Uma CPI será instaurada na
Câmara de Vereadores de Pescaria Brava para investigar o pagamento de três
diárias a um servidor comissionado com valor acima do que o estipulado por lei.
O funcionário, que hoje ainda faz parte do quadro do Legislativo, recebeu R$
3.150 por três viagens a Florianópolis, quando deveria ter recebido R$ 600.
Por Diário do Sul
Uma CPI será instaurada na Câmara de Vereadores de
Pescaria Brava para investigar o pagamento de três diárias a um servidor
comissionado com valor acima do que o estipulado por lei. O funcionário, que
hoje ainda faz parte do quadro do Legislativo, recebeu R$ 3.150 por três
viagens a Florianópolis, quando deveria ter recebido R$ 600.
As viagens foram em 2015, quando o funcionário
comissionado era chefe de gabinete da presidência, cargo que, segundo o
vereador Jaisson Castro de Souza – um dos que entraram com o pedido de CPI –,
ele ainda ocupa.
“A lei municipal nº 33, de 2013, fixa o valor de R$ 200
para diária dentro do Estado concedida a cargo em comissão. Porém, o servidor
recebeu R$ 1.050 a cada ida à capital. O fato ocorreu em 22 de maio, 23 de
julho e 4 de dezembro de 2015 – esta última, inclusive, foi paga no dia 23,
quando o Legislativo já estava em recesso”, pontua Jaisson.
A denúncia foi feita pelo vereador Jaisson Castro de
Souza (Progressistas) na primeira sessão
ordinária do ano, nessa terça-feira. Além do pedido de criação da CPI, em
conjunto com os vereadores Jairo Ronaldo Corrêa (PSDB) e Miguel da Silva (MDB),
também foi solicitado que o servidor seja afastado do cargo durante as
investigações, o que foi aprovado em Plenário, segundo ele. “Tanto a instalação
da CPI quanto o pedido de afastamento do servidor foram aprovados por
unanimidade”, pontua.
“Daria para ir a Florianópolis mais de 16 vezes com o
valor pago a ele. Depois das investigações, se o resultado apontar mesmo
superfaturamento, encaminharemos ao Ministério Público”, destaca Jaisson.
Segundo o presidente da Câmara, vereador Gilberto Neves
e Silva, que também aprovou o pedido de instalação da CPI, o caso deve, sim,
ser apurado, e ele está buscando as medidas jurídicas para verificar de que
forma o servidor pode ser afastado. “Na realidade, eu pedi o afastamento
temporário dele, que é meu chefe de gabinete, e agora estamos verificando com o
departamento jurídico a forma legal deste afastamento, para que não se faça
nada que gere um problema ainda maior. Esta notícia do suposto superfaturamento
nos pegou de surpresa, e também quero ir a fundo para ver a veracidade dos
fatos a serem apurados”, afirma.
As comissões de investigação têm até 60 dias para
entregar o relatório final com os encaminhamentos dos trabalhos, que podem ser
pelo arquivamento ou sugerindo alterações necessárias e relatório ao Ministério
Público.
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