sábado, 28 de abril de 2018

Possível manipulação de evento religioso para fins políticos partidários não é moral

36º Congresso dos Gideões recebeu de R$ 300 mil do Governo de SC

36º Congresso dos Gideões realizado anualmente, no Pavilhão dos Gideões, em Camboriú terá a possível presença do Deputado federal de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL).

Até aí tudo certo! O problema é que as presenças anunciadas no Congresso de um presidenciável e outros políticos que apoiam sua candidatura não são éticas e extrapola o religioso podendo caracterizar manipulação para fins político partidário.

MP e justiça eleitoral devem se movimentar para apurar possível ilegalidade já que o evento recebeu dinheiro público - R$ 300 mil do Governo do Estado de SC.

Leia matéria do NSC sobre o evento

Camboriú recebe verba de R$ 300 mil do Governo do Estado

Por Dagmara Spautz, NSC

A Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte enviou R$ 300 mil para a realização do 36º Congresso dos Gideões através do Funturismo. A verba, todo ano, causa polêmica e confusão - afinal, trata-se de um evento religioso.

A justificativa do Estado costuma ser a movimentação turística que o congresso traz à cidade. Este ano, o público deverá ultrapassar a marca dos 150 mil e os hoteis em Balneário Camboriú estão quase lotados. No ano passado, Camboriú arrecadou R$ 500 mil com os alvarás dos vendedores ambulantes.

O Congresso Internacional dos Gideões é realizado pela igreja Assembleia de Deus e é um dos maiores eventos missionários do país. O problema é que também está fortemente relacionado à política.

Não em essência, já que a ideia é sensibilizar os fiéis sobre os movimentos missionários e de ajuda humanitária feitos pela igreja ao redor do mundo. Mas os últimos anos, no Brasil, assistiram à entrada maciça de religiosos na política _ _ em especial os evangélicos.

O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC), por exemplo, é uma das atrações mais esperadas dos próximos dias. Ele falará ao público no sábado à noite.

Seu ex-companheiro de partido, o polêmico pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), também anunciou que vai aparecer no evento.

No fim das contas, o Estado ajuda a pagar pelo palanque gratuito da bancada evangélica.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Faz dois anos do desabamento da ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro

vídeo JB

 A ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro, que desabou em 21 a abril de 2016 provocando a morte de duas pessoas, foi construída pela empreiteira Concremat, da família do secretário de Turismo do Rio, Antônio Pedro Viegas Figueira de Mello. Fundada pelo avô do político, a empreiteira recebeu R$ 45 milhões, desde setembro de 2014, pela gestão de Eduardo Paes (PMDB-RJ), para a construção da obra.




Padre é agredido em Bom Jardim da Serra


Um padre teria sido agredido por populares durante uma celebração de corpo de presente, em uma igreja no Bairro Cohab, em Bom Jardim da Serra.

Segundo a Polícia Civil do município, o Padre Jonas Valderedo Lucinda, da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, foi espancado na manhã de quarta-feira (25) por cerca de 20 pessoas.

Segundo informações, com áudios de populares,  o culto foi celebrado por uma ministra e o Padre teria chegado no final do ato religioso. Foi quando populares o agrediram, alegando que o sacerdote não havia tocado o sino da igreja.

O religioso teria negado o fato e dito que o sino foi batido. Porém, mesmo assim as agressões continuaram. Ele foi ferido na região da cabeça e do rosto.

A igreja ainda não se manifestou sobre o caso.

Agencia de Notícias - Serra SC

Número de chacinas dobrou durante intervenção militar no Rio, diz relatório

Leia o Relatório abaixo (Foto: EBC)

Nos dois meses de atuação da intervenção federal no Rio de Janeiro, o número de chacinas dobrou na comparação com o mesmo período de 2017. No ano passado, foram seis episódios que resultaram na morte de 22 pessoas. De 16 de fevereiro a 15 de abril de 2018, foram registadas 12 chacinas, com a morte de 52 pessoas.

O decreto do presidente Michel Temer autorizando a intervenção federal, com o uso das Forças Armadas em operações de segurança pública, foi publicado em 16 de fevereiro deste ano.

Os dados estão no relatório “À deriva – sem programa, sem resultado, sem rumo”, divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Observatório da Intervenção, que reúne várias entidades da sociedade civil e faz o acompanhamento diário dos trabalhos na segurança pública desde fevereiro.
Segundo a coordenadora do Observatório, Sílvia Ramos, no período da intervenção ocorreram episódios graves de descontrole policial. Ela cita, como exemplo, a chacina da Rocinha. “No dia anterior um policial tinha sido covardemente assassinado. Uma tropa de choque entra [na comunidade] de madrugada e mata oito pessoas, numa ação totalmente inexplicada, sobre a qual não há nem mesmo uma investigação. É um ponto gravíssimo.”

Ela citou também a chacina de Maricá, onde cinco jovens foram mortos por milicianos. De acordo com Sílvia, os dados da violência no estado não estavam piores antes da intervenção, mas também não melhoraram depois da chegada das Forças Armadas. “O quadro geral é muito preocupante.”

“Quando a gente compara o Rio sob intervenção com o que havia antes, a gente percebe que as condições de segurança e de criminalidade ou se mantiveram num nível tão alto como havia antes ou então pioraram, como é o caso dos crimes contra o patrimônio, os roubos e roubos de rua”, avaliou a especialista.

“Nesses dois meses continua a descoordenação na área de segurança. A sensação de insegurança na cidade é muito grande, os tiroteios aumentaram em relação há dois meses e em relação ao ano passado. O controle sobre as ações policiais é muito pequeno e houve a multiplicação das chacinas, ou seja, episódios em que houve três mortes ou mais em um único evento”, completou.

Dados
O Observatório monitorou 70 operações desde o início da intervenção, que tiveram o emprego de 40 mil agentes, resultaram na morte de 25 pessoas e na apreensão de 140 armas, sendo 42 fuzis. Os dados do aplicativo Fogo Cruzado mostram que o número de tiroteios aumentou no período. Nos dois meses antes da intervenção, foram registrados 1.299 tiroteios no estado, enquanto nos dois meses seguintes ao decreto, o número foi para 1.502, um aumento de 15,6%. Esses tiroteios deixaram 294 mortos e 193 feridos.

Os pesquisadores apresentaram a evolução dos indicadores de segurança no estado nos últimos anos. Os dados revelam que não houve um aumento significativo da taxa de letalidade violenta de 2016 para 2017. Em fevereiro e março deste ano foram 940 homicídios, 209 homicídios decorrentes de intervenção policial e 19 policiais mortos.

Sobre a sensação de insegurança, o levantamento aponta que 92% da população do Rio de Janeiro têm medo de ser atingida por bala perdida, de morrer ou ser ferido em assalto e de ficar no meio de tiroteio entre polícia e bandidos. E 70% disseram ter medo de sofrer violência por parte da Polícia Militar. “Nenhuma política de segurança vai ter resultado no Rio de Janeiro se não for baseada em redução de tiroteio”, afirmou Sílvia.

Para a coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional no Brasil, Renata Neder, a intervenção federal aprofunda um modelo de política de segurança pública que não funciona.

“É o modelo da militarização, baseado na lógica do confronto, da guerra, da guerra às drogas. Esse modelo a gente já sabe que não dá certo, que se traduz em operações policiais de enfrentamento cotidiano em favelas e periferias. Ele não reduz a criminalidade, ele aumenta a violência, alimenta esse ciclo e essa espiral de violência e resulta em muitas violações de direitos humanos. Não funcionou no Rio de Janeiro e não funcionou no México.”

Propostas
O coronel Ibis Pereira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, destacou que os dados divulgados no relatório são muito ruins e indicam que a intervenção encontra dificuldades no seu rumo. Para ele, é uma oportunidade para os gestores corrigirem a rota. “Os dados funcionam como crítica, evidentemente, mas eles também funcionam como elemento a partir do qual essa medida possa ser repensada por aqueles que estão conduzindo. Eu não tenho dúvidas que são pessoas bem-intencionadas. Então eu penso que a gente tem um material de crítica extraordinário para que a intervenção possa encontrar um rumo que todos nós esperamos, que é diminuir o medo e os indicadores criminais no nosso estado.”

