por Lúcio Lambranho
Uma coincidência marca a história recente da Reunidas,
empresas de transporte de cargas e passageiros fundada em Caçador e com atuação
em oito estados e na Argentina. Dois de maio de 2016, dia em que Justiça de
Santa Catarina recebeu o pedido de recuperação judicial de três empresas do
grupo diante de uma dívida acumulada de R$ 79,4 milhões. Na mesma data, os
promotores George André Franzoni Gil e Roberta Seitenfuss assinaram um pedido de
prisão preventiva de três sócios e acionistas da S/A, Rui Caramori, Selvino
Caramori Filho e Sandoval Caramori, por fraude e sonegação de tributos devidos
ao Estado de Santa Catarina.
Outras 12 ações penais por crimes tributários foram
ajuizadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) depois que este
pedido foi negado na primeira instância e confirmado pelo Tribunal de Justiça
de Santa Catarina (TJ-SC) no final de maio de 2016. Os três sócios do grupo
fundado em 1950 continuam com os bens bloqueados desde 2014, ano em que a
primeira ação penal foi proposta pelos promotores. A última denúncia narra uma
sonegação de mais de R$ 1 milhão e entrou no sistema da Justiça estadual em
agosto de 2017.
No pedido de prisão de 2016, o MPSC informa que os três
acusados já tinham sido denunciados em outras cinco ações penais e valor
sonegado chegava a R$ 72.705.767,21 milhões em valores históricos. Somado ao
valor da denúncia oferecida junto com o pedido de prisão (R$ 23.630.284,11
milhões) atingia o total de R$ 96.336.051,32 milhões. “A série de atos
criminosos praticados pelos requeridos, como ressaltado na denúncia, configuram
gravíssima lesão à ordem pública e econômica, que se agrava não apenas pelo
longo período praticado mas, principalmente, pela reiterada prática da
apropriação tributária realizada, o que justifica a imposição de prisão
cautelar”, afirmam os promotores no documento.
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