Laudos do Lacen apontam
ineficácia do produto na higienização contra o coronavírus e demais patógenos. Um
procedimento do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) apurou que o
produto tinha 35,6% e 48,5% de teor de álcool etílico, diferente dos 70% que a
ANVISA – Foto: Pixabay
Por ndmais
A empresa Wave Clear, de Itajaí, deve deixar de
comercializar o “Gel Higienizador de Mãos” devido à ineficácia do produto e o
desacordo com as normas e padrão.
A recomendação é da 13ª Promotoria de Justiça de
Itajaí, MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que afirma que a decisão
“está fundamentada em laudos obtidos em inquérito civil, e o não atendimento
caracteriza violação legal.”
Um procedimento do MPRS (Ministério Público do Rio
Grande do Sul) apurou que o produto tinha 35,6% e 48,5% de teor de álcool
etílico, diferente dos 70% que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) recomenda. Da mesma forma, as propagandas devem ser retiradas do
site da empresa em 48 horas, tal como de veículos de comunicação.
Os laudos do Lacen apontaram que o produto é ineficaz
para a eliminação do coronavírus e de demais microrganismos patógenos (Parecer
Técnico n. 053/2020 – PJDC/MP).
Tais medidas ocorreram a partir da solicitação, na
sexta-feira (26), do Promotor de Justiça Maury Viviani acerca dos laudos
técnicos emitidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Rio
Grande do Sul.
Com base nesses documentos, o MPRS havia recomendado ao
governo de Santa Catarina e ao governo do Rio Grande do Sul que recolhessem
imediatamente o produto.
No dia 27, a empresa afirmou em nota publicada na
página de uma rede social que desconhece qualquer laudo ou teste efetuado com
os produtos da marca e que não sabe se o produto foi produzido pela empresa.
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