sábado, 14 de abril de 2018

O que acontece com seu cérebro quando você está transando?

FOTO ISTOCK

O sexo é aquela grande montanha russa de emoções onde nunca se sabe como será a experiência. Cada prática, ainda que com a mesma pessoa, proporciona diferentes sensações e emoções no corpo humano, e isso acontece não só no campo físico, mas também no cérebro!

O portal Byrdie convidou o Dr. Jamin Brahmbhatt, urologista especialista em saúde sexual, para destrinchar toda a experiência química experimentada pelo ser humano, desde as preliminares até o orgasmo. “Sexo já é bom. Saber o que acontece com seu corpo e cérebro antes, durante e depois tem o potencial de transformá-lo em algo incrível”, disse Brahmbhatt.
A afirmação do doutor faz total sentido. Entrar em contato com seu corpo e ter o autoconhecimento necessário permite a compreensão do que se gosta e de como pedir e fazer.

Antes

Nas preliminares, segundo o urologista, você tem um desejo biológico de praticar o ato. Essa vontade é causada por alterações hormonais que acontecem dentro do corpo. Com os homens, muito disso é impulsionado pela testosterona. Já para as mulheres, a questão é um pouco mais complexa.

Nesse processo de desejo, o sistema límbico (seu centro emocional) é o primeiro a ser acionado.  “Uma vez que o sexo também causa grandes liberações de dopamina (a substância química do prazer), a sensação é semelhante a comer sua comida favorita, receber um elogio ou ouvir sua música predileta. Torna-se uma experiência sensorial desejada. Se isso te faz sentir bem, você quer mais”, afirmou.

FOTO ISTOCK

“Nas mulheres”, continuou, “as paredes vaginais começam a lubrificar e o clitóris e tecidos adjacentes incham. O coração começa a bombear mais rapidamente, causando o aumento da pressão sanguínea e da respiração. Essas mudanças são necessárias para desfrutar plenamente o sexo. Para algumas, isso acontece em segundos e, para outras, pode levar mais tempo.”

Durante

Há um aumento no fluxo sanguíneo desencadeado por um surto de óxido nítrico no corpo. Por isso, é comum perceber algumas partes do corpo se avermelhando e, nas mulheres, os mamilos se tornarem mais sensíveis e eretos.

“Dependendo de quão rigorosa for a atividade sexual, seu pulso, pressão arterial e respiração continuarão a aumentar. Dopamina e epinefrina (o hormônio adrenalina) seguem em um fluxo alto e, à medida que você se aproxima do clímax, os músculos do corpo podem começar a ficar tensos devido às mudanças no seu cerebelo”, esclareceu o médico.

Além de tudo, o sexo estimula o sistema imunológico, a confiança e a criatividade. Um estudo da Wilkes University verificou: as pessoas que fazem sexo uma ou duas vezes por semana tiveram um aumento de 30% na imunoglobulina A, fortalecendo também a imunidade. “Pesquisas mostraram que o sexo e a meditação iluminam áreas semelhantes no cérebro”, afirmou Kim Anami, fundadora da Anami Alchemia e especialista em relacionamento holístico.

“Tanto o sexo quanto a meditação ajudam você a estar mais em harmonia consigo mesmo e com o mundo, sua intuição é fortalecida, você se sente mais criativo e capaz de lidar com problemas com uma mente relaxada”, completou.

Depois

Orgasmo atingido! Esse é o momento em que seu hipotálamo começa a agir, proporcionando aquele ápice. Aí, nas mulheres, há uma liberação de ocitocina, aumentando a dopamina quando suas paredes vaginais iniciam as contrações. “A ocitocina limpa o cortisol, o principal hormônio do estresse. Por isso, o orgasmo é tão prazeroso e te deixa tão contente”, explicou Kim Anami. “É comum ter um reflexo nas mãos e nos pés. Por isso, você pode cerrar as mãos na cama ou no parceiro”, assinalou Brahmbhatt. “Essas sensações podem parecer uma total perda de controle, mas a realidade é que seu corpo está totalmente concentrado”, acrescentou.

FOTO ISTOCK

Durante o clímax, você libera serotonina e DHEA. O primeiro é um neurotransmissor responsável por regular o seu humor, fazendo com que a pessoa se senta calma. Já o segundo tem efeitos antidepressivos. Consequentemente, quando aumentada a cota de orgasmo, o humor e a imunidade melhoram. Eis aí a receita para ser verdadeiramente feliz!

Diplomata brasileiro morre em Roma durante 'jogo erótico'


Um funcionário da embaixada brasileira em Roma foi encontrado morto em sua casa, na capital da Itália, com um cinto de couro em volta do pescoço. A polícia suspeita de homicídio culposo por asfixia erótica, informou a imprensa italiana.  

A morte ocorrera na última segunda-feira (9), mas repercutiu somente neste sábado (14). De acordo com o jornal “Il Messaggero”, o homem de 40 anos foi identificado por Alexandre Siqueira Gonçalves, adido cultural do Brasil na “cidade eterna”.

As autoridades locais ainda desconhecem as causas da morte, mas a suposição é de que Gonçalves participava de uma sessão de escravidão sexual. O corpo foi encontrado pela esposa do diplomata, que não havia passado o fim de semana em casa. Segundo o “La Repubblica”, a mulher disse à polícia romana que o marido tinha um relacionamento extraconjugal com um homem.

Uma investigação sobre o crime foi aberta, mas a previsão é que a autópsia só fique disponível em até 60 dias.

Fonte: ANSA

O dia em que Faoro enfrentou o arbítrio em defesa de Barroso, por Romulus



Luiz nassif

O enfrentamento do arbítrio é para os grandes homens. Entender a desproporção do jogo político e ficar na trincheira da defesa de princípios independe de conhecimento: é questão de formaçào de caráter.

O grande Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, pode testemunhar de perto a importância dos diques de contenção dos abusos, quando pediu ajuda ao então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Raymundo Faoro.

Abaixo, o relato de um ex-aluno de Barroso sobre aqueles tempos bicudos. Resta saber quanto desse exemplo foi assimilado pelo Ministro.

Por Romulus

PEQUENA NARRATIVA QUE NÃO POR ACASO ME VEIO À MENTE...

O ministro cuja viola parece estar no saco mencionou em sala algumas vezes - com emoção palpável - episodio em que, ainda estudante e presidente do grêmio de nossa faculdade (a Faculdade de Direito da UERJ), fora intimado a comparecer ao DOPS. Procurara o apoio do então diretor da faculdade, para que este apenas ligasse para algum general de plantão e dissesse que estava de olho no bem estar do menino. Pois o tal diretor virou-se para ele e disse: "eu não gosto de comunista, não quero ter nada a ver com comunista e quero mais é que comunista se f...".

Acuado, ele então se dirigiu à OAB. Recebido pela Dra. Lydia - futura mártir da redemocratização - foi então encaminhado ao gabinete presidencial e prontamente recebido pelo Dr. Raimundo Faoro. Este, naqueles tempos bicudos, uma vez mais se expôs, esticando um pouco mais a sua corda, e ativou a sua rede de contatos para tentar proteger aquele menino vulnerável dos excessos do arbítrio. Na cabeça do menino só o fato de os "meganhas" saberem que alguém daquela estatura se preocupava com o seu bem estar já serviria como dissuasão contra as violências que temia. Deu-lhe algum alívio psicológico ante o inevitável. Dias depois foi então ele depor e felizmente nada de grave se passou. Como sabemos, outros não tiveram tanto sorte ou o feliz apoio do Dr. Faoro a tempo.

Quem poderá com exatidão determinar o papel que para o "final feliz" não desempenhou a atuação de Raimundo Faoro? Este antagonizou uma vez mais as forças majoritárias de então, passando a mão na cabeça do "menino comunista". Aliás, era comunista mesmo? Não havia necessidade de sê-lo de fato para ir para o DOPS naquela época sombria... bastava a dúvida ou a crítica. Faoro, como outros presidentes da OAB do período, certamente temiam por si e pelos seus. No entanto nunca se omitiram. Dona Lydia pagou o preço - capital - desta e de outras ousadias. A sociedade agradece e usufrui até hoje do sacrifício dela o dos presidentes da OAB a que serviu. Destes todos nunca nos esqueceremos. Mesmo aqueles que, como eu, já cresceram numa democracia.

Esperemos que Faoro inspire o homem em que veio a se tornar aquele menino vulnerável. Não precisa ser o seu espírito a iluminá-lo - onde quer que esteja ou não esteja, de acordo com o freguês. Basta para tanto a sua biografia aqui nesta terra mesmo.

Como ex-aluno e admirador, espero que o Min. Barroso uma vez mais recite com brilhantismo os entendimentos tão bem formulados em sua tese de livre-docência na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Essa tese daria origem ao seu livro (creio que) de maior circulação: "O Direito Constitucional e a Efetividade de suas Normas".

Algumas passagens, que mesmo os leigos bem entendem:

"O malogro do constitucionalismo, no Brasil e alhures, vem associado à falta de efetividade da Constituição, de sua incapacidade de moldar e submeter a realidade social. Naturalmente, a Constituição jurídica de um Estado é condicionada historicamente pelas circunstâncias concretas de cada época. Mas não se reduz ela à mera expressão das situações de fato existentes. A Constituição tem uma existência própria, autônoma, embora relativa, que advém de sua força normativa, pela qual ordena e conforma o contexto social e político. Existe, assim, entre a norma e a rea- lidade, uma tensão permanente. É neste espaço que se definem as possibilidades e os limites do direito consti- tucional".

