sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

BOLSONARO DÁ AO CENTRÃO CONTROLE DO ORÇAMENTO

Por Canal Meio

 A fim de garantir o apoio da base no ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou ao principal nome do Centrão no governo, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o controle total sobre o Orçamento da União. Um decreto determinou que a Casa Civil terá de dar aval a qualquer mudança feita nos gastos do governo em 2022. Com isso, dizem fontes no Planalto, cria-se um “filtro político” para garantir o cumprimento de acordos na distribuição de recursos e evita-se o corte de verbas que, embora determinado pela área econômica, provocou atrito entre os políticos da base aliada e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Embora seja mais uma perda de poder do ministro Paulo Guedes, o Ministério da Economia tenta dar uma leitura positiva à mudança. Segundo o Painel, a tese é que Guedes deixará de ser o único alvo da ira dos políticos diante de inevitáveis cortes no Orçamento. (Folha)

A previsão de aumento salarial somente para PF, PRF e agentes penitenciários federais pode se desdobrar em reajustes para todo o funcionalismo do Executivo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros da Corte disseram a interlocutores do Planalto que o reajuste deve desencadear uma avalanche de ações de outras carreiras que também estão sem reajuste há dois anos. É o pesadelo da equipe econômica, pois cada ponto percentual de aumento do funcionalismo tem impacto de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões nas despesas do governo. Bolsonaro já levantou a hipótese de não haver reajuste algum, o que pode lhe custar o apoio da área de segurança. (Globo)

Enquanto isso... O presidente investe num pacote de bondades para agradar PMs e bombeiros. A nova lei orgânica dessas corporações prevê a criação de novas patentes, a reintegração de PMs e bombeiros parlamentares que não se reelegerem e promoções mesmo para investigados e até réus. A aprovação é considerada prioridade para a bancada da bala. (Estadão)

Considerado um calcanhar de Aquiles do PT, a leniência – quando não o apoio explícito – a ditaduras e regimes autoritários de esquerda deve sair de cena durante a campanha eleitoral. O objetivo é duplo: não dar munição para adversários associarem o partido aos regimes da Venezuela e de Cuba, por exemplo, e evitar o desconforto de Geraldo Alckmin, potencial vice numa chapa com o ex-presidente Lula. (Folha)

Após a divulgação na quarta-feira da pesquisa Genial/Quaest, aliados de Sérgio Moro (Podemos) tentam convencer o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a desistir da própria candidatura e ser vice do ex-ministro, revela Igor Gadelha. Caso houvesse transferência total das intenções de voto, os parcos 3% de Doria permitiram a Moro, estacionado em 9%, romper a barreira dos dois dígitos. (Metrópoles)

O Brasil ganhou um capítulo exclusivo no relatório anual da ONG Human Rights Watch, divulgado ontem. Segundo a entidade, o discurso do presidente Jair Bolsonaro “ameaçou pilares da democracia” em 2021, com a tentativa de desacreditar o sistema eleitoral e ameaça à independência do Judiciário. (g1)

Ontem foi a vez de o YouTube excluir um vídeo em que o pastor Silas Malafaia associa vacinação de crianças ao infanticídio. No início da semana o Twitter obrigou Malafaia a apagar o mesmo vídeo e outras dez postagens com informações falsas sobre a covid-19, além de impedi-lo de fazer publicações por 12 horas. (Poder360)

 

 

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