Para ele, é preciso reestruturar as polícias e fazer um melhor controle do uso da força. “As polícias precisam de uma reforma, estão em frangalhos, se trata de reestruturar essas instituições policiais. Elas têm sido vítimas da violência, temos números assustadores de policiais mortos em serviço e fora dele, mas, por outro lado, as nossas polícias estão matando demasiadamente, o que significa que a gente precisa melhorar esse controle do uso da força.”

De acordo com Sílvia, há consenso entre os pesquisadores da área de segurança de que a atual política não funciona. “Sabe-se há muitos anos no Rio e no Brasil o que é necessário fazer para reduzir a violência e a criminalidade. A receita hoje é consensual. É preciso mudar a polícia, é preciso fazer mais investigação e menos confronto, é preciso coordenar ações de Ministério Público, polícia e Poder Judiciário, é preciso acabar com a guerra às drogas que justifica diariamente incursões às favelas e os 60 mil mortos por ano no Brasil. Nós sabemos o que é preciso ser feito, mas quem vai fazer isso?”

Durante o encontro foi lançado também o site do Observatório da Intervenção, que reúne todos os dados e as informações recolhidas pela iniciativa. O relatório não incluiu os valores das operações da intervenção porque o governo não divulgou os gastos.

Governo
Em nota, o Gabinete de Intervenção Federal informou que “está dedicado aos objetivos estabelecidos de diminuir progressivamente os índices de criminalidade e fortalecer as instituições da área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro”. “Medidas emergenciais e estruturantes estão sendo tomadas e serão observadas ao longo do período previsto de intervenção federal, conforme Decreto nº 9.288 de 16 de fevereiro de 2018”, diz a nota.

Perguntado sobre o aumento dos tiroteios, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, após cerimônia de premiação do Selo Resgata, no Palácio do Planalto, que isso sempre ocorre quando se inicia um processo de mudança como o proporcionado pela intervenção no Rio de Janeiro.

“Todos os processos de mudança que você teve, por exemplo, em Medelín, em Bogotá, no início desse processo que levou à superação daquela situação, houve um acréscimo de casos como esse. Não é o caso de defender isso, estou apenas lembrando que quando acontece essa mudança também há um aumento da questão das armas, do tiroteio, etc”, disse o ministro.

“Mas isso, sem sombra de dúvidas, será enfrentado e será resolvido porque a intervenção está no caminho. Agora, há uma reação, há uma mudança que inclusive rompe os laços entre aqueles dentro do sistema de segurança pública que estão ligados. Isso gera reação, gerou lá, está gerando aqui mas isso com o tempo vamos resolver”, completou.

Da Agência Brasil

quinta-feira, 26 de abril de 2018

No Ceres em Laguna são oferecidos os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Ciências Biológicas (Biodiversidade e Biologia Marinha)


A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) receberá inscrições para o Vestibular de Inverno 2018 até 4 de maio, no site www.vestibular.udesc.br. As provas ocorrerão em 10 de junho. Confira o edital.

São oferecidas 1.048 vagas em 37 cursos presenciais de graduação, todos gratuitos (sem mensalidade), em nove municípios catarinenses: Balneário Camboriú, Chapecó, Florianópolis, Ibirama, Joinville, Lages, Laguna, Pinhalzinho e São Bento do Sul.

Os candidatos poderão pagar a taxa de inscrição, de R$ 110, até 7 de maio. Na página oficial, também estão disponíveis dois requerimentos que podem ser apresentados durante o período de inscrições: de condição especial de prova e de tratamento por nome social.
Além disso, já é possível conferir o programa das disciplinas e as obras literárias no site oficial.