"No nível lógico, nenhuma lei, qualquer que seja sua hierarquia, é editada para não ser cumprida. Sem embargo, ao menos potencialmente, existe sempre um antagonismo entre o dever-ser tipificado na norma e o ser da realidade social. Se assim não fosse, seria desnecessária a regra, pois não haveria sentido algum em impor-se, por via legal, algo que ordinária e invariavelmente já ocorre. É precisamente aqui que reside o impasse científico que invalida a suposição, difundida e equivocada, de que o direito deve limitar-se a expressar a realidade de fato. Isso seria sua negação. De outra parte, é certo que o direito se forma com elementos colhidos na realidade, e seria condenada ao insucesso a legislação que não tivesse ressonância no sentimento social. O equilíbrio entre esses dois extremos é que conduz a um ordenamento jurídico socialmente eficaz".

Petição da PGR requer que ação contra Colombo vá para Justiça Eleitoral

Colombo deve ser julgado pela Justiça Eleitoral em SC.
Foto: Jandyr Nascimento

Por Upiara Boschi no NSC

O ex-governador Raimundo Colombo (PSD) deve mesmo ser julgamento apenas na Justiça Eleitoral pelos supostos repasses de R$ 9,3 milhões da Odebrecht para as candidaturas ao governo em 2010 e 2014. Em petição ao ministro Luiz Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, o vice-procurador-Geral da República, Luciano Mariz Maia, requer “o declínio da competência à Justiça Eleitoral do Estado de Santa Catarina para processar e julgar o feito” por causa da renúncia de Colombo, na quinta-feira passada.

O ministro Salomão ainda não decidiu o destino do processo de Colombo, mas a tendência é seguir a orientação da Procuradoria-Geral da República - autora da denúncia apresentada em fevereiro deste ano. A peça já era focada no suposto crime eleitoral, excluindo as questões referentes ao interesse da Odebrecht na compra da Casan, que poderiam levar Colombo a responder também por corrupção passiva.

Veja a íntegra da petição, enviada pela PGR após pedido do colunista no fim da tarde desta sexta-feira.


Entrevista: Lédio Rosa fala sobre futuro político, por DS

Lédio Rosa de Andrade, 35 anos de magistratura, 25 anos como juiz e dez como Desembargador. Coordenou o projeto Lar Legal, que tinha como finalidade dar título de propriedade às pessoas pobres que não conseguiam legalizar sua situação. Nesse tempo que fiquei, entregamos mais de seis mil títulos e ainda tem tramitando mais de 15 mil títulos. Cada título é uma família atendida. Eu avalio que dentro do possível eu fiz o que podia, e saio satisfeito.

Por Diário do Sul

O tubaronense Lédio Rosa de Andrade, que se filiou ao PT no final de março – após sua aposentadoria como desembargador, esteve nessa sexta-feira no Diário do Sul.

O desembargador aposentado e ex-colunista do DS diz que ainda não está definido quanto a uma possível candidatura ao governo do Estado ou não. Mas garante que seu mote político será a luta contra a injustiça. “Foram 35 anos de magistratura, lutando sempre contra a injustiça, agora parto para uma outra vertente, desta vez com um viés político-partidário, mas continuarei tendo na luta contra a injustiça e na democracia minha grande motivação”, destaca Lédio.

Ele afirma que não se filiou ao PT com a intenção de negociar cargos. “Primeiramente, quero conhecer mais todo este caminho. Preciso estar mais em contato com o povo, com os próprios militantes, conhecê-los e ver o que realmente querem e até o que pensam a meu respeito. Só depois de tudo isso poderemos definir algo a respeito de cargos e candidatura”, pontua.

Em entrevista ao DS, Lédio Rosa de Andrade fala sobre seu trabalho como desembargador, sobre a crise das instituições no Brasil, sua possível pré-candidatura ao governo do Estado e, ainda, avalia a situação do seu agora partido, o PT, e também sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


-Como o senhor avalia seu trabalho como desembargador?
Lédio Rosa de Andrade – Nestes 35 anos de magistratura, fiquei 25 anos como juiz e dez como desembargador. Eu sempre fiz política, não política-partidária, porque é proibido pela Constituição e eu sempre respeitei. Mas sempre fiz política no sentido científico da palavra, as relações sociais do poder, e eu busquei fazer nestes meus 35 anos uma prática política judiciária que viesse atender aos interesses da sociedade como um todo, não somente das partes favorecidas, que eram minha prioridade, mas das partes produtivas também. Fui também, por exemplo, o coordenador do projeto Lar Legal, que tinha como finalidade dar título de propriedade às pessoas pobres que não conseguiam legalizar sua situação. Nesse tempo que fiquei, entregamos mais de seis mil títulos e ainda tem tramitando mais de 15 mil títulos. Cada título é uma família atendida. Eu avalio que dentro do possível eu fiz o que podia, e saio satisfeito.

