UfSC e MPSC , afirmam que as medidas de isolamento social, neste momento,
são as mais seguras e adequadas para evitar a disseminação do vírus no
território catarinense
NOTA À SOCIEDADE
Por MPSC
Decisões difíceis, porém absolutamente necessárias para
preservar a saúde e a vida dos catarinenses. A prorrogação da quarentena
encontra respaldo técnico de médicos, pesquisadores, epidemiologistas e é de
ser reconhecido o esforço do Governo Estadual em relação à forma responsável
com que conduziu a decisão.
Nesse contexto, é consenso entre os pesquisadores da
área médica e os órgãos de proteção à saúde, inclusive a OMS - Organização
Mundial de Saúde, que as medidas de isolamento social são, neste momento, as
mais seguras e adequadas para evitar a disseminação do vírus no território
catarinense.
Em parecer solicitado pelo MPSC à Universidade Federal
de Santa Catarina, em que foram analisados os principais dados disponíveis
sobre o cenário de Santa Catarina e consultados mais de 50 (cinquenta)
professores e pesquisadores da área, chegou-se à conclusão de que "não
parece existir do ponto de vista científico uma alternativa segura à quarentena
total até o controle da pandemia".
É claro que a preservação da economia catarinense é
também de fundamental importância nesse momento. Mas a preservação da vida e da
economia deve caminhar conjuntamente, e as medidas de retomada gradativa das
atividades econômicas podem e devem ser adotadas no momento certo, após a
devida estruturação do sistema de saúde para a mudança e quando as evidências
científicas demonstrarem a segurança do retorno ao convívio social em regras
mais brandas.
Certamente, encontraremos ações para impulsionar a
economia local. Enquanto isso, o Poder Público, em todas as suas esferas, deve
tomar providências para salvaguardar as atividades econômicas e os empregos por
elas gerados, bem como atuar para garantir à população seus direitos
fundamentais e sociais, como a saúde e a alimentação, sobretudo daqueles mais
vulneráveis, os quais, afastados do mercado formal e da cadeia de consumo, são
de fato os que mais sofrem as consequências da pandemia.
Por isso, sempre que as decisões do Governo do Estado
estiverem embasadas em evidências científicas sólidas e alicerçadas no
regramento jurídico-constitucional em vigor, o MPSC, o MPF/SC e o MPT/SC,
atuando de forma estratégica, preventiva e resolutiva, manterão seus esforços
para preservar e concretizar os comandos emanados pela autoridade sanitária
estadual.
Seguiremos, portanto, vigilantes, acompanhando o
desenvolvimento dos fatos, na defesa intransigente dos direitos fundamentais da
sociedade catarinense e do regime democrático.
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