Diversas áreas

Os cursos presenciais do Vestibular de Inverno 2018 estão distribuídos nos seguintes municípios:

  • Balneário Camboriú (Cesfi): Administração Pública e Engenharia de Petróleo;
  • Chapecó (CEO): Enfermagem e Zootecnia;
  • Florianópolis (Cefid): Educação Física (Bacharelado e Licenciatura) e Fisioterapia;
  • Florianópolis (Esag): Administração, Administração Pública e Ciências Econômicas;
  • Florianópolis (Faed): Geografia (Bacharelado), História (Licenciatura) e Pedagogia;
  • Ibirama (Ceavi): Ciências Contábeis, Engenharia Civil e Engenharia de Software;
  • Joinville (CCT): Ciência da Computação, Física, Matemática, Química, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Engenharia (Civil, Produção e Sistemas, Elétrica e Mecânica);
  • Lages (CAV): Agronomia, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Florestal e Medicina Veterinária;
  • Laguna (Ceres): Arquitetura e Urbanismo e Ciências Biológicas (Biodiversidade e Biologia Marinha);
  • Pinhalzinho (CEO): Engenharia Química;
  • São Bento do Sul (Ceplan): Engenharia de Produção – Habilitação Mecânica e Sistemas de Informação.
Confira mais informações sobre os cursos. As 1.048 vagas representam 75% do total dos cursos presenciais para o segundo semestre de 2018, pois as 25% restantes serão preenchidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

De acordo com o edital do vestibular, a Udesc manterá o sistema de cotas para cursos presenciais pelo Programa de Ações Afirmativas. Do total de vagas por curso, 30% estão reservadas: 20% para candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em instituições públicas de ensino e 10% para candidatos negros.

Mais informações

Mais informações podem ser obtidas com a Coordenadoria de Vestibulares e Concursos da Udesc (Covest) pelos telefones (48) 3664-8089 e 8091, das 13h às 19h, e pelo e-mail vestiba@udesc.br.



Fonte: UDESC

Lançamento de livro sobre a Pesca da Tainha e palestra sobre Homens do Mar, acontece em maio

Foto: Divulgação/Leonardo Bittencourt

O fotógrafo Leonardo Bittencourt estará no próximo dia 2 de maio, em Laguna, para falar sobre os seus projetos em relação à cultura da pesca mais tradicional do litoral catarinense, a pesca artesanal da tainha e também dos homens que trabalham no mar. Os encontros têm entrada gratuita.

Homens do Mar é um projeto fotográfico documental e artístico que pretende registrar o relacionamento do homem com o mar, desde a mais simples das atividades relacionadas à pesca artesanal, até as mais complexas e elaboradas, como a construção de embarcações e extração de petróleo. A palestra sobre Homens do Mar ocorrerá às 17h, na Fundação de Cultura.

O projeto será desenvolvido na costa brasileira e procura mostrar a relação entre a dependência econômica e o enfrentamento das forças naturais de populações litorâneas do Maranhão ao Rio Grande do Sul.

O livro intitulado, Pesca da Tainha - Tradição do Litoral Catarinense, traz uma narrativa visual, dinâmica e envolvente sobre esta modalidade de pesca, considerada patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado de Santa Catarina. O debate com o fotógrafo sobre o livro será às 19h, na Fundação de Cultura.



As fotografias em preto e branco mostram o cotidiano dos ranchos de pesca, a espera pelos cardumes, o frenesi do cerco, a contagem dos peixes e o envolvimento da comunidade local. O livro apresenta, também, fotografias aéreas que proporcionam uma visão ampla e única do processo.

Sobre o autor

Leonardo Bittencourt é fotógrafo, impressor e proprietário do Studio Ritratto, onde realiza trabalhos editoriais e retratos. Seu trabalho autoral transita entre o documental e o artístico enfatizando temas ligados às suas raízes e seus ideais. Pesquisador de processos clássicos de impressão, em especial a Impressão com Platina/Paládio (1873), além de outras técnicas do século XIX.
Serviço


Palestra sobre o​​ livro Pesca da Tainha - Tradição do Litoral Catarinense e o projeto Homens do Mar

Data: 02/05/2018

Hora: 17h e 19h.

Mais informações: www.leobittencourt.com.br


O que está por trás do boicote religioso ou não à “ideologia de gênero”

Remover obstáculos ainda existentes para uma educação mais inclusiva, mais respeitosa, que combata preconceito por gênero ou identidade de gênero, é, portanto, algo de interesse de todo mundo

Cabe, então, falar porque tratar desse tema nas escolas e fora dela seria muito positivo para a democracia e os direitos individuais.

