domingo, 13 de fevereiro de 2022

DEFESA DO NAZISMO FEITO POR KIM KATAGUIRI NÃO INCOMADA O ALIADO SERGIO MORO

Em sua página pessoal, Kim Kataguiri registrou encontro em 2019 com o então ministro da Justiça em que debateram endurecimento da legislação penal. Kataguiri deve se filiar ao Podemos de Moro. Foto: Reprodução/Facebook

Por Joao Filho - Intercept

A MAIOR ATROCIDADE DITA neste ano não veio do cercadinho em que se esconde o presidente da República. Veio de um dos podcasts de entrevistas mais assistidos do país. Ao lado dos deputados federais Kim Kataguiri e Tabata Amaral, o apresentador Monark começou com uma estupidez aparentemente inofensiva, mas que prepararia o terreno para um pensamento atroz: “A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço”.

Nada na frase encontra respaldo nos fatos. Enquanto a direita radical está no poder com ajuda do voto de Monark e de Kim Kataguiri, por exemplo, a esquerda radical é representada principalmente pelos partidos PCO e pelo PSTU — dois partidos nanicos, irrelevantes no jogo político-partidário e sem nenhum espaço no noticiário. A constatação mentirosa o levou a uma conclusão repugnante: “Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”.

A defesa de direitos políticos para nazistas foi rechaçada por Tábata Amaral, mas Kim Kataguiri concordou com o absurdo e foi além: afirmou que a Alemanha cometeu um erro ao criminalizar partidos nazistas depois do Holocausto.

Beba na fonte>The Intercept.


 

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