópticos feitos com grafeno. Outra aplicação promissora é a que pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, publicaram em abril deste ano: uma peneira, feita com membranas de grafeno, é capaz de transformar a água do mar em potável.

Produção em escala comercial
As promessas do grafeno, no entanto, ainda dependem de mais pesquisas para serem concretizadas. A dificuldade hoje está na fabricação do material, já que ainda não é possível sintetizá-lo em larga escala. Caminhando nesta direção, o estado de Minas Gerais trabalha para ter até 2020 a primeira planta do Brasil para produção em escala comercial. O investimento será de R$ 21,3 milhões para desenvolver a tecnologia e implantar a produção em escala piloto. Os recursos são da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Enquanto cada grama de ouro custa R$ 143, o do grafeno é comercializada em torno de US$ 100 no mercado internacional, ou seja, R$ 346. Hoje, a tonelada métrica de grafeno custa US$ 1.000, cerca de 500 vezes mais do que a de grafite.

Para os pesquisadores mineiros, o ideal é que grafeno chegue a custar apenas dez vezes mais do que o grafite, já que vale mais a eficiência do que o retorno financeiro, com suas propriedades é capaz de isolar bem a umidade e o oxigênio, facilitando a conservação de alimentos, por exemplo, podendo ser usado em embalagens e revestimentos. Pode também ser usado em sensores que ajudarão a detectar doenças por meio do sangue ou saliva. Nenhum material conhecido no mundo oferece tamanha impermeabilidade e resistência. Os elétrons se movem com uma velocidade muito maior do que no silício, o que vai permitir uma eletrônica muito mais rápida. Reconhecida como referência em grafeno, Minas Gerais possui minas de grafite, e, com a instalação da planta no Estado visualiza em breve uma grande concentração de pesquisadores na área.

Com informações de Canaltech, BBC Brasil, Estadão, Band e O Tempo.

Câmara realiza Sessão Solene para homenagear Cruz e Sousa e reparar erro histórico

Em 1884,  o grande poeta e escritor Cruz e Sousa foi nomeado promotor de Laguna, porém foi recusado pelos políticos da cidade por ser negro

Na Semana da Consciência Negra, de 13 a 20 de novembro, a Câmara de Vereadores de Laguna realizará Sessão Solene para fazer uma retratação pública ao poeta catarinense Cruz e Sousa.

Em 1884, Cruz e Sousa foi nomeado promotor de Laguna, porém foi recusado pelos políticos da cidade por ser negro, e não toma posse.

Uma Moção de Retratação e Reconhecimento, de autoria do vereador Peterson Crippa da Silva, e um Projeto de Lei de denominação de via pública, foram aprovados, por unanimidade, pelo plenário do Poder Legislativo Lagunense.

A Sessão Solene dará publicidade há esses atos. Uma placa será entregue ao Museu Cruz e Sousa, que será recebida pelo professor Rodolfo Pinto da Luz, presidente da Fundação Catarinense de Cultura, curador do Museu.

As comemorações da Semana da Consciência Negra iniciam nesta segunda-feira (13), às 19h, no auditório da Udesc, em Laguna.

Conheça vida e obra de Cruz e Souza