sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Carlos descumpre promessa de campanha do Comandante Moisés sobre não aumentar impostos

Não há nada mais velho na política do que prometer e não cumprir. Ao mexer na política de incentivos fiscais de Santa Catarina, o governador Carlos Moisés (PSL) descumpre uma promessa de campanha do candidato Comandante Moisés. Foto: Carlos Moisés assina carta de compromisso, entre outros, de não aumentar impostos – Marcos Campos/Divulgação/ND

No dia 19 de outubro, diante da cúpula do empresariado catarinense, ao lado do concorrente no segundo turno, Gelson Merisio (ex-PSD), Moisés disse o seguinte:

        “A justiça tributária e a questão do equilíbrio são as demandas que mais aparecem depois da infraestrutura. Entendemos que um dos pontos é não aumentar os tributos. Esse é um compromisso assumido hoje aqui, é um dos pontos e não precisa mais tocar. Houve esse compromisso e vamos trabalhar para isso”.
Carlos Moisés da Silva, o então candidato Comandante Moisés


Quase dez meses depois, a prática se mostra diferente da teoria.

Essa fala foi durante o evento Diálogo com os Candidatos ao Governo de Santa Catarina, iniciativa do Cofem-SC (Conselho das Federações Empresariais), que abrange as federações empresariais da Agricultura (Faesc), Associações Empresariais (Facisc), Câmaras Lojistas (FCDL), Comércio e Serviços (Fecomércio), Indústria (Fiesc), Micro e Pequenas Empresas (Fampesc) e Transportes (Fetrancesc). Na época, além da divulgação oficial, a coluna registrou.

Sobre os benefícios fiscais, o Comandante Moisés foi lacônico – como em quase tudo que falou durante a campanha, cuja candidatura se revestiu de improviso. “Os incentivos fiscais são instrumentos de governo e são de extrema importância para a justiça fiscal”. Ou seja, não deixou claro que pretendia cortar benefícios que hoje têm efeito direto na economia estadual.

Há um esforço de dizer que mexer nos incentivos fiscais não é aumentar impostos. Para o cidadão que já paga mais caro pelos produtos, estas desculpas pouco importam. E justo de um governo que se diz liberal, que defende o Estado mínimo. Neste caso, a mão do governo está pesando de forma decisiva no bolso do catarinense.

Beba na Fonte: Altair Magagnin/ND+

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