Porque é consistente com a igualdade de direitos entre gêneros.
Se quisermos uma sociedade onde homens e mulheres tenham mesmo direitos iguais e participações em seu pleno potencial na política, no trabalho, nas artes e nas ciências, devemos o quanto antes discutir sobre o machismo nas nossas escolas.

Porque reduzirá a violência doméstica e/ou contra a mulher.
Entidades de defesa da mulher estimam que dos 50 mil homicídios/ano do Brasil, algo entre 2 mil e 4 mil referem-se a mulheres mortas por seus companheiros ou parceiros. Como quase não acontece o contrário (em raros crimes passionais), só podemos atribuir essa tragédia, um pouco minorada desde a Lei Maria da Penha, a um consciente coletivo que ainda e sempre reproduz um imaginário machista. Começar a falar dessa questão o quanto antes ajudará nossos meninos e meninas a não se transformarem nos agressores e vítimas da próxima geração.

Porque reduzirá o problema do aborto.
No Brasil acontecem estimados 700 mil a 1 MM de abortos/ano e, na ausência de despenalização do mesmo, o recurso a clínicas clandestinas é a regra. Perigosa, pois resulta em 200 a 300 mortes/ano de mulheres jovens. Um maior conhecimento sobre métodos contraceptivos e educação sexual seguramente reduzirá essa calamidade.

Porque reduzirá a delinquência juvenil.
Ainda como consequência da não-discussão de questões de gênero e sexuais em escolas o que temos? Uma taxa elevada de gravidezes precoces entre adolescentes, não raro levando os pais a deixarem a escola. E o que acontece quando jovens vêem truncada sua vivência escolar? Menores oportunidades para empregos bem remunerados. As novas mães nessas condições terão piores condições para criar seus filhos e seus parceiros, se é que numa sociedade machista reconhecerão a paternidade, premidos pelos encargos, serão alvo relativamente mais fácil de recrutadores para atividades criminosas.

Porque reduzirá a homofobia e a transfobia.
O Brasil expõe uma face muito feia ao Mundo hoje em dia: segundo mais de uma fonte/ONG em nosso país ocorrem de 40 a 50% dos crimes de ódio por esses motivos, quando o país é responsável, com apenas 3% da população mundial, por 10% dos assassinatos em geral. E pessoas trans são especialmente vitimadas, algo como metade desses crimes. Pois bem, falar de gênero e sexualidade é também falar sem preconceitos da inclusão de pessoas LGBT. Temos a oportunidade de criar novas gerações respeitosas e inclusivas. E será fortemente minorado o cruel drama de pessoas trans serem rejeitadas por suas próprias famílias, verem truncada sua escolaridade e depois verem praticamente impedida sua inserção no mercado formal de trabalho. Como parte da superação de vergonhas nacionais, experimentaremos uma forte redução das motivações para adolescentes tentarem o suicídio.

Porque aumentará a inclusão de minorias religiosas. No Brasil há uma grande maioria religiosa, a dos católicos não-dogmáticos, que não vê problemas na manutenção incondicional do ensino estritamente laico. E por todos os motivos acima expostos têm interesse na evolução da sociedade.
Afora isso há inúmeras minorias religiosas e também não-religiosas que aceitam esses mesmos pressupostos. Pois bem, falar de gênero nas escolas é também não permitir que crenças religiosas pautem o ensino, que fica assim subordinado apenas à racionalidade da ciência. E isso é de total interesse para minorias, por óbvio. Dificilmente veremos ateus, espíritas, judeus, protestantes não-pentecostais, pessoas de religiões orientais ou de matriz africana sendo contrárias ao Estado Laico. Se desejam influenciar suas famílias de algum modo, a escola pública nunca lhes foi o lugar para isso.
Mas devemos olhar também pela perspectiva das minorias cuja formação religiosa leva a objetar o ensino de questões de gênero em escolas públicas (vulgo “ideologia de gênero”) Estas são basicamente os católicos tradicionalistas e evangélicos pentecostais. E seus líderes trabalham por sua visão, buscando impedir que visões diferentes de mundo sejam ensinadas nas escolas e venham a conflitar com o discutido em ambiente religioso. Mas esta é a melhor abordagem? Provavelmente não, porque leva a uma situação paradoxal: quanto mais esses líderes (padres, pastores e representantes políticos) lutam para transformar o ensino laico em ensino religioso, mais alimentam o preconceito existente na sociedade em relação a pessoas religiosas. Quem já não ouviu falar coisas como “não vote em evangélico”, “carolas são atrasados” ou “fundamentalistas só promovem o ódio”?
Isso precisa ser superado. No Brasil já existe pleno respeito à liberdade religiosa e inclusive proteção contra a intolerância, na forma da Lei 7716/89. Não há porque pensar, então, que o ensino de questões de gênero vá impedir qualquer tipo de formação que as famílias desejem dar a seus filhos. Mas deixará seus filhos melhor preparados para a vida adulta, numa sociedade mais informada e menos preconceituosa, e nisso, inclusive, enfrentando menor rejeição da maioria secularista.

