Finalmente começam a emergir da alguns
"mal feitos" praticados pela cúpula do PMDB catarinense, no poder do
estado há muitos anos. Casos de corrupção e roubalheira de dinheiro público, há
muito sabido e comentado pela população, agora são investigados pela Polícia
Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal.
As investigações da Polícia Federal, nesta fase da Operação Lava Jato
(Omertá), se concentram em decifrar os codinomes encontrados nas planilhas de
pagamento de propinas, de Marcelo Odebrecht, a políticos catarinenses.
O codinome "Alemão", é o que mais intriga os policiais da
força-tarefa. As suspeitas recaem em um empresário/político, de Joinville,
notório operador do ex-governador Luiz Henrique da Silveira.
Já a alcunha "Lagoa", remete diretamente ao vice governador
Eduardo Pinho Moreira, uma das mais emblemáticas lideranças peemedebistas do
estado. Natural de Laguna, Pinho Moreira já esteve envolvido em várias
denúncias de corrupção em estatais de Santa Catarina.
O codinome "Figueirense" é outro que tem causado grandes especulações
nos meios político/esportivo de Florianópolis. O nome mais comentado é que
seria o do atual presidente do Figueirense Esporte Clube, Wilfredo Brillinger,
diretor-presidente da Prosul Engenharia.
CASAN
Pedro Uczai
Com o nome da CASAN, Companhia Catarinense de Águas e Saneamento de SC,
nas planilhas da
Odebrecht e a suspeita de que existiria um "acerto"
para vender a empresa para a Foz do Brasil, subsidiária da Odebrechet, novas
especulações aparecem envolvendo o nome do governador Raimundo Colombo.
Logo no começo de seu primeiro governo, Raimundo Colombo encaminhou
projeto à Assembléia Legislativa propondo que parte da Casan fosse vendida à
iniciativa privada.
As suspeitas de "negociações" entre a Odebrecht e o governo
catarinense, partem de uma antiga denúncia feita pelo deputado petista, Pedro
Uczai, baseado em uma carta com denúncia de uma funcionária aposentada da
CASAN. Segundo o deputado Uczai, a
funcionária aposentada relatava uma suposta doação de R$ 2 milhões, de Norberto
Odebrecht, para campanha do governador Raimundo Colombo.
A doação teria como contra partida, o compromisso de venda da Casan para
a Foz do Brasil, empresa controlada pela empreiteira.
Lava-Jato se aproxima de relação da Odebrecht
com PMDB catarinense
Chave para decifrar principais envolvidos com
esta fase da Operação no estado está nos codinomes utilizados pela Força-Tarefa
para identificar os envolvidos
Quando o fundo do poço parecia ter
chegado, eis que se cava mais um pouco e o precipício parece não ter fim. Agora
a Operação Lava-Jato abriu uma nova frente de investigação, apurando pagamento
de propinas da Odebrecht em outras obras além da Petrobras. E uma verdadeira
bomba explodiu nos meios políticos catarinenses: a empreiteira teria pago
propina para tentar comprar a Casan, empresa catarinense de água e saneamento.
Foram identificados 38 negócios registrados no setor de “Operações
Estruturadas” da Odebrecht, identificado pela Lava-Jato como um verdadeiro
departamento de propinas da empreiteira.
O que emerge de fato é a participação do PMDB. Os codinomes divulgados
na lista da empreiteira para pagamentos de propinas no estado são Figueirense,
Laguna e Alemão. Curiosamente a investigação remonta ao ano de 2006 e tem como
fio da meada o Porto de Laguna. Os alvos seriam grandes lideranças
peemedebistas. O caso bateria em Florianópolis, Laguna e Joinville.
Figueirense seria um empresário ligado ao meio do futebol e com
histórico de negócios relacionados à lideranças peemedebistas. Já Laguna
estaria se referindo a uma das mais emblemáticas lideranças do partido no
estado nos últimos anos. O mistério maior estaria em torno de Alemão, que
comenta-se nos bastidores da operação, estaria diretamente relacionado ao
município de Joinville.
A privatização da Casan sonhada pela Odebrecht não aconteceu com
Colombo, mesmo tendo sido muito bem encaminhada pelo ex-governador Luiz
Henrique da Silveira (PMDB). O atual senador Dalírio Beber (PSDB), negou
qualquer participação nos fatos através de nota oficial. Segundo ele, nunca
houve um plano de privatização da Casan, mas apenas a abertura de seu capital
para a participação privada.
Durante todo o primeiro mandato do atual governador, Raimundo Colombo,
de 2011 até 2014, a Odebrecht não foi contratada para uma única obra no estado.
Do CangaBlog
Do CangaBlog
Nenhum comentário:
Postar um comentário