Uma semana depois de receber da Polícia Federal o relatório final da Operação Porto Seguro, o Ministério Público Federal formalizou uma denúncia. Foram enviados à grelha 24 indiciados. Entre eles Rosemary Noronha, a Rose, exonerada da chefia do gabinete da Presidência em São Paulo; e Paulo Vieira, diretor afastado da Agência Nacional de Águas.
Os lances seguintes serão jogados na Justiça Federal. Se a denúncia for aceita, os acusados serão convertidos em réus. Poderão, então, exercer o sacrossanto direito de defesa. Arrolando-se uma testemunha aqui, reivindicando-se uma perícia ali a coisa não termina em menos de dois anos.
A denúncia trouxe uma surpresa. Signatários da peça, os procuradores Roberto Dassiê Diana, Carlos Renato Silva e Souza e Suzana Fairbanks incluíram no rol de acusados o denunciante Cyonil Borges. Ex-auditor do TCU, ele recebeu de Paulo Vieira oferta de propina de R$ 300 mil. Apalpou uma parte, R$ 100 mil. Depois, absteve-se de fazer o parecer que a quadrilha desejava e procurou a Polícia Federal. Em seu relatório, a PF não acusou Cyonil. Na denúncia, os procuradores infligiram-lhe o crime de corrupção passiva.
Blog do Josias
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