-O senhor ministrou palestra nessa sexta-feira com o tema “A crise das Instituições no Brasil”. Como o senhor vê a situação atual?
Lédio – Eu vejo de forma alarmada, porque o Brasil hoje tem um parlamento totalmente acuado – com raras exceções de parlamentares autênticos e livres. Um parlamento refém de uma situação de crise absoluta. Nós temos um Executivo que entrou de forma totalmente ilegítima e que está governando ao partilhar o orçamento público. Um orçamento que, em vez de fazer bens e obras em benefício da população, está servindo para manter o presidente em pé. E um Judiciário que não se entende, que tem uma parte que busca defender o Estado Democrátrico de Direito, mas tem uma outra parte, junto a uma parte do Ministério Público, e uma parte da polícia que estão fazendo práticas antidemocráticas, destruindo o Estado democrático de direito e, lamentavelmente, até agora, pelo menos, com a complascência dos tribunais superiores. Os ataques frontais ao Estado democrático de direito, às liberdades individuais, estão sendo avalizados pelos tribunais superiores. E esta incerteza está permitindo o avanço deste autoritarismo dentro do Judiciário. Isto é muito grave. É preciso que as pessoas saibam disso.

-O senhor é pré-candidato ao governo do Estado? Como o senhor tem percebido a receptividade? Pode concorrer a outro cargo que não o governo?
Lédio – Eu fui convidado pelo PT para me filiar e ser pré-candidato ao governo. Eu ponderei, pois entrar no partido já com um cargo não é a melhor porta. Eu sou muito profissional neste ponto. O que eu disse para o partido é que não vou dizer que não, mas eu prefiro deixar a coisa correr até se aproximar um pouco da convenção. Eu nunca fui filiado ao PT. O partido não me conhece, a militância não me conhece, então eu preciso ter este contato para saber se sou aprovado internamente e depois ver qual a melhor proposta. Ser for pra ser governador, eu vou. Se for pra ser senador, eu vou. Não estou impondo. Então, neste momento, estou esperando um pouco mais. Quanto à receptividade, foi melhor do que eu pensava. Eu sempre tive dúvida, porque o PT é um partido diferente dos outros, pois tem muitas alas. Então eu tinha uma certa
preocupação sobre como seria recepcionado. Até o momento, no entanto, eu não tive nenhuma oposição interna. Comecei minha caminhada vindo para minha região, afinal sou tubaronense, e estou sendo muito bem recebido e estou muito satisfeito. Creio que poderei contribuir muito.

-Como o senhor avalia, tanto como partidário do PT quanto como sua visão jurídica, a prisão do Lula?
Lédio – Eu, como visão jurídica, digo isso com tranquilidade absoluta – eu fui juiz penal durante muitos anos, sou professor da Ufsc de criminologia, e posso assegurar, sem nenhum receio, não há (e não estou aqui dizendo que o Lula é santo) neste processo elementos jurídicos suficientes para uma condenação. É, sem dúvida nenhuma, um julgamento político. E é um julgamento que todo cidadão brasileiro sabia, antes de começar o processo, antes de serem ouvidas as testemunhas, que ele seria condenado. Isso é uma ofensa ao Estado democrático de direito. O Lula não teve um juiz imparcial, que é a garantia de qualquer lugar do mundo ocidental, que é um juiz que não se possa previamente saber se vai condenar ou absolver. Eu tenho feito a seguinte pergunta: por que o Lula foi preso, qual a acusação? A acusação que está na cabeça do povo brasileiro é que ele se corrompeu, e como propina ganhou um apartamento – o tríplex, e também a reforma de uma cozinha. Só que não é assim. A denúncia não é que ele ganhou. É que a empresa não cobrou a diferença do apartamento que ele já tinha no mesmo prédio pelo triplex na cobertura em questão. Botaram na cabeça que ele ganhou um apartamento inteirinho, e não é assim. O que eu afirmo com tranquilidade, eu vi o processo, é que o Moro condenou ele com 15 indícios. A própria sentença diz isso. Somados os 15 indícios se chega à conclusão de prova.

-Como o senhor vê o PT para esta eleição?
Lédio – Eu vejo o PT um partido – as pessoas, bastante sofridas, tristes, bastante magoadas com tudo isso, mas vejo também um grupo de pessoas que não quer abandonar os ideais, que quer voltar a lutar, que não aceita que o sonho de um país melhor acabou. E o que eu acho que é a minha função é resgatar este PT, é dizer que sim é possível, que não é preciso abandonar os sonhos, o sonho é maior que uma condenação – justa ou injusta – e que não podemos abandonar a luta. A gente tem a obrigação de continuar. Se estou aqui hoje é porque sou um idealista. Ainda acredito que é possível. Voltei para a luta de novo.

