"Desaparecido",
cantor chega aos 70 anos de vida no mesmo ano em que “Alucinação”, disco que o
projetou, completa quatro décadas
Na data em que completa 70 anos, Belchior, um dos
compositores que ajudou a propagar a música nordestina pelas vias do que
chamaríamos de Música Popular Brasileira (MPB), é lembrado cada vez mais não só
por suas canções “que de uma forma ou de outra estão no coração e na cabeça de
muita gente”, como gostava de ressaltar nas entrevistas, mas também por sua
ausência dos palcos, das rádios e da mídia em geral.
O artista deixou de fazer shows entre 2007 e 2008, e
sua última entrevista para um veículo de imprensa foi concedida em 2009. Desde
então, não se teve mais notícias do artista e a pergunta “Onde está Belchior?”
tem ecoado em diferentes cantos do país, verbalmente ou escrita em muros e
páginas nas mídias sociais, geralmente acompanhada da silhueta característica
do músico.
Os 70 anos de Belchior coincidem com o ano que em que
“Alucinação”, disco que o projetou, completa 40 anos. Para homenagear o
artista, o Portal EBC resgatou entrevistas para rádio e televisão onde Belchior
fala de sua vida e obra em diferentes momentos da carreira.
Onde
está Belchior?
A pergunta não é exatamente nova, mas ganhou força
devido ao maior a hiato da presença do artista junto ao seu público desde 1965,
quando começou a se apresentar em festivais de música no Nordeste. Em uma
entrevista concedida em 1987 para o programa Terça Especial, da Rádio Nacional
FM do Rio, a apresentadora Geisa Herrera repassa ao cantor a pergunta que
chegava com frequência dos ouvintes da Rádio: “Onde anda Belchior?”
Realmente, essa pergunta tem me sido feita com uma
frequência incrível nos mais diversos lugares. Veja que eu já estou dando a
dica de que essa pergunta tem sido feita em lugares diferentes onde eu estou”,
brinca.
"Alucinação"
- O momento decisivo que o projetaria nacionalmente como compositor
Em 1976, durante a escolha das músicas para o repertório do show “Falso Brilhante”, de Elis Regina, uma fita K7 com canções de Belchior e o telefone do músico chegou às mãos da cantora. Ela havia chamado para trabalhar no show o jovem produtor Marco Mazzola. Com 28 anos, ele acabara de trabalhar em discos de Raul Seixas, Jorge Ben e Gilberto Gil. Um dia ela chamou Mazzola para ouvir aquelas canções e “Velha Roupa Colorida” e “Como Nossos Pais” foram escolhidas para o repertório do show e do disco de Elis que seria lançado posteriormente.
“Ela me mostrou, fiquei escutando e falei 'mas essas músicas são muito boas'. Aí ela falou que 'cê acha?', me mostrou “Velha roupa colorida” e “Como nossos pais”, e eu falei 'o cara só tem música muito boa'”, lembra Mazzola.
Matéria completa - http://www.ebc.com.br/especiais/belchior-70-anos
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