Ainda durante os jogos, cerca de 50 ou 60 catadores, escolhidos entre a
equipe de 240, participarão de uma ação de educação ambiental com o público,
para o qual distribuirão orientações em português e inglês sobre como separar o
lixo de forma adequada
A Olimpíada
Rio 2016 será a primeira na história dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em que
catadores de materiais recicláveis farão coletiva seletiva dentro dos locais de
competições.
Projeto de Reciclagem Inclusiva
Catadores, nos Jogos Rio 2016:
As equipes
de catadores, formadas por 240 membros de 33 cooperativas e três redes, farão a
pré-seleção de materiais no Parque Olímpico na Barra da Tijuca, em Deodoro e
nos estádios do Maracanã e Engenhão.
Lançado pela
Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, Secretaria Nacional de
Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e Autoridade Pública
Olímpica (APO), o projeto faz parte do Programa de Reciclagem nos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos e é operacionalizado pelo projeto Catadores em Rede
Solidária (CRS), da Secretaria de Estado do Ambiente, dentro do Programa
Ambiente Solidário.
Os resíduos
retirados dos complexos esportivos pelos garis da Companhia Municipal de
Limpeza Urbana (Comlurb) serão levados a um local denominado compound (área
delimitada), onde as equipes de catadores farão a pré-reciclagem, conforme
informou hoje (1°) o coordenador do Programa Ambiente Solidário, Ricardo Alves.
Geração de renda
“Esse
material será encaminhado para uma central da própria cooperativa dos
catadores, onde será feita a reciclagem. Tudo será vendido e o valor obtido
reverterá para a própria categoria dos catadores”.
Segundo
Alves, o programa garante aos catadores a oportunidade de geração de renda e
expertise. Além disso, faz a logística reversa do material, a partir da
reciclagem, “que é a destinação correta do produto. Não está indo para o
aterro.”
O
coordenador não tem dúvida de que, a partir da Rio 2016, a categoria dos
catadores estará apta a participar de qualquer outro grande evento. “Eles
estarão cacifados. A Olimpíada é o maior evento do planeta. Depois disso, eles
conseguirão participar de qualquer outro
mega evento.”
Meio ambiente
Ricardo
Alves sugeriu que as demais prefeituras brasileiras podem utilizar esse
serviço, por meio do Programa Ambiente Solidário, para fazer a reciclagem do
material, “que ajuda muito o meio ambiente”.
Alves
informou que ainda esta semana será iniciado um monitoramento transparente do
material reciclável recolhido. “Estará no site da secretaria, do Comitê Rio
2016 e de outras entidades que participaram do programa chamado Placar da
Reciclagem, que dirá quantas toneladas são tiradas por dia e qual o tipo de
material”. A expectativa é que sejam recolhidas nos quatro locais de
competições cerca de 3,5 mil toneladas de materiais por dia.
O placar
revelará também a equivalência do material reciclado coletado nas arenas em
relação à quantidade de árvores plantadas e de metros cúbicos de água
preservadas, por exemplo. “É uma cadeia que faz parte do programa ambiente
solidário. É a questão ambiental com a geração de renda para os catadores”.
Educação ambiental
Ainda
durante os jogos, cerca de 50 ou 60 catadores, escolhidos entre a equipe de
240, participarão de uma ação de educação ambiental com o público, para o qual
distribuirão orientações em português e inglês sobre como separar o lixo de
forma adequada.
Além de
ficar com o valor total de venda do material reciclável, os catadores receberão
diária mínima de R$ 80 pelo serviço nas arenas.
Fonte: Agência
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário