Francisco critica
políticos que ignoram medidas destinadas a proteger a população (Papa Francisco
/ Foto: Casa Rosada/Argentina
Numa carta dirigida este sábado ao ao presidente do Comité Panamericano de
Juízas e Juízes pelos Direitos Sociais, o papa Francisco saúda os governos que
“tomaram medidas exemplares com prioridades bem assinaladas para defender a
população”.
“Os governos que enfrentam assim a crise mostram a prioridade
de suas decisões: primeiro as pessoas”, prossegue o líder católico, sublinhando
a importância desta escolha, em oposição aos que defendem que “defender as
pessoas conduz a um descalabro económico”. Para o papa Francisco, “seria triste
que se optasse pelo contrário, o que levaria à morte muitíssima gente, algo
assim como um genocídio viral”.
Nesta carta, o papa sublinha também a reflexão mantida
durante a reunião que teve na sexta-feira com o Dicastério do desenvolvimento
humano integral acerca das consequências da atual crise pandémica.
“Preparar-nos para o depois é importante. Já se notam algumas consequências que
devem ser enfrentadas: fome, sobretudo para as pessoas sem trabalho fixo,
violência, o surgimento dos usurários especuladores (que são a verdadeira peste
do futuro social, delinquentes desumanizados), etc”.
No final da carta, Francisco deixa uma sugestão de
leitura para pensar o futuro da economia: um livro publicado em 2018 pela
economista italiana Mariana Mazzucato, professora na professora da University
College London, intitulado “O valor de tudo. Quem produz e quem subtrai na
economia global”.
Por ED
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