-Como o senhor observa a questão das coligações com o PT, que não são práticas comuns, principalmente em Tubarão?
Lédio – As coligações normalmente são levadas pelo presidente do partido e pela direção. No momento, que eu saiba, o PT está correndo sozinho em nível estadual, até porque os partidos menores de esquerda se coligaram com o PSD, e quanto aos partidos de direita, não têm sentido eles se coligarem com o PT, porque se pensa diferente. Pode ser que no segundo turno haja alguma coligação, mas no primeiro turno não. Eu acho que se o PT for para o segundo turno, ele faz a coligação com outros partidos.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

PGR denuncia Jair Bolsonaro por racismo, e Eduardo Bolsonaro por ameaças a jornalista

Na denúncia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, avalia a conduta de Jair Bolsonaro como ilícita, inaceitável e severamente reprovável. Para a PGR, o discurso transcende o desrespeito aos direitos constitucionais dos grupos diretamente atingidos e viola os direitos de toda a sociedade. Ela ressalta que a Constituição garante a dignidade da pessoa, a igualdade de todos e veda expressamente qualquer forma de discriminação

Fonte: Secretaria de Comunicação Social 
Procuradoria-Geral da República

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (13), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) por racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. Filho de Jair e igualmente deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também foi denunciado por ameaçar uma jornalista. Se condenado, Jair Bolsonaro poderá cumprir pena de reclusão de um a três anos; a PGR também pede o pagamento mínimo de R$ 400 mil por danos morais coletivos. Já no caso de Eduardo, a pena prevista – de um a seis meses de detenção – pode ser convertida em medidas alternativas, desde que sejam preenchidos os requisitos legais.
                       
Jair Bolsonaro – Durante palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril do ano passado, em pouco mais de uma hora de discurso, Jair Bolsonaro usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais. Na denúncia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, avalia a conduta de Jair Bolsonaro como ilícita, inaceitável e severamente reprovável. Para a PGR, o discurso transcende o desrespeito aos direitos constitucionais dos grupos diretamente atingidos e viola os direitos de toda a sociedade. Ela ressalta que a Constituição garante a dignidade da pessoa, a igualdade de todos e veda expressamente qualquer forma de discriminação.

Logo no início do discurso, amplamente divulgado na internet e na imprensa, o deputado faz um paralelo da formação de sua família para destilar preconceito contra as mulheres: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”. Em seguida, Bolsonaro apontou seu discurso de ódio para os índios, impondo-lhes a culpa pela não construção de três hidrelétricas em Roraima e criticando as demarcações de terras indígenas. O ataque a variados grupos sociais continuou mirando os quilombolas. Segundo o parlamentar, essas comunidades tradicionais “não fazem nada” e “nem para procriador eles servem mais”.

Para Raquel Dodge está evidenciado que Jair Bolsonaro praticou, induziu e incitou discriminação e preconceito contra comunidades quilombolas, inclusive comparando-os com animais. Durante o evento, o deputado também incitou a discriminação com relação aos estrangeiros, estimulou comportamentos xenofóbicos e discriminação contra imigrantes – o que é vedado pela Constituição e pela lei penal. A denúncia reúne ainda outros discursos de Jair Bolsonaro contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.

Eduardo Bolsonaro – Por meio do aplicativo Telegram, Eduardo Bolsonaro enviou várias mensagens à jornalista Patrícia de Oliveira Souza Lélis dizendo que iria acabar com a vida dela e que ela iria se arrepender de ter nascido. Questionado se o diálogo se trataria de uma ameaça, respondeu: “Entenda como quiser”. O parlamentar escreveu ainda diversas palavras de baixo calão com o intuito de macular a imagem da companheira de partido: “otária”, “abusada”, “vai para o inferno”, “puta” e “vagabunda”. A discussão ocorreu depois que Eduardo Bolsonaro postou no Facebook que estaria namorando Patrícia Lélis, que nega a relação. Além de prints das conversas que comprovam a ameaça, a vítima prestou depoimento relatando o crime.

Analisando os fatos, Raquel Dodge concluiu ser clara a intenção do acusado de impedir a livre manifestação da vítima, e para isso a ameaçou. Como a pena mínima estabelecida a Eduardo Bolsonaro é de um ano de detenção, ele pode ser beneficiado pela Lei de Transação Penal, desde que não tenha condenações anteriores, nem processos criminais em andamento. Caso seja interesse do denunciado, ele deve apresentar certidões de antecedentes criminais do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e das Justiças Federal e Estadual de São Paulo e do Distrito Federal. Se cumprir as exigências legais, a proposta de transação penal é para que Eduardo Bolsonaro indenize a vítima, pague 25% do subsídio parlamentar mensal à uma instituição de atendimento a famílias e autores de violência doméstica por um ano, além de prestação de 120 horas de serviço à comunidade. O relator do caso no STF é o ministro Roberto Barroso.

Tremor de 3,6 pontos na escala Richter atinge costa de Florianópolis, confirma USP

Foto: Centro de Sismologia da USP / Reprodução

Por
GABRIELE DUARTE - DC

Um tremor de 3,6 pontos na escala Richter foi registrado às 9h28min46s desta sexta-feira, 13, na margem continental de Santa Catarina. O fenômeno, confirmado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), aconteceu no mar próximo à Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis. Moradores das regiões Norte e Sul da Ilha e até de São João Batista, na Grande Florianópolis, sentiram os efeitos da propagação das ondas sísmicas.

