Ambiente corporativo
também é importante para combater a propagação da doença e compartilhar
informações corretas
Por Gov.SP
Há muita incerteza sobre a gravidade o avanço do novo
coronavírus pelo mundo. Nesse momento, as empresas têm enorme responsabilidade
e podem adotar medidas importantes, seja para ajudar no combate à propagação do
vírus, seja para compartilhar informações de credibilidade.
As recomendações seguem dados oficiais de órgãos de
referência, como o Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde de São
Paulo, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Centro de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC) dos EUA.
1. Orientar para prevenção
As medidas mais importantes para conter o coronavírus é
a higienização frequente das mãos e cuidados ao tossir e espirrar. É importante
que os empregadores estimulem esses hábitos por meio de campanhas internas e
garantam acesso aos produtos adequados para higienizar as mãos (sabão ou
antisséptico de mãos à base de álcool).
Equipes de medicina do trabalho e gestão de pessoas
devem estar capacitadas para orientar e tirar dúvidas dos funcionários.
2. Cuidar das pessoas
Funcionários que apresentarem os sintomas de COVID-19
(como é chamada a doença provocada pelo novo coronavírus) devem ser orientados
a procurar os serviços de saúde. Quem apresentar os sintomas e tiver histórico
de viagem ou contato com algum caso suspeito ou confirmado deve ser enviado
para casa imediatamente.
Para isso, é importante:
– garantir políticas de licença médica flexíveis, sem
exigir, por exemplo, atestado médico para funcionários ficarem em casa. Dessa
forma se evita uma visita desnecessária a um serviço de saúde;
– Dar condições para que funcionários cuidem de
familiares doentes;
– Em caso da confirmação de um caso de COVID-19 no
ambiente de trabalho, o empregador deve procurar as autoridades de saúde e
seguir o protocolo exigido para essas circunstâncias.
Todas essas políticas devem ser comunicadas de maneira
transparente e clara a todos os colaboradores, sem expor o funcionário doente e
preservando sua identidade. Uma alternativa é criar um canal com a área de
Recursos Humanos que garanta a privacidade de eventuais pacientes.
3. Reduzir os impactos
As empresas devem estudar sua operação, entender quais
aspectos de sua atividade podem ser afetados pela epidemia e quais atitudes
podem ser adotadas para mitigar os efeitos.
Alguns exemplos:
– Criar condições tecnológicas para o trabalho remoto,
realizar reuniões virtuais se for preciso, reduzir contato pessoal ou viagens
de trabalho;
– Identificar fornecedores alternativos para não
interromper o funcionamento da empresa.
4. Planejar
As empresas devem traçar cenários possíveis e delinear
atitudes a serem adotadas, sempre pensando nas pessoas e na manutenção da
operação da empresa. Devem receber atenção especial eventos planejados para os
próximos meses e viagens de trabalho, programando alternativas que possam ser
acionados, considerando as mudanças de cenário da doença no cenário local,
nacional ou internacional.
Empresas que atendem consumidores direta e pessoalmente
devem avaliar a segurança de suas instalações que recebem clientes a fim de
evitar a propagação do vírus. Recomenda-se avaliar também as políticas para o
eventual cancelamento das atividades fornecidas, como eventos e viagens.
É importante enfatizar que qualquer atitude deve ser
adotada com base nas recomendações das autoridades de Saúde da sua cidade,
Estado ou país.
5. Aprender
Cientistas em todo o mundo ainda investigam qual a
gravidade da doença e analistas econômicos também ainda calculam qual o impacto
do novo coronavírus para a atividade das empresas.
Seja quais forem as conclusões, é válido aproveitar o
atual momento para tirar alguns aprendizados:
– Melhorar e avaliar políticas de trabalho de casa (ou
remoto);
– Aprimorar a infraestrutura tecnológica para o
trabalho remoto (equipamentos e sistemas para reuniões virtuais, ferramentas de
colaboração, entre outros);
– Avaliar de maneira mais criteriosa as necessidades de
viagem, aumentando a produtividade e reduzindo custos;
– Planejar-se com antecedência para cenários de crise
que impactam a operação do negócio;
– Respeitar e seguir informações técnicas oficiais,
fazendo consultas aos órgãos responsáveis diante de qualquer situação atípica
que requeira orientação de um profissional da área.
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