Por David Nemer
Eu acompanho grupos
bolsonaristas no WhatsApp desde 2018. Já contei que, após a eleição, eles se tornaram mais radicais. Nesta semana, vi essa máquina de
ódio funcionando a pleno vapor contra a jornalista Patricia Campos Mello,
atacada após o depoimento do empresário Hans River na CPMI das Fake
News.
Alguns desses grupos, que trabalharam incansavelmente na distribuição de
memes e ataques, têm dois donos bem conhecidos: Flávio e Eduardo Bolsonaro.
Sim, senador e o deputado federal filhos do presidente da república.
Os números dos celulares
ligados aos dois administram pelo menos 20 dos grupos que eu monitoro. Juntos,
eles permitem a distribuição de conteúdo de extrema direita para pelo menos 5
mil pessoas – são 250 em cada grupo. Nesta semana, circularam por lá memes
misóginos e montagens que insinuam que a jornalista estaria se prostituindo
para conseguir informações – desdobramentos da narrativa plantada na CPMI.
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Beba na Fonte The Intercept
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