segunda-feira, 19 de junho de 2017

Comunidade reivindica desassoreamento da Barra do Camacho

Todo ano a mesma novela

Todos os anos a comunidade da cidade de Jaguaruna e região sofrem com a burocracia, a falta de sensibilidade e incompetência de órgãos ambientais, defesa civil nacional e o estado. Esses órgãos não planejam deixando milhares de pessoas da região que sobrevivem da pesca sob constante pressão e aflição.

Moradores estão mobilizados e questionam porque não abrem a barra.


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Moradores do Balneário Camacho realizaram uma manifestação em prol das obras de desassoreamento e enrocamento da barra. Ação beneficiaria os pescadores

Barra do Camacho: Comunidade reivindica desassoreamento

Por notisul

Mais de duas mil famílias dependem diretamente da barra do Camacho, em Jaguaruna, para o sustento, com a entrada de crustáceos e peixes vindos do mar para a lagoa pelo canal. Além do sustento por meio da pesca, a barra aberta proporciona um incremento no turismo e prevenção de cheias na bacia do Rio Congonhas, que abrange os municípios de Jaguaruna, Tubarão, Laguna e Treze de Maio.

Os pescadores do local estão preocupados com o assoreamento do canal e, neste sábado, lideranças e moradores da comunidade participaram da manifestação em prol do desassoreamento Norte e enrocamento da barra do Camacho. Na ocasião, a rodovia SC-100 ficou fechada por cerca de uma hora, como forma de conscientizar as autoridades sobre a importância da obra para a região.

De acordo com o vereador Wilson Teodoro, representante da comunidade, a obra é fundamental para a continuidade do setor pesqueiro e manutenção do balneário. “Hoje, dependem da barra mais de duas mil famílias, que vivem diretamente da pesca e necessitam dela aberta”, afirma.

O prefeito Edenilson Monitini da Costa também participou da mobilização e frisou que a obra está estimada em cerca de R$ 800 mil, que são pleiteados junto ao governo do Estado e Defesa Civil. “A barra aberta é uma grande indústria sem chaminé, geradora de emprego e renda à nossa região. É de interesse de todos, pois fortalece a economia. A nossa luta é para que consigamos, após a abertura, fazer a contenção da parte faltante dos molhes, assim ela vai permanecer aberta, evitando o assoreamento”, explica.

Pedido foi apresentado à Defesa Civil Nacional
O coordenador de Proteção e Prevenção de Desastres da Defesa Civil Nacional, Hampel Vieira, esteve na comunidade no último mês para conhecer os detalhes da obra tão aguardada pelos pescadores. Possíveis entraves por parte da APA da Baleia-Franca podem dificultar a obra. A equipe técnica da Amurel documentará as consequências de um possível fechamento do canal, assim como os recursos necessários para a dragagem. Segundo o coordenador Nacional da Defesa Civil o projeto é emergencial e os trâmites tendem a ser mais rápidos. “Vamos dar o máximo de nós para que este projeto possa ser avaliado e tenha sua aprovação de forma rápida”, ressaltou Hampel. Durante a visita, o coordenador recolheu dados técnicos para a inclusão da proposta, que ainda não tem data para ser executada.

Desassoreamento e enrocamento da barra

A retirada dos bancos de areia do canal facilitará o intercâmbio entre as águas do Oceano com as lagoas do Camacho e de Garopaba do Sul. Desta maneira, possibilitará o aumento da salinidade no interior das lagoas e a entrada de peixes e crustáceos. A pesca na região fomenta a economia no Estado. Só a região de Jaguaruna e Laguna produzem mais de 400 toneladas de camarão por ano e mais de duas mil toneladas de peixe, que somam cerca de R$ 4 milhões. A abertura do canal também garante maior segurança para a agricultura, pois em época de cheias, com a vazão da água para o mar, o canal da barra faz toda a diferença ao manter as lavouras fora de perigo nas enchentes. Depois da retirada dos bancos de areia, a intenção é concentrar esforços nas obras complementares, como o prolongamento dos molhes e o enrocamento (proteção de pedras) que segue até a ponte sobre a barra do Camacho.

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