Amanda Gorziza e Lianne Ceará
- Revista Piauí
Todo dia, a médica Cristina Matushita realiza, em
média, setenta procedimentos que envolvem algum tipo de material radioativo.
Matushita é médica nuclear, especialidade da medicina que usa os chamados
radiofármacos (substâncias com radioatividade) para exames de diagnóstico ou
tratamentos de pacientes com câncer. Na segunda quinzena de setembro, a médica,
como muitos de seus colegas, viu minguar o movimento naquele setor do Instituto
do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer): foram apenas dez pacientes diários.
Não por falta de interesse ou de pacientes, mas por falta de insumos. Não havia
radiofármacos para os procedimentos. O Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleares (Ipen), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
(MCTI) e responsável por 85% da produção brasileira de radiofármacos, reduziu a
fabricação dos compostos até parar totalmente a produção no dia 20 de setembro,
por falta de dinheiro.
Beba
na fonte> Revista
Piauí
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