Porque é bom para políticos.
A questão do tratar ou não de questão de gêneros nas escolas permeia o debate político faz anos e sempre com a mesma dificuldade: se apoiam a modernização e evolução da educação, serão criticados por religiosos; se não, serão tachados de dificultadores do progresso. Não raro vemos políticos laicos de direita e de esquerda simultaneamente vítimas de um verdadeiro Dilema do Prisioneiro. Apenas há um modo de sair bem disso: aliança em torno de uma pauta comum, o melhor aprendizado.
Não é de hoje que políticos de esquerda soam contraditórios junto ao seu público tradicional (classe média progressista) por cederem a fundamentalismo religioso. Recentemente vimos vários episódios, que passam uma mensagem negativa para a sociedade, com o processo de votação e sanção dos Planos Municipais de Educação. Caem nessa contradição porque sabem que precisam de votos junto às camadas menos favorecidas economicamente, que resultam ser onde há maior percentual de pessoas conservadoras. Mais e melhor educação reduziria esse problema, mas como, se é o conservadorismo que impede melhor educação? A situação atual ainda é claramente classista, pois escolas privadas não se submetem a essas limitações. Ser firme na defesa do Estado Laico e do progresso nas questões de gênero, ajudaria, sem dúvida, na maior credibilidade do discurso progressista.
Por outro lado, políticos de direita também têm um problema. Seu interesse na política não é atrasar a sociedade, mas antes defender uma modernização na economia com vistas a um maior crescimento. Suas propostas, de cunho mais social-liberal ou mesmo liberal, não raro atraem o apoio de personalidades conservadoras morais (isto quando elas já não estão acomodadas com as concessões da  “esquerda beata”.) É um apoio numérico, claro, mas que traz um potencial incômodo: de seus antagonistas quererem  associar o todo (interessados em modernização da economia) com a parte (conservadores morais), criando o espantalho da “onda conservadora”.
Remover obstáculos ainda existentes para uma educação mais inclusiva, mais respeitosa, que combata preconceito por gênero ou identidade de gênero, é, portanto, algo de interesse de todo mundo.

Com informações Blog da Boitempo e Gunter Zibell

quarta-feira, 25 de abril de 2018

OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) confirma ausência de armas químicas em laboratório de Damasco

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAC), órgão internacional, confirmou a ausência de armas químicas no Centro de Estudos Barza, em Damasco, capital síria. De acordo com os dados de Washington, esse laboratório teria produzido substâncias tóxicas, o que foi comprovado falso.

Por Carta maior

De acordo com Sergei Rudskoy, chefe da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas russas, até o ano de 2013, o centro Barza, sendo este um dos alvos dos ataques da coalizão internacional, realmente organizou estudos na área de proteção de armas químicas, envolvendo várias substâncias tóxicas, permitidas pela Convenção sobre as Armas Químicas.

"Em 2017, a OPAQ inspecionou os laboratórios do mesmo centro. De acordo com os resultados, foi confirmada a ausência de qualquer atividade relacionada à produção e ao desenvolvimento de substâncias tóxicas", assinalou o chefe da Direção-Geral Operacional.

Além disso, Sergei Rudskoy assinalou que, após os ataques da coalizão dos EUA a supostos alvos com substâncias tóxicas na Síria, milhares de pessoas visitaram o local sem quaisquer meios de proteção, e ninguém foi envenenado.
"Logo após os ataques, muitas pessoas visitaram as instalações destruídas sem quaisquer meios de proteção. Nenhum deles foi envenenado com substâncias tóxicas", disse.

