sexta-feira, 31 de julho de 2020

Investigado no STF, Allan dos Santos diz que deixou o Brasil


Acusado de espalhar fake news, ele acusou embaixadas da China, da Coreia do Norte, o advogado KAKAI e  o ministro Luís Roberto Barroso de espionarem o governo. (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Por Renato Souza - CB

O blogueiro Allan dos Santos, um dos investigados no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) apurar fake news e ataques contra a Corte, afirmou que deixou o país. Sem afirmar para qual localidade foi, Allan disse que deixou o Brasil por temer pela sua segurança.

Ele fez as afirmações em uma live com bolsonaristas, inclusive com a deputada Bia Kicis (PSL-DF). Apesar de não ter mandado de prisão em aberto, ou proibição de viajar contra o blogueiro, muitos países estão com as fronteiras fechadas para brasileiros, em razão da pandemia de coronavírus.

O Brasil é o segundo país em número de infectados e mortes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Apenas portadores de passaportes diplomáticos podem ingressar em nações que aplicaram o bloqueio da entrada de brasileiros.

De acordo com informações que circulam entre os apoiadores do governo, Allan teria viajado para os Estados Unidos. Mas esta informação não foi confirmada. Ele acusou duas embaixadas (China e Coreia do Norte) de terem escutas para usarem contra o governo. A mesma acusação foi feita contra o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

O blogueiro disse ainda que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, sabia dos supostos atos de espionagem. Procurado pelo Correio, Kakay afirmou que as declarações de Allan não tem ligação com a realidade. "A notícia é tão absurda, falsa nos mínimos detalhes, eu sequer sou do PT, nunca tive filiação partidária.

Uma mentira canalha que só poderia partir de uma mente doentia e covarde. A indústria das fakenews, que alimenta o ódio, só serve para para transitar no submundo, no esgoto onde vivem estes ratos que tentam conspurcar a honra alheia. Eu nem respondo, pois sequer honra eles têm para preservar. São a escória humana", disse o advogado.

O ministro Luís Roberto Barroso ainda não se manifestou sobre o caso.

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