Excedente da safra pode ser descontado da
próxima temporada de captura das tainhas – João Jose Francisco/Divulgação/ND. Após reunião técnica, em
Itajaí, decisão deverá ocorrer em Brasília nos próximos dias.
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O Secretário-adjunto de pesca de Palhoça, José
Henrique dos Santos, argumenta que a pesca artesanal deverá ser repetida nos
moldes do ano passado, principalmente pelos pescadores terem tido uma vitória
na justiça.
A 20 dias da abertura da
pesca da tainha, segue a indefinição no setor. Na quarta-feira (10), em reunião
realizada em Itajaí, ocorreram poucos avanços. A principal dúvida ainda é em
relação a atividade industrial, onde os armadores não sabem se poderão pescar,
se haverá uma cota parcelada ou ainda se poderão apenas capturar uma pequena
quantidade de pescado a ser definida pela Seap (Secretaria Nacional da Pesca).
Terminou no começo da
noite de ontem, o encontro da Câmara Técnica da Tainha, instituída no Comitê
Permanente de Gestão e Uso Sustentável dos Recursos Pelágicos das Regiões Sudeste
e Sul. Durante o encontro, foram debatidas soluções para a possível compensação
pelo excesso de captura de peixes no ano passado. Foram encaminhadas três
alternativas para a Seap.
O gerente de Pesca da
Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Sergio Winckler, explica que os
barcos industriais poderão não ir para o mar, pagar de forma parcelada ao longo
dos anos pelo excesso de peixes ou até mesmo ser autorizado a capturar uma
quantidade reduzida. De acordo com ele, a decisão deve ocorrer nos próximos
dias, já que a abertura da safra ocorre dia 1º de maio.
O Secretário-adjunto de
pesca de Palhoça, José Henrique dos Santos, argumenta que a pesca artesanal
deverá ser repetida nos moldes do ano passado, principalmente pelos pescadores
terem tido uma vitória na justiça. Para a industrial, ele acredita que a
decisão será em torno do parcelamento . “É o ponto de interrogação. Dentre as
opções, não acredito que a indústria vá ficar sem pescar. Deve ocorrer um
parcelamento durante quatro ou cinco anos. Vão dividir essa quantidade em cotas
menores e descontar da quantidade liberada para cada ano”, opina.
A reunião em Itajaí contou
com representantes das áreas técnicas, mas a decisão deve ser da Secretaria
Nacional da Pesca. No começo do ano, o titular da pasta, Jorge Seif Júnior, em
passagem por Florianópolis, onde recebeu demandas do setor, o Seif Júnior,
criticou as limitações previstas principalmente para a pesca industrial. “Eles
querem que seja abatido este ano o excedente da cota do ano passado. Como secretário
nacional, meu primeiro ato foi assinar a defesa da AGU contra o que estão nos
acusando. Vamos brigar para manter a pesca da tainha”, declarou.
Veja também: TRF-4 concede liminar para a pesca artesanal
https://sarafoatomico.blogspot.com/2019/04/urgente-trf4-concede-liminar-para-pesca.html
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