terça-feira, 11 de outubro de 2022

Se eleito, candidato de Bolsonaro ao governo de SC vai privatizar o porto de Imbituba abrindo caminho para instalação da Cattalini?

 
Conheça a luta dos trabalhadores portuários em defesa dos portos públicos de Imbituba e São Francisco do Sul

É gigante a preocupação dos Imbitubenses com a possibilidade de privatização do Porto de Imbituba, com possíveis demissões e instalação do terminal de graneis líquidos inflamáveis Cattalini. Importante lembrar que em 2021, por questão de segurança a população rechaçou a instalação de terminais inflamáveis no porto.

Em 2022, com o processo eleitoral para presidência e governo do estado, funcionários do porto temendo o pior foram fundamentais pela enorme votação de Lula e Décio Lima no município. Para ser justo o governo Dilma foi o grande responsável pelo atual sucesso de desenvolvimento do porto de Imbituba ao assinar contrato de financiamento com o Banco do Brasil no valor de R$ 34 milhões para a execução da dragagem.

Veja o quadro de votação para presidente e governo do estado em Imbituba:

Presidente da República - votação em Imbituba (SC)

  • Jair Bolsonaro (PL): 14.914 votos (51,40%)
  • Lula (PT): 11.545 votos (39,79%)
  • Simone Tebet (MDB): 1.330 votos (4,58%)
  • Ciro Gomes (PDT): 760 votos (2,62%)
  • Felipe D Avila (Novo): 299 votos (1,03%)
  • Soraya Thronicke (UNIÃO): 117 votos (0,40%)
  • Léo Péricles (UP): 14 votos (0,05%)
  • Padre Kelmon (PTB): 13 votos (0,04%)
  • Vera (PSTU): 10 votos (0,03%)
  • Sofia Manzano (PCB): 9 votos (0,03%)
  • Constituinte Eymael (DC): 2 votos (0,01%)
  • Brancos - 1,47%
  • Nulos - 2,52%

Governador - votação em Imbituba (SC)

  • Jorginho Mello (PL): 10.507 votos (38,37%)
  • Décio Lima (PT): 6.735 votos (24,60%)
  • Moisés (REP): 4.796 votos (17,52%)
  • Gean Loureiro (UNIÃO): 2.901 votos (10,60%)
  • Esperidião Amin (PP): 1.740 votos (6,36%)
  • Odair Tramontin (Novo): 484 votos (1,77%)
  • Jorge Boeira (PDT): 157 votos (0,57%)
  • Professor Alex Alano (PSTU): 32 votos (0,12%)
  • Ralf Zimmer (PROS): 17 votos (0,06%)
  • Leandro Borges (PCO): 11 votos (0,04%) *candidatura anulada - candidato recorre
  • Brancos - 4,87%
  • Nulos - 4,50%

Conheça a luta dos trabalhadores portuários em defesa dos portos públicos de Imbituba e São Francisco do Sul

Segundo o Sintespe (Sindicato dos Trabalhadores no serviço público Estadual de SC), os portos de Imbituba São Francisco do Sul e Imbituba entraram na onda de privatizações. O secretário de comunicação do Sintespe lembrou que processos de privatização estão acontecendo em todo o país, desde 2018, com a eleição de Bolsonaro, “um governo voltado às privatizações”. Para Wolney Chucre, em SC tentam impor a ideia de que aquilo que é público não funciona, é mal gerido. “Eles foram eleitos para gerir as estatais, não para vendê-las”, criticou Wolney, lembrando: “Toda vez que tentam privatizar uma estatal, precarizam a empresa para justificar a sua privatização”.

Beba na fonte>https://sintespe.org.br/privatizacao/conheca-a-luta-em-defesa-dos-portos-publicos-de-imbituba-e-sao-francisco-do-sul/


 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Lula x Bolsonaro: confira as diferenças entre governos

Por Igor Tarcízio                                                                                         

Com a proximidade das eleições de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) busca de diversas maneiras atacar o governo do ex-presidente Lula (PT) com desinformação e mentiras. Recentemente durante o 7 de Setembro, que Bolsonaro transformou em palanque político, o atual mandatário tentou fazer um paralelo entre a gestão do petista com alguns países da América Latina.

Lula respondeu no mesmo dia, por meio de vídeo, desafiando Bolsonaro a, em vez de mentir e atacar adversários, apresentar soluções para os problemas do país. E acrescentou que, se o objetivo for fazer comparações, que compare os governos de ambos.

“Tentar comparar o meu governo com a Venezuela e com a Nicarágua, não, compare com o seu governo. Compare o período em que eu fui presidente da República com o seu governo”, declarou Lula.

Se o desespero de Bolsonaro o fez “arregar” de fazer uma comparação franca entre as gestões, o Socialismo Criativo realiza. Confira abaixo as 5 principais diferenças entre os governos Lula e Bolsonaro:

1) Combate à fome

Observe o gráfico abaixo: em azul temos a a porcentagem de brasileiros em segurança alimentar, ou seja, que certamente farão as três refeições todos os dias. Em amarelo, está a taxa de brasileiros que não têm segurança alimentar ou passam fome.

