Por canal Meio - foto Alepi
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antecipou para esta sexta-feira (9) o anúncio de alguns de seus ministros. Ele havia dito que começaria a revelar sua equipe somente depois de sua diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 12. Mas, diante de tanta especulação e da pressão especialmente pelos nomes que comandarão a economia, Lula convocou uma coletiva para esta manhã no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Entre os nomes a serem anunciados, os mais prováveis são o de Fernando Haddad (PT-SP) na Fazenda e o de José Múcio, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) como ministro da Defesa. Flávio Dino (PSB-MA) deve ser apresentado como titular da Justiça e Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil. (UOL)
Haddad já se reuniu com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília. De acordo com o petista, a conversa de 1h30 foi “excelente”. Haddad disse que não foi recebido como ministeriável, mas como mero representante do grupo de transição. O petista defendeu que as despesas proporcionais ao PIB não podem ser menores em 2023 do que foram em 2022. O “apagão” nas contas desse restinho de governo de Jair Bolsonaro (PL), com falta de recursos para a universidades, bolsistas e serviços como o ConecteSUS, não esteve na pauta. (Estadão)
José Múcio, por sua vez, já teria definido os comandantes das Forças Armadas com Lula e o anúncio também deve ser feito hoje. Segundo a jornalista Andreia Sadi, o general Julio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, foi escolhido para essa força. Ele é o mais antigo da tropa. Na Marinha, o indicado seria o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Operações Navais. Na Aeronáutica, o escolhido seria o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do Estado-maior da força. O Comandante do Estado-maior das Forças Armadas deve ser o almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do Estado-maior da Marinha. (G1)
O nome de Arruda para o Exército preocupa petistas, como explica a jornalista Malu Gaspar. Arruda é o mais bolsonarista dos comandantes mais antigos. Ele é paraquedista formado nas Forças Especiais (FE) e próximo de ex-colegas de FE, como os generais Luiz Eduardo Ramos e Eduardo Pazuello. O próprio Bolsonaro foi paraquedista. (Globo)
Para o Itamaraty, Lula teria dito a interlocutores que já escolheu o embaixador Mauro Vieira, ex-chanceler de Dilma Rousseff, ouviu Gerson Camarotti. (G1)
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Por falar em crise no MEC, o ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou a liberação de R$ 460 milhões para despesas discricionárias da pasta. No entanto, o montante é apenas um terço do R$ 1,36 bilhão do Ministério da Educação que foi bloqueado com a edição de um decreto em 30 de novembro. O ministro não detalhou como será todo o uso da verba, mas disse que ela atenderá “100% da bolsa assistência estudantil, bolsas PET, bolsa permanência Prouni”. (G1)
A campanha de Lula apresentou duas ações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar Bolsonaro e torná-lo inelegível. Uma delas pede que seja instaurada uma Ação de Investigação Judicial (Aije) envolvendo Bolsonaro; o general Braga Netto, candidato a vice na chapa; os filhos do presidente Flávio e Eduardo; as deputadas federais Carla Zambelli e Bia Kicis; o senador eleito Magno Malta; e os deputados federais eleitos Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer. A acusação é de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A outra ação mira Bolsonaro e Braga Netto e a concessão de benefícios em troca de votos. (Globo)
Só de empréstimo consignado para 3,5 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil, foram R$ 9,5 bilhões no segundo turno. (UOL)
Enquanto isso, Bolsonaro fez nova aparição pública em que se manteve em silêncio. Recebido aos gritos de “mito” na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), para a formatura da turma Anúbis, Bolsonaro se dirigiu aos formandos com “palavras de esperança” antes da cerimônia, segundo o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior. (Folha)
O senador Flávio Bolsonaro vem relatando a interlocutores que o pai está mais animado e vem até considerando passar a faixa presidencial a Lula no dia 1º. A razão do entusiasmo, segundo a colunista Thaís Oyama, é a eleição para a presidência do Senado. Tem chegado ao Planalto que o candidato bolsonarista Rogério Marinho tem chances de derrotar Rodrigo Pacheco. É no Senado que se iniciam os trâmites, por exemplo, de um eventual pedido de impeachment de ministros do STF. (UOL)
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