O
corpo de Clóvis William dos Santos foi encontrado sem vida, em Laguna, no dia 7
de janeiro.
Por Rodrigo Prado – EXTRASC.COM
Um militar do Exército foi condenado pelos crimes de
latrocínio, tentativa de ocultação de cadáver e corrupção de menores. Ele foi o
responsável pelo assassinato do apresentador e DJ Clóvis William dos Santos,
o Mukirana, em
janeiro deste ano. A sentença foi proferida na Comarca de Laguna neste
início de semana. Ao todo, a pena totaliza 22 anos de prisão em regime fechado.
Cabe recurso.
Segundo a denúncia, Mukirana, o militar de 20 anos e
dois adolescentes foram até a praia do Gi. Após desentendimentos e com o
suposto objetivo de furtar o veículo da vítima, o acusado imobilizou e asfixiou
o apresentador com uma camiseta.
Já desacordado, Mukirana também teria recebido socos e
chutes, além de ser amarrado, arrastado pela areia e jogado ao mar. Seu
automóvel foi localizado no mesmo dia, no Morro da Antena, em Congonhas.
Relembre o caso
Mukirana foi assassinado na Praia do Gi, em Laguna.
Seu corpo
foi encontrado na manhã de 7 de janeiro. Em uma primeira versão,
divulgada pelo delegado de Polícia Civil Bruno Fernandes, dois
adolescentes de 17 anos teriam executado o apresentador. Segundo a
investigação, a vítima teria saído de Tubarão na noite de
domingo (6), acompanhado dos responsáveis pelo crime e de outras adolescentes,
uma delas grávida. Eles abasteceram o carro do apresentador, no Posto Disney.
Três dias depois, a Polícia Civil de Laguna anunciou
nesta a prisão de um militar do Exército, que assumiu ter asfixiado e
estrangulado a vítima. Na ocasião, o órgão de segurança justificou que não
divulgou todas as informações durante coletiva de imprensa, por não possuir, no
dia, a autorização para a prisão preventiva.
Talento no sangue
Mukirana nasceu talentoso. Nascido em Florianópolis,
escolheu Tubarão para desenvolver suas atividades. Autodidata,
apresentou programas na TVBV, Canal 20 e na Band FM, escreveu colunas nos
jornais Última Hora, Folha da Semana, Jornal de Bairro, Notisul e Diário do
Sul, atuou como DJ e promoveu eventos. A feijoada que levava seu nome foi um
marco na área social de Santa Catarina nos anos 2000.
Decidido, passou pelas faculdades de Psicologia e
Direito antes de formar-se em Jornalismo. Atualmente, escrevia para o jornal
Correio Regional e apresentava um programa na Unisul TV. Meses antes de sua
morte, lançou um site de notícias.
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