Com Lula, crescia o número de brasileiros que comiam e diminuía os que tinham falta de comida. Tanto que, quatro anos depois de Lula deixar a Presidência, a ONU declarou que o Brasil estava fora do Mapa da Fome.

Com Bolsonaro, a situação se inverteu. O preço da comida não para de subir, e, pela primeira vez, quase 60% dos brasileiros estão em insegurança alimentar.

2) Geração de emprego

Durante o governo Lula, o total de trabalhadores com carteira assinada não parou de subir, saltando de 28,6 milhões em 2002 para 44 milhões em 2010. Ou seja, o petista criou, em oito anos, mais de 15 milhões de vagas com carteira assinada.

Dilma elevou o total para mais de 49 milhões, em 2014. Depois da ex-presidente, contudo, o gráfico se torna praticamente uma linha reta. Ou seja, parou-se de criar emprego no Brasil como Lula fazia e Bolsonaro só deu continuidade a esse resultado desastroso.

3) Valorização do salário mínimo

Bolsa Família, apoio à agricultura familiar, controle do preço dos combustíveis. Tudo isso foi importante para o Brasil acabar com a fome. Mas, sem dúvida, a medida que mais contribuiu para isso foi a política de valorização do salário mínimo.

Com Lula, o salário mínimo teve aumento real, ou seja, subiu acima da inflação, todos os anos (barras amarelas no gráfico abaixo). Dilma fez o mesmo (barras azuis). Em 13 anos, foram mais de 74% de valorização. Com isso, os trabalhadores e os aposentados tinham sempre mais dinheiro para fazer as compras do supermercado.

Temer (barras verdes) acabou com a política de valorização. E Bolsonaro (barras roxas) não deu aumento real do mínimo um ano sequer. E no orçamento de 2023 que mandou para o Congresso, previu um aumento de apenas 6,76%, abaixo da previsão mais atual de inflação final de 2022 divulgada pelo Banco Central com base em análises de bancos: 7,11%. 

4) Preço do gás de cozinha

Nos oito anos do governo Lula, o preço do botijão de gás não aumentou nem R$ 10 (barras azuis no gráfico abaixo).

Bolsonaro, ao invés de exercer sua autoridade de presidente, prefere dizer que não pode fazer nada. Resultado: pela primeira vez, os brasileiros pagaram mais de R$ 100 pelo gás de cozinha (barras roxas).

5) Inflação

Quando Lula assumiu o governo, ele herdou uma inflação de mais de 12% de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Quando ele deixou a Presidência, em 2010, a inflação estava menos que a metade.

Já Bolsonaro herdou de Temer uma inflação de 3,75%. E só fez aumentá-la, até que os preços explodissem em 2021, com a inflação passando de 10%. Hoje, o acumulado nos últimos 12 meses está em 8,73%. Sem falar que, em 2022, a inflação dos alimentos está o dobro da inflação geral.

Beba na fonte: https://www.socialismocriativo.com.br/lula-vs-bolsonaro-confira-as-diferencas-entre-governos/

Confira estudo do Dieese que compara dados econômicos e sociais dos governos Lula e Bolsonaro

No início do seu governo, em 2003, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou uma inflação em 14,7%, quando saiu deixou em 6,5%. O atual governo, de Jair Bolsonaro, encontrou em 3,4% e mantém agora em 10,2%. A taxa média de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil sob os governos Lula foi de 4,1%. Sob Bolsonaro, está em 0,6%.

O salário mínimo foi herdado por Lula em R$ 613,10 e elevado para R$ 940,50. Sob Bolsonaro, estava em R$ 1087,00 em sua posse e está neste 2022 em R$ 1.100,00. Com ele, era possível comprar 1,3 cestas básicas no início do governo Lula, passando para 1,9 cestas ao final. Sob Bolsonaro, caiu de 2 para 1,6 cestas.

E o dado mais dramático: o percentual da população brasileira que passava por alguma forma de insegurança alimentar, no começo do governo Lula, era de 35,2% e caiu para em torno de 30% ao final (com a erradicação da fome extrema). Sob Bolsonaro, o país passou de aproximadamente 40% de pessoas nesta situação para 58,7% (e com retorno da fome extrema).

Estes são apenas alguns dados apresentados pelo economista Carlos Takashi, do Dieese, no programa NF ao vivo desta semana, que também contou com as análises da dirigente da CUT nacional, Virgínia Berriel, e do diretor do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, em conversa moderada pelo jornalista Vitor Menezes e pelo diretor do Sindipetro-NF, Guilherme Cordeiro.

A íntegra dos dados apresentados pelo economista para comparar os governos Lula e Bolsonaro estão disponíveis em PDF:

https://fup.org.br/wp-content/uploads/2022/10/Indicadores-Socioeconomicos-para-NF-ao-Vivo-2022.10.05-1.pdf