quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Governo paga R$ 11 mil em diárias por 33h de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Segundo a Câmara dos Deputados, o filho do presidente não tinha o direito de ter as despesas pagas pelo governo (Crédito: Agência Brasil)

Por Catraca Livre

O Itamaraty pagou US$ 2.729,94, equivalente a R$ 11.260 em quatro diárias e meia para Eduardo Bolsonaro nos EUA. Ele viajou junto com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e dois assessores.
A viagem se tratou de um bate e volta, ela durou 33h e aconteceu na semana passada. A atividade principal realizada por Eduardo Bolsonaro e Filipe Martins (assessor para Assuntos Internacionais do Planalto), Vicente Santini (secretário-executivo da Casa Civil) e Arthur Weintraub (assessor da Presidência e irmão do ministro da Educação, Abraham Weintraub), foi um encontro de meia hora com Donald Trump na sexta-feira (30 de agosto). A atividade não estava na agenda oficial do presidente americano.

Eles chegaram aos EUA em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) e além de encontrar Trump,  o filho de Jair Bolsonaro (PSL) e os demais fizeram passeios e almoçaram numa sala reservada de um dos restaurantes à beira do canal que leva ao rio Potomac. O grupo pagou, segundo reportagem da Folha, cerca de US$ 1.000 (R$ 4.000) para uma mesa de sete pessoas no Del Mar, do chef italiano Fabio Trobocchi. Segundo o Itamaraty, as despesas com alimentação foram bancadas pelos viajantes.

O Itamaraty informou que as quatro meias diárias foram pagas por “viagem a trabalho” em 30 e 31 de agosto. Duas se referem aos deslocamentos de ida e volta e as outras duas por ficarem hospedados na residência oficial da embaixada em Washington, totalizando dois dias trabalhados.

O pagamento é regulamentado por decretos do Palácio de Planalto, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, mas segundo apurou o portal ‘UOL’, Eduardo Bolsonaro não deveria receber as diárias pois a viagem não consta como missão oficial, então não tem direito a reembolso.

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