segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

POSSE: “Justiça é gênero de primeira necessidade”, afirma novo presidente do PJSC, desembargador João Henrique Blasi


 “Justiça é gênero de primeira necessidade. É tarefa estatal indelegável, como são a saúde, a segurança e a educação.” Com essa mensagem, o desembargador João Henrique Blasi fez sua primeira saudação na condição de presidente do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC). A sessão solene de posse dos dirigentes eleitos para o biênio 2022-2024 foi realizada no fim da tarde desta quarta-feira (2/2), no Tribunal Pleno, em Florianópolis.

Ao assumir a cadeira deixada pelo então presidente, desembargador Ricardo Roesler, o novo dirigente máximo do Judiciário catarinense reconheceu a excelência do trabalho anteriormente desenvolvido, enaltecendo as qualidades dos servidores e magistrados da Justiça do Estado.

Expressou gratidão à família, aos companheiros de jornada e colegas desembargadores pela confiança recebida. Sua administração, anunciou Blasi, será orientada por quatro eixos principais: dimensão humana antes e acima de tudo; perspectiva institucional; fator tecnológico; e relações interinstitucionais. “Esses eixos dialogam entre si, influenciando-se reciprocamente”, destacou. “Elaboramos um plano de gestão resultante do trabalho reflexivo e consciencioso.”

O planejamento apresentado pelo novo presidente foi desenvolvido a partir da escuta de magistrados de 1º e 2º graus, servidores ativos e inativos, sindicatos e entidades de classe. Também foram ouvidos os chamados “amigos da Corte”, entre eles representantes dos órgãos integrantes do sistema de Justiça.

“Haveremos de priorizar um modelo de gestão participativa com olhar técnico, sim, mas com profunda sensibilidade humana para os anseios e direitos dos jurisdicionados”, reforçou Blasi.

Programas como o Lar Legal, voltado à regularização fundiária, além do combate à violência doméstica promovido pela Cevid e das ações de incentivo à adoção, também foram lembrados pelo novo presidente. “Prometemos-lhes e a toda Santa Catarina que haveremos de dar o melhor de nós em prol da causa da Justiça.”

A ex-corregedora-geral da Justiça, desembargadora Soraya Nunes Lins, relembrou os desafios, metas e conquistas da gestão que se encerra, bem como o sentimento de gratidão e dever cumprido pelos resultados alcançados. Recém-empossada, a desembargadora Denise Volpato, agora corregedora-geral judicial, manifestou a disposição diante do desafio que se inicia, seus objetivos e anseios frente ao cargo.

Assumiram postos de comando também nesta sexta, além da desembargadora Denise Volpato, os desembargadores Altamiro de Oliveira (1º vice-presidente), Getúlio Corrêa (2º vice-presidente), Gerson Cherem II (3º vice-presidente) e Rubens Schulz (corregedor-geral extrajudicial).

Estiveram presentes na sessão solene autoridades das esferas federal e estadual dos três poderes – governador, senadores, ministro do STJ, desembargadores e representantes de outros tribunais de justiça do país, das Forças Armadas, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de deputados, prefeitos e lideranças de entidades de classe. O ato foi acompanhado presencialmente e por videoconferência. A banda da Polícia Militar de Santa Catarina embalou o evento.

Desembargador Ricardo Roesler:
“Palavras são insuficientes para agradecer”

Em sua mensagem de despedida, o desembargador Ricardo Roesler fez uma recapitulação da trajetória à frente do Judiciário catarinense, marcada pelos desafios impostos em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Enalteceu a coragem, disposição e comprometimento daqueles que fazem a Justiça do Estado. Inovação, empatia e alteridade, destacou Roesler, são palavras-chave que representam o último biênio.

“Foi assim, a partir dessas premissas e firme em seus propósitos, em meio à pandemia, que o Poder Judiciário de Santa Catarina se reinventou. Manteve suas atividades e se destacou entre os de melhor desempenho no país. O primeiro entre os tribunais médios. A prova de seu notável desempenho foi atestada, inclusive, pelo CNJ, que nos conferiu o Selo Ouro em 2020 e 2021”, observou o desembargador Ricardo Roesler.

Ao deixar o cargo, o ex-presidente manifestou sua gratidão à família pelo apoio recebido. Agradeceu também aos desembargadores do corpo diretivo, aos demais colegas e membros da Corte, integrantes da administração e dos órgãos colegiados, além de servidores e magistrados.

“Palavras são insuficientes para agradecer o empenho, a competência, a dedicação e a eficiência. A união e o diálogo estabelecido. A atitude foi nossa conexão e resposta na realização do trabalho”, enalteceu.

Roesler lembrou, ainda, o respeito e o diálogo nas relações institucionais com os demais poderes e órgãos do sistema de Justiça.

“Estou absolutamente convencido de que, pelo trabalho e pela convivência, deixo a Presidência muito melhor do que quando aqui cheguei. Por isso, estou realizado. E agradeço a todos pelo aprendizado, abnegação e compromisso com que enfrentaram imensos desafios. Vocês todos estarão sempre nas minhas melhores lembranças e exemplos, no meu coração.”

Em sua saudação final, Roesler também compartilhou sua confiança em uma nova gestão de excelência e sucesso sob a administração do novo presidente, desembargador João Henrique Blasi.

O texto é da Assessoria de Imprensa do TJSC

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