quinta-feira, 14 de outubro de 2021

INSEGURANÇA CONTRA O CÂNCER

Falta de verba reduz produção de substâncias radioativas usadas em exames e tratamentos; atendimento cai, e fila de pacientes aumenta

Amanda Gorziza e Lianne Ceará - Revista Piauí

Todo dia, a médica Cristina Matushita realiza, em média, setenta procedimentos que envolvem algum tipo de material radioativo. Matushita é médica nuclear, especialidade da medicina que usa os chamados radiofármacos (substâncias com radioatividade) para exames de diagnóstico ou tratamentos de pacientes com câncer. Na segunda quinzena de setembro, a médica, como muitos de seus colegas, viu minguar o movimento naquele setor do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer): foram apenas dez pacientes diários. Não por falta de interesse ou de pacientes, mas por falta de insumos. Não havia radiofármacos para os procedimentos. O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e responsável por 85% da produção brasileira de radiofármacos, reduziu a fabricação dos compostos até parar totalmente a produção no dia 20 de setembro, por falta de dinheiro.

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