"A interrupção abrupta do confinamento atual, sem que os
sistemas de saúde estejam preparados para atender a essa epidemia, coloca em
risco a vida de milhares de pessoas. Por isso, defendemos a manutenção da quarentena"...
Entidades e autoridades médicas da Amurel lançam manifesto
defendendo o isolamento social como a politica de saúde pública mais adequada
no combate à proliferação do coronavírus, a exemplo que acontece em todo mundo.
Enquanto em Imbituba o prefeito do PT/PSB que é
presidente da Associação dos Municípios da região da Laguna se alinha ao
governo Moises e empresários bolsonaristas que visam somente o lucro e ganhos na bolsa.
Aqueles que desdenham e boicotam de um jeito ou outro a
política de isolamento social, fazendo carreatas, vídeos ou decretando seu fim
jogam no genocídio dos menos favorecidos, traem o sistema de saúde pública, sobrecarregando
e até inviabilizando-o.
A colocação de lavatórios no centro da cidade de
Imbituba mostra que o prefeito trabalha na perspectiva de retomada do trabalho
em loja, bares, bancos conforme o decreto do governador sem apresentar contraponto, se mostrando servil e
sem identidade politica.
Lamentável Srº Rosenvaldo!!!
Você está levando Imbituba, peço a deus que esteja
errado, para proliferação do vírus entre seus munícipes. O exemplo do erro de
acabar com a quarentena foi a fala, hoje, do prefeito de Milão, Itália pedindo desculpa
a seu povo por fazer uma campanha na tv pela volta ao trabalho, resultado! 4.000,00
mi mortos em um mês.
Fiquem em casa cidadão e cidadã acompanhar um bando de loucos é morte é
contaminação certa.
MANIFESTO AOS GESTORES, EMPRESÁRIOS E
SOCIEDADE DA AMUREL
Estamos
vivenciando a pandemia do novo coronavírus (SARS-Cov 2), causador da
COVID-19, sem termos nada semelhante em nossa história pregressa, e cujas
evidências e experiências mundiais acrescem diariamente ao conhecimento e
ajudam na tomada de decisões difíceis em prol da saúde e vidas humanas. Até o
momento, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), houve mais de 461.923
casos de COVID-19 no mundo, com 20.852 óbitos, valores que aumentam a todo
instante. A OMS estima que para cada caso confirmado, há mais 10 casos ainda
sem notificação. Os casos não notificados podem ser responsáveis por mais de
86% da infecção, conforme análise dos casos da China.
Dentre
as medidas mais efetivas mostradas pelos estudos científicos, está o
confinamento da população, que sem dúvida gera impactos econômicos, mas que
nós, como gestores e profissionais de saúde, defendemos como medida que irá
evitar o colapso dos sistemas hospitalares e pouparão muitas vidas.
Vale
ressaltar que Tubarão é polo regional de comércio e serviços, e de
atendimento em saúde, cidade universitária, com grande fluxo de pessoas de
diversos estados brasileiros e de municípios vizinhos, sendo seccionada pela
BR-101, rota entre o Aeroporto Humberto Bortoluzzi de Jaguaruna e o Porto de
Imbituba. Dada essas características, foi um dos primeiros municípios com
registro de transmissão comunitária da COVID-19.
A
Associação dos Municípios da Região de Laguna (AMUREL), composta por 18
municípios, tendo Tubarão como sede, tem aproximadamente 370.000 habitantes.
Considerando uma estimativa de 80% que entrarão em contato com o vírus
(296.000), e que possivelmente 10% sejam sintomáticos (29.600), segundo
estudo chinês (Guan et al, 2020 NEJM) 16% apresentarão sintomas graves
(4.736), muitos dos quais com necessidade de hospitalização e utilização de
medicina intensiva, isso irá gerar sobrecarga nos sistemas de saúde local,
sem capacidade suficiente para absorver essa demanda. Hoje, em Tubarão, há 50
leitos de UTI. Devido a história natural da doença, o tempo em UTI é estimado
entre 15 e 21 dias, a depender de vários fatores do paciente e sua evolução
clínica. Portanto, se o adoecimento da população for simultâneo, obviamente
não será possível atender todos os que necessitarem de cuidados médicos, e os
profissionais da ponta terão que decidir quem vive e quem morre. Não se pode
esquecer que além da pandemia da COVID-19, há outras doenças e agravos que
também requerem hospitalização e cuidados intensivos, além da alta
transmissibilidade do vírus no ambiente hospitalar.
Para
além de poucos hospitais, leitos, vagas em UTI e respiradores, há escassez de
equipes de saúde treinadas para lidar com essa morbidade, falta de
equipamentos de proteção individual, além da estimativa de que 20% dos casos
de coronavírus sintomáticos ocorram entre profissionais de saúde, o que
culminará num desfalque ainda maior de recursos humanos especializados.
A
Região Sul do Brasil apresenta a maior percentual de idosos em comparação às
outras regiões do país, e cerca de 40% da população adulta apresenta alguma
doença crônica. Por mais que os dados de outros países revelem que a maior
mortalidade ocorra em pessoas acima de 65 anos e/ou com comorbidades
associadas, vale ressaltar que a falta de atendimento médico poderá mostrar
um cenário diferenciado no Brasil, dada a desigualdade social que
enfrentamos. Outro dado relevante, são as condições climáticas favoráveis a
sobrevivência do coronavírus e, ainda, não estamos nos meses mais frios do
ano, em que a incidência de doenças respiratórias aumenta.
Todo
o mundo científico está debatendo sobre a melhor forma de reduzir o impacto
econômico e o caos social que o confinamento total, por prazo indeterminado,
tem gerado e qual o tempo mínimo que deve ser mantido, a fim de que os
sistemas de saúde das cidades estejam preparados para o melhor enfrentamento
dessa pandemia, que não tem qualquer similaridade com pandemias anteriores.
A
interrupção abrupta do confinamento atual, sem que os sistemas de saúde
estejam preparados para atender a essa epidemia, coloca em risco a vida de
milhares de pessoas.
Por
isso, defendemos a manutenção da quarentena, sendo que devemos analisar esta
decisão ao final de cada período. O número de casos notificados está muito
abaixo da realidade, pela ausência de testes diagnósticos, o que não revela a
magnitude do problema.
COMISSÃO DE MONITORAMENTO
Daisson
José Trevisol – Diretor- Presidente da Fundação Municipal de Saúde
Chaiana
Esmeraldino Mendes Marcon – Gerente de Saúde
Marcelo
César Ribeiro – Gerente de Saúde
Fabiana
Schuelter Trevisol – Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde- Unisul/
Hospital Nossa Senhora da Conceição
Nei
Euclides Fava – Pro-Vida
Maria
Zélia Baldessar – Universidade do Sul de Santa Catarina
Rogério
Sobroza de Mello – Médico Infectologista
Fábio
Tadeo Teixeira – Diretor Executivo do
Hospital Nossa Senhora da Conceição
Chafic
Esper Kallas Filho – Diretor Técnico do Hospital Nossa Senhora da Conceição
Fernando
Delgado – Diretor Técnico Hospital Socimed
Andrea
Dumont – Hospital Socimed
Kaiser
Koch – Unimed
2 comentários:
Vimos a Imbituba passar 4 meses por ano e curtir o verão. Mesmo assim, contrariados, ficamos em casa. Espero que os imbitubenses sigam o conselho da OMS, assim poderemos nos ver outra vez no ano que vem :)
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