Segundo pesquisa Ibope
publicada esta semana, 50% do público feminino não votariam de jeito nenhum no
candidato do PSL. Entre os homens, a rejeição chega a 33%
Por Notisul
O movimento de mulheres contra o candidato a presidente
da República, Jair Bolsonaro do Partido Social Liberal (PSL), que ganhou as
redes sociais após a criação de um grupo no Facebook que conta com mais de 2
milhões de integrantes, sairá às ruas no Brasil e em algumas cidades pelo mundo
(Lisboa, Porto e Coimbra, em Portugal; Berlin, na Alemanha; Lyon, na França;
Galway, na Irlanda; Barcelona na Espanha; Sidney e Gold Coast na Austrália;
Londres na Inglaterra e Haia na Holanda,
entre outras) no próximo sábado, para
manifestar o seu repúdio ao candidato à Presidência pelo PSL.
Em Tubarão, o ato também ocorrerá no próximo sábado
(29), a partir das 15h, na Praça Willy Zumblick. Embora “Mulheres Unidas Contra
Quem Não Nos representa - Tubarão-SC” é
o principal mote, este evento é apoiado por pessoas de todos os gêneros, com
milhares de homens, que também confirmaram presença ou mesmo apoiam o protesto.
“Esperamos a reunião de boa parte da comunidade tubaronense. Temos a adesão
neste movimento de grupos LGBT, do movimento negro e de muitos homens. O ato
será pacífico”, conta a empreendedora e uma das organizadoras do movimento,
Tatiana Matias.
Há algumas semanas, diversas reações nas redes sociais
desencadearam o movimento hashtag #elenao. De acordo com Tatiana, o desacolhimento
da maioria das pessoas do público feminino ocorre por causa de declarações e
atos vistos como polêmicos de Bolsonaro,
entre eles de usar uma palavra de baixo calão contra uma deputada e
posteriormente, dizer que ela “não merecia ser estuprada”; além de ter
destratado uma jornalista que o entrevistava e por fim, ressaltar que os homens
‘fraquejaram’ ao ter filhas, e não ver problema na diferença salarial entre
homens e mulheres. “Este candidato representa o atraso no país. Ele se mostra
contra tudo aquilo que lutamos. Não podemos compactuar com declarações
machistas, racistas, misóginas e com o preconceito num todo”, pontua.
Tatiana destaca , que a cada dois segundos, uma mulher
é vítima de violência física ou verbal no Brasil, conforme dados do Relógios da
Violência do Instituto Maria da Penha. “Não se pode admitir que, sob a fala da
liberdade de expressão, qualquer candidato ou partido político, ofenda as
mulheres, reforçando a cultura machista e misógina que, infelizmente, ainda
insiste em matar muitas de nós todos os dias”, resume.
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