Por João Guilherme Vargas Netto no Blog do Miro (Charge Bira Dantas)
A sociedade brasileira vive um momento estranho. O avanço das novas variantes do coronavírus, combinado com outras doenças, causou neste fim-começo de ano uma intensificação dos adoecimentos, felizmente não acompanhada (até agora) de mortalidade alta devido à vacinação em massa, até mesmo nas crianças.
Ao mesmo tempo, o próprio período de festas incentivou de maneira generalizada
um exagero de encontros, confraternizações, visitas familiares que facilitaram
o contágio, aumentaram os doentes e atulharam o sistema de saúde cujos
profissionais estão sendo exigidos além de suas forças.
A vida dos trabalhadores também sofre esses fenômenos contraditórios em meio à
“normalização” dos 629 mil mortos pela Covid.
Há, contraditoriamente, uma sensação de relaxamento e
estabilização (como acontece com a volta às aulas presenciais e a retomada de
atividades), mas crescem as ameaças à saúde e à vida normal com uma verdadeira
epidemia de afastamentos do trabalho pelas doenças.
O próprio movimento sindical organizado é tentado a agir presencialmente, com
as direções dispondo-se a tomar iniciativas que não seriam as mais prudentes,
por ora.
Aperfeiçoando sua capacidade de intervir por meio das redes sociais, da
internet e da comunicação digital, a ação sindical pode resolver o dilema entre
agir e aglomerar, mantendo a mobilização e evitando o ajuntamento e a
proximidade pessoal.
Nas empresas torna-se imperioso o controle estrito dos protocolos sanitários e
das orientações técnicas, respeitando-se os prazos de afastamento dos
trabalhadores adoecidos e de seus próximos.
Garantindo o avanço da vacinação, a obediência aos protocolos sanitários e
desmascarando o intento governista de criar confusão, não é hora de relaxar.
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