Do blog do Marcelo Auler
Há 53 anos o Brasil ingressava em um período duro,
iniciava uma ditadura civil-militar que perdurou 21 anos. Tudo feito em nome do
combate ao comunismo e à corrupção.
Mas, na verdade, os interesses era muito
maiores e as consequências foram desastrosas, dolorosas, trágicas. Pelos dados
da Comissão Nacional da Verdade, foram 434 mortes e desaparecimentos. Entre
essas pessoas, 210 são desaparecidas. A estes dados acrescente-se milhares de
presos e torturados, cujas sequelas ficaram para o resto da vida, e ainda as
famílias de todos eles, que jamais voltaram a ter sossego, mesmo quando
conseguiram reencontrar os sobreviventes de toda esta barbárie.
Grave, ainda, é o fato de os responsáveis por estas
mortes, torturas, sevícias e outras atrocidades terem – e estarem, aqueles que
ainda sobrevivem – conseguido se livrar de qualquer punição ou
responsabilidade. Mesmo estando provado que cometeram crimes hediondos,
puníveis nos países civilizados, onde jamais seriam beneficiados por uma
anistia.
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