A população deve ficar tranquila porque não há nenhum perigo de maremoto 


Lista Suja do Trabalho Escravo é atualizada

Nova lista suja do trabalho escravo tem 165 nomes de empresas e empregadores. Relação inclui até pastelarias e empresa na Cidade do Rock 


Por decisão judicial, o Ministério do Trabalhopublicou ontem (10) uma versão atualizada da chamada “lista suja“, o cadastro de empregadores autuados por submeter trabalhadores à condição análoga à de escravo. A nova relação tem 165 nomes de patrões e empresas. Confira aqui a nova relação, com acréscimo de 34 nomes – a anterior havia sido divulgada em outubro. No total, são quase 2.300 trabalhadores flagrados pelo país.

Além de lugares “tradicionais” em que a prática é flagrada, como fazendas, carvoarias e oficinas de costura, a lista traz locais como pastelarias e lanchonetes. São sete pastelarias, todas no Rio de Janeiro, com 13 pessoas – a fiscalização tem encontrado chineses nesses estabelecimentos. Uma fica no bairro de Copacabana, na zona sul, um dos cartões-postais da cidade. A “lista suja” também inclui uma empresa de alimentos na Cidade do Rock, também no Rio, envolvendo 17 trabalhadores.


Dos 165 nomes, 42 são de Minas Gerais. Em seguida, vem o Pará, com 20. Apenas em um grupo de fazendas em Minas, foram flagrados 348 trabalhadores em situação de escravidão. Em um canteiro de obras de Conceição de Mato Dentro, no mesmo estado, outros 173. A terceira maior quantidade vem de uma usina de açúcar e álcool de Perobal (PR).
 A lista precisa ser atualizada e divulgada periodicamente, para cumprir seu papel como uma das mais poderosas ferramentas na luta pela erradicação do trabalho escravo“, afirma o presidente do Sinait (sindicato dos auditores-fiscais do trabalho), Carlos Silva.

No ano passado, o Ministério do Trabalho baixou portaria modificando o conceito de trabalho escravo. Houve forte reação contrária, e a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a norma. Posteriormente, o próprio ministério recuou.

Por Pragmatismo Político

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Antes do SUS: Como se (des)organizava a saúde no Brasil sob a ditadura


Do CEE-Fiocruz

O SUS completa 30 anos em 2018. Datas comemorativas são um convite irrecusável para balanços. E, no caso do Sistema Único de Saúde, há muito o que analisar. Mas será que dá para avaliar uma política pública sem refazer o caminho e comparar com o que existia antes da sua criação? Nessa reportagem, a Poli convida você a embarcar numa máquina do tempo.

Essa viagem vai nos levar a quatro, cinco décadas atrás. Vamos olhar para números e casos, pesquisas e relatórios, um conjunto de histórias que ajudam a relembrar (para aqueles que viveram) e despertar (para aqueles que nem eram nascidos) como era a saúde no Brasil sem SUS.


Sem bandeiras



Alguns anos atrás muito se falava sobre a Lagoa da Bomba. Muitos militantes e até mesmo presidentes da associação de bairro do local faziam manifestações contra o governo da época reclamando efusivamente da falta de ações e cuidado com a Lagoa da Bomba.

Hoje o que se vê é muito daqueles líderes que empunhavam bandeiras e lançavam ideias de cuidado com a Lagoa da Bomba fazerem parte do atual governo municipal e parecerem estar em sono profundo.

Em algumas conversas dias desses passamos a nos perguntar.

Esqueceram os ideais?

Aquelas ações efetivas e de fácil realização onde estão?

O problema da Lagoa foi resolvido?

Porque não fazem mais manifestações?

Não era tão simples resolver a situação da Lagoa da Bomba?

Porque não cumprem o plano de governo apresentado para a justiça eleitoral?

Onde está o “Parque da Lagoa da Bomba”?

Onde está o Observatório Social de Imbituba?

Onde está a associação de bairro local?

Triste realidade. Mais uma vez ficamos a ver navios.

Acreditamos em pessoas com ideais que agora parecem esquecer o que gritavam em todos os cantos.

Outro tema que merece ser relembrado é a cobrança da taxa de esgoto que continua sendo cobrada, mas era contestada por aqueles que hoje a cobram, mas isso será tema de uma próxima postagem.

Alô prefeito, secretários e vereadores. Vamos acordar?

Ser oposição a um governo é fácil, ser grande já é muito mais difícil.

Conheça a vidente que adivinha o futuro lendo a bunda das pessoas

Créditos: Revista Soho
Conheça a vidente que lê as nádegas

Por Rede Catraca Livre

Sabia que existem pessoas que adivinham o futuro somente olhando para as suas nádegas? A jornalista Antía Castedo, da Revista Soho, se colocou à disposição da única "rumpóloga", como se chamam as profissionais da área, no Reino Unido e contou sua experiência em reportagem.

Ela conta que foi a primeira vez que olharam para a bunda dela com olhar tão clínico. Tirou as calças e ficou de costas para Sandra Amos, a vidente, que estava sentada em uma cadeira.

"Todos levamos o futuro escrito em nosso traseiro" é o que opina Sandra. E não só isso, já que as nádegas são uma espécie e enciclopédia de nossas vidas. A nádega esquerda expressa o passado, enquanto que o futuro está escondido ali mesmo, entre o músculo, a carne e as celulites da nádega direita.

