sábado, 28 de abril de 2018

Possível manipulação de evento religioso para fins políticos partidários não é moral

36º Congresso dos Gideões recebeu de R$ 300 mil do Governo de SC

36º Congresso dos Gideões realizado anualmente, no Pavilhão dos Gideões, em Camboriú terá a possível presença do Deputado federal de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL).

Até aí tudo certo! O problema é que as presenças anunciadas no Congresso de um presidenciável e outros políticos que apoiam sua candidatura não são éticas e extrapola o religioso podendo caracterizar manipulação para fins político partidário.

MP e justiça eleitoral devem se movimentar para apurar possível ilegalidade já que o evento recebeu dinheiro público - R$ 300 mil do Governo do Estado de SC.

Leia matéria do NSC sobre o evento

Camboriú recebe verba de R$ 300 mil do Governo do Estado

Por Dagmara Spautz, NSC

A Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte enviou R$ 300 mil para a realização do 36º Congresso dos Gideões através do Funturismo. A verba, todo ano, causa polêmica e confusão - afinal, trata-se de um evento religioso.

A justificativa do Estado costuma ser a movimentação turística que o congresso traz à cidade. Este ano, o público deverá ultrapassar a marca dos 150 mil e os hoteis em Balneário Camboriú estão quase lotados. No ano passado, Camboriú arrecadou R$ 500 mil com os alvarás dos vendedores ambulantes.

O Congresso Internacional dos Gideões é realizado pela igreja Assembleia de Deus e é um dos maiores eventos missionários do país. O problema é que também está fortemente relacionado à política.

Não em essência, já que a ideia é sensibilizar os fiéis sobre os movimentos missionários e de ajuda humanitária feitos pela igreja ao redor do mundo. Mas os últimos anos, no Brasil, assistiram à entrada maciça de religiosos na política _ _ em especial os evangélicos.

O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC), por exemplo, é uma das atrações mais esperadas dos próximos dias. Ele falará ao público no sábado à noite.

Seu ex-companheiro de partido, o polêmico pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), também anunciou que vai aparecer no evento.

No fim das contas, o Estado ajuda a pagar pelo palanque gratuito da bancada evangélica.

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