Anita
Garibaldi será lembrada hoje em Laguna pelos 168 anos de sua morte. Será a
partir das 10h30, aos pés da estátua de bronze na praça República Juliana.
Por
André Luiz - Difusora
Há 168
anos, na Itália, a guerreira Anita Garibaldi, perseguida pelo exército
austríaco, morreu nos braços de Garibaldi, numa fazenda em Mandriole, 400
quilômetros ao nordeste de Roma. Era 4 de agosto de 1849.
Nesta
sexta-feira, em Laguna, moradores e autoridades irão promover homenagens a
heroína, a partir das 10h30min, aos pés da estátua de bronze de Anita, na praça
República Juliana. Realização da Fundação Lagunense de Cultura.
Estátua de Anita Garibaldi, no palco da
revolução
Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita
Garibaldi, nasceu em 30 de agosto de 1821, em Morrinhos do Mirim, então
município de Laguna, filha de Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus
Antunes. Não existe uma fotografia de Anita, uma pintura do seu retrato no
Uruguai, considerada pelos pesquisadores, a imagem mais verdadeira. (foto da
matéria)
De origem simples, casou-se pela primeira vez, em 1835, com
o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. A casa onde Anita preparou-se para o
casamento, pertenceu a João Joaquim Mendes Braga, local onde as mulheres
alugavam vestidos de noivas. Mais tarde, foi transformada em museu, com
utensílios da época.
Com o surgimento, no Rio Grande do Sul, do movimento dos
farrapos contra a monarquia, Manoel aliou-se às forças imperiais e seguiu com o
exército abandonando sua esposa. Ocorre em 1836, a Proclamação da República Rio
Grandense, e a necessidade de um porto marítimo contribuí para a tomada da Vila
de Laguna, em Santa Catarina.
No dia 22 de julho de 1839, as forças farroupilhas, com a
ajuda de Giuseppe Garibaldi (1807 – 1882), político e militar revolucionário
italiano, tomaram a Vila e proclamaram a República Juliana. O fato ocorreu no
prédio da Câmara, hoje museu Anita Garibaldi, na frente do espaço tem uma
estátua de bronze em homenagem a heroína.
Aos 18 anos, Ana Maria conhece o italiano Giuseppe e se
apaixona. No mesmo ano, em 15 de novembro de 1839, durante um ataque violento a
tropa imperalista invade Laguna, o casal consegue fugir.
Durante a batalha de Curitibanos, eles se separam e Anita é
capturada pelo exército imperial. Os oficiais a informam de que Garibaldi
morreu. Anita, que estava grávida, pede então que a deixem procurar o corpo de
seu companheiro entre os mortos. Sem encontrá-lo, suspeitando que estivesse
vivo, ela se aproveita de um descuido dos soldados, salta sobre um cavalo e
foge em meio aos disparos de seus perseguidores.
Poucos quilômetros depois, depara-se com o rio Canoas e
lança-se nas águas. A perseguição cessa, pois os soldados acreditam que ela
esteja morta. Mas Anita passa à outra margem e vaga durante quatro dias pela
mata, sem comer ou beber. Finalmente, reencontra os rebeldes e, na cidade de
Vacaria, une-se novamente a Garibaldi.
Em 16 de setembro de 1940, Anita tem seu primeiro filho com
Garibaldi, casa-se em 26 de março de 1842, no Uruguai. Em 1847, Garibaldi
enviou Anita à Itália, como sua embaixadora, a fim de preparar o terreno para o
grande retorno de seu marido, acompanhado de um exército de mil homens, pretendia
desembarcar na Itália para lutar na primeira guerra da independência italiana,
contra a Áustria.
Depois da chegada de Garibaldi, eles seguem para Roma, onde
se proclama a República Romana. A cidade, contudo, é atacada por tropas
franco-austríacas, e Anita, grávida do quinto filho, luta ao lado de Garibaldi
na batalha de Gianicolo. Obrigados a bater em retirada, o casal foge
acompanhado de um exército de quase quatro mil soldados.
Alguns caíram em poder dos austríacos. Anita e Giuseppe, com
alguns companheiros, abrigaram-se numa propriedade rural nas proximidades de
Ravenna.
Anita grávida, com seu estado de saúde precário, veio a
falecer, por volta das 19h45min, do dia 4 de agosto de 1849, antes dos trinta
anos de idade. Em sua memória foram erguidos monumentos em Roma, Ravenna, Porto
Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Laguna e Tubarão.
Como
chegar:
Rua Raulino Horn, no
centro histórico
Texto: Jornalista Taís Sutero JP 1796