Por Canal Meio
A fim de garantir o apoio da base no ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou ao principal nome do Centrão no governo, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o controle total sobre o Orçamento da União. Um decreto determinou que a Casa Civil terá de dar aval a qualquer mudança feita nos gastos do governo em 2022. Com isso, dizem fontes no Planalto, cria-se um “filtro político” para garantir o cumprimento de acordos na distribuição de recursos e evita-se o corte de verbas que, embora determinado pela área econômica, provocou atrito entre os políticos da base aliada e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Embora seja mais uma perda de poder do ministro Paulo Guedes, o Ministério da Economia tenta dar uma leitura positiva à mudança. Segundo o Painel, a tese é que Guedes deixará de ser o único alvo da ira dos políticos diante de inevitáveis cortes no Orçamento. (Folha)
A previsão de
aumento salarial somente para
PF, PRF e agentes penitenciários federais pode se desdobrar em reajustes para
todo o funcionalismo do Executivo por determinação do
Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros da Corte disseram a interlocutores do
Planalto que o reajuste deve desencadear uma avalanche
de ações de outras carreiras que também estão sem reajuste há dois
anos. É o pesadelo da equipe econômica, pois cada ponto percentual de aumento
do funcionalismo tem impacto de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões nas despesas do
governo. Bolsonaro já levantou a hipótese de não
haver reajuste algum, o que pode lhe custar o apoio da área de
segurança. (Globo)
Enquanto isso... O
presidente investe num pacote
de bondades para agradar PMs e bombeiros. A nova lei orgânica dessas
corporações prevê a criação de novas patentes, a reintegração de PMs e
bombeiros parlamentares que não se reelegerem e promoções mesmo para investigados
e até réus. A aprovação é considerada prioridade para a bancada da bala.
(Estadão)
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Considerado um
calcanhar de Aquiles do PT, a leniência – quando não o apoio explícito – a
ditaduras e regimes autoritários de esquerda deve sair
de cena durante a campanha eleitoral. O objetivo é duplo: não dar
munição para adversários associarem o partido aos regimes da Venezuela e de
Cuba, por exemplo, e evitar o desconforto de Geraldo Alckmin, potencial vice
numa chapa com o ex-presidente Lula. (Folha)
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Após a divulgação
na quarta-feira da pesquisa Genial/Quaest, aliados de Sérgio Moro (Podemos)
tentam convencer o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a desistir da
própria candidatura e ser vice do ex-ministro, revela Igor Gadelha. Caso
houvesse transferência total das intenções de voto, os parcos 3% de Doria
permitiram a Moro, estacionado em
9%, romper a barreira dos dois dígitos. (Metrópoles)
O Brasil ganhou
um capítulo exclusivo no relatório anual da ONG Human Rights Watch, divulgado
ontem. Segundo a entidade, o discurso do presidente Jair Bolsonaro “ameaçou pilares
da democracia” em 2021, com a tentativa de desacreditar o sistema eleitoral e
ameaça à independência do Judiciário. (g1)
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Ontem foi
a vez de o YouTube excluir um
vídeo em que o pastor Silas Malafaia associa vacinação de crianças ao
infanticídio. No início da semana o Twitter obrigou Malafaia a apagar o mesmo
vídeo e outras dez postagens com informações falsas sobre a covid-19, além de
impedi-lo de fazer publicações por 12 horas. (Poder360)
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