Sandra afirmou que tem um dom que a permite ler a alma das pessoas através de qualquer meio. Uma simples olhada é suficiente, só precisa se conectar com o que ela chama seus guias. São três: um indígena americano de Dakota do Norte, um médico de óculos e uma monja.

Leia a matéria original (em espanhol) na íntegra no site da Revista Soho.

Você acredita? Usina solar no CAIC em Imbituba.


Prefeito Rosenvaldo Junior (PT) anunciou a realização de uma usina de energia solar municipal no CAIC. É importante a energia solar e sua propagação, mas as idas e vindas da gestão Rosenvaldo na reforma do CAIC já se vai um ano e a promessa de entrega fica para final de 2018, portanto você acredita que no último ano de gestão o Prefeito faça uma usina municipal solar?

Abaixo transcrevemos do Blog de Mauro Passos proprietário da empresa IDEAL, que repercute sua vinda à Câmara de Vereadores de Imbituba onde apresentou o projeto à comunidade.

Usina Solar de Imbituba: um modelo a ser seguido

Fonte: Blog do Mauro Passos

A foto acima, da Escola Básica Municipal José Vanderlei Mayer, em Imbituba, é onde vai ser instalada a primeira Usina Solar Municipal do Brasil. Na apresentação que fizemos na Câmara Municipal, sexta-feira, dia 6, para um auditório lotado, dando credibilidade e transparência a esse projeto pioneiro, mostramos as excelentes condições de insolação do telhado da escola. Como a própria foto mostra, sem sombreamento algum e, pelo tamanho, o telhado tem todas as condições para receber módulos fotovoltaicos capazes de atender com a energia do sol as demandas do município.

No final do seminário, Prefeitura e Instituto IDEAL firmaram um Termo de Cooperação, com o objetivo de detalhar o projeto da usina solar viabilizando uma futura licitação. Na foto acima, à esquerda o prefeito Rosenvaldo da Silva Júnior, eu  e o ex-deputado Edinho Bez.

PS - A iniciativa da Prefeitura de Imbituba em parceria com o Instituto IDEAL, teve destaque na mídia local e nacional. Outras cidades já manifestaram seu interesse.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Prefeituras de Imbituba e Garopaba à exemplo de Bombinhas podem criar pedágio Ambiental na temporada de verão 2018/2019


Em maio de 2017 o Prefeito Rosenvaldo da Silva Lula (PT) criou por decreto comissão para organizar a temporada de Verão de 2017/2018, formado por 14 membros.

A Comissão presidida por Dorlin Nunes Junior e coordenada pelo Secretariado do Meio Ambiente  Paulo Márcio de Souza, inicialmente tinha entre as metas a criação de estudos para viabilizar aplicação da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) de todos os veículos que entrassem na localidade da Praia do Rosa/Ibiraquera e funcionaria como um laboratório para no futuro ser aplicada em outras praias da cidade.

A temporada de verão 2017/2018 aconteceu, mas a implantação da Taxa Ambiental ficou congelada em Imbituba.

Essa semana ressurge a noticia que o Pedágio Ambiental volta a ser discutido pela Prefeitura de Imbituba e Garopaba para implantação no verão 2018/2019.

A polêmica está colocada.

Que você acha disso?


Chegou a hora de acabar com essa indesejável relativização do Direito


Por Ricardo Lewandowski

*Artigo originalmente publicado na edição desta terça-feira (10/4) do jornal Folha de S.Paulo, com o título "Direito como tópica"

A crescente imprevisibilidade das decisões proferidas por juízes e tribunais vem alimentando uma visível descrença no Poder Judiciário.

Esse fato traz de volta uma velha questão: o Direito, afinal, é uma ciência ou simples técnica retórica? A resposta a essa pergunta tem suscitado acaloradas discussões ao longo de várias gerações de juristas.

Tal debate não se colocava ao tempo dos antigos romanos. O Direito, para eles, tinha cunho objetivo e eminentemente prático, empregado como instrumento para consolidar a paz social, inclusive nos vastos territórios que conquistaram.

Após a queda do Império Romano, a jurisprudência latina incorporou os usos e costumes dos chamados "povos bárbaros", dando origem a um sistema híbrido, que mesclava leis escritas e práticas ancestrais, o qual perdurou por toda a Idade Média.

Com a prevalência dos ideais iluministas, surgiram as primeiras Constituições, concebidas para enquadrar o poder político, e também as grandes codificações, destinadas a racionalizar a intrincada legislação que sobreviveu à época medieval. Na crença de que esses novos textos esgotavam todo o Direito, exigiu-se dos juízes que fossem aplicados literalmente, sendo-lhes vedada qualquer interpretação.

O aprofundamento da Revolução Industrial fez com que as sociedades se tornassem mais complexas e dinâmicas, ficando logo evidente que os diplomas legais recém-editados não logravam abarcar a totalidade do Direito. Como era de esperar, passaram a apresentar inúmeras lacunas, que tiveram de ser preenchidas mediante o emprego da analogia e de outros expedientes.