O chefe da Direção-Geral Operacional enfatizou também que, para definir o nível da provável contaminação do local no resultado do ataque com mísseis e ameaça aos civis, especialistas russos recolheram todas as amostras necessárias no laboratório Barza.

"A análise deles não revelou presença de substâncias químicas na instalação destruída, o que é confirmado pela conclusão correspondente. Isso evidencia que a atividade realizada no Centro de Estudos não envolvia substâncias tóxicas", assinalou.
Além do mais, Rudskoy apontou ser muito estranha a decisão dos EUA, do Reino Unido e da França de realizar ataque a supostas instalações químicas.

"Se, para eles, nas instalações houvesse realmente estoque de substâncias tóxicas, então, após os ataques com mísseis de cruzeiro, poderiam ter surgido grandes focos de contaminação do local. E em Damasco, sem dúvidas, teriam morrido dezenas de milhares de pessoas", enfatizou.

Sergei Rudskoy ressaltou que, em qualquer país, instalações que se dedicam ao estudo do desenvolvimento de armas químicas e ao armazenamento de munições são muito bem protegidas devido à grande ameaça para as pessoas.

"Contudo, nada foi constatado nas três instalações citadas, pois eram apenas prédios a hangares simples", concluiu.

Fonte: Sputnik

Projeto brasiliense já entregou 51 cães-guia em todo o país

Os animais ajudam na locomoção de pessoas com deficiência visual


Por Andreia Verdélio – Agência Brasil

O servidor público Silvo Gois de Alcântara, de 44 anos, recebeu a labradora Bia em sua casa há quase três anos. Ela é o seu terceiro cão-guia e o proporciona melhor qualidade de vida e mais autonomia e segurança para se locomover. “A mudança de vida com o cão-guia é muito significativa em todos os sentidos”, disse ele à Agência Brasil, hoje (25), dia em que é celebrado o Dia Internacional do Cão-Guia.

Alcântara tem deficiência visual severa. Ele foi diagnosticado ainda criança com uma doença degenerativa que leva à cegueira total e há mais de 20 anos teve a queda mais intensa na capacidade de enxergar. Sempre usou bengala para se locomover, até que em 2002 recebeu o Vircan, seu primeiro cão-guia, que já morreu. Depois veio a Naná, já aposentada, mas que ainda vive com a família de Alcântara, e hoje conta com o auxílio da Bia.

A principal mudança, segundo ele, é na locomoção, já que o cão-guia é treinado, por exemplo, para localizar escadas, entradas e saídas e faixa de pedestres, além de desviar de todos os obstáculos, em qualquer nível de altura. “Quando eu pego o equipamento, ela já vem saltando e quer sair com a gente”, disse.

Além de melhorar a locomoção, o cão-guia ajuda na socialização do deficiente visual. “Nós temos muito mais interação com a sociedade, as pessoas se aproximam, conversam”, disse, contando que já passou por situações em que estava com a bengala e foi ignorado e já com o cão-guia recebeu a atenção devida.

O servidor faz parte do Projeto Cão-guia de Cegos do Distrito Federal, da Associação Brasiliense de Ações Humanitárias. Criada em 2001, já entregou 51 cães-guia no Distrito Federal e em outros estados do país. O projeto conta com um centro de treinamento em parceria com Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, além de outros apoiadores.

A coordenadora do projeto Lúcia Campos disse que o principal desafio ainda é conseguir recursos. “O projeto só existe porque tem excelentes parcerias”, disse. O custo para formar um cão-guia, segundo ela, chega a R$ 40 mil. A entidade não recebe nenhum tipo de financiamento público e, além das parcerias, vive de doações e das ações da Associação Amigos do Cão-guia.

O treinamento de um cão-guia não é simples e dura cerca de oito meses. Antes disso, eles passam por um período de socialização, aproximadamente por um ano e meio, com as chamadas famílias hospedeiras. Elas têm a responsabilidade de levar os cães aos mais diversos locais para que eles conheçam o mundo no qual estarão inseridos ao guiar as pessoas com deficiência visual, como shoppings, restaurantes, ônibus, metrô, praças e escolas.

