Por Canal Meio
O governo edita esta semana,
talvez ainda nesta segunda-feira, uma portaria tornando
obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para entrada no
Brasil. A decisão foi tomada no domingo em uma reunião interministerial
convocada às pressas para correr atrás daquilo sobre o qual o Planalto não
tinha mais controle. No sábado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal, baixou
uma liminar exigindo o passaporte. A medida já está em vigor desde
então. (Metrópoles)
A decisão ainda pode ser alterada — após a liminar, a ministra Rosa
Weber enviou
o texto de Barroso para o plenário virtual. Os dez ministros poderão
votar entre a zero hora de quarta-feira e 23h59 de quinta. A ordem foi dada em
uma ação da Rede Sustentabilidade. A Anvisa já havia pedido exigência do
passaporte para quem entra no Brasil, mas o Planalto resistia. (g1)
Aliás... O Ministério da Saúde concluiu, no domingo, a recuperação
dos registros dos brasileiros vacinados contra a covid-19, “sem perda
de informações”. O sistema havia sido atacado por um grupo hacker na madrugada
de sexta-feira. (Poder 360)
De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, o ConectSUS
deve ser
restabelecido até terça-feira e será novamente possível acessar a
carteira de vacinação. (g1)
NOTICIAS DA SEMANA
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O ex-presidente Lula participou de uma grande cerimônia, na Praça
de Maio em Buenos Aires, para celebrar a data da volta da democracia argentina
e o segundo aniversário do governo de Alberto Fernández. Foi ovacionado pelo
público. O governo de Jair Bolsonaro reagiu
de forma intempestiva: cancelou as reuniões que seriam presenciais da
cúpula de presidentes do Mercosul, que ocorreria em Brasília na próxima
sexta-feira. Bolsonaro está incomodado com a repercussão das viagens
internacionais de seu principal rival nas eleições do ano que vem. A cúpula
continua mas será virtual. O Planalto explica que a suspensão ocorre por sua
profunda preocupação com a covid. (El País)
De Rui Falcão, tradicional liderança petista... “Em uma campanha
que precisa de aguerrimento, você vai botar um
anestesista? O cara é um gelo.” Ainda há resistência, dentro do PT, à
presença do ex-governador paulista Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula à
presidência. (Globo)
Enquanto isso... Tanto Merval
Pereira, no Globo, quanto Claudio
Dantas, no Antagonista, sugerem que está próximo o anúncio de
que a União Brasil vai se aliar ao Podemos, partido que lançará Sergio Moro à
presidência. O ex-juiz gostaria de uma mulher ligada ao mercado como vice — ela
se filiaria à União. A sigla, que reúne DEM e PSL, terá à disposição a maior
verba dentre os partidos no pleito de 2022, graças ao tamanho de sua bancada:
R$ 320 milhões no fundo eleitoral e mais R$ 138 milhões de fundo partidário.
Tem também entre os filiados 554 prefeitos, estrutura suficiente para dar
capilaridade na campanha.
Míriam Leitão: “O problema
em torno de Sergio Moro é o quase nada que se sabe sobre suas ideias
em várias áreas. Nos 16 meses que ficou no Ministério da Justiça, Moro barrou
demarcações de terras indígenas, mandou o fracassado pacote anticrime para o
Congresso, embutindo nele o excludente de ilicitude, apoiou indiretamente um
motim de policiais no Ceará e abonou os sinais de desvios éticos no governo
Bolsonaro, quando começaram a surgir. Esses são os fatos. Moro não pode ser
idealizado. Ele precisa, na campanha, definir suas ideias e propostas. Ter
escolhido como conselheiro um bom economista como Affonso Celso Pastore é bom,
mas está longe de ser suficiente. Ele, em muitas áreas, é uma página em branco
e precisa preenchê-la. Para o bem ou para o mal, os outros candidatos são
pessoas com ideias conhecidas.” (Globo)
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Para efeitos da agenda de reformas, não é só o ano que está
acabando, mas a Legislatura. De olho na campanha para a reeleição, Executivo e
Legislativo admitem que a última
matéria importante a ser votada até o pleito de outubro deve ser o
Orçamento de 2021. Temas polêmicos, como as reformas Administrativa e
Tributária, voltam para a gaveta. Esse “recesso informal” é comum em anos
eleitorais, mas, como a campanha em si, foi antecipado. (Folha)
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Guilherme Amado: “Um importante governador tem passado dias
de aflição. Chegou a ele a informação de que em breve a Polícia Federal
baterá à sua porta. Receoso, este governador passou a dormir alguns dias na
casa de amigos. Não quer passar pela vergonha de ser levado pela polícia, com o
passeio possivelmente filmado pelas câmeras de TV.” (Metrópoles)
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Não é sugestão para ninguém — mas em Borba, município no estado do
Amazonas, o prefeito Simão Peixoto (PP) e seu principal inimigo político, o
ex-vereador Mirico, se enfrentaram num ringue de MMA na madrugada de domingo.
Peixoto chegou a ficar atordoado com uma série de chutes, logo no primeiro
round, que o levaram à lona. Ao fim, venceu por pontos. Sim: tem
vídeo. (Metrópoles)
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