Várias escolas de hermenêutica, então, se sucederam. Algumas tentaram resgatar a imperatividade das leis escritas, a exemplo da positivista, cujo maior expoente foi o austríaco Hans Kelsen (1881-1973).

Outras, de índole relativista, ao contrário, buscaram ampliar a criatividade dos juristas, como aquela chefiada pelo alemão Theodor Viehweg (1907-1988).

Viehweg repudiava o tradicional método interpretativo, consistente em subsumir fatos a normas previamente selecionadas, segundo um raciocínio lógico-formal. É que ele concebia o Direito como uma tópica, cujo significado somente poderia ser desvendado caso a caso, por meio de uma argumentação pontual. Críticos não tardaram a concluir que tal concepção, levada a extremos, geraria enorme insegurança.

Parece que hoje alguns magistrados, sobretudo os da área penal, voltaram a considerar o Direito uma mera tópica, da qual é possível extrair qualquer resultado. E o fazem pela adoção desabrida de teorias estrangeiras, em especial germânicas e anglo-saxônicas, quase sempre incompatíveis com nossa tradição pretoriana, que extrai o Direito essencialmente de fontes formais.

Chegou a hora de colocarmos um paradeiro nessa indesejável relativização do Direito, a qual tem levado a uma crescente aleatoriedade dos pronunciamentos judiciais, retornando-se a um positivismo jurídico moderado, a começar pelo estrito respeito às garantias constitucionais, em especial da presunção de inocência, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Conjur


Fórum de empresas de planos de Saúde propõe o fim do direto à saúde do brasileiro

O SUS é uma conquista da sociedade brasileira e deve ser defendido. Em defesa da saúde pública, gratuita, universal e de qualidade, é preciso barrar mais essa tentativa de retrocesso!

Por Carta Campinas

Aconteceu nesta terça- eira(10/04/18), em Brasília, o “1º Fórum Brasil – Agenda Saúde: a ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde”, organizado pela Federação Brasileira de Planos de Saúde, com participação do Ministério da Saúde, de deputados e senadores.

Durante o evento, foi apresentada proposta de desmantelamento do Sistema Único de Saúde pela via do estrangulamento de seu financiamento. Segundo Espiridião Amin, ex-governador e atualmente deputado federal pelo PP de Santa Catarina, a justificativa estaria no fato do SUS ser “um projeto comunista cristão” (sic).

A alternativa, defendida no seminário, seria construir um “Novo Sistema Nacional de Saúde”. Entre suas características, segundo apresentação feita por Alceni Guerra, ex-ministro da Saúde no governo Collor e ex-deputado federal pelo DEM, estaria a transferência de recursos do SUS para financiar a Atenção de Alta Complexidade nos planos privados de saúde. A meta, segundo ele, seria garantir que METADE DA POPULAÇÃO DEIXE DE SER SER ATENDIDA DE FORMA PÚBLICA, gratuita e universal e passe a ser atendida exclusivamente de forma privada (#Confira: https://goo.gl/YExFKq).

Assim, de um lado, para os planos privados de saúde, haveria o reforço de um duplo financiamento: com recursos dos próprios usuários dos planos e com recursos do Estado. De outro, para o SUS, o subfinanciamento, com seus recursos sendo canalizados para empresários da saúde.

Para garantir seus interesses, propuseram ainda que um Conselho Nacional de Saúde Suplementar passe a ter o mesmo poder do atual Conselho Nacional de Saúde, enfraquecendo a participação popular na formulação, acompanhamento e controle sobre a política pública.

Na prática, a proposta representa o desmoronamento completo do SUS e a negação da saúde como direito a ser acessado e exercido por todas(os)! A “ousadia” estaria na possibilidade de garantir condições para a apropriação privada do fundo público de modo a atender interesses empresariais e não a qualquer interesse público!

Em 2016, nota técnica do IPEA, ao analisar a emenda constitucional que viria a congelar os investimentos públicos em políticas sociais por 20 anos, já alertava para a necessidade de ampliar o financiamento do SUS sob pena do provável aumento das iniquidades no acesso aos serviços de saúde e das dificuldades para a efetivação do direito à saúde no Brasil (#Conheça: https://goo.gl/i9jEDt).

A proposta articulada pelos planos privados de saúde e pelo governo federal, apresentada hoje, busca enterrar de vez qualquer possibilidade de funcionamento do Sistema, avançando a agenda golpista de desmonte de políticas públicas e de retirada de direitos sociais. Mais uma vez, a questão que se coloca, nesse encruzilhada histórica, é qual sociedade queremos construir (#LeiaMais: https://goo.gl/6KJCMm).

O SUS é uma conquista da sociedade brasileira e deve ser defendido. Em defesa da saúde pública, gratuita, universal e de qualidade, é preciso barrar mais essa tentativa de retrocesso! 

Com informações de Integra -movimento por uma psicologia coletiva