Em entrevista a O Globo, admitiu que os
snipers estão agindo. E há inúmeros relatos de pessoas sendo mortas por
atiradores à distância. E as vítimas não são apenas suspeitos, mas
cidadãos. Veja, no vídeo, as cenas dantescas da operação.
Por Luis Nassif
Ontem o governador do Rio de
Janeiro sobrevoou Angra dos Reis, de helicóptero, de onde snipers atiraram
contra a população, a pretexto de combater os bandidos. Witzel é um genocida, que mais cedo ou mais
tarde, será submetidoa um tribunal internacional por crimes contra a
humanidade. Mas, antes disso, precisa ser detido.
Veja, no vídeo, as cenas
dantescas da operação:
Desde a campanha estimulava a ação de snipers, atiradores especializados, para matar à distância pessoas suspeitas de carregarem armamentos.
Em entrevista a O Globo, admitiu que os snipers estão
agindo. E há inúmeros relatos de pessoas sendo mortas por atiradores à
distância. E as vítimas não são apenas suspeitos, mas cidadãos comuns.
O ápice dessa loucura foi
o assassinato do vendedor por uma tropa do Exército. Mais de 80 tiros em um
carro, que não foram interrompidos nem após se perceber que havia uma criança.
Executaram até o bravo cidadão, catador de lixo e cidadão, sim, que mostrou a
solidariedade de tentar salvar os ocupantes do carro.
Agora, Witzel aparece em Angra dos Reis em um jogo de
cena mortal, ocupando um helicóptero que dispara do alto contra casas humildes.
Depois, vai comemorar seu banquete de sangue hospedando-se em um hotel de luxo
com a família, sem revelar quem está pagando as diárias. É um bufão que, se
tivesse coragem mesmo, estaria na linha de frente enfrentando o PCC.
Witzel é de mesma farinha de Marcelo Bretas, Sérgio
Moro, do procurador militar Carlos Frederico de Oliveira Pereira, que não
apenas ordenou a soltura dos dez militares envolvidos no assassinato do
músico Evaldo
Rosa dos Santos, e catador de material reciclável Luciano Macedo como
deu um parecer endossando os assassinatos. Na
entrevista ao Estado, ele disse que “se eles (os militares
presos) soubessem que aquele carro era de pessoas que não eram bandidas,
eles não fariam isso. Os caras não saíram de casa para matar os outros”, diz o
subprocurador ao Estado.
A manifestação é a comprovação sangrenta de duas
suspeitas sobre diereitos humanos.
A primeira, é que a Justiça Militar não é isenta para
julgar os seus. O parecer de Carlos Frederico conspurca toda a Justiça Militar.
A segunda, é que o excludente de ilicitude de Sérgio Moro é endosso, sim, para
a ampliação dos assassinatos. Carlos Frederico usou ao pé da letra o argumento.
Em seu parecer, o subprocurador Pereira considerou que
os militares não descumpriram as regras de conduta, porque “tentavam salvar um
civil da prática de um crime de roubo”.
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