sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Capivarí de Baixo: Os funcionários fantasmas que participaram da mutreta serão responsabilizados?

Em Capivari de Baixo, além dos seis vereadores que foram presos suspeitos de manter um esquema de funcionários fantasmas e captar parte do salário de assessores temos os funcionários que aceitaram participar do esquema. 

A sociedade espera que o MP intime essas pessoas para que apresentem informações/defesas por escrito, acompanhadas de documentos comprobatórios do fiel desempenho das funções. Senão comprovarem que sintam o peso da lei.

Do jornal Diário do Sul, de hoje, o andamento da crise ética.

O jornal Diário do Sul, de hoje, repercute a crise ética na política de Capivarí de Baixo.


Do Diário do Sul

Dois vereadores são soltos e nova prisão é cumprida

Mais um vereador foi preso em Capivari de Baixo, totalizando sete prisões decretadas na operação Casa da Mãe Joana. Jonas Machado dos Santos, do PMDB, teve prisão temporária decretada por cinco dias ontem e foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do vereador e no Legislativo.

Já o vereador Arleis Flávio Nunes Ribeiro (PSDB), primeiro a ser detido na operação e que já havia tido sua prisão prorrogada por mais cinco dias, foi solto ontem, quando encerrou o prazo da prorrogação. Conforme a promotoria da cidade, o entendimento foi de que não seria necessária mais uma prorrogação, pois Arleis está cooperando com a investigação.

Edison Cardoso Duarte (PMDB) foi solto na quarta-feira, também por colaborar com a investigação. Já Manoel da Silva Guimarães (PT) teve prisão preventiva decretada, mas não chegou a ser encaminhado para o presídio, em função de também ter colaborado.

Com isso, seguem no Presídio Regional de Tubarão, além de Jonas, Fernando Oliveira Silva (PSB), preso temporariamente na quarta-feira, Jean Corrêa Rodrigues (PSDB) e Ismael Martins (PP), que tiveram prisão temporária prorrogada por cinco dias. Eles seriam liberados na segunda-feira. Com a prorrogação, eles seguem reclusos até sábado, caso a prisão não seja convertida em preventiva.

Conforme o advogado de Arleis, Antônio Beltrame, o vereador saiu do presídio e seguiu para a casa da família bastante abalado, por isso optou por não se manifestar publicamente sobre sua prisão e sobre a investigação. Da mesma forma, o advogado de Edison, Marivaldo Bittencourt Pires Júnior, informou que o vereador deixou o presídio na quarta-feira por volta das 18h30, depois de um pedido do advogado ao Gaeco e ao Ministério Público, e, no momento, não vai se manifestar para a imprensa.

A promotoria apura indícios de que havia alguns edis que exigiam, mensalmente, parte do salário dos seus assessores, ocupantes de cargos em comissão. Estes não exerciam efetivamente nenhum trabalho na Câmara e desenvolveriam atividades particulares no horário em que deveriam prestar serviço no Poder Legislativo.

Como fica o Legislativo

Os vereadores investigados, mesmo aqueles que foram soltos, seguem afastados de suas funções políticas. Dessa forma, uma das preocupações do Poder Legislativo da cidade tem sido em relação ao funcionamento da Casa. Um dos mais importantes projetos, que é a Lei Orçamentária Anual (LOA), que define o orçamento da cidade para 2017, ainda precisar ser aprovado em segunda votação, e a última sessão ordinária do ano ocorre na segunda-feira.

De acordo com o vereador José Nazareno Corrêa (PT), hoje a casa tem apenas quatro vereadores, o que inviabiliza a votação, já que o quórum mínimo é de sete edis. “O presidente já começou a convocar os suplentes, pois não podemos ficar sem condições de funcionamento no Legislativo”, aponta.

O DS tentou ontem contato com o atual presidente da Câmara, Arlei da Silva, mas o celular estava desligado. A equipe tentou contatar ainda Elto Aguiar Ramos, que não atendeu ao telefone.

Nenhum comentário: