terça-feira, 16 de julho de 2019

Militar é condenado pelo assassinato do apresentador Mukirana

O corpo de Clóvis William dos Santos foi encontrado sem vida, em Laguna, no dia 7 de janeiro.


Por Rodrigo Prado – EXTRASC.COM
Um militar do Exército foi condenado pelos crimes de latrocínio, tentativa de ocultação de cadáver e corrupção de menores. Ele foi o responsável pelo assassinato do apresentador e DJ Clóvis William dos Santos, o Mukirana, em janeiro deste ano. A sentença foi proferida na Comarca de Laguna neste início de semana. Ao todo, a pena totaliza 22 anos de prisão em regime fechado. Cabe recurso.

Segundo a denúncia, Mukirana, o militar de 20 anos e dois adolescentes foram até a praia do Gi. Após desentendimentos e com o suposto objetivo de furtar o veículo da vítima, o acusado imobilizou e asfixiou o apresentador com uma camiseta.

Já desacordado, Mukirana também teria recebido socos e chutes, além de ser amarrado, arrastado pela areia e jogado ao mar. Seu automóvel foi localizado no mesmo dia, no Morro da Antena, em Congonhas.

Relembre o caso

Mukirana foi assassinado na Praia do Gi, em Laguna. Seu corpo foi encontrado na manhã de 7 de janeiro. Em uma primeira versão, divulgada pelo delegado de Polícia Civil Bruno Fernandes, dois adolescentes de 17 anos teriam executado o apresentador. Segundo a investigação, a vítima teria saído de Tubarão na noite de domingo (6), acompanhado dos responsáveis pelo crime e de outras adolescentes, uma delas grávida. Eles abasteceram o carro do apresentador, no Posto Disney.

Três dias depois, a Polícia Civil de Laguna anunciou nesta a prisão de um militar do Exército, que assumiu ter asfixiado e estrangulado a vítima. Na ocasião, o órgão de segurança justificou que não divulgou todas as informações durante coletiva de imprensa, por não possuir, no dia, a autorização para a prisão preventiva.

Talento no sangue

Mukirana nasceu talentoso. Nascido em Florianópolis, escolheu Tubarão para desenvolver suas atividades. Autodidata, apresentou programas na TVBV, Canal 20 e na Band FM, escreveu colunas nos jornais Última Hora, Folha da Semana, Jornal de Bairro, Notisul e Diário do Sul, atuou como DJ e promoveu eventos. A feijoada que levava seu nome foi um marco na área social de Santa Catarina nos anos 2000.

Decidido, passou pelas faculdades de Psicologia e Direito antes de formar-se em Jornalismo. Atualmente, escrevia para o jornal Correio Regional e apresentava um programa na Unisul TV. Meses antes de sua morte, lançou um site de notícias.

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