Câmara de
Capivari tem sido alvo de megaoperação do Grupo de Atuação Especial Contra o
Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da promotoria de justiça local. Jailson Vieira/Fotos Notisul
Por Jailson Vieira - Notisul
Os quatro
vereadores de Capivari de Baixo presos entre a terça e quinta-feira desta
semana continuam temporariamente no Presídio Regional Masculino, no bairro Bom
Pastor, em Tubarão. Arleis Flávio Nunes Ribeiro (PSDB), os ex-presidentes da
Câmara, Ismael Martins, o Mael, (PP), Edison Cardoso Duarte, o Edison da
Elétrica (PMDB) e o atual presidente da Casa até quinta, Jean Corrêa Rodrigues
((PSDB), além de estarem reclusos também foram afastados de suas funções no
legislativo.
O vereador
Manoel da Silva Guimarães, o Farinheira, (PT), também teve o seu afastamento
decretado. Em um primeiro momento, ele também seria levado ao presídio, mas
como colaborou com as investigações, sua prisão não foi efetivada.
O advogado
de defesa de Arleis (preso terça), Antônio José Beltrame, protocolou, na
quarta-feira, o pedido de revogação do decreto prisional na comarca do
município. O titular do Ministério Público em Capivari, Ernest Kurt
Hammerschmid, e a juíza Rachel Bressan Garcia Matheus, podem ter analisado o
pedido nesta sexta-feira, mas como o processo corre em segredo de justiça o Notisul
não teve acesso aos autos. O prazo da prisão de Arleis expira neste sábado,
entretanto, o titular do MP declinava pelo pedido de prorrogação da detenção.
Os
advogados Marivaldo Bittencourt Pires Junior (do vereador Edison da Elétrica) e
João Batista Fagundes (dos legisladores Mael e Jean Rodrigues) só tiveram
acesso aos autos de seus clientes no fim da tarde desta sexta. Segundo os
defensores, o processo ainda está sob análise para depois tomarem as medidas
necessárias.
Contra os
quatro parlamentares foram apurados indícios de que, segundo as investigações,
parte do salário dos seus assessores comissionados, alguns nem exerciam
trabalho efetivo na Câmara, era extorquida. O MP e Gaeco ainda apontaram que
tais servidores desenvolveriam atividades particulares no horário em que
deveriam prestar serviço no poder legislativo capivariense.
Há também
indícios semelhantes em gestões anteriores, a exemplo da ‘Farra das diárias’,
entre 2009 a 2011. Mesmo com toda divulgação e orientação em cima do caso, a
situação prosseguiu nos últimos tempos. A megaoperação do Grupo de Atuação
Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Criciúma e Florianópolis, com o
apoio da promotoria de justiça de Capivari, deve ter mais desdobramentos nos
próximos dias.
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