Lúcia Campos conta que hoje no DF existem dez filhotes em socialização e sete cães em treinamento. Segundo ela, há em torno de 150 cães-guia em atividade no país, para um público enorme de pessoas com deficiência visual. Conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, há no país mais de 6,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual severa, sendo que 506,3 mil se declararam cegas.

“É um trabalho que aqui no Brasil tem muitas dificuldades. A falta de recursos é muito grande mesmo”, disse, ao defender a concessão de incentivos fiscais para as empresas e pessoas físicas interessadas em apoiar esse tipo de projeto.

Em 2005, foi sancionada a Lei 11.126 que fala sobre o direito do portador de deficiência visual de entrar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado do cão-guia. A coordenadora alerta, entretanto, que as pessoas precisam respeitar o animal. “Quando o cão está trabalhando não chame atenção, se alguém tirar a atenção do cão-guia pode colocar o deficiente visual em risco. Isso é muito importante. Ele é fofinho, mas está trabalhando”, disse, explicando que, caso o responsável pelo cão autorize e tire a guia do animal, aí sim ele está livre para brincar.

Quem tiver interesse em ter um cão-guia deve entrar em contato pelo e-mailcaoguiadf.cadastro@gmail.com. Para quem tiver interesse em ser voluntário ou se tornar família hospedeira, o e-mail de contato é ocaoguiadf@gmail.com. Na página do Projeto Cão-guia de Cegos DF, no Facebook, também é possível acompanhar as ações do projeto e como fazer doações.

Pacote do Veneno pode ser votado hoje (25)

Foto Folha do Acre

do Contra os Agrotóxicos

O momento é grave.

Após mais de um ano sem se reunir, a Comissão Especial sobre o PL6299/2002 convocou reunião para hoje (25/04). A pauta tem ponto único: Discussão e votação do parecer do relator, Deputado ruralista Luiz Nishimori (PR/PR). Apesar de não sabermos o conteúdo do relatório, já sabemos que será favorável à destruição da atual lei de agrotóxicos. Além disso, com maioria ruralista, a Comissão deve aprovar o relatório com folga.

Há mais de um ano, a Campanha, em conjunto com várias outras organizações, lançou a plataforma #ChegaDeAgrotóxicos. O objetivo deste movimento era justamente denunciar as perversidades do chamado Pacote do Veneno. Lembramos aqui apenas algumas delas:

Se o Pacote do Veneno for aprovado…

  1. “agrotóxico” passa a se chamar “defensivo fitossanitário”, na tentativa de mascarar/encobrir a nocividade amplamente conhecida destas substâncias;

  1. a avaliação de novos agrotóxicos deixa de considerar os impactos à saúde e ao meio ambiente, e fica sujeita apenas ao Ministério da Agricultura e aos interesses econômicos do agronegócio;


  1. será admitida a possibilidade de registro de substâncias comprovadamente cancerígenas! E serão estabelecidos níveis aceitáveis para isto, embora não exista níveis seguros para substâncias que se demonstrem cancerígenas;

  1. a regulação específica sobre propaganda de agrotóxicos irá acabar;


  1. será permitida a venda de alguns agrotóxicos sem receituário agronômico e de forma preventiva, favorecendo ainda mais o uso indiscriminado;

  1. estados e municípios ficarão impedidos de terem regulações mais restritivas, embora estas esferas tenham o dever proteger seu patrimônio natural.


Deputados e deputadas que querem liberar de vez a farra de venenos no Brasil: as eleições estão chegando. Estamos de olho!


Dia da Liberdade: Portugal comemora 44 anos da Revolução dos Cravos

Exercendo as conquistas de Abril, o povo afirmou-se como protagonista na construção de uma nova e mais justa sociedade

do PCP

Há quarenta e quatro anos o povo português saiu à rua e, superando todas as dificuldades e obstáculos, empreendeu a construção de uma sociedade mais livre, mais justa e mais fraterna. 

A melhor forma de hoje comemorarmos a Revolução de Abril e a ousadia de um povo que soube transformar um sonho em realidade, é projectar os valores e conquistas dessa Revolução no presente e no futuro de Portugal.

Viva o 25 de Abril!