quinta-feira, 11 de abril de 2019

Segue indefinição para safra industrial da tainha

Excedente da safra pode ser descontado da próxima temporada de captura das tainhas – João Jose Francisco/Divulgação/ND. Após reunião técnica, em Itajaí, decisão deverá ocorrer em Brasília nos próximos dias.

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O Secretário-adjunto de pesca de Palhoça, José Henrique dos Santos, argumenta que a pesca artesanal deverá ser repetida nos moldes do ano passado, principalmente pelos pescadores terem tido uma vitória na justiça.

A 20 dias da abertura da pesca da tainha, segue a indefinição no setor. Na quarta-feira (10), em reunião realizada em Itajaí, ocorreram poucos avanços. A principal dúvida ainda é em relação a atividade industrial, onde os armadores não sabem se poderão pescar, se haverá uma cota parcelada ou ainda se poderão apenas capturar uma pequena quantidade de pescado a ser definida pela Seap (Secretaria Nacional da Pesca).

Terminou no começo da noite de ontem, o encontro da Câmara Técnica da Tainha, instituída no Comitê Permanente de Gestão e Uso Sustentável dos Recursos Pelágicos das Regiões Sudeste e Sul. Durante o encontro, foram debatidas soluções para a possível compensação pelo excesso de captura de peixes no ano passado. Foram encaminhadas três alternativas para a Seap.

O gerente de Pesca da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Sergio Winckler, explica que os barcos industriais poderão não ir para o mar, pagar de forma parcelada ao longo dos anos pelo excesso de peixes ou até mesmo ser autorizado a capturar uma quantidade reduzida. De acordo com ele, a decisão deve ocorrer nos próximos dias, já que a abertura da safra ocorre dia 1º de maio.

O Secretário-adjunto de pesca de Palhoça, José Henrique dos Santos, argumenta que a pesca artesanal deverá ser repetida nos moldes do ano passado, principalmente pelos pescadores terem tido uma vitória na justiça. Para a industrial, ele acredita que a decisão será em torno do parcelamento . “É o ponto de interrogação. Dentre as opções, não acredito que a indústria vá ficar sem pescar. Deve ocorrer um parcelamento durante quatro ou cinco anos. Vão dividir essa quantidade em cotas menores e descontar da quantidade liberada para cada ano”, opina.

A reunião em Itajaí contou com representantes das áreas técnicas, mas a decisão deve ser da Secretaria Nacional da Pesca. No começo do ano, o titular da pasta, Jorge Seif Júnior, em passagem por Florianópolis, onde recebeu demandas do setor, o Seif Júnior, criticou as limitações previstas principalmente para a pesca industrial. “Eles querem que seja abatido este ano o excedente da cota do ano passado. Como secretário nacional, meu primeiro ato foi assinar a defesa da AGU contra o que estão nos acusando. Vamos brigar para manter a pesca da tainha”, declarou.

Veja também:  TRF-4 concede liminar para a pesca artesanal
https://sarafoatomico.blogspot.com/2019/04/urgente-trf4-concede-liminar-para-pesca.html

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