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O sexo é aquela grande montanha russa de emoções onde
nunca se sabe como será a experiência. Cada prática, ainda que com a mesma
pessoa, proporciona diferentes sensações e emoções no corpo humano, e isso
acontece não só no campo físico, mas também no cérebro!
O portal Byrdie convidou o Dr. Jamin Brahmbhatt,
urologista especialista em saúde sexual, para destrinchar toda a experiência
química experimentada pelo ser humano, desde as preliminares até o orgasmo.
“Sexo já é bom. Saber o que acontece com seu corpo e cérebro antes, durante e
depois tem o potencial de transformá-lo em algo incrível”, disse Brahmbhatt.
A afirmação do doutor faz total sentido. Entrar em
contato com seu corpo e ter o autoconhecimento necessário permite a compreensão
do que se gosta e de como pedir e fazer.
Antes
Nas preliminares, segundo o urologista, você tem um
desejo biológico de praticar o ato. Essa vontade é causada por alterações
hormonais que acontecem dentro do corpo. Com os homens, muito disso é
impulsionado pela testosterona. Já para as mulheres, a questão é um pouco mais
complexa.
Nesse processo de desejo, o sistema límbico (seu centro
emocional) é o primeiro a ser acionado.
“Uma vez que o sexo também causa grandes liberações de dopamina (a
substância química do prazer), a sensação é semelhante a comer sua comida
favorita, receber um elogio ou ouvir sua música predileta. Torna-se uma
experiência sensorial desejada. Se isso te faz sentir bem, você quer mais”,
afirmou.
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“Nas mulheres”, continuou, “as paredes vaginais começam
a lubrificar e o clitóris e tecidos adjacentes incham. O coração começa a
bombear mais rapidamente, causando o aumento da pressão sanguínea e da
respiração. Essas mudanças são necessárias para desfrutar plenamente o sexo.
Para algumas, isso acontece em segundos e, para outras, pode levar mais tempo.”
Durante
Há um aumento no fluxo sanguíneo desencadeado por um
surto de óxido nítrico no corpo. Por isso, é comum perceber algumas partes do
corpo se avermelhando e, nas mulheres, os mamilos se tornarem mais sensíveis e
eretos.
“Dependendo de quão rigorosa for a atividade sexual,
seu pulso, pressão arterial e respiração continuarão a aumentar. Dopamina e
epinefrina (o hormônio adrenalina) seguem em um fluxo alto e, à medida que você
se aproxima do clímax, os músculos do corpo podem começar a ficar tensos devido
às mudanças no seu cerebelo”, esclareceu o médico.
Além de tudo, o sexo estimula o sistema imunológico, a
confiança e a criatividade. Um estudo da Wilkes University verificou: as
pessoas que fazem sexo uma ou duas vezes por semana tiveram um aumento de 30%
na imunoglobulina A, fortalecendo também a imunidade. “Pesquisas mostraram que
o sexo e a meditação iluminam áreas semelhantes no cérebro”, afirmou Kim Anami,
fundadora da Anami Alchemia e especialista em relacionamento holístico.
“Tanto o sexo quanto a meditação ajudam você a estar
mais em harmonia consigo mesmo e com o mundo, sua intuição é fortalecida, você
se sente mais criativo e capaz de lidar com problemas com uma mente relaxada”,
completou.
Depois
Orgasmo atingido! Esse é o momento em que seu
hipotálamo começa a agir, proporcionando aquele ápice. Aí, nas mulheres, há uma
liberação de ocitocina, aumentando a dopamina quando suas paredes vaginais
iniciam as contrações. “A ocitocina limpa o cortisol, o principal hormônio do
estresse. Por isso, o orgasmo é tão prazeroso e te deixa tão contente”, explicou
Kim Anami. “É comum ter um reflexo nas mãos e nos pés. Por isso,
você pode cerrar as mãos na cama ou no parceiro”, assinalou Brahmbhatt. “Essas
sensações podem parecer uma total perda de controle, mas a realidade é que seu
corpo está totalmente concentrado”, acrescentou.
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Durante o clímax, você
libera serotonina e DHEA. O primeiro é um neurotransmissor responsável por
regular o seu humor, fazendo com que a pessoa se senta calma. Já o segundo tem
efeitos antidepressivos. Consequentemente, quando aumentada a cota de orgasmo,
o humor e a imunidade melhoram. Eis aí a receita para ser verdadeiramente
feliz!