quarta-feira, 25 de julho de 2018

Mais de 100 pinguins são encontrados mortos no norte de Florianópolis, fotos

Animais foram recolhidos por duas das cinco instituições que executam o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no estado

POLÊMICA!
"Há oceanógrafo com PhD afirmando que todos os pinguins que migram para cá trazidos da Patagônia pelas fortes correntes marinhas acabam mortos naturalmente por viroses na chegada da primavera, com ou sem as redes de pesca, em um processo orgânico de controle populacional e que resgatá-los é ir contra a Natureza e desperdício de dinheiro público". (Direto da Orla)

Mais de 100 pinguins são encontrados mortos no norte de Florianópolis


Na manhã desta segunda-feira, 23, a equipe de campo da Associação R3 Animal junto ao Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) encontrou quase 30 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) mortos no Norte da Ilha de Florianópolis. Somente na praia da Cachoeira do Bom Jesus foram 18 animais mortos. Outros 10 foram encontrados na Praia dos Ingleses. Já o monitoramento embarcado feito pelo Instituto Australis/Projeto Baleia Franca na Baía Norte recolheu 80 animais mortos boiando na mesma região.

Ainda não se sabe qual a causa do encalhe em massa, mas existe a hipótese que os animais tenham ficado presos em redes de pesca. Os animais passaram por necropsia nesta terça-feira para saber qual foi a causa da morte.

“Os resultados preliminares indicam como causa de morte asfixia/afogamento provavelmente por captura incidental por rede de pesca”, explica a médica veterinária, Cristiane Kolesnikovas, presidente da R3 Animal e coordenadora do PMP-BS, em Florianópolis. Os 28 pinguins resgatados em terra eram todos juvenis.

Mar de pinguins



Enquanto a equipe da R3 Animal recolhia os pinguins nas praias de Florianópolis, a equipe de monitoramento embarcado do Instituto Australis/Projeto Baleia Franca se deparou com vários animais mortos boiando na Baía Norte da Ilha de Santa Catarina.

“Foram 80 animais recolhidos pela equipe, que se impressionou com a ocorrência, jamais registrada durante o monitoramento. Foram 4 horas até recolher todos os animais, infelizmente a maioria sem vida. Apenas um foi resgatado ainda com vida”, informa a diretora do Instituto Australis, Karina Groch.

O Instituto Australis é uma das instituições executoras do PMP-BS Fase 1, e fica localizado em Itapirubá Norte (Imbituba, SC) e, além do monitoramento embarcado realizado uma vez por semana na Baía Norte de Florianópolis, é responsável pelo monitoramento diário por terra desde a Praia do Rosa (Imbituba,SC) até a Praia da Pinheira (Palhoça, SC).

Nesta época do ano, é comum pinguins-de-magalhães chegarem às praias da região. Eles saem de colônias na Patagônia, na Argentina, e rumam ao norte em busca de alimento, acompanhando as correntes marinhas.

Caso encontre um mamífero, tartaruga ou ave marinha morta ou debilitada, ligue 0